Ao receber aquela missão entendi e compreendi um pouco sobre as pessoas da vila. Elas ainda tinham medo, o ninja que havia me entregado o comunicado tinha chegado rápido e partido ainda mais rápido, de maneira que eu mesmo havia me surpreendido com tamanha proficiência. Os transeuntes estavam nervosos, corriam de um lado para o outro da vila, comprando mantimentos, nervosos e repetindo palavras com relação a destruição da vila.

''Suna nunca mais vai ser destruída, eu não vou deixar isso acontecer, nem fodendo. '''

Pensava comigo mesmo enquanto caminhava a passos rápidos em direção ao portão onde seria o ponto de encontro entre eu e as mulheres. Tudo naquele exato instante remetia a algo catastrófico, mas eles não estavam agitados demais? Não estavam levando tudo ao pé da letra e deixando o medo dominar de maneira estranha? Eu não tinha certeza, mas tudo estava um caos e caos não era bom para ninguém, eu mesmo não aceitava isso. Enquanto me desvencilhava das pessoas na rua, continuava analisando o quão frágil o ser humano era, ele tremia ante qualquer risco a sua integridade, será que isto não era o maior problema? Será que esse medo não era a maior fraqueza da humanidade? Com esses questionamentos seguia em direção ao portão, para logo me encontrar com a equipe.

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- É um prazer, Saya-San.- sorri de volta para ela apertando sua mão com cuidado - Uma mulher tão bonita não precisa ficar com medo, eu vou ajuda-las a cumprir o objetivo, fiquem tranquilas. - respondi ao ver que ela estava trêmula e, logo após partimos em direção à floresta - Assim que chegarmos lá, tomem cuidado para não tocar em algo que não seja o objetivo de vocês, cuidem-se com venenos e coisas do tipo para que não tenhamos um problemão com isso, entendidas? Então fiquem atentas umas as outras. - alertei em bom tom enquanto nos aproximávamos na árvore rodeada por flores.

Assim que chegamos todas se espalharam em busca dos ingredientes para o antídoto, enquanto eu, continuava de olho nelas e principalmente em Saya - Você é uma pessoa que se preocupa muito com a integridade dos outros não é mesmo? - questionei - Pelo seu nervosismo deu para perceber, é uma boa pessoa e não deve esconder seus sentimentos, eu por exemplo hora ou outra saio no soco com quem eu não gosto, mas nada além do normal. - comentaria com a jovem, enquanto elas terminavam de arrumar as coisas - Você deve ter um conhecimento absurdo sobre tudo isso, se algum dia pudesse me dar umas aulas, conhecimento sempre é bom não acha? - perguntaria para a moça que parecia entender o tipo de aula particular que eu queria, pelo menos pelo rubor de sua face.

(...)

Após tudo recolhido era a hora de voltar - Todas presentes? Então vamos retornar para a vila, temos muito a fazer. - falaria permitindo que todas avançassem junto a mim, era a hora de retornar e curar os envenenados, ou iríamos ter muitos problemas em Suna, afinal as pessoas estavam em pânico.

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Nossa conversa fluiu naturalmente durante todo o momento em que estive lá, o sol nos castigava, mas isso já era normal. Suna era abençoada pelo deus do sol, era irônico dizer isso, mas por essa iluminação e pouca umidade, poucas doenças se proliferavam, isso se tornava um negócio muito melhor para a nossa vila. O tempo se passou até o momento de nosso retorno, agora era a hora de levar aquele suprimento para a vila e resolver a situação dos soldados para que a merda fosse desfeita.

(...)

O problema surgiu quando uma tempestade de areia nos assolou, era tarde demais para regressar e difícil de avançar, mas precisávamos entregar a demanda para a vila e curar aqueles homens - Assim, vamos seguir adiante, então usem o que vou lhes dar agora. - retirei a jaqueta e rasguei-a em tiras o suficiente para tapar o rosto de todas ali presentes, inclusive o meu rosto, assim seguiríamos adiante mantendo um caminho rígido e atencioso, poderíamos nos desviar um pouco da rota, mas com certeza chegaríamos a tempo. O deslocamento prosseguiu de maneira difícil, porém ainda continuávamos avançando, até que finalmente os ventos se acalmaram e visualizei o muro do vilarejo, logo sentindo um alívio que entorpeceu meu corpo.

Encaminhei todas as mulheres do grupo até o local marcado, entregando-as em bom estado e junto com a mercadoria - Até mais senhorita. Em breve irei lhe procurar para receber as minhas aulas. - comentei com a jovem, me retirando do local partindo diretamente para o quartel general, onde entregaria meu relatório e receberia minha recompensa.

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