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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 25 DG
Primavera
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
gogunnn#6051
Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
Akeido#1291
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Havilliard
Havilliard#3423
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Convidado
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Narrador: Zekken

Sintomas

@IU

A carta do conselheiro da folha fora enviada ao Washu da mesma. Shizuke Yoshimura fora encarregado com a missão de buscar e proteger uma carga preciosa que fora encontrada nos arredores do país do vento. O Ninja, porém, teria de lidar com as consequências da falta de alimentação durante o trajeto por lá — corriam boatos que o shinobi estava ficando maluco, e devido a sua linhagem, isso era algo provindo da fome. De qualquer forma, Shizuke deveria no portão da folha exatamente meia noite, lá começaria sua busca pela carga preciosa. As informações, porém, seriam dadas à ele no decorrer da missão: os ninjas da vila tinham medo de chegar perto do esquizofrênico.

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Post 01/10
Anonymous
Convidado
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A noite corria veloz escuridão adentro; mal percebera que as nuvens se dissipavam para darem lugar ao céu estrelado, a bola de fogo alaranjada deslizando seu trajeto até ser engolida pela terra no horizonte. Na rua, que ele encarava através dos vidros cristalinos da janela de seu quarto, uma profusão de habitantes locais cruzavam em direção ao descanso, seus rostos maltratados pela exaustiva jornada de trabalho, as mãos calejadas, os olhos mortiços e a postura cambaleante, como marionetes sustentadas pelos fios nas mãos de um titereiro. Apesar desse clima tristonho, a paisagem estava bela. Como sempre era; apesar da opressão que podia vislumbrar em cada canto, fosse nesses aspectos de cansaço dos trabalhadores, ou na iminência de uma convocação no meio da noite, para alguma tarefa de interesse e vital importância à alta cúpula, a Folha era bela como nenhum outro vilarejo poderia ser, fosse ele grande potência ou as pequenas aldeias escondidas nos cantos remotos do País do Fogo, que facilmente lhe seriam escolhidas como um recanto qualquer para passar as férias, casas de veraneio à beira de rios.

Tinha conhecimento de alguém poderia tê-lo visto em suas andanças recentes, quando se encontrava naquele estado deplorável, cortesia daquela força maior que habitava seu corpo disfarçada na forma de necessidades especiais para com a alimentação — em outras palavras, seu canibalismo assumira, ainda que somente temporariamente, o controle. Naturalmente, agora que era Jonin Especial, os rumores correriam e não que isso lhe fosse algum problema, tampouco mínimo empecilho, mas não lhe apraziam as fofocas, menos ainda os olhares de escárnio ou aqueles, piores, de medo. A porta estalou ante batidas vindas de fora e ele soube de que se tratava. Pegou a carta e, como já estava todo equipado, partiu na direção dos portões, apenas checando breve a posição da lua acima dele: pálida, em forma de foice, ela lhe indicava a meia noite.

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@Zekken
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Convidado
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Narrador: Zekken

Sintomas

@IU

Aparentemente um erro fora cometido: Shizuke não estava, de fato, louco. O garoto da folha não mais tinha a aparência maltrapilha ou sequer a ânsia por carne de outrora, se apresentou como um homem normal, ou melhor, shinobi. Prostrou-se portanto, diante deste, um homem não tão velho mas de cabelos claros e máscara que escondia metade de seu rosto, deixando a mostra uma cicatriz na perpendicular sob seu olho esquerdo. — Nanashi. — ele falou, observando o Yoshimura diante de si. Nanashi então estendeu a destra dando-lhe um pergaminho, e desapareceu em seguida, deixando nada mais que fumo. O Pergaminho, porém, continha a missão detalhada do jovem shinobi da folha.

Não obstante, era hora da partida: restava a Shizuke partir rumo ao país do vento através da pequena embarcação preparada para ele no pequeno rio nos arredores da folha.

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Post 02/10
Anonymous
Convidado
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Sob o véu estrelado, envolto em seu manto de sombras, trajado com o negro costumeiro, Shizuke galgou o terreno sombrio e desolado, acompanhado pelos sons das corujas, as estrelas acima que piscavam para ele, alguns olhares ocasionais que saltavam de uma janela ou de becos sombrios, os latidos de cães sem dono e o afago da brisa noturno. Tinha a expressão soturna, embora fosse melhor descrita como uma mescla de carranca e soturnez. Em meio ao farfalhar das vestes, quase perdera sua caixinha de fósforos, que diante das correntes frias, que batiam contra não somente os bolsos interiores do manto como ele todo, quase deslizou para fora de seu compartimento, tendo ficado a alguns centímetros de escapar dos dedos esguios do Yoshimura. Apesar de saciada a fome, seu estômago doía; sabia que o corpo operava no limiar de suas necessidades, pois a carne ingerida tratava apenas de amenizar e retardar os efeitos da próxima crise. Chegando ao portão, foi recebido com sutileza, um homem grisalho, mascarado, que tão logo apareceu sumiu, engolido pela noite. Estava já acostumado com aquilo: a Folha poderia ser fervorosa, até mesmo inquisitiva quando necessitada, em seus pedidos, mas era fria nos demais tratamentos. Enlouquecerei se passar mais um ano dentre essas muralhas. Para sua sorte, essa tarefa o levaria para bem longe, a tratar da segurança de uma carga que se fazia presente bem ao centro de uma conspiração muito maior do que ele. Naturalmente, àquela altura, não sabia de nada. Pegou o barco num pequeno porto improvisado, à beira de um rio de águas ferozes, com correnteza rápida e cruel, partindo a serpentear pelo caminho até o País do Vento.

Hp: 750. Ck: 1000. RC: 1000.

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@Zekken
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Narrador: Zekken

Sintomas

@IU

A pequena embarcação que Shizuke havia utilizado nos arredores de Konoha provou-se um sucesso em sua jornada até o país do vento. Apesar de parecer distante, o mesmo não era; uma vez que não demorou mais que algumas horas para chegar até o mesmo. Quando o garoto estava para desembarcar, homens mascaradas o emboscaram, cobrando uma certa taxa para o jovem por "estacionar" ali. Eram cinco deles, porém, apenas dois tiveram o trabalho de ir cobrá-lo; o restante, porém, ficou sentado ao redor de uma fogueira, contando histórias dentre outras coisas acerca de suas vidas, incluindo, seu trabalho.

Restava agora o Yoshimura iniciar sua busca e apreensão do item outrora mencionado na carta.

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Post 02/10
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Convidado
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Como era esperado, o barco cumpriu bem sua função, fazendo o que havia sido projetado para fazer, levar ninjas confusos através de rios rápidos e cheios de curvas. Vez ou outra, surgiu a ameaça de que as pedras muitas que escutava chocarem-se com o casco poderiam fazer rachar ou até mesmo abrir um buraco no barco, pois chocava-se com muitas delas no fundo do rio, muitas mesmo, evidenciados os choque pelos sons que eram como ribombares, que aparentemente só era rápido por ser raso e encontrar-se numa descida, nascendo pouco acima de uma encosta. Em sua nascente a vida florescia desenfreada, flores de todas as cores e abelhas para espalhar o néctar.

A viagem, entretanto, foi muito com muito menos vida. Em toda a margem, desde o início do trajeto, somente vegetações de meia altura, como grama selvagem, ocupavam os espaços e conforme a paisagem se afastava do rio até mesmo essas desapareciam. E depois ainda, conforme o barquinho se aproximava mais e mais do País do Vento, o verde desaparecia e vinha dar lugar a paisagens arenosas, que formavam bancos perigosos o suficiente ao ponto de que Shizuke preferia descer e seguir arrastando a embarcação pela margem, presente outra ameaça agora, a de encalhar. Até mesmo ter de concertar o barco haveria de ser mais fácil que dar um jeito de tira-lo da areia.

Quando a água cessou e seu trajeto findou, o barco estancou seu deslizar. Figuras mascaras o abordaram, cobrando uma taxa, que aparentemente era por apropriar-se daquele espaço, o único possível, para deixar o barco descansar. Tomou algum tempo para pensar naquilo, estando fora de cogitação um assassinato por motivos tão frugais e quanto a sua identidade, estaria bem protegida enquanto seguisse com o capuz de seu manto negro puxado sobre o rosto, a bandana escondida nas roupas de baixo, amarrada no braço esquerdo pouco abaixo do ombro. Afinal optou por entregar um punhado de notas, aliás uma boa quantia, que carregava em seus bolsos, assim seguindo deserto adentro.

Hp: 750. Ck: 1000. RC: 1000.

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@Zekken
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Convidado
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Narrador: Zekken

Sintomas

@IU

O garoto havia pago os homens que o abordaram com uma boa quantia de nota, os homens, porém, seguiram o rapaz até que pararam ao notar que este rumava para os arredores da falecida Sunagakure. Os bandidos deram a volta, porém, conversavam entre si acerca de um pequeno diagrama escondido numa das cavernas próximas ali, mas havia um problema: estava infestada de bandidos. Enquanto eles faziam a ronda e cobravam taxa por ali, os outros mantinham o local seguro de forasteiros ou enxeridos que não sabiam onde estavam metendo o nariz. Mas este não era o caso de Shizuke, afinal, era sua missão.

A galgada do shinobi findou num campo arenoso onde não se podia observar praticamente nada, e como estava de madrugada, o frio havia intensificado: estavam no inverno afinal. Shizuke tinha de procurar abrigo para pelo menos descansar antes de se perder no deserto, e retomar a busca na manhã seguinte. Mas agora ele sabia onde procurar o item de sua missão; numa caverna lotada de inimigos.

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Post 03/10
Anonymous
Convidado
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Shizuke avançou, subindo e descendo nas dunas, sob o calor escaldante, perscrutando a paisagem com seus olhos semicerrados, parcialmente em razão do sol brilhoso, mas também em razão de precisar enxergar muito além das dunas que se estendiam em todas as direções, não somente para proteger-se de possíveis perigos mas também para encontrar o objetivo de sua missão. Seus pés afundavam um pouco na areia a cada passada, o que tornava seu avanço um tanto penoso, além de retarda-lo em tempo. Não resistindo mais, tirou do bolso um cigarro e o colocou a boca, fitando de esguelha o astro que pairava no céu azul sem nuvens, perguntando-se se mais algumas horas de exposição ao calor fariam seu cigarro entrar em combustão espontânea. Optando por não perder horas e horas com aquele experimento científico, tirou uma caixinha de outro bolso, riscando um fósforo nela, retirado dela, e acendendo o cigarro. O corpo parecia arder sob influência da temperatura escaldante do deserto e a fumaça fumegante que descia por sua garganta, a tez já pingando de suor.

Buscou fazer seu caminho somente pelas costas das dunas, onde tinha uma visão vantajosa de todo o terreno, fosse a frente ou para trás, enxergando com facilidade as áreas mais planas da região e inclusive algumas cavernas de rocha bruta que se erguiam, como se erigidas por vontade própria. Pela noite, sabia, o deserto ficaria frio como o inferno nórdico, portanto logo ele precisaria tomar alguma das cavernas para si e se aquecer o máximo que fosse possível. Mas demorou-se até o último instante possível, sabendo que numa das cavernas estaria seu prêmio e certamente não queria fazer-se visto antes do tempo, o que lhe privaria de uma noite de descanso a luz do luar. O sol se foi com certa rapidez, pois era inverno e os dias eram mais curtos, e logo ele estava caminhando com o manto negro bem apertado contra o corpo, aproveitando-se das longas sombras que as dunas jogavam em suas encostas, não havendo mais necessidade em utilizar o terreno alto uma vez que reconhecera toda a região e a gravara em sua memória. Vislumbrou o que pensou ser uma fogueira acesa numa das cavernas e imaginou que fosse aquela a de seu objetivo, portanto, teria de evitar por ora a linha de visão que se estendia do interior desta e optou por uma caverna cuja entrada ficava de frente para as costas desta onde repousava o objeto da missão, assim poderia ver qualquer movimentação de ronda ou afim. Certamente não teria sono e se tivesse, não seria tranquilo, muito menos duradouro. Em seu descanso, tentou dormir mesmo assim.

Hp: 750. Ck: 1000. RC: 1000.

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@Zekken
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Convidado
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Narrador: Zekken

Sintomas

@IU

A manhã viera, e com ela, o calor infernal do deserto. Shizuke havia descansado, mais do que imaginara: pegou no sono como um bebê nos braços de uma mãe, e dormiu horas a fio. Não notou que os homens haviam deixado a caverna para caçar, muito menos notou quando estes fizeram ronda e quase o pegaram; porém, como o garoto dormia profundamente, acharam que estivesse morto - o aglomerado de roupas o salvaram, uma vez que não dava pra se notar se este respirava ou não. De toda forma, era hora de agir. A noite estava próxima, e o calor estava próximo de acabar, uma vez que a noite estava chegando. Os homens haviam retornado à caverna, e estavam em dez. Todos sentados ao redor de uma fogueira, cantando e conversando, mas atentos. Shizuke devia agir, do contrário, seria morto.

Ao norte da posição de Shizuke e também do item, começava uma tempestade. Mais parecia o fim dos tempos. Com a tempestade, veio tsunamis de areia que varriam tudo e todos de seus caminhos, além do vento forte e chuva, com trovões caindo a esmo. Era possível ver os raios cortando os céus, e iluminando-o. Era o fim dos tempos.

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Post 04/10
Anonymous
Convidado
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A noite partiu tão logo chegou. Para Shizuke tempo algum havia se passado, ele só se lembrava de ter fechado os olhos e agora, os tinha bem abertos. Mas teve de fecha-los um pouco, cobrir o rosto com uma das mãos suadas; tapar o sol com a peneira. Não resolveu muito, mas trouxe algum alívio. A realidade parecia surgir através de um véu, coberta por areia. Limpou os olhos com o dorso da mão, bocejando em dois tempos (ah--ah). Conforme sua visão apresentava-se nítida outra vez, vislumbrou, como que por instinto, as pegadas confusas na entrada da caverna e até mesmo no interior dela, embora nunca chegando próximas ao local onde estivera dormindo. Que acontecera, então? Vieram aqui e simplesmente se foram? Não poderiam ser tão assim tão inocentes, poderiam? O papel da missão denotava, além de urgência, perigo. Subestimar as pessoas não era seu forte, mesmo que se forçasse a tal, portanto permaneceu atento a tudo, especialmente a alguma possível armadilha, ou técnica, ativada e deixada para trás. Mesmo depois de ter visto um bocado de coisas sabia que a crueldade humana não deixaria de surpreende-lo. Era bom demais para esse mundo de maquinações e assassinatos, bom demais até mesmo para matar a quem cobra para guardar um barco encalhado.

O firmamento acima dele se dividia em duas porções, suas divisões bem nítidas. O céu escuro, com estrelas de fundo; o céu cinza, cortado por raios, arrastando nuvens como barcos em sua corrente. Tempestade por vir, logo percebeu. Tanto fazia se fosse natural ou inatural, provinda de técnicas ou simplesmente a fúria da natureza. Desembainhou a espada parcialmente, até a metade da lâmina e tocou o fio com o indicador. Seguia bem afiada e em breve seria posta em uso. Guardou-a e bateu a areia das vestes, jogando os cabelos para além dos ombros. Sua experiência era algo, pouco em comparação ao que poderia ser, é verdade, mas lhe dava alguma base para a conclusão que teve: nada até agora tinha sido tão desafiador como aquilo estava prestes a ser. Fez uma breve prece, sem saber para qual deidade adereçava-a. Não me deixe morrer, pontuou ao fim. Deixou então a segurança de sua caverna, mantendo os olhos fixos na fina linha de fumaça que subia da caverna mais próxima, onde sabia estarem seus algozes. Venciam-o em número e assim preferiu deixar para outro momento o combate direto com os mesmos, alinhando o pensamento a uma breve olhada na tempestade. Ainda estava distante, embora corresse rápida. Tinha de agir logo, pois aquilo representava um ponto crítico a seus planos: em breve aqueles homens sairiam do abrigo para o terreno aberto do deserto, onde certamente não queria enfrenta-los.

Fez rápidos selos com uma das mãos, conjurando uma exata duplicata de si mesmo naquele instante; tinha os mesmos cabelos sujos de areia, os olhos ainda fundos nas órbitas, com grande olheiras abaixo a formarem bolsas profundas, as mesmas vestes sujas. As mesmas armas. Não obstante, não era cópia como aquelas que auxiliavam o usuário a reduzir as desvantagens numéricas — embora o fizesse de certa forma —, seu propósito único: viver e então, não viver mais. Explodindo. Comandaria seu clone para ir até a entrada da caverna e descarregar as dez armas projéteis que tinha a bolsa amarrada na coxa, de modo que seriam de algum valor não pelo ferimento em si, mas sim para um uso posterior. Esgotadas essas, o clone seguia a golpear quem se aproximasse com a espada, mas não selvagemente, mantendo a habilidade contida nos mesmos movimentos do real. Em suma, sua explosão seria o recurso último para quando fosse derrotado, resguardando-se até então com as perícias herdadas do corpo original, mantendo como objetivo ferir o máximo possível de inimigos com suas armas, ou ao menos toca-los. Shizuke, num só tempo, tomaria uma duna como ponto de observação, cinquenta metros dali.

Hp: 750. Ck: 900. RC: 1000.

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@Zekken
Anonymous
Convidado
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Narrador: Zekken

Sintomas

@IU

Do fumo, a cópia de Shizuke surgiu e seguiu rumo ao local onde os inimigos estavam, agindo contra eles. A investida do garoto consistiu num arremesso de Kunai, pegando alguns - três - inimigos desprevenidos e levando-os a óbito. Os demais, porém, não foram facilmente derrotados: uns desviaram do objeto laminado, outros, utilizaram de espadas para defender-se. Havia, porém, um sujeito em especial que permanecia sentado próximo ao item que Shizuke deveria recuperar, despreocupado.

— Ei, Oka, ajude-nos aqui. Ele é um ninja, um ninja! — bradou um dos vilões antes da cópia do Washu ceifar sua vida num brandir de sua lâmina. Oka não ergueu-se, pelo contrário, tocou o solo, fazendo a cópia explodir no instante seguinte. — Pronto, se virem com o original. — o homem resmungou, pegando o item nos braços e saindo caverna afora como se nada tivesse acontecido: ele era um ninja, e um dos bons. Suas habilidades, porém, ninguém sabia.

Ao norte, a tempestade avançava feroz, destruindo tudo e todos em seu caminho. Não faltava muito tempo para ela pegar Shizuke e companhia.

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Post 05/10
Anonymous
Convidado
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Observou atento, com espantosa calma, o embate que se desenrolava além da encosta da duna. Descortinou o caos através da noite, tragando o ar frio que se aproximava distante. Algumas gotas de orvalho já eram sorvidas em golinhos pelo deserto. Em breve, bem sabia, a chuva viria e transformaria toda a areia numa coisa densa e pesada, como um pântano. Ouviu os gritos do morticínio, a explosão. As figuras adiante ainda seguiam vivas, algumas ao menos, as demais mortas pelo fio da lâmina ou o lançamento dos projéteis. Vendo a cena, incendiou os corpos. A proximidade do fogo, esperava, também colocaria à queimada os vivos, que ainda se acotovelavam no interior da caverna.

Acima os raios cortavam o céu em maior número, o rimbombar intensificando-se, mais próximo.
Mais próximo.

A moralidade da missão ainda o atormentava. Buscava por um item num pais distante, um item que se encontrava na posse de outros, pessoas que estavam dando suas vidas para a proteção do mesmo e pouco importava se eram mercenários ou não. Teve de aproveitar-se da carnificina para impor-se o ritmo da morte, caso contrário não conseguiria, não poderia tragar aquelas vidas num ímpeto abrupto, súbito, precisava se deixar levar pela maré, precisava somente de um empurrãozinho. Saltou da duna e pousou no terreno plano e estável no qual se encontrava a caverna. Atrás de si, onde antes estivera sobre o monte de areia, grãos deslizavam de porções mais acima e fechavam os buracos que seus pés haviam escavado na duna. O orvalho se alterava, gradativamente uma chuva mais forte. Nem mesmo essa chuva era capaz de apagar as chamas que queimavam sobre os mortos. Aproximou-se; daria cabo de um possível algoz ainda vivo, brandindo a espada rapidamente contra ele, se esquivando do contra-ataque e a ofensiva que se seguisse. Golpes precisos, mortais, usufruindo de seu conhecimento acerca do corpo humano e toda sua fragilidade. Olhou com proximidade, embora resguardasse-se com atenção redobrada, apenas checando visualmente os mortos. Não comeria aqueles, mereciam um enterro de cinzas e fumaça por terem dado suas vidas.

De esguelha, viu a sombra que se movia sorrateiramente para longe, na direção oposta a da tempestade. Um sobrevivente do massacre de sua duplicata. Tomou cuidado para não sujar-se com o sangue que tingia a areia. Apesar do cenário caótico que fora deixado para trás esse sobrevivente galgava sem preocupações, caminhando na direção da corcova de areia que se erguia como um paredão. Shizuke demorou-se alguns segundos em estado contemplativo, os olhos fixados na retaguarda do homem. Por ora era "tudo por Konohagakure", mas esse era um pensamento perigoso. Apunha-lo pelas costas? Após sair com tanta calma do pandemônio? Não. Deixou a espada ainda em mãos, não era tolo, mas manteve a lâmina abaixada, com a extremidade raspando na areia úmida. Conjurou outra cópia, esperando que o som de sua criação fosse abafado pelos trovões distantes. Ela reteve-se inerte ali, cinco bons metros de distância do sobrevivente. O Yoshimura esgueirou-se pelas sombras, afastando-se, por sua vez, em trinta bons metros, rodeando-o pela lateral e indo parar no topo da corcova. O clone falou:

— Dez vidas são um preço razoável por esse item? — Shizuke, o verdadeiro, agora sentava-se na duna, ambas as mãos apoiadas no cabo da espada, sua aço apontado para baixo, fincado na areia. Tentaria encontrar uma solução que não envolvesse mais violência, ainda que não ousasse tratar diretamente com aquele que saíra incólume e sereno da caverna.

Hp: 750. Ck: 750375. RC: 1000.
Clone - Ck: 375.

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Os trovões cantavam pelo céu, a chuva caía no solo, e a areiacarregava os corpos tanto de animais quanto homens que um dia faleceram ali. O tsunami avançou, avançou, e por fim cedeu, deixando apenas apenas a água e o raio naquela noite invernal. Da caverna, fogo irrompeu. As chamas terminaram de chacinar os sobreviventes da peleja contra a cópia do indivíduo cujo propósito era apenas um item - item este que já não estava mais ali, até então. Shizuke observou os corpos e não os devorou, já estava saciado, porém, observou o homem que seguia vivo e indiferente com o que acabara de acontecer.

Mais fumo, mais uma cópia, mais trovões no céu.

Oka parou de súbito quando o clone do konohense o indagou. O homem de pele morena virou, observando a face do homem que chacinara seu bando de psicóticos. — As vidas ceifadas por um mero clone não valiam de nada. Eu sei onde você está, seja breve. — disse Oka, abrindo a caixinha e vestindo o pequeno par de luvas com um único símbolo imposto nestas. O homem estendeu o braço, observando a cópia de Shizuke: ouviu-se um estalo, e uma torrente de chamas investiu contra o clone, dizimando-o no ato. — Ande, Shinobi, saia daí. — Oka finalizou, retirando a luva das mãos.

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— Não sairei, dunas úmidas são extremamente confortáveis. — Disse, sobressaltando-se no instante seguinte, quando seu corpo foi invadido pelo chakra antes contido na cópia. — Dê-me logo estas luvas. Enfim, vou simplificar algo: sou um homem educado, gentil, até mesmo justo, pode-se dizer. O próximo não será. Você me dará as luvas e eu o deixarei partir. Não tenho motivos para caça-lo como um animal e, se minha intuição está correta, logo logo estarei no mesmo patamar que você, isto é, um animal a ser caçado.

Vendo o que se aproximava no horizonte, limpou as vestes, batendo a areia. — Vê? — apontou para o céu escuro. — A tempestade está chegando, se lutássemos, seria em vão.

Hp: 750. Ck: 750. RC: 1000.

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@IU

— Não, as dunas não são confortáveis. E não, não posso te entregar as luvas, me pagaram muito para sumir com elas. — Oka respondeu, aparatando. O homem desapareceu por milésimos, aparecendo nas costas de Shizuke. — Eu pedi educadamente para sair daqui, a tempestade está se aproximando. — O homem pegou o shinobi pelo braço, imobilizando-o ao toque com um jutsu simples, mas eficiente. Oka segurava o shinobi com uma mão, e a caixa com as luvas noutra, arrastando-o para longe das dunas, e da própria tempestade.

— Veja bem, ninja da folha. Me disseram que alguém seria mandado para recuperá-las, o problema é, como você viu, elas contém um poder abusivo. Um simples movimento dos dedos cria uma combustão queimando o oxigênio no ar e um estalo é produzido, explodindo alguém em seu campo de visão - e este é o limite de distância dela, o campo de visão. — Oka pigarreou, arremessando o ninja nas dunas. O homem a caixa no solo e a cobriu de areia. Uma distância de dez metros o separava do espadachim. — Veja bem, ninja da folha, teremos de lutar se o que busca é essa arma. — Oka finalizou, e de suas costas, uma cauda saiu.

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Post 07/10
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É seguro dizer que sua atitude para com Oka fora fruto de uma arrogância inconsciente, algo que fizera, e provavelmente o faria numa outra oportunidade apresentada, sem se aperceber. Ficou ali, sentado sobre a duna e tagarelando, como se suas palavras adocicadas pudessem resolver a complexidade da situação de maneira tão fácil, sem exigir uma gota de suor ao menos. Como estivera errado. Mas não podia evitar e, embora chamasse aquilo de fé no outro, era, com efeito, um arrogante, um ninja que cada dia tomava mais conhecimento de sua prodigalidade, num só tempo reprimindo essa informação para si, em camadas sombrias de sua mente, porque lidar com aquilo naquele momento certamente seria muito mais do que podia suportar, significaria não somente ser capaz de realizar seu projeto sem a ajuda de sua equipe, como ter de abandona-los, por saber serem eles nada senão uma falha, um possível ponto crítico, uma bomba relógio.
Tique-taque. Quanto tempo até que denunciassem seu desejo de traição, seu plano suicida? Quanto tempo para o Esquadrão de Assassinato estar em seu encalço? Tique-taque. O vento se intensificava. Tique. Os sons antes distantes ficavam agora cada vez mais próximos, a tempestade não o pouparia. Taque.

Foi atirado contra a areia e rolou pela encosta. Caiu de bruços, o rosto, as mãos, as vestes cheias de grãos. Conforme rolava, escutou um baque. Ele escondeu a caixa. Não havia outra explicação para o som tão característico de algo caindo na areia, algo que não fosse ele mesmo. Naquele instante, teve vontade, muita vontade mesmo, de continuar deitado e seguir testando os valores daquele homem; não só isso, de seguir deitado eternamente para escapar de todas as insidiosas obrigações. Ali, ainda deitado, percebeu que se sua história fosse contado num livro ela teria a prosa simples e objetiva, um sem número de monólogos que em nada acrescentariam, episódios surrealistas de paranoia e psicose. E, o que era pior, tinha de se levantar e encarar a realidade que o aguardava. O mundo além das muralhas, sussurrou para si mesmo.

— Perdoe-me, realmente achei que poderíamos resolver isso como homens civilizados. O sistema feudal já nos força a essa selvageria desmedida. Não desejo perpetuar isso. — Erguendo-se nos joelhos, apoiado e então de pé, conjurou sua técnica. Contudo, esperou o momento oportuno, conciliando esse intento a outra ofensiva, apenas por precaução, disse a si mesmo. Sacou da bolsa uma pequena faca, potencialmente mortal em sua extremidade perfurocortante. Impeliu-a contra o algoz, esperando o instante final, quando ela estivesse a uma distância menor que um metro, para multiplica-la numa infinidade de duplicatas. No mesmo instante da multiplicação de seu projétil, ativaria as Chamas do Purgatório, evocando-as na mão de Oka, a mão que tocara Shizuke ainda enquanto nas dunas. Chamas que não se apagavam nunca, nem mesmo à ameaça da tempestade, e em breve tomariam todo o corpo numa profusão infernal.

Ao fim, desfrutaria de um cigarro.

Hp: 750. Ck: 550. RC: 1000.

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@IU

— Poderíamos se você não estiv... — Oka interrompeu-se ao notar suas mãos em chama, uma chama que não era apagada. — Zanmai!? — O homem vociferou, incrédulo. Não obstante, a sua frente, a pequena faca multiplicou-se em milhares, perfurando o corpo do homem inteiramente, quase o matando. — É só isso? — Oka indagou, do solo, onde jazia completamente destruído por conta dos jutsus inimigos. As mãos, outrora queimadas, já não mais tinham o fogo que as queimavam. Estavam, por algum milagre, intactas. A pele de Oka regenerava-se rapidamente, beirando ao instantâneo. Sua aparência, porém, modificava-se ao ponto que este curava; tal qual sua voz, tornando-se mais grave, insana.

— Oi, Shinobi da folha. Você teme a morte? Deveria. Eu temo, mas continuo fazendo esses trabalhos e arriscando minha vida pois é necessário pôr comida na mesa e ter um lugar para descansar, não acha? — disse Oka, completamente diferente. O homem possuía asas, tentáculos, e uma espécie de cauda. Oka estava no ápice de suas habilidades, e agora restava matar o inimigo.

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Post 08/10
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A tempestade parecia ter estacado no horizonte distante, como se aguardasse ansiosamente a definição do confronto. Shizuke, pés firmes sobre a areia úmida, teve um sobressalto ao ver que sua técnica fora desfeita, completamente anulada — afinal, que outra maneira poderia ser encontrada para curar-se caso suas chamas estivessem ainda ativas? Nenhuma. Não fosse suficiente ter escapado, seu algoz se curava completamente dos danos recebidos. Outra vez, sua arrogância o traíra. O fogo que jurava ser não expurgável, invencível, vencido. Por sorte, seu espírito permanecia quase inabalado, quase, embora fosse o suficiente para sair da situação incólume. Parou de respirar ofegante, prendendo o ar por alguns segundos nos pulmões, esperando a normalização da frequência cardíaca. Oka também não demonstrava pressa. Ótimo, agora posso planejar com clareza. Precisa atestar as capacidades defensivas do homem, pois outra vez que o atingisse, desde que não fosse outro ataque completamente nulificado, bastaria.

Diante dele, seu único obstáculo. Muniu-se com espadas de fogo, materializadas ao seu redor. Danzai no Kōken, as Espadas de Luz do Julgamento. — Fosse outra a situação e eu ficaria feliz de saber que não sou o único. Mas como somos inimigos, bem, é uma lástima apenas. — E deixou que seu sexteto de tentáculos, três de cada lado, se fizesse visível, todos eles saídos de sua lombar. Longos apêndices denteados se ergueram, vindo repousar no solo circundante, espalhados sobre a areia como cobras à espera do bote. Concomitante ao momento em que pequenos orifícios se abriam em toda a extensão das facetas de seu órgão predatório, enviou suas espadas numa dança de ataque; rasgando o ar, envolveriam a Oka em movimentos rápidos e circulares, como a delimitarem uma área de ação, um círculo que deixaria uma distância de somente, entre as lâminas e o corpo do algoz, de vinte centímetros, girando e diminuindo essa distância gradativamente, até que umas das armas se voltaria contra a nuca do homem. Quando isso ocorresse, Shizuke se impeliria a toda velocidade, liberando fogo através da agitação de suas células canibalísticas, sabendo que a mera proximidade com essas seria suficiente; sabendo também que, caso suas conjecturas estivessem corretas, deveria haver um limite para a quantidade de técnicas simultâneas que ele poderia interromper — se não houvesse, saberia então que a natureza teria sido muito injusta em suas dádivas. Em todo caso, preparava uma técnica para uso posterior, querendo estar munido de tudo quanto fosse possível para dar cabo à sua tarefa.

Hp: 700. Ck: 400. RC: 1000.

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Oka permaneceu estático, observando as peripécias do homem cujo poder se resumia ao fogo. Contudo, Oka ainda tinha um trunfo além de todos os seus poderes: a absorção provinda do Chakra Kyuin. Era uma técnica útil, muito útil, mas que quase ninguém possuía até então. Os tentáculos do outro Washu se estenderam, e a investida começou. O quinteto de lâmina avançou, fugaz, e circundou o corpo da Chimera, esperando uma pequena abertura para então atacar, e a teve. Ao passo em que a pequena lâmina avançou contra sua nuca, a asa esquerda tapou a investida, deixando-se queimar no processo. A dor era excruciante, mas ele não morreria ali. O inimigo avançou, e Oka o viu.

O moreno deu um passo para trás, revelando os doze tentáculos outrora imersos na areia. .Oka os manipulou, fazendo-os seguirem numa investida sorrateira contra o ninja da folha; a aproximação do mesmo, porém, findou em mais chakra absorvido pelo homem revestido na armadura predatória. — Não morreremos aqui, Konohense. Temos nossas missões, mas felizmente, a minha termina aqui.— a voz soou mais grave do que anteriormente, como se Oka já não estivesse mais ali, e sim algo muito mais tenebroso.

Quando a investida do Shinobi parou, Oka agiu. O homem avançou com tamanha velocidade que sequer podia ser notado por olhos comuns; o avanço, porém, fora com um propósito: dar um soco bem dado no queixo do ninja da folha, para desmaiá-lo no ato. Ao término de suas ações, Oka retornou a seu estado normal; observou o céu para ver o quão próxima estava a tempestade, e logo mais saiu dali carregando a caixa e o corpo do ninja desmaiado rumo a divisa do país do vento com o do fogo.

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Post 09/10
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Emergiu do torpor ainda aturdido, como se a realidade fosse continuamente difícil de ser digerida. De fato, o era. Sentia uma dor excruciante no queixo, imaginando ter os ossos de todo o interior da face triturados, moídos por... Sua mente era uma neblina, sequer lembrava-se de tudo. Num sobressalto, a missão veio-lhe a mente, acima de todo o resto, e o seu coração martelou seco e duro dentro do peito. As pupilas dilatas, descortinou seu derredor, apercebendo-se agora do sacolejar ritmo do barco. Lembrava-se vagamente daquele trajeto, mas corria na direção oposta à corrente. Não, era outro rio. Ou o mesmo, porém noutra parte; após dar a volta em toda a extensão de Konohagakure e outras aldeias menores, o rio desembocava para o País do Vento, onde morria em diversas veias áridas, ao passo que sobrevivia em outras, contornando uma porção prévia ao deserto e voltando a subir na direção da Floresta da Morte. Essas informações tinha pesquisado pouco antes de sair em viagem e agora lhe eram úteis, ainda que não conseguisse se lembrar outros fatos acerca da missão. Limpou o rosto com o dorso da mão, afastando os cabelos desgrenhados, que lhe caiam sobre a face repletos de areia e sujos, oleosos. Tateou na semi-escuridão do torpor, entreabrindo seus olhos até poder encarar por definitivo a luz do dia. Quando o casco do barco bateu numa pedra ao fundo do rio, Shizuke quase foi catapultado para fora e, forçosamente, teve de recuperar toda sua consciência. Viu a caixa próxima entre suas coxas, envolvida em sua mão esquerda, os grãos de areia tornando sua superfície áspera. Ao toque no item, todas as lembranças lhe inundaram a memória e a dor no queixo voltou a ser avivada. O homem desaparecera, a espada estava de volta em sua bainha, a caixa retornada aos domínios da Folha — se é que de fato algum dia pertenceu à ela; bem sabia como podiam manipular a verdade ao bel prazer a alta cúpula. Suspirou de alívio, se apoiando no fundo do casco do barco. Deixou-se ser arrastado de volta à Konohagakure, sabendo que a embarcação em breve se encalharia num veio da Floresta da Morte.

Hp: 700. Ck: 400. RC: 1000.

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@IU

E então, o término. Oka havia deixado o shinobi da folha sair com vida, e com o item. Sua missão havia acabado, uma vez que a tempestade chegou a seu encalço e sua missão era deixar o item se perder no deserto. Porém, como não havia sobreviventes além dos dois, ele o entregou, e partiu, deixando nada mais que o homem e o item para trás. Um dia, talvez, eles se reencontrassem, até lá, Oka permaneceria sumido no país do vento.

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Como foi previsto, o barco eventualmente encalhou, parando de supetão ao alcançar o fim do trajeto, vindo a interromper-se ali na beira da Floresta da Morte. O clima úmido da tempestade de outrora era continuado aqui pelo ambiente tropical da mata. Os sons ecoavam parecendo vir de todo lugar e lugar nenhum, cantos de pássaros, sons de macacos, asas batendo e galhos partindo. Shizuke achou por bem contornar o bioma, alcançando a estrada de terra batida largamente utilizada diariamente, fosse por saqueadores ou comerciantes apressados em sair do terreno aberto visado — o bom da via, como podem ver, era que era democrática e aceitava todos sem discriminar. Galgou o solo, cada passava parecendo-lhe uma penitência, pois ainda se encontrava meio dolorido e extasiado. Atravessou o arco, à sombra dos portões, com a caixa em mãos, dando uma olhadela nas sentinelas que repousavam sobre as ameias, deixando que vissem o brilho da tira metálica amarrada em seu braço esquerdo. Rumou diretamente ao Quartel General e, como não tinha mais o melhor dos ânimos, apenas deixou lá a caixa e rumou de volta à casa. Seu papel estava feito.

Hp: 700. Ck: 400. RC: 1000.

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