Caminho

生活

Era cerca de 6 da manhã, Tsubaki já estava de pé e muito entusiasmada, não é de se surpreender, ela decidiu que finalmente começaria a exercer seu papel de Gennin em Konoha, verificou 5 vezes se não deixou nenhuma Shuriken ou Kunai perdida pela casa, conferiu se sua bandana estava bem amarrada umas 3, sentou ao pé da cama e respirou fundo, fechou o olho por um momento, mentalizou seu sonho de ser reconhecida, seria uma grande shinobi um dia, ela tinha certeza e faria de tudo para isso. Abriu seus olhos e se dirigiu até a porta e saiu com passos rápidos até o quadro de missões da vila.
   Já existiam algumas pessoas cogitando qual missão pegariam para o dia de hoje, a menina se surpreendeu pois achava que tinha chegado muito cedo, queria escolher com paciência, assim então ela se direcionou ao quadro de missões e ficou encarando ele por um tempo, ela acabou sendo atraída por uma em específico que parecia com certa urgência, algo sobre um estudante da academia ter sumido, com certeza iria pegar esse, a menina ia virar para reportar isso mas pensou melhor, já que andaria pela vila inteira, veria se não tem alguma outra missão para fazer, mais algum tempo depois achou mais três: uma era sobre a reforma da vila, teria que pintar certas cercas e muros por Konoha, também teria que achar um ladrão de comida que vem assombrando os restaurantes junto com um engraçadinho que está se disfarçando de Senhor Feudal, Tsubaki estava meio receosa por pegar tantas missões mas tentou ter fé em suas habilidades.
   Começou primeiramente com o mais grave, um estudante havia sumido e ninguém parecia conseguir acha-lo, a menina saiu do recinto pensativa com o que poderia ter acontecido com o ninja e começou a lembrar de seus tempos não tão distantes de academia, lembrava que existia um lugar passado pelas gerações de estudantes da academia como um refúgio para as crianças brincarem, ficava perto do Campo de Treinamento de Konoha, a menina decidiu ir para lá em velocidade máxima pois qualquer segundo a mais poderia ser crucial na vida deste estudante.
   O local em si não tinha nada em especial além da tradição, era uma cachoeira no meio da floresta com pedras que era utilizado muito para nadar, mas acho que o principal também é que os alunos faziam aquilo como um desafio de provar que você era um bom ninjas, geralmente estudantes do ultimo ano da academia desafiavam novatos, jogando eles lá e fazendo ele subir, era um trote muito ruim mas foi desse jeito que Tsubaki conseguiu aprender a concentrar o chakra em seus pés. Tentando não perder tempo Tsubaki pulou na cachoeira e não deu outra, em um pedaço de terreno estava uma criança aos prantos toda suja e com a perna fraturada, Tsubaki chegou perto para tentar acalmar a criança.

   - Calma garotinho, o que aconteceu com você? - Tentou falar a menina do jeito mais sereno possível

   - E-eu não.... fui.... eu não con... - A criança tentava se comunicar mas sua mente estava tão exausta e traumatizada que não conseguia parar de chorar
 
  A jovem vendo a situação resolveu que seria essencial remover a criança dali e levar para os médicos, então com calma Tsubaki abriu os braços e pediu gentilmente para a criança se agarrar no pescoço dela, a criança obedeceu, a menina nunca tinha sentido uma vontade de viver sendo exprimida tão intensamente em suas roupas pelo choro ou pela forma que a criança apertava o corpo de Tsubaki usando todas suas energias, após verificar que ele estava bem firme, a menina subiu novamente a cachoeira e levou a criança para o primeiro posto médico que viu, não queria largar da criança por um instante e por isso assistiu todo o procedimento médico realizado e, após a criança se acalmar e acabar dormindo a jovem ficou mais tranquilizada se despediu das médicas e foi embora, queria saber o porque daquela criança estar daquele jeito mas achava que não era da sua conta além de ter mais missões para fazer.
  Já tinha realizado uma das quatro missões e já tinha sido intensa desse jeito, a menina saindo do posto média se espreguiçava enquanto um velho com roupas exuberantes passava pela sua frente, a menina parou um minuto com as mãos para cima, piscou uma vez, piscou duas vezes - Não pode ser verdade... - Limpou bem seus olhos, se beliscou no braço e olhou novamente, quem estava ali era uma grande figura do país, o Senhor Feudal estranhamente desacompanhado, Tsubaki se deixou levar pela emoção e foi cumprimenta-lo, chegou na frente e se curvou - S-senhor Feudal, é muito perigoso o senhor estar andando por aí desacompanhado! - O senhor pareceu espantado e sem saber como reagir, mas logo fechou o semblante.

  - Claro que não, aqui em Konoha sei que estou seguro tendo ninjas tão competentes como você, minha cara - Disse com um tom de serenidade 

  - Precisa de alguma coisa em sua estadia aqui? - Respondeu prontamente Tsubaki

  - Claro que não... - O homem pausou por um tempo e retornou - Na verdade, eu acho que você poderia me conseguir alguns takoyakis? - Sorriu o homem

  - Tako...Yakis? - A menina parou um pouco confusa, olhou para o rosto do homem - Porque o detentor de todas as riquezas do país do fogo iria me pedir um Takoyaki? - Pensou ela que ficou encarando a cara do senhor Feudal

  O silêncio era um pouco desconfortante, o homem manteve o sorriso na boca mas começou a ficar muito nervoso, um pouco de suor começou a escorrer pela testa e nesse tempo a menina lembrou da missão que tinha acabado de pegar, o semblante dela mudou completamente, ela estava nervosa por ter sido engranada.

  - B-b-bom, era só algo que  eu estava com vontade, sabe? Bem que você poderia comprar uns não? - Dizia o homem meio desconsertado

  - Ta..ko...ya...kis? - Dizia Tsubaki andando lentamente com punhos fechados.

  Quando o chegou perto o suficiente do homem, Tsubaki deferiu um golpe certeiro na boca do estômago, foi o suficiente para a transformação se desfazer, seu palpite arriscado estava certo, o homem se transformou novamente em um outro velho um pouco acima do peso, um odor de bebida emanava do velho, a menina não conseguia ficar mais nervosa, retirou sua kunai e colocou no pescoço do homem.

  - Já que você não dá uma boa utilidade, eu vou. - Dizendo isso ela segurou no braço do homem e começou a sugar seu Chakra até deixar ele mais fraco, e devida a lesão com a bebida e o tempo de uso desse jutsu, o homem já não tinha muito chakra sobrando o que levou ele a desmaiar, Tsubaki então arrastou o homem até o centro médico e explicou a situação para as enfermeiras novamente.

  Saindo da enfermaria novamente a menina olhou para o céu, ainda tinha muito tempo para o anoitecer, esse seria o tempo perfeito para armar uma emboscada par ao ladrão, já que ele estaria na ativa, era um dia bonito então faria mais uma atividade, que seria pintar as cercas e muros. Passou no Gabinete do Hokage pegar as tintas, infelizmente não foi agraciada pela vista da Hokage, ela parecia andar bem ocupada como sempre, ao invés disso um Jounin acabou entregando as tintas e pincéis para a recém formada Gennin, Tsubaki agradeceu propriamente e saiu então para sua missão, havia sido explicado que não eram muitas cercas o problema é que elas eram espalhadas por Konoha, pensando nisso, Tsubaki foi para a biblioteca de Konoha verificar se existia algum mapa, demorou um tempo mas ela conseguiu achar um mapa e começou a pensar em uma rota, ela faria um círculo e seria menos desgastante, começando pelo Leste de Konoha, e assim fez. Era um trabalho bem cansativo e além de tudo entediante, ela começou bem entusiasmada mas a partir do terceiro muro já não estava mais com tanta vontade e quase sucumbindo a fazer um trabalho meia boca, respirou fundo e continuou seu trabalho seguindo a rota que tinha planejado, não tinha nada de complexo ou especial naquele trabalho mas não tinha outro jeito além de começar por aqui, a menina sabia que se quisesse parar com essas coisas teria que se preparar para virar Chunin e isso era um passo importante.
   O dia foi passando enquanto a atividade era feita, o sol já posto quando ela terminava de pintar um último muro que ficava ao lado de uma banquinha de Ramen, a menina após terminar sentou no restaurante e esperou um tempo para descansar, depois pediu um Ramen para comer e retornar as energias, sabia que existia uma atividade em pendente, após 5 minutos o senhor do Ramen berrou no fundo da loja, Tsubaki se alarmou imediatamente e foi correndo com uma Kunai na mão, a cena que ela viu não era muito boa, o estoque do dono da loja estava todo vazio com um grande rombo na parede, como isso era possível? ninguém tinha ouvido nada, a menina se culpou, o dono da loja estava aos prantos de joelhos, era uma cena triste. A menina não pensou duas vezes, saiu pelo buraco e começou a pensar para onde poderia ter ido, era impossível ter ido muito longe com aquela quantidade de itens, mas não duvidava, subiu em cima de uma das lojas para ter uma visão melhor da vila e ficou olhando os lugares, era muito ruim pois estava de noite, felizmente uma noite sem nuvens o que facilitava um pouco. Não deu muito tempo ela avistou uma carruagem com pressa indo sentido norte, ela não teria outra chance naquela noite, rapidamente foi em sentido a carruagem em velocidade máxima, demorou um tempo mas ela conseguiu chegar perto, nisso a menina subiu em um prédio ali perto, foi levada pela emoção do momento e pulou em cima da carruagem, o cavalo se desequilibrou um pouco mas correu tudo bem, o homem que estava no comando tentava ao máximo se mexer e fazer os cavalos andarem de uma forma instável para tentar derrubar a Gennin, ela estava em cima de algumas mercadorias e essas tentativa quase da certo, ela teria que parar isso de alguma forma sem machucar os animais indefesos, em um ato de que pode ser considerado loucura, a menina pulou para cima do homem em cima da carruagem, fazendo os cavalos partirem um rumo sozinhos, isso seria lidado depois, o importante agora era o homem que tinha caído com ela.
    Não foi uma queda fácil, a menina torceu forte o seu braço esquerdo, estava muito difícil a movimentação, o homem pareceu menos ferido já que seu corpo era maior e mais resistente, ele estava coberto em mantos marrons e com um pano tampando metade de sua cara junto com um capuz.

  - Você não vai sair dessa tranquilo! - Gritou a menina com certa ira.

  - Não vou é? E o que você vai fazer menina? - Disse o homem em tom de deboche removendo a máscara, ele era uma pessoa comum, entretanto tinha uma cicatriz feia na bochecha que ia até a orelha.

  O homem não deu muita chance para conversa e começou a fazer selos com a mão, ele era um usuário de Katon, os selos foram feitos e o homem levou a mão direita a boca deixando um espaço em aberto: Katon: Gōkakyū no Jutsu - A menina ficou com o semblante sério, o inimigo não sabia mas ela não era como qualquer outro, levantou sua mão direita e abriu sua palma, a mesma de suas marcas. Uma grande bola de fogo saiu da boca do homem e do mesmo jeito que saiu, foi absorvida rapidamente pelo Kekkei Genkai da menina, o homem ficou perplexo, nunca tinha visto algo do tipo.

  - Cansou de brincar? Acho que é minha vez. - Disse a menina apontando novamente a mão para o homem.

  Meiton: Jajimento - A menina expeliu da mão uma chama azul com a mesma intensidade do jutsu que foi inferido nela, o homem ficou sem reação e acabou levando as chamas em sua totalidade, levando ele a ficar bastante ferido, a menina aproveitou essa brecha de momento e correu rapidamente em cima dele para finalizar com um soco no rosto, levando ele a desmaiar. Não era algo que queria mas fazia parte do trabalho, Tsubaki carregaria o homem até uma autoridade mais perto para lidar com o homem.

  - Fico impressionada que existam ainda esse tipo de gente por aqui em Konoha - Tsubaki falava para si mesmo enquanto carregava o corpo desmaiado do homem.

  Entregou para um Jounin que prontamente iria prender o individuo, o homem agradeceu a menina por seus serviços assim como o trabalho que havia feito naquele dia, passara o dia inteiro fazendo tarefas, a exaustão já tinha tomado seu corpo inteiro e não sabia mais se ia aguentar muito tempo. A menina agradeceu a gentileza do homem e foi o mais rápido que podia para casa repousar, no outro dia pensaria em suas recompensas, mas agora sua cabeça só tinha um lugar, que era no conforto do seu quarto.