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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 25 DG
Primavera
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
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Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
Akeido#1291
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Havilliard
Havilliard#3423
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Ainda estava sendo atormentada pelos estranhos sentimentos que conflitavam em sua mente, resultados da fuga do único lugar que acolhera-a. Incomodada a todo momento, era como se estivesse prestes a colapsar. Respirou fundo. A mudança de ares ainda não resultara em nada, embora fosse realmente muito cedo para se concluir algo. Ela sequer tentava. Haviam coisas mais importantes para se fazer; precisava, a qualquer custo, tornar-se mais forte, independente. Dependera de um total estranho e um acaso para ser capaz de evadir Kumogakure, e isto envergonhava-a profundamente. Apenas lamentar não lhe levaria a lugar algum, se levasse, já teria progredido o suficiente para ser autossuficiente. Sabia o que necessitava fazer, era óbvio. Sua única opção. Treinar e treinar, até os músculos enrijecerem e o pulmão falhar, até as pernas fraquejarem. Pensou em passar no endereço que Sousuke lhe passara, para trocar suas vestes e tomar um banho, mas poderia fazer isto depois, teria todo o tempo do mundo. Aquilo não podia esperar. Caminhou por alguns minutos, descobrindo os caminhos estreitos entre os prédios altos daquele lugar, procurando por onde treinar, um campo aberto ou algo do tipo. Não tardou a achar. Parecia até mesmo pertencer a outro plano, um oásis na selva de pedra. Ficou receosa a princípio, perscrutando os arredores, se certificando que não haveria ninguém para incomoda-la durante todo o tempo que estivesse praticando. Estava tudo bem, pensou. Iria começar.
Largou sua lança, despejando-a delicadamente sobre o terreno rochoso, logo em seguida desprendendo a pequena bolsa em sua coxa e colocando-a ao lado da IXA, ambas jazendo no solo duro. Olhou ao redor outra vez, agora com menos preocupação, apenas para situar-se. Sentiu o ar penetrando em suas narinas, o odor rude que adentrava junto com ele. Sua visão, por todos os lados, era limitada pelas altas construções, apenas podia enxergar o céu acima. Bateu o pé sobre o solo algumas vezes, sentindo a firmeza abaixo de si, tentando se acostumar com dureza do terreno. Correu por alguns minutos, numa velocidade relativamente alta, controlando sua respiração o melhor que podia com o pouco conhecimento anatômico que tinha, apenas percorrendo os limites da área livre que tinha descoberto. Seguiu por alguns minutos, até que seu corpo começou a alcançar suas limitações; a respiração ofegante, as pernas mais pesadas. Suor pingava em sua testa, secou com a mão. Era disso que se tratava ultrapassar seus limites, precisava continuar correndo, mais e mais, até que caísse desmaiada. Não importava o esforço necessário.
Parou por um momento, recuperou o fôlego. Recomeçou sua corrida. O bater rítmico de seus pés ditava a canção de sua aprimoramento, ora acelerada ora atenuada. Corria e corria, mesmo sentindo suas pernas arderem sobre a tensão imposta sobre os músculos. Continuou até não poder mais. Mais, mais, mais. Gastou cada gota de energia que possuía estocada em seu corpo, esgotando suas reservas no pouco tempo de prática que tinha. Não estava acostumada mas era um começo. Fitou o céu levemente escurecido; já passara algum tempo treinando. Ficou satisfeita com si mesmo, decidiu que merecera o descanso. Parou e partiu.

Shizue: Hp: 200; Ck: 500; Sta: 0/3; Depressão: 0/3.

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Era uma manhã atípica aquela, a brisa matinal não era a mesma, o Sol não se esgueirava pelas nuvens para dar seus primeiros feixes de luz aos mortais. Uma estranha névoa tomava o ar, trazendo sobre a vila um negrume fantasmagórico e deixando todos nela a mercê da visão prejudicada. Mal podia se enxergar o que estava a um palmo de distância, embora silhuetas próximas fossem visíveis através do nevoeiro. Tudo aquilo parecia à ela um estranho filme de terror; uma névoa que chegava inundando o ar, obscurecendo a visão de todos na vila, enquanto todos jaziam na escuridão. Em breve algo aconteceria, tinha certeza. Resolveu se preparar.
Como sempre, havia encontrado uma casa abandonada para se abrigar durante a noite — haviam muitas dessas em Iwagakure, o que tornava muito mais fácil sua estadia por lá enquanto não falasse diretamente com a Tsuchikage a respeito de sua chegada. Observava do alto da janela as sombras que se moviam distantes, borrões dançantes na escuridão. Uma ideia lhe ocorreu, chakra. Ponderou alguns instantes sobre as estranhas circunstâncias que haviam caído sobre a vila naquele exato dia; era primavera, quase verão, não fazia sentido que o ar estivesse tão denso e gélido como estava. Uma obra de alguém, supos, e não teria este usado sua técnica sem alguma finalidade, poderia ser algo grande ou pequeno, não importava. Precisa descobrir o que era e rápido. Ativou sua técnica ocular, os olhos se tornando totalmente brancos como o leite, as veias ao redor de seus glóbulos oculares saltando ante a pala. Sua visão logo foi inundada com chakra, em todo lugar, frente e atrás, em todo o seu redor. A névoa se constituía puramente de chakra. Confirmadas suas suspeitas o próximo passo se fazia óbvio, precisava encontrar o criador desta e neutraliza-lo o mais rápido que pudesse, não poderia deixar aquele lugar em total escuridão por muito mais tempo; em breve, imaginou, o caos começaria, saques, roubos e afins. Muitos se aproveitariam da vulnerabilidade causada e talvez fosse esta a razão principal da técnica. Saltou do peitoril, pousando no nível da rua, subitamente atingida em cheio pelo ar gélido da rua. Olhou ao redor instintivamente, mas era tudo em vão. Não enxergaria muita coisa através de suas olhos nus e o Byakugan estava cego pela assinatura onipresente de névoa. Seguiria apenas por sua inteligência, indo em direção aos locais que faziam mais sentido para se lançar algo daquela escala. Um ponto alto, é claro. Iwakugakure possuía vários pontos de vantagem para alguém que quisesse conjurar uma técnica daquele porte, era construída sobre rochas, montanhas. Seguiu pela própria rua, sabendo que ela levaria-a morro acima, até o ponto que achava ser o maior dentro do vilarejo. Aos poucos viu as sombras se tornando mais nítidas; uma figura em estado de total concentração, com um selo de mão executado continuamente, outros dois flanqueando-o de ambos os lados. A situação se fazia óbvia pra ela, tinha a chance de neutralizar a ameaça; não hesitaria. Aproveitou não ter sido notada e afundou uma das mãos na pequena bolsa da cintura, destacando um par de kunais. Repensou sua estratégia, guardando as armas de volta no lugar. Pariu então com a IXA em punho, golpeando as nucas dos que serviam de guarda para o conjurador, deixando-os inconscientes no ato.
A névoa dissipara-se no mesmo momento, deixando a luz atingir vigorosamente a vila. Um breve relance aos corpos desmaiados, em breve algum oficial perceberia toda a situação e aprenderia os tais; não era o trabalho dela. Voltou para o centro, em busca de outra casa abandonada para passar a noite.

Shizue: Hp: 200; Ck: 495; Sta: 0/3; Depressão: 0/3.

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Acordou com uma inquietação inusual dentro de si, uma vontade infantil e frugal de mascar chiclete. Essa estúpido, claro, não deixou de notar isso. Mas ainda sentia vontade. Fez seu caminho pelas estreitas ruas de Iwagakure, obscurecida pelas altas sombras dos prédios pontiagudos que preenchiam a vila. Não estava longe do centro, sabia haver lá uma loja especializada em tipos diversos de guloseimas; não havia comido nenhum dos seus doces preferidos desde que pisara na Pedra, talvez fosse era a hora.
O visual colorido da loja era um contraste gritando com o cinza e marrom dominantes em todo o vilarejo. Dentro da loja um garoto, provavelmente de idade semelhante à Shizue, fazia uma bizarra demonstração de um estilo de luta que utilizava o chiclete mascado em sua boca infundido com chakra. Por alguns momentos ela apenas observou, perdendo de súbito o interesse em comprar seu doces. A técnica chamara mais sua atenção. Entrou rapidamente na loja, comprou um punhado de chicletes e foi embora. Se dirigiu diretamente a uma área aberta longe dali, uma que já utilizara anteriormente para seus treinos.
Mascou um dos chicletes e tentou colocar seu fluxo de chakra sobre o mesmo. A primeira tentativa fora desastrosa, com a goma sendo incapaz de conter o fluxo desenfreado das energias da garota. Desembrulhou outro chiclete e tentou outra vez; agora, controlou mais rigidamente o chakra, colocando-o de maneira mais suave. Tinha um repertório relativamente amplo no controle de seu chakra, de experiências anteriores que fizeram a habilidade necessária. Obteve sucesso em sua última tentativa, desenvolvendo a técnica que utilizava seus chicletes como parte de um estilo de luta. Testou suas possibilidades, desenvolvendo grandes esferas que serviriam para flutuar sobre ou aprisionar os oponentes; tiros condensados de chakra e do doce, que agiriam como teias prendendo seus oponentes a paredes ou afins. Sentiu-se satisfeita consigo mesma. Descartou o chiclete usado na técnica e pegou seu último, mascando esse pela pura e simples apreciação do açúcar.

Shizue: Hp: 300; Ck: 500; Sta: 0/4; Depressão: 0/3.

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SÓ AVALIA DEPOIS DA MEIA NOITE EH NOES

Despertou aflita e tormentada, os lençóis daquela cama sem dono estavam úmidos com o mesmo suor que também empapava os travesseiros; havia tido um pesadelo, tão real que a assustava. Passou a mão abaixo do seio esquerdo, tateando freneticamente em busca de um ferimento ou cicatriz, algo que provasse não ter sido aquilo apenas um sonho perturbador. Estava incólume, embora exausta, como se o esforço tivesse sido verdadeiro; a cabeça doía, ao menos, a pior ressaca que poderia ter. Esfregou os olhos, perscrutando os arredores. Havia se tornado mais descuida ultimamente, invadia casas simplesmente por terem suas luzes apagadas, sem ter a real certeza de que estava vazia devido a uma saída necessária dos donos ou realmente abandonada há tempos. Aquele hábito estava se tornando perigoso, precisava falar com a Tsuchikage o mais rápido possível a respeito de sua situação, adquirir uma casa de verdade onde pudesse dormir tranquilamente sem o medo de ser acordada no meio do noite ou no começo do dia porque havia descoberto sua invasão. Não seria saudável para sua mente ter de viver nesse constante estado de fuga, mas só poderia esperar; a líder da Pedra estava no meio de algo, descobriu por meio de conversas que circulavam pela vila. Uma missão, viagem diplomática, pouco importava. Haviam poucas coisas que poderia fazer neste meio tempo para que sua mente ficasse livre de quaisquer preocupações. Precisava se ocupar.
Ergueu-se do colchão de penas com uma expressão quase de dor no rosto, mas não dor física e sim uma mescla de preguiça e ansiedade que se manifestava daquela maneira em sua face. Por sorte, dormira sem suas roupas, puro acaso talvez, mas o fizera. Não teria de lava-las para afastar o odor do suor que produzira no sono, mas ainda precisava lavar a ela mesma. E os lençóis, é claro, para o caso de alguém voltar para aquele lugar. Recolheu-os, junto com os travesseiros e o fino tecido que forrava a cama; vagou pelo grande corredor, em busca de um cômodo com uma máquina de lavar ou coisa do tipo. Encontrou. Depositou tudo que carregava lá e em seguida partiu para um banho.
Lavada, colocou suas vestes no corpo, recolhendo seus itens despejados ao lado da cama, e saiu pela janela. O ar estava fresco, um contraste tão grande com o interior da casa abandonada que a sufocou. Mesmo assim, era uma sensação boa, melhor do que estar lá dentro respirando pó e sujeira. Pé após o outro, iniciou a movimentação de seu corpo pelas ruas amarronzadas de Iwagakure.
As imagens que foram reproduzidas por sua mente durante o sono imediatamente voltaram a memória; lutava contra alguma coisa, não se lembrava o que era, mas a derrota fora devastadora. Por mais que forçasse-se não conseguia lembrar quem ou o que, nem mesmo qual o motivo do conflito. De todo modo, não conseguia se concentrar naquilo enquanto andava por ruas tão povoadas, com um burburinho ensurdecedor. Na Pedra, era como se nunca fosse silencioso e era difícil de se imaginar tal coisa num bioma tão agressivo e inóspito. Fez seus passos por vielas menores e menos frequentadas, um caminho já conhecido por ela que levaria diretamente a seu espaço secreto, uma área aberta e serena, uma espécie de parque. Algo como aquilo, aqui, era o equivalente a um oásis no deserto. Como já havia feito o percurso algumas vezes, em geral do centro até o local, não tardou a chegar.
Sentou-se sobre a sombra provocada pela copa de uma árvore, suas costas se apoiando no tronco.
As memórias voltaram rapidamente, mas logo perdeu sua consciência; entrou num estado semelhante ao transe, novamente presa dentro de si mesma.
Encontrou-se num lugar escuro — acima de sua cabeça se estendia uma imensidão negra, substituindo o que deveria ser o céu —, cercada por água rasa. Seus movimentos formavam pequenas pertubações na água, criando minúsculas ondas. Não havia nada além daquilo, apenas água e um céu negro. E mesmo assim enxergava claramente.
Teve um lampejo esclarecedor, entendendo o que era aquilo: Sua consciência. Uma imagem de si mesma apareceu em sua frente, mesmas vestes, o mesmo olhar frio e penetrante. A lança em punhos. Ela, a verdadeira, não tinha a sua. Nem mesmo a pequena bolsa que amarrava na cintura, estava com as mãos nuas contra sua imagem espelho. Inconscientemente já sabia; tinha uma postura defensiva, os pés espaçados de maneira a já se preparem para alguma movimento, os punhos erguidos e as mãos preparadas para o que fosse necessário. Seria atacada por ela mesma. A imagem moveu-se muito mais rápida do que ela mesma era capaz, um avanço que a desfez em um borrão.
Evoluir. É o que minha mente está me dizendo, sou minha própria barreira, minha própria adversária, impedindo a mim mesmo de melhorar. O que devo fazer? Como reagir, como me defender?
A imagem continuava avançando, porém mesmo com sua velocidade cegante parecia nunca alcança-la. E movia-se, movia-se.
Mas nunca chegava.
Teceu os selos, padronizando seu chakra para a execução de uma técnica. Conjurou fogo, criando-o em seu ventre, conduzindo-o por seus pulmões, expelindo pela boca. De início uma torrente desenfreada, cuspida, excomungada daquele corpo. Com a energia de sua usuária tomou a forma de um dragão, sua boca aberta e rugindo com furor. A técnica atingiu em cheio sua imagem, desfazendo-a numa tímida nevoa. Subitamente, foi devolvida ao mundo exterior.
A cabeça doía ainda mais, latejava. Olhou ao redor, checando a presença de seus itens. Estavam lá. Refez mentalmente os passos de seu breve treinamento. A maneira como o chakra fluirá diferente de seu corpo daquela vez; sentira todo o processo de execução da técnica, da criação do fogo dentro de si até a expulsão dele. Sua energia pulsara enquanto fluía, dando a ela total conhecimento do caminho percorrido. Conhecimento. Uma evolução pessoal em suas capacidades, especificamente na de conjurar seus Ninjutsus.
Conhecimento também é poder. O simples fato de ter adquirido aquilo e progredido por conta própria lhe alegrava. Respirou profundamente a brisa matinal, inundando seus pulmões como aquele ar limpo. Espirou. Caiu no sono ali mesmo.

Shizue: Hp: 300; Ck: 525; Sta: 0/4; Depressão: 0/3.

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Embora fosse o verão Shizue não se encontrava em clima de veranear; dado o último acontecimento — o sequestro e a tortura — não se sentia confortável ficando parada. Já não conseguia mais se lançar em repouso, deitada por horas e observando o mundo exterior através da janela. Não. Seu infortuno capítulo demonstrara que ainda havia muito a aprender, muito a desenvolver para que pudesse defender-se por conta própria. Pensou em seu novo poder, as correntes de chakra que se manifestaram quando mais precisou, dilacerando a carne daqueles que se levantaram contra ela. Mas aquilo, embora não muito distante no tempo, era passado.
Com os raios solares começando a se tornarem incômodos sobre sua pele, ergueu-se, esfregando os olhos turvos. Quanto tempo havia perdido parada? Não sabia ao certo, mas podia supor; muito.
Espreguiçou-se, dando uma última olhadela através do vidro, a multidão se apinhava em cada canto do comércio, em busca de seus produtos desejados e necessários. Despiu-se das roupas de cama, expondo ligeiramente sua nudez à luz morna. Vestiu uma calça leve, que se juntava ao contorno de seu corpo sem ser rígida ou desconfortável, depois calçou seus tênis. Por fim, alcançou a camisa branca pendurada numa extremidade de sua cama; abotoou cada botão com delicadeza frugal e alinhou a gola. Não usaria sobretudo hoje, o dia estava quente demais para isso.
Tinha em mente uma ideia clara sobre o que desejava fazer naquele, ideia esta que não necessitaria de suas armas, portanto as deixou em casa, repousando ao lado da cama.
Desceu as escadas, fechou a porta atrás de si. O contraste da temperatura interna e externa atingiu em cheio seu corpo, sufocando-a momentaneamente com o calor. Não lhe aprazia nenhum dos aspectos daquele clima em particular, preferia as temperaturas amenas que flutuavam entre o quente e o frio, mas mesmo nestes cenários a baixa umidade era constante; lábios ressecados, pele áspera. Não podia mudar o clima, por mais que desejasse. Só lhe restava acostumar-se ao mesmo e aprender a ignorar, mas já sabia que isso aconteceria com o tempo.
Caminhou com passo largos porém graciosos, sob a constante sombra dos prédios pontiagudos que se espremiam em Iwagakure. O destino já havia sido traçado antes mesmo de sair de sua casa: a biblioteca. Fazia-se necessário, segundo ela mesma, aperfeiçoar todos os aspectos de seus selos de mão; a velocidade, a execução e o entendimento como um todo. O grande prédio nunca estivera fora da visão da garota, se localizava numa região de morro, mais alta do que a área de residências e comércio. E, apesar da cansativa subida, não tardou para alcançar o mesmo.
As seções se estendiam até perdem de vista nas prateleiras, livros em diferentes línguas, sobre diferentes assuntos. Era tentador, mas ela não pretendia desviar de seu objetivo. Procurou pela seção de técnicas até encontrar um volume grosso que discorria sobre o ninjutsu em suas muitas facetas. Folheou até chegar ao capítulo cujo único objeto de abordagem eram os selos de mão, então levou o livro até uma mesa e debruçou-se sobre ele.
O conhecimento adquirido era algo supérfluo, o básico e pouco além disso. Mas era o que precisava para expandir seu conhecimento.

Shizue: Hp: 300; Ck: 525; Sta: 0/4; Depressão: 0/3.

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