A manhã havia sido perturbadora no Departamento da Polícia de Kumogakure. Vários T. Jounin estavam intrigados com a situação inusitada. Os sequestros vinham acontecendo a intervalos fixos há cinco meses e quase nunca tinham um desfecho trágico, talvez por isso não tiveram pressa de encontrá-lo, mas o corpo da mulher exposto numa das áreas de segurança trouxe muitas preocupações.

Estava pendurada de cabeça para baixo por cordas que envolviam seus pés, suas mãos estavam amarradas abraçadas ao próprio corpo, cortes incidiam desde as pernas até o pescoço. No chão, uma poça de sangue gigante ornamentava a cena, envolvendo-se nas raízes da árvore, onde, em seu tronco, estava escrito uma mensagem nada cavalheiresca: "vadia". A letra era cursiva e claramente tremida, como se quem a escreveu estivesse muito nervoso.

O shinobi fora chamado apenas para dar um suporte a investigação, que agora parecia tomar ares sérios.

Considerações:

— Isso não faz o menor sentido — Esbravejou a médica, analisando a cena do crime pela segunda vez. — Isso não pode ter relação com os casos anteriores. — Essa era a dúvida que todos os demais tinham estampadas em suas faces. — E eles acham que essa criança vai resolver as coisas? — Virou-se para o gennin com visível transtorno.

Ela estava cansada daquele caso. 7 meses perseguindo um sujeito que desaparecia com as vítimas, as entregava e perfeito estado em suas casas depois de um mês e sequestrava uma nova. Todos os testemunhos sempre indicavam que o homem não fazia absolutamente nada com elas, além de observá-las com uma expressão estranha durante o tempo do cárcere, mas nenhum dos casos jamais apontou assassinato, nem abuso ou agressão.

A médica deu os relatórios para o shinobi, apontando as últimas três vítimas. O perfil delas era praticamente o mesmo, todas loiras de olhos azuis com idade variando entre 24 a 28 anos com uma pinta no queixo.

A defunta a sua frente correspondia ao perfil,  embora suas raízes começassem a descolorir, indicando que tratava-se de loiro falso.

Os endereços variavam, a última morava próximo ao escritório do Raikage, a penúltima numa área mais afastada e a antepenúltima morava próxima a um dos parques do local.

- Fique a vontade para falhar nessa missão garoto, eu estou exausta. - Disse, finalmente dando ordens para que o corpo fosse recolhido.

Legista/Investigadora:

Considerações:

A mulher ficou de boca aberta por alguns segundos, olhado do corpo para o garoto como se só então percebesse esse tão importante detalhe. Abriu a boca algumas vezes na intenção de contestar, mas não tinha argumentos para fundamentar-se.

- Sim...Estão no relatório. - Falou, hesitante, a bravata de outrora perdendo o sentido. - Aparentemente é uma criança de dez anos de idade, com cabelos loiros, olhos azuis e uma cicatriz funda abaixo da bochecha direita.

Legista/Investigadora:

Considerações: