A longa jornada havia há pouco começado. O jovem prodígio agora tinha pretensão de expandir seus horizontes, de modo que fosse possível explorar todo os conhecimentos do mundo. Agora pretendia a ciência, entender todos os fenômenos que poderiam ser vivenciados e explicados por ela. Sentou-se, em um curto pedaço de tronco, buscando conhecimento e inspiração interior para que assim se iniciasse sua jornada

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O garoto estava buscando certa inspiração. Sentado como se fosse conseguir inspiração ou aprendizado estando ali parado, tsc, o mesmo deveria fazer algo para mudar aquilo, foi quando sai de trás das arvores e olhei o mesmo - Esta tudo bem? você parece pensativo - Indaguei-o com astucia, cocei os olhos e balancei a cabeça esperando uma resposta da criança. 

A respiração estava calma e o dia tinha o clima ideal para uma tarde inspiradora. Foi quando, em certo tempo, um homem se apresentou. Ele aparentava ser jovem, sua voz soava bem e ele demonstrava nenhuma intenção maligna. Com sua voz um pouco áspera e em meio a uma tomada de ar, respondeu:

— Sim! Está tudo bem... — Deu uma breve pausa e continuou: — Na verdade, nada está bem. Eu me chamo Urameshi, Yusuke Urameshi. Sou Genin deste vilarejo e no momento estou em busca de engrandecimento científico. Infelizmente, para meu infortúnio, não consigo saber por onde ir para adquirir o tipo de conhecimento que procuro. O senhor aparenta ser mais velho do que eu. Teria alguma dica?

Continuava sentado de forma paciente esperando que o homem pudesse lhe dar alguma resposta.

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O homem olhava para o garoto e coçava a cabeça. Fechou os olhos por alguns instantes como se estivesse "Pensando" o mesmo refletiu por uns minutos e disse em tom suave para que o menino pudesse ouvir. - Eu conheço uma pessoa. Seu nome é Uramihcoro ele possui um laboratório ao Noroeste da fronteira da vila, dizem que ele foi um ninja de elite que desertou sua vila e agora vive nesse bunker, bom, essa é a informação que posso lhe passar, boa sorte em sua jornada menino - O rapaz suspirou fundo e foi se afastando do jovem aos poucos.

A resposta, como esperado, veio. Escutou tudo o que tinha a dizer com atenção e quase gargalhou quando escutou aquele nome, mas se conteve. Balançou a cabeça como se respondesse com um "sim". Se afastou indo em direção ao noroeste da vila. Na saída, soltou:

 — Muito obrigado! Sua ajuda será de grande valia.

Continuou sua longa caminhada até os confins da vila. Estava na periferia, onde não havia ninguém. Aquele lugar não se assemelhava em nada que pudesse remeter à Konoha existente dentro da cabeça dele. Nessa área desértica procurava algo que pudesse se assemelhar a um bunker, ou que pudesse conter um. Encontrou, ali, em meio a duas construções abandonadas, um velho galpão surrado caindo aos pedaços. Pensou: devo procurar neste galpão, posso sentir algo vindo de dentro dele. Poderia ser o destino agindo, ou mesmo uma força sobrenatural que fez Urameshi acertar o lugar na primeira tentativa, o fato é que ele o fez. A medida que entrava no galpão podia sentir um clima estranho. O breu tomava conta daquele lugar e as teias de aranha já se acumulavam nas arestas existentes. Quando, num tropeço, percebeu a existência de um porão. Abriu as portas que davam acesso ao porão e adentrou descendo as escadas de madeira apodrecida que ali estavam. A madeira estava tão podre que não conseguiu sustentar o peso do jovem, provavelmente tinha a mesma resistência de um papel.

A queda gerou um barulho estrondoso. Quando se levantou veio a surpresa, um homem alto e magricelas o esperava em sua porta. Ele aparentava pouca saúde, quase nenhuma. Parecia definhar aos poucos naquele buraco. Rapidamente se recompôs e tratou-se de se apresentar:

— Me desculpe a intromissão e se atrapalhei alguma coisa importante. Me chamo Urameshi e você deve ser o Uramihcoro. — Falou de forma nervosa e apreensiva, aquele homem gerava certo medo. — Bem, se não for pedir demais eu gostaria de treinar meu cérebro com você. Sei que você é um dos maiores cientistas que já existiu!

Ficava ali, imóvel, engolindo a saliva e esperando uma resposta que trouxesse maior tranquilidade.

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Alguém estava próximo. Sem duvidas era o mesmo chakra, o mesmo garoto... Ele era bom em achar lugares isolados, agora, o mesmo deveria ser digno de ser meu aluno. - Vejo que encontrou meu esconderijo - Olhei atentamente nos olhos dele e retirei meus óculos escuros mostrando meus olhos de "cobra" para ele, sim, fiz você vir até aqui, pois não podia simplesmente traze-lo. Então o que você deseja mesmo? poder? - Suspirei e esperei a resposta do mesmo.

O nervosismo logo demonstrava sua inutilidade. O homem foi um tanto quanto condescendente, aliviou-se enquanto expirava uma grande quantidade de ar. Quando deu conta, aquele era o mesmo homem encontrado anteriormente. Surpreendido, escutou bem o que ele tinha a dizer e retornou:

— Entendo! Você me deixou surpreso! Se você considera o conhecimento como uma forma de poder, então a resposta é sim! O meu intuito aqui, como dito anteriormente, é desvendar todos os mistérios que existem. Desejo resolver todas as dúvidas que existem e que minha alma anseia por respostas concretas.

Os olhos de serpente agora chamavam a atenção. Permaneceu ali, em pé, esperando uma nova ação do que poderia ser um novo Sensei.

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- Primeiramente, você deve ler muito e saber ler muito - Disse Uramihcoro. Assim fez o garoto lhe seguir até uma sala do bunker. Sem duvidas o mesmo parecia bem pequeno por fora, porem como todo o imóvel parece pequeno por fora, esse não era diferente. Após andarem algum tempo finalmente chegaram a uma sala. Uramihcoro abriu sua porta e mostrou uma biblioteca gigante com mais de mil livros presentes nela, assim suspirou e sorriu para o garoto. - Pode começar a ler, todos os livros presentes aqui são relacionados a Ciência, leia todos e será um sábio mas lembrasse. Todo o estudo possui um preço e sei o conteúdo de todos os livros que aqui estão devido minha memória fotográfica. - Saiu e deixou o jovem com os livros.

Os ouvidos se atentaram bem ao que tinha a dizer. Livros, certo? Talvez não tivesse encontrado desafio tão simples até agora. A verdade é que os livros denotavam aquilo pelo que ele era apaixonado. Sentimento tão puro quanto aquele só era encontrado no amor entre mãe e filho. Sem dizer nada, sentou-se numa cadeira e já reuniu cerca de dez livros sobre a mesa. Começaria pela matemática, a mãe das ciências. Estudou tudo, desde juros simples e compostos à inequações. Era óbvio que a matemática não seria tão simples de ser dominada apenas pela leitura. Exercitou, durante horas, com dezenas de livros diferentes, os mais variados problemas. Estudou, inclusive, matemática aplicada a computação e lógica. A mesma lógica conhecida por nós como lógica aristotélica, mas vista pela matemática e não pela filosofia.

Aprofundou ainda mais os estudos. Dedicava-se agora a estudar os limites, as derivadas e integrais. Estava a beira de perder sua sanidade mental de tão complicados que eram os exercícios. Aplicá-las no espaço não foi mais fácil, muito pelo contrário. Cada neurônio de seu cérebro estava a toda. Todo aquele conhecimento foi sendo absorvido aos poucos, justamente para não ser esquecido tão facilmente. Suas anotações já formavam grandes montinhos, superando, inclusive, a grossura de alguns livros. O fichamento era um ótimo método para guardar todo aquele conhecimento consigo, além de facilitar a retomada de aprendizagem no futuro. Cálculo, definitivamente, não era seu forte. Entretanto, venceu todo tipo de determinismo com puro esforço e dedicação dobrados, assinalando uma boa aprendizagem em algum tempo. Além disso, tinha conhecimentos provindos da academia que ainda lhe serviam bem. E, finalmente, após um longo período, sentiu-se preparado para avançar ainda mais.

Afundou-se na física, desta vez. Estudou tudo quanto podia sobre os fenômenos físicos, aprendendo sobre a mecânica clássica, a mecânica quântica, dentre outros. A matemática foi essencial, ajudando a esclarecer de forma mais branda tudo que acontecia no universo. Os porquês de não se conseguir empurrar uma montanha. Na física ainda conheceu um assunto que chamou-lhe a atenção, e falava a cerca da eletrônica, em princípio, a eletricidade. Conheceu então a resistência, a tensão, a corrente elétrica e a potência, conceitos essenciais que lhe serviriam como base profunda para entender melhor esse mundo eletrônico. Primeiramente, entendeu como a corrente elétrica fazia com que as coisas funcionassem. Lembrou-se, inclusive, da experiência vivida na fábrica de armas. Lugar onde existia um sala dedicada apenas à parte de automação, cujo fazia uso de um sistema eletrônico e dependia diretamente da eletricidade. Começou a entender, por fim, os circuitos, a programação e a lógica por trás de tudo aquilo.

Não obstante, continuou para a química. Aquela que explicaria como se dá a matéria e mostraria todo tipo de solução e fenômenos. Estudou a tabela periódica de cabo a rabo, aprendendo tudo sobre os elementos. Entendeu ainda acerca das ligações químicas e de todo o mundo químico por trás do que existia. Compreendeu ainda os ácidos, as bases, os óxidos e os sais, primordiais para o estudo da química. Aplicou novamente a matemática em diversos casos, como por exemplo o calculo da concentração molar de equações químicas. Desvendou tudo o que podia e que estava velado pela ignorância. As toxinas, neste ponto, chamavam uma atenção especial. Aprendeu muito sobre os tóxicos, a estrutura química deles e como sintetizá-los em laboratório. A farmácia também foi uma área bastante explorada pelo jovem, analisando várias composições e também como cria-las dentro de um laboratório. Ainda sim, existia um conhecimento necessário para entender melhor sobre a farmácia.

Tal conhecimento estaria contido na biologia, a ciência que estuda a vida. Aplicou-se ainda mais nos livros, ainda mais numa disciplina onde pouco usaria de matemática e pouco poderia ser testado de forma tão simples. Os livros, amontoados, eram lidos um a um. Com as folhas escritas a mão até aquele momento poderia se publicar uma enciclopédia inteira, dividida em alguns volumes. A mão doía e a cabeça também, mas novamente determinou-se a continuar estudando tudo e quanto pudesse. Enriquecer de conhecimento nunca seria demais, não poderia desperdiçar uma oportunidade de estar numa biblioteca tão completa quanto aquela, não existia nada como aquilo. Quanto à biologia propriamente dito, focou apenas no conveniente: os humanos. Entendeu melhor sobre as células, os tecidos etc. Ainda mais sobre como o corpo se comportava quando sobre estresse e tudo mais.

Finalizou, assim, a leitura dos mil e cento e doze livros que ali existiam. Era óbvio agora que sabia muita coisa de muita coisa. Suas anotações eram extensas e sua cabeça pesada, mas ainda continuava feliz. Ainda existiam outras áreas a serem estudadas, mas o conhecimento adquirido já era mais que suficiente para o que tinha como objetivo. Na realidade, chegou a um ponto onde poderia entender qualquer coisa existente baseado apenas nos conteúdos estudos, tudo por indução. Depois de toda a maratona, levantou-se calmamente e andou para fora carregando suas anotações em mãos. Saiu com um ar pesado em volta de si. Olhou então para Uramihcoro e disse:

— Este foi um dos melhores dias da minha vida, agradeço pela oportunidade única. Mas ainda tenho uma pergunta: isso era tudo que tinha a me oferecer?

Não queria demonstrar nenhuma forma de estrelismo, mas sim uma gana por toda forma de aprendizagem. E continuou ali, esperando uma resposta.

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Ele sabia que não era só aquilo, eu sinceramente queria ver como ele faria o próximo teste e assim pra ele e vi um pouco de mim de certa forma. Suspirei e disse enquanto caminhava em direção a sala de autopsias - Bom, eu voltei a sua vila a uns dias atrás, enquanto você estava estudando todos aqueles livros e matei um ninja importante, um jounin da elite e trouxe o corpo dele para cá, quero que você faça sua autopsia e descubra os segredos de sua kakkei genkai para que possa clona-la de certa forma, pois se da para fazer tudo com a ciência. - Abri a porta da sala, havia todos os tipos de objetos possíveis ali e logo voltei a olhar o mesmo - você esta disposto a fazer isso com alguém de sua vila? - Esperei sua resposta.

Olhou com bastante propriedade para o homem que agora apresentava um corpo morto. Seu coração bateu um pouco mais forte quando viu um companheiro de vila morto por aquele homem, ainda sim, resolveu seguir com clemência o brocardo: "tudo pelo bem da ciência". O corpo, já em cima de uma maca, não tinha mais utilidade alguma no mundo, com este pensamento, respondeu: 

— Uma pessoa não tem utilidade mais neste mundo em que vivemos, exceto seu sangue. Agora vou precisar de tempo.

A biologia agora seria mais que necessária para a realização dos procedimentos. Recolheu seus papéis que se referiam ao corpo humano e iniciou a dissecação. A primeira coisa que fez foi abrir os olhos daquele homem, tentando identificar se por acaso aquela seria uma Kekkei Genkai visual. Não conseguiu definir se o era, então partiu para uma análise sanguínea. Com uma seringa, recolheu uma quantidade considerável de sangue do morto. O sangue foi separado e colocado em diferentes lâminas. As lâminas foram direto para um microscópio, onde o jovem pode observar, com clareza, as células e os tecidos daquele homem. A partir da visualização de microscópio não foi possível definir nada, mas continuou por fim com um teste eletrônico. Desta vez, iria analisar a sequência genética do falecido, de modo a conseguir a observar se ele era, ou não, portador de uma Kekkei Genkai.

A análise iria demorar algumas horas. No meio tempo, enquanto estava sem nada para fazer, revisou o assunto de replicação genética para entender melhor como reproduzir o DNA alheio. Com o fim da análise foi possível perceber que ele era sim um portador de Kekkei Genkai. Com a ajuda de suas anotações conseguiu, enfim, definir que ele era alguém do Clã Kurama. Habilidade em Genjutsu extrema aquele homem tinha, realmente aquilo era algo invejável por muitos. Mais incrível ainda foi o fato dele ter morrido, de fato o seu Sensei era alguém a ser temido. A replicação do DNA não seria grande problema, principalmente agora que sabia qual era a sequência química formadora do gene que dava a característica especial dos Kuramas. Com paciência, recolheu alguns compostos químicos e utilizou alguns equipamentos avançados. Deste modo, criou, com proeza, um soro que conseguiria transportar a Kekkei Genkai dos Kuramas para qualquer um. Voltou-se para o homem e disse:

— Acho que agora estou pronto para finalmente me considerar um cientista, correto?

Aguardou a resposta pacientemente sentado em uma cadeira próxima dali.

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Apenas observei os movimentos do mesmo. Ele teria realmente lido todos os mil livros que eu havia escrito, cocei a cabeça por uns instantes a clonagem de DNA estava realmente pronta? Eu faria aquilo facilmente, porem era uma especie de teste para o mesmo, por isso pediria a ele, assim que o mesmo acabou peguei a seringa e injetei em mim pude ver certo poder fluindo, porem o como usar as habilidades era meio dificil de entender e foi então que lembrei da luta contra o membro do clã kurama, suspirei fundo e  puxei uma caneta desenhando alguns cachorros em um papel, cachorros ferozes e robustos em carne viva apareciam em nossa frente e logo sumiam ao meu comando - Bom, você ja pode se considerar um cientista de certa form, mas lembre-se que a ciencia é mais ampla do que apenas clonar kakkei genkai ou transplantar celulas, você pode criar qualquer tipo de toxina, fazer modificações geneticas e etc, tirando que a ciencia é sempre um aprendizado constante tudo que lhe ensinei aqui durnate esses meses voce precisa sempre por em pratica para não ficar para tras. -


- adentos -

Finalmente estava pronto, havia aprendido muito sobre a ciência. Parecia que agora teria de trilhar um caminho solitário em sua busca por mais conhecimento, pois pouco o tutor poderia fazer a partir daquele momento. As palavras daquele homem foram sábias, guardou na mente e continuou sua jornada. Na saída, agradeceu:

— Entendo isso bem, Sensei. Agradeço tudo que você fez por mim, prometo não desistir da ciência.

Recolheu todas as suas anotações, agora encadernadas em vários volumes diferentes. E por fim dirigiu-se a saída do bunker em busca de mais conhecimento.

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