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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 25 DG
Primavera
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
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Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
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Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
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Havilliard
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Fugaku
Chūnin
A escolta EiZ8f33
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A escolta
Rank C
Descrição:
O herdeiro da linhagem de sucessão a liderança de um pequeno povoado no País do Vento sofreu diversas tentativas de assassinato por aqueles que desejavam usurpar seu lugar de direito. Agora, refugiado no País do Fogo e recebendo ajuda de outros pequenos líderes locais, ele juntou dinheiro para contratar os serviços da Folha para levá-lo em segurança a uma vila no extremo norte do seu país de origem, onde ele irá se casar com uma jovem e reunir forças para retomar seu lugar na sucessão de seu povoado. A missão consiste em proteger a ele e sua mãe, a regente, durante a viagem e garantir que a cerimônia de união aconteça, eliminando qualquer hostilidade, uma vez que os usurpadores de sua terra natal souberam do plano e contrataram alguns assassinos do deserto para elimina-lo.

O ponto de encontro era uma famosa casa de lamen, situada bem no centro do vilarejo. Ali, eu encontraria os dois, mãe e filho, a quem eu deveria acompanhar até o distante País do Vento, onde, em seu extremo norte, deveria também guardar o casamento do jovem que eu estava prestes a encontrar, além de zelar pela sua segurança ao longo de todo o percurso e durante a cerimônia, a fim de que pudessem concretizar sua união. Na ocasião do recebimento da missão, tudo isso me pareceu demasiadamente perigoso, considerando que seria minha primeira missão de verdade, com o adendo de que eu me estaria pela primeira vez em missão fora dos limites de Konoha. Engoli a seco, aceitando o compromisso de realizar aquela escolta, mesmo que temendo pela minha própria vida e muito mais pela honra da Folha do que pela vida do baixo clero de um país estrangeiro, provavelmente de um povoado que se mantinha pela agricultura ou criação de gado – gente irrelevante, entretanto, com dinheiro para pagar pelos serviços do vilarejo. Meu desdém, porém, precisaria ser deixado de lado, afinal a reputação da minha vila estaria dependendo do meu sucesso naquela tarefa. Talvez não seja tão complicado, mesmo..., pensei. Mas por que será que eles precisariam da proteção de um ninja? A resposta viria brevemente após esse questionamento assinalado apenas mentalmente enquanto aguardava pela dupla, doze minutos atrasada. Nessa maldita terra-de-ninguém de onde essa gente vem deve ser normal se atrasar, desprezar o tempo dos outros, pensava, impaciente. Em seguida, um guri de não mais do que quatorze anos, com a voz esganiçada típica da puberdade acenava para mim, a poucos metros. Forcei um sorriso enquanto me levantava da banqueta elevada, com meus pés já em contato com o chão. Eles vieram caminhando até mim, aproximando-se até que finalmente formamos um trio. A sensação desagradável de estar na presença de estrangeiros, gente em sua maioria pouco civilizada, dada a guerras, violência, exploração uns dos outros e traições – toda a sorte de desgraça acontecia mundo afora sem o apoio de um líder forte, e o pensamento de que a presença deles no meu lar, minha vila, fazia fervilhar os meus ânimos. Mas precisava me acalmar. Eles estavam se aproximando e eu não sabia o que faria. Eles estenderiam a mão... Eu estenderia de volta? Um gesto amigável faria a missão ser mais agradável. Mas era quase impossível me mover, e a verdade é que eu não queria acompanhá-los. Ajustei a gravata, olhando brevemente para a lateral e desviando meu olhar dos dois.
– Não nos conhecemos ainda, mas estou certo de que você seja o Shinya. Estou certa? Nos avisaram de que você era alguém de modos... singulares.

~ SHINYA ~
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SUGAR
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Chūnin
A escolta EiZ8f33
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– Sim, senhora. Você deve ser a Hari, e você o Leto, mãe e filho. – disse, retomando controle sobre o meu corpo, encarando o rosto da mais velha sem, entretanto, estender a mão em cumprimento como eu normalmente faria de modo costumeiro.
– Sim, meu jovem. Então é mesmo você… – fez uma pausa, medindo minha altura – Por um instante, quando eu te vi, fiquei na dúvida se você seria mesmo o protetor pelo qual eu paguei. Alguém tão jovem... Não vejo nenhuma marca em seu corpo. Quanta experiência você tem?
– O suficiente, minha senhora – E para ter sido uma missão dada a mim, deve ter sido pouquíssimo dinheiro, estrangeira estúpida. – Mas nós podemos conversar, teremos tempo o suficiente, e oportunidades igualmente suficientes para eu demonstrar que sou capaz de protegê-los, já que me parece que temos uma longa viagem a frente.
Os olhares do moleque saltavam de mim para a mãe, observando a conversa sem tecer qualquer comentário. A mulher apenas fez que sim com um meneio de cabeça, e comigo a frente, saímos da frente do pequeno estabelecimento em direção aos portões da vila sem que ela dissesse mais nenhuma palavra, possivelmente percebendo minha baixa receptividade a aproximação deles.
O centro da vila estava com movimento morno naquela noite, e poucas pessoas circulavam. Apesar disso, os poucos que nos viram partindo lançaram olhares curiosos ao trio que formamos. Ambos, Hari e Leto, vestiam-se de tecido grosseiro, uma roupa que cobria quase todo o corpo. A mulher era ligeiramente envelhecida, atingindo no máximo os cinquenta anos, e o garoto era baixo, loiro, de feição delicada e de traços femininos. Antes, ao ouvir sua voz, era perceptível que estava passando pela puberdade, com a voz hora estridente, hora mais grave.
– Por que você se veste assim?
– Porque eu gosto. – Pergunta cretina, vindo de um cretino. Não me surpreende, pensei, semicerrando os cílios sem dirigir meu olhar de repreensão por trás dos óculos a ele.  – Por que vocês precisam de proteção para uma viagem a um vilarejo tão pequeno?
Aquela altura, cruzávamos o bosque que circundava Konohagakure. Eu tinha sido instruído acerca do trajeto que faríamos e estudado durante as horas anteriores ao encontro. Por se tratar de um caminho que costumeiramente era utilizado para viagens a uma outra grande vila, a Areia, era relativamente simples chegarmos ao País do Vento. A partir do ponto em que fossemos além ainda mais ao norte, estaríamos por nossa conta. Percebi que a resposta não vinha, mirei os olhos para eles, que caminhavam fitando o chão à frente.
– E então? Acho que eu deveria saber o que nos espera.


~ SHINYA ~
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– E então? Acho que eu deveria saber o que nos espera.
A mulher parou de caminhar, bruscamente estendendo a mão direita e impedindo também o filho de continuar a andar.
– Meu rapaz, não pense que eu não tenho percebido a maneira com que nos olha desde antes de sairmos da vila. Com desgostoso, desaprovação... Bem, eu deixei passar antes, mas mesmo que não tenha me custado uma fortuna, eu paguei por eles, então não pense que eu vou aceitar que faça perguntas a meu respeito ou sobre o meu filho nesse tom de inquérito. Se você for continuar com esse comportamento, voltaremos imediatamente a Konoha, e encontraremos outro para nos acompanhar. – Ela vociferava cada palavra em tom de desafio, mais perto de cuspir cada frase à medida que seus lábios se moviam, retorcidos. Endireitei meus óculos, colocando-os bem à frente dos olhos, com o reflexo do luar brilhando contra suas lentes. Antes que eu pudesse responder, entretanto, o mais jovem resolveu falar.
– Mãe, por favor. Precisamos dele. – dizia, tocando suavemente o braço com que ela o continha. – Escuta bem, senhor. Não sei o que você pode pensar a nosso respeito, afinal não nos conhecemos há mais de um dia. Mas nós o contratamos para nos levar em segurança a Vila das Gaivotas, onde eu vou me casar para unir forças e reaver a liderança do meu povoado. Meu tio, depois da morte do meu pai, o nosso antigo líder, se reuniu com outros tantos homens para nos tirar do caminho. Depois de tentarem nos matar, eu e minha mãe fugimos para este país. Fizemos bons amigos aqui, amigos que nos prometeram ajudar a corrigir o rumo que nossa história tomou. Satisfeito?
– Em partes. Nenhum de vocês respondeu diretamente a minha pergunta. – rebati.
– Nossa povoado não tem força militar, nosso sustento vinha do comércio da pesca e da agricultura. Meu tio, porém, queria instalar uma passagem sobre o rio, pela qual cobraria um pedágio de todos os viajantes, e assim enriquecer. Nós nos opomos a essa ideia, com medo da reação dos vilarejos mais próximos, além dos que pudessem ficar insatisfeitos com a exigência quando decidissem atravessar o rio. Sabíamos que seria necessário força bruta para defender o direito sobre essa passagem, mas nunca foi essa a nossa essência, nossa tradição. – entreolhando a mãe entre uma palavra e outro, ele fez uma pausa antes de continuar, em tom mais ameno – Soubemos que ele contratou mercenários para nos matar antes que fizéssemos a aliança pelo casamento, pois, se voltássemos com vida o direito de sucessão seria novamente meu, apoiado, sem dúvidas, por todos, mesmo que a contragosto. Por isso, precisamos que você nos leve em segurança até lá. Se decidir que não quer continuar, diga agora e nós voltamos já e estou certo que haverá outro para nos acompanhar. – finalizou, questionando.



~ SHINYA ~
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Suavizando o semblante severo, relaxei o cenho, mirando o chão à minha frente, de olhos semicerrados. Era hora de ceder.
– Em momento nenhum dei a entender de que não aceitaria acompanhá-los. Agora, se não têm mais nada a acrescentar, deveríamos seguir.
Em silêncio, mãe e filho se entreolharam, em uma expressão de cumplicidade que apenas duas pessoas muito próximas poderiam ter entre si, concordando sem dizer qualquer palavra.
As horas seguintes foram preenchidas pelo silêncio noturno e pelo agradável frescor da brisa que corria através dos arvoredos e arbustos. Entretanto, conforme avançávamos, a brisa se tornava mais quente à medida que a primeira luz da manhã  surgia no horizonte, com o sol despontando em um céu sem nuvens, indicando que teríamos mais um dia de calor em meio aquele verão. Pouco a pouco a paisagem se modificava, com a vegetação se tornando cada vez mais rasteira, até que desse lugar a terra batida, com pouca vida vegetal. Através do caminho, uma sorte variada de pessoas transitava, afinal, aquela também era uma rota que também servia a comerciantes e outros homens e mulheres que viajavam entre os vilarejos pelos mais variados propósitos. Meu desgosto pelo dois que acompanhava diminuía à medida que eu via os demais estrangeiros, atravessando a estrada por todas as direções com suas roupas puídas e expressões pouco convidativas. Além do mais, todos pareciam sujos no País do Vento.
– Precisamos descansar. Estamos andando há horas e não nos alimentamos desde ontem, e logo o sol vai ficar ainda mais quente. – claramente a manhã já começava findar, com o meio do dia se aproximando.
– Pelo que sabemos, há um povoado logo à frente, a menos de dois quilômetros. – calculava pelo tempo que estávamos caminhando sobre terra, longe da vegetação do território do País do Fogo. O deserto não poderia estar tão distante, e antes de chegarmos às proximidades da grande vila do País do Vento, encontraríamos uma série de pequenos povoados e aldeamentos espalhados pelo deserto.
– Espero que seja como diz. - ríspida desde que tivemos nosso pequeno embate ao sair da vila, a mulher falava com desdém quando se dirigia a mim. A despeito da sua postura, eu mesmo estava me cansando e admitia que precisávamos mesmo parar por algumas horas. Para o nosso alívio, minha suposição se confirmou quando, mais além, vislumbramos um pequeno pedaço de terra onde havia a sombra de várias barracas, tendas e plantas em vasos enormes, repletos de adornos e pinturas.




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O lugar era como um pequeno oásis em meio a paisagem de transição entre o território abundantemente fértil de onde nós vínhamos e o deserto do país a que chegávamos. Muitos viajantes pareciam parar ali, pois a diversidade de figuras era de fato curiosa. Homens e mulheres com vestes das mais variadas cores, diversas etnias e alguns até com exóticas pinturas corporais ocupavam o espaço apertado entre uma tenda e outra, vislumbrando os produtos expostos, comprando e vendendo artigos, tecidos e frutas da estação. Eu não estava faminto ainda, e sabia que o menino reclamava de fome havia muitas horas, então decidi me encostar em uma carroça repleta de barris de madeira enquanto ele e a mãe cuidavam de providenciar nossa alimentação, e, apesar de estar relaxado, não tirava de vista a dupla e nem os arredores e de cada um que se aproximava deles. Em meio a uma multidão e aos gritos de comerciantes querendo anunciar o preço de seus produtos, seria ridiculamente fácil cometer um ato de agressão e se disfarçar novamente em meio a confusão de pessoas sem que um olhar atento pudesse identificar o agressor. Aproveitei para ajustar minha gravata, que eu não tinha percebido antes, mas estava desajustada e folgada no colarinho. Quando toquei o tecido, estava úmido de suor depois de uma caminhada sob o sol escaldante da região. Espero que minha camisa não esteja encardida, pensei. Durante esses pequenos instantes em que me distrai, pude ver o garoto recebendo um pequeno barril de madeira com uma pequena válvula de escape para o conteúdo de seu interior. Rapidamente me endireitei e caminhei a passos largos e rápidos em direção a eles, empurrando algumas pessoas para abrir passagem até a enorme tenda em que eles estavam.
– O que é isso? – indaguei, observando por cima dos óculos o rosto do maltrapilho que entregava o barril ao garoto.
– É um barril de vinho, parece ser muito nobre. Este nobre senhor nos vendeu pela metade do preço que ele diz valer. – inocentemente, o menino sorria ao explicar do se tratava o produto que ele tinha em mãos, e, pela primeira vez desde que encontrei a mulher chamada Hari, ela tinha uma expressão de satisfação em seu rosto.
– E por que ele te vendeu por essa bagatela?
– Ora, garoto, e-eu... eu nem me lembro mais o seu nome, se quer saber. – pronunciava-se a mulher, tomando o menino em seus braços – Mas nós somos de uma família muito importante para o comércio dessa região, se quer saber. Nosso povo não pode cuspir fogo nem fazer cair um raio do céu, mas somos muito importantes. Nosso sobrenome é Atreides, sim, e muitos ainda se lembram de quem nós somos, e o gesto desse nobre senhor demonstra isso.
Nesse momento, o encardido vendedor arregalou os olhos, em uma expressão de surpresa, balbuciando algumas palavras ininteligíveis. Deve estar mais acostumado as cabras que ele cria do que com outros seres humanos, pobre miserável, pensei, observando enquanto ele ia aos fundos de sua tenda buscar, em seguida retornando com um novo barril.
– Aqui, senhora. Eu conheço muito bem a sua família e a sua reputação, sim, sem dúvidas. Vocês vem do norte do país, tenho certeza. – dizia, aparentemente simulando uma expressão tola – Este sim é um vinho nobre, da Vila da Árvore. Levem como um presente, por favor. – fez uma pausa, antes de continuar dirigindo-se dessa vez diretamente ao menino – E em breve, quem sabe poderemos negociar como homens... Ah, sim, sim. Com certeza.
– Espera, espera. – antes que qualquer um deles pudesse se manifestar em resposta, dei um passo a frente, em direção ao homem – Vinho da Árvore, você diz. Pode nos servir? Não temos um copo em que beber.
– N-não. Meu presente foi para o garoto e para a senhora mãe dele, e não para você, estrangeiro sem modos. Vou servi-lo primeiro, se ele assim desejar.
Em seguida, olhei em direção ao mais novo, que apenas acenou com a cabeça em sinal de concordância. Em seguida, o homem pegou um copo e abriu a torneira do barril, fazendo fluir o líquido escuro que jorrava rapidamente, estendendo o copo cheio de vinho em direção a Leto.



~ SHINYA ~
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Antes que ele pudesse estender o braço completamente, entretanto, eu rapidamente fiz os selos da minha técnica secreta, Kagemane no Jutsu. Tal foi a surpresa do vendedor de barris quando percebeu que seus movimentos tinham estavam restritos que ele, inutilmente, grunhiu retorcendo os lábios. Estávamos a não mais do que dois metros de distância uns dos outros, e a multidão ao redor sequer prestava atenção em nós. Ninguém ia ajudá-lo.
– Não, você bebe primeiro. – disse, gesticulando como se eu fosse a pessoa a ter o vinho em minhas mãos. Em seguida, levei a mão à boca, forçando ele a repetir meus movimentos. Simulei estar bebendo todo o líquido, de forma que o mesmo escorria através de seus lábios, que tentavam resistir. Seus músculos, porém, estavam sob meu domínio, e ele foi obrigado a engolir todo o conteúdo.
– É, parece que era só vinho, mesmo. Obrigado – sorri, abaixando levemente a cabeça e desfazendo minha técnica. – Peguem o barril, vamos embora.
Os dois apenas observavam enquanto toda minha ação se desenrolava. Em seguida, o menino tomou o barril em seus braços e agradeceu ao homem, me seguindo junto a mãe na sequência.
Visivelmente incomodados com a minha última atitude, eles comeram ao meu lado sem dizer nada. Em uma barraca mais movimentada, compramos uma cesta de frutas da estação, típicas do clima seco e ensolarado. Tâmaras, ameixas, castanhas – o suficiente para saciar nossa fome. Para bebermos, entretanto, não havia um copo.
– Você deve achar que eu sou uma velha inocente, ingênua. Como pôde achar que eu aceitaria qualquer coisa que colocasse meu filho em perigo?
– Não, não acho isso a seu respeito, senhora. Perdoe-me por pensar em protegê-los de um possível atentado. – dessa vez eu falava mais pausadamente, não só pela prostração que uma refeição em meio ao calor massacrante causava, mas porque minha desconfiança tinha se provado infundada. Foi nesse momento que, a distância de alguns metros de nós, uma multidão se formava ao redor da barraca do comerciante de vinhos. Gritos de espanto e socorro anunciavam que o homem estava morto, espumando sobre a bancada em que tínhamos estado a poucos minutos. Sorri, satisfeito. – Mas, se quer mesmo saber, Hari, eu não tenho qualquer apreço por estrangeiros arrogantes e inconsequentes e seus modos traiçoeiros. Veja só como morreu o seu querido amigo, tão repentinamente… Como se tivesse sido envenenado. Está surpresa? Eu não. Agora, joguem esse barril de mijo em qualquer canto, mas é melhor não bebermos. Vamos seguir quando terminarem de comer.
Atônitos, ela me encarava, expressando um descontentamento, dessa vez, completamente justificável. O menino simplesmente abriu a torneira do pequeno barril, jorrando todo o líquido pelo chão de terra ao nosso lado.
Ao que terminaram sua refeição, partimos, desviando do grupo de pessoas ao redor do homem morto.




~ SHINYA ~
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Convenientemente e pela primeira sendo útil, Hari mostrou uma mensagem escrita a mão em um pergaminho a um criador de camelos. Era de um de seus amigos no País do Fogo, que garantiu a nós dois animais para que atravessássemos o deserto a partir dali. O homem também nos deu quatro cantis de água e um saco de ameixas em uma bolsa de pano. Dessa vez, sabíamos que não estavam envenenadas porque ele tirou de onde todos os, inclusive o mesmo, comiam e bebiam.
– Com sorte, se não nos acontecer mais nada, chegaremos ao nosso destino antes do amanhecer de amanhã.
– Não, nada disso. Precisamos encontrar algum lugar onde dormir, faremos uma fogueira. Quando chegarmos no deserto aberto, o frio noturno será muito mais castigante do que o calor do dia. Você verá. – rebateu Hari.
Montado sobre a corcova do animal, não respondi. Não tinha como contestar a mulher.
Conforme o dia dava lugar a noite, o frio se instalava. Encontramos um novo local onde acamparmos antes que a temperatura atingisse um ponto negativo e assim fizemos uma fogueira.
A noite que passamos ali, em meio a algumas rochas e areia não foi reparadora. Eu e a mãe nos revezamos para vigiar uns aos outros, e o menino dormiu a maior parte do tempo, entretanto, num sono agitado. Pudera, afinal estava frio e a fogueira não nos aquecia de todo, além de que o medo de sermos atacados era constante depois da tentativa de envenenamento. No entanto, as horas se passaram sem que nada acontecesse, e mais uma vez a noite deu lugar ao dia e ao sol da manhã.
Os animais tinham descansado junto ao calor do fogo, e recuperados em energia, seguimos mais rapidamente. Já havíamos cruzado grande parte do deserto, e novamente a paisagem começava a se modificar. Seguimos a estrada em direção a oeste, na direção contrária a terra natal dos dois que me acompanhavam. Estávamos muito perto de chegar, e encontraríamos todos os preparativos para a cerimônia de casamento prontos, aguardando a nossa chegada, diziam, e, para o meu alívio, estavam certos. Minha gravata já não estava mais em condições de permanecer bem ajustada, por mais que eu insistisse em tentar mantê-la posicionada corretamente, e a parte interna das minhas coxas estava cozida pelo calor e pelo tecido grosso da calça que eu vestia, sem contar os meus sapatos, arruinados pela areia e terra. Quando foi possível que nos vissem, algumas pessoas pareciam comemorar, saltando e anunciando qualquer coisa que não podíamos entender, tamanha a distância.
Enfim, a primeira parte da missão estava concluída, sem grandes ameaças, mas com a única delas brilhantemente identificada e suprimida.




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A escolta EiZ8f33
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Chegando ao lugar, um pequeno amontoado de casas construídas em madeira cuidadosamente trabalhada, mesmo que eu não imaginasse como, já que, afinal, naquela região não havia árvores de onde retirar a matéria-prima para as construções. Bem no centro do pavilhão de moradias, havia um poço onde podíamos ver algumas mulheres que tinham suas cabeças cobertas por muitos tecidos coloridos que as protegiam do calor recolhendo baldes de água. Ali o clima era semiárido, e apesar do calor menos intenso que o do deserto, o ar parecia mais seco. Ao cruzarmos o portão, um simples arco de madeira que sinalizava o nome do lugarejo, uma menina e um homem nos acompanharam. Mais tarde, quando já nos aproximávamos da maior residência situada no extremo oposto da direção de que vínhamos, soube que aquela seria a noiva do meu protegido e que se chamava Suri, e o homem era o seu pai, que nos receberam gentilmente junto de mais algumas crianças que pareciam animadas para a festividade que estava por vir.
– E então, quando será a cerimônia? – perguntei, interessado em prever quando estaria livre para voltar ao meu vilarejo.
– Hoje vocês poderão se banhar, descansar e comer o quanto quiserem. Amanhã, pela manhã, faremos os votos diante de todos os moradores e nossos interesses estarão unidos, finalmente. – Crianças bobas… Mal sabem o que significam as palavras que irão proferir amanhã, pensei, ouvindo a menina dizer cada palavra com uma agitação de felicidade, agarrando-se ao braço do pretendente que a seguida de perto, em uma cena caricata, com ele nitidamente desconfortável pela proximidade da garota. A mãe se mantinha neutra, falando muito pouco.
Bem em frente a casa principal, uma tenda tinha sido montada bem diante dos degraus que levavam ao interior do lugar para que a união fosse confirmada bem a vista de todos. Depois de nos acompanharem até a parte de dentro, nos mostraram onde cada um poderia se acomodar durante a estadia, além de nos oferecerem um banheiro e roupas limpas para trocarmos depois do asseio. Eu, no entanto, não poderia me afastar de Leto, vigiando-o até mesmo durante a ida ao cômodo privativo sem protestos. Em seguida, tive uma rápida pausa para fazer minha própria higiene pessoal e me trocar com as confortáveis vestes oferecidas pelos anfitriões, pela primeira em muito tempo me vendo frente a outras pessoas com roupas tão informais, em que eu só me permitia estar quando na intimidade da minha própria casa. Era involuntário que eu levasse a mão a cada minuto ao pescoço, para ajustar uma gravata que não estava lá. Além disso, também ofereceram confortáveis sapatos de pano, que eram como meias com um solado de borracha, muito macios e que amenizavam o terrível barulho dos pés contra a madeira do chão da casa – talvez justamente por isso, todos usassem aquele agradável sapato ao caminhar dentro da casa, do pai e filha até os quatro criados que cuidavam dos afazeres e da comida. Talvez fossem os ânimos alegres e despreocupados que me cercavam, ou a recepção gentil e acolhedora, ou mesmo apenas o alívio de um banho e roupas macias, mas, por um instante, imaginei que poderia haver uma casa em Konoha como aquela.




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A ordem do dia era que nos habituassemos ao lugar, conhecendo os funcionários da casa e o povo que ajudava na manutenção das atividades da comunidade. Na casa, havia quem cuidasse de cada tarefa, e um homem pequeno, corpulento e apressado, encarregado de fazer pequenos consertos e ajustes sempre que necessário, tanto no casarão como na casa dos habitantes de Vila Gaivotas. As mulheres serviam como arrumadeiras, cuidadoras e cozinheiras, e, no geral, todos na se dedicavam apenas a criação de aves e cultivo de hortaliças – itens de consumo que, apesar de tudo, pareciam ter grande relevância dentro do microcosmo que se formava em meio ao clima árido e a hostilidade das relações entre as vilas mais próximas, em meio a pequenas disputas de pela influência local.
A hora se adiantava, e, depois de retornarmos à casa onde o líder do vilarejo vivia com sua filha e os criados, ficamos em uma pequena varanda, situada nos fundos da casa, por onde podíamos observar a plantação de leguminosas enquanto o nosso anfitrião discursava sobre a dificuldade de se cultivar em um solo de transição em o arenoso e o argiloso, enquanto eu apenas consentia, junto do menino que ouvia, atento. Ele tinha nos oferecido fumo, enrolado por ele próprio, e eu aceitei, tragando lentamente enquanto a brisa cada vez mais fria do deserto vinha em nossa direção. Em dado momento, quando o velho cansou de falar e o menino parecia ter cansado de fingir entender tudo que ele dizia, nos recolhemos, cada um para o seu quarto, enquanto eu acompanhei o menino para o dormitório cedido a ele – antes de se casar, o pai não permitiu que ele a noiva passassem a noite juntos. Ainda bem, pensei. Seria muito mais desagradável vigiar os dois em sua primeira noite juntos. Aquela seria minha última noite como guarda-costas dele e da mãe, que já não tinha mais qualquer importância para mim, recolhendo-se em seus afazeres de mulher junto às outras mães, que finalizavam as preparações para o dia seguinte, e era importante que eu redobrasse a atenção, pois seriam as últimas horas para que a união pudesse ser impedida. Antes de entrar na casa, porém, retirei meus sapatos de rua e tornei a calçar os de tecido e voltei ao meu quarto, o primeiro em um corredor longo no andar superior da casa, que dava acesso a todos os dormitórios,  tomando posse novamente de minhas armas antes de retornar ao quarto para vigiar o sono de Leto.
Ao entrar nos aposentos, conjurei minha técnica de transformação, Henge no Jutsu, mimetizando uma cadeira de estofado, vermelha, assim como um das poltronas que havia no andar debaixo. O garoto se pôs a dormir e logo pude ouvir sua respiração se tornar cada vez mais profunda, como a de quem entra em um descanso sem sonhos. Mais uma vez, pensei no futuro daquelas pessoas – e em como havia disputas de poder e traições em todas as nações, afinal. Entre os próprios deveres de um ninja estavam assassinatos, roubos e outras atrocidades, e isso não me despertava nenhuma indignação, pelo contrário, eu estava disposto a fazer muitas dessas coisas para demonstrar meu valor. E, afinal, nem todas as pessoas ali eram detestáveis como a mãe do meu protegido.




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Nas horas que seguiram o tempo pareceu escorrer lentamente, e, felizmente por ter tido um bom descanso durante o dia, não estava tão cansado a ponto de adormecer. Foi quando eu pensava sobre o quão ridículo parecia estar transformado em um objeto de decoração que pude ouvir um ranger do piso de madeira no andar debaixo, que ignorei. Qualquer um que fosse enviado até lá para agir na surdina, não seria burro o suficiente para invadir o lugar pela porta da frente. Em seguida, nenhum barulho foi ouvido, até que, minutos depois, eu voltava a divagar sobre assuntos diversos – no que faria com o dinheiro que ganharia por cumprir a missão, por exemplo – que a porta do quarto abriu-se lentamente, revelando uma figura masculina, de porte grande, que decerto seria da minha altura. A luz que vinha do céu noturno não penetrava o quarto pelas cortinas, um tecido grosso que ajudava a conservar a temperatura dentro do cômodo durante as noites mais frias, e o corredor, não tinha qualquer iluminação senão a de lamparinas dispostas ao longo da parede, mas somente algumas eram acesas, e a única fonte de luminosidade vinha da janela no fim do corredor, a esquerda da porta do quarto. Foi quando eu cancelei a técnica, revelando minha aparência.
– Você deve ser mesmo muito amador para vir aqui assim, tão desajeitado. – com um riso entre os lábios, eu tentava enxergar em meio a penumbra qualquer detalhe da aparência do invasor, que, num saque pouquíssimo inspirado, revelou uma velocidade baixíssima de reação, fosse pela surpresa de não encontrar o garoto sozinho ou pela falta de habilidade, lançando duas kunais em direção ao menino que dormia. Eu, entretanto, tinha deixado minha bolsa à cintura, ao alcance das mãos, e, na velocidade mais rápida que pude, atirei duas kunais contra as que ele lançara contra Leto adormecido, fazendo ressoar o barulho estridente de metal contra metal. Apesar de minha força física pouco proeminente, contei com meus reflexos e velocidade de arremesso a curta para interceptar o lançamento dele. Quando fiz menção de correr em sua direção, a figura se desmaterializou com um selo em mãos, seguido pelo barulho do vidro da janela do corredor se quebrando. Com a confusão, todos que dormiam saíram de seus quartos, assustados, correndo para ver o que acontecia, exceto Leto, que acordava ofegante, sem ter noção do que acabava de acontecer. – Leto, também enviaram um ninja para matá-lo. – disse a ele, sem cerimônia.
As horas que seguiram foram um alvoroço de vozes e pessoas circulando pelos entornos, buscando qualquer sinal de quem quer que pudesse ter invadido o casarão para dar cabo ao garoto.




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Sem tempo a perder, acompanhei o menino até o andar debaixo, e, a essa altura, todos já tinham deixado suas casas no para ver o que acontecia na propriedade de seu líder. Foi ao sair pela porta de entrada que percebi que os sapatos que tinham sido dados a mim não estavam mais lá, quando me lembrei do som do ranger das tábuas que ouvira minutos antes do pretenso assassino abrir lentamente a porta do quarto. Com essa observação pude reafirmar minha suposição de que o assassino era um homem de estatura próxima a minha, pois, dentre todos os calçados que tinham sido deixados na mobília deixada no vestíbulo de entrada o meu era o maior – o número dos meus sapatos eram 46, incomum até mesmo para os homens mais altos. Além disso, apesar de ter sido uma tentativa que partiu de alguém que vinha de fora da casa, podia supor também que essa mesma pessoa sabia onde era o quarto em que o menino iria ocupar e conhecia os cômodos, apesar de não viver no lugar – do contrário, ele se lembraria de ter calçado os sapatos de tecido que não faziam o chão ranger antes de entrar, evitando denunciar, mesmo que por um instante, sua presença. Considerando todas as informações que já tinha reunido, fechei imediatamente a porta de entrada e pedi ao dono da casa que mandasse que todos voltassem para suas casas, imediatamente, inclusive os que moravam ali, e ele prontamente atendeu ao meu pedido.
– Quais funcionários vivem aqui, com você e sua filha?
– Todos, todos eles vivem sob meu teto. Vo-você supõe que algum deles nos traiu e tentou matar meu futuro genro, convidado em minha casa? – nervoso, ele enrubescia. – Matar alguém dentro da casa em que se vive, um convidado, é um presságio de desgraça. Uma maldição vai cair sobre nós se for verdade.
– Não, não acho que seja alguém que viva aqui. – acalmei-o, antes que todos pudessem voltar para dentro da propriedade e ouvir nossa conversa – Mas acho que é alguém que tem estado entre nós pelo menos desde que chegamos a sua casa, e que com certeza ainda está aqui para terminar o que devia ter feito durante a noite.
Em seguida, expliquei a ele o que faria na sequência. Em uma das salas privadas  chamaria um por um para que respondessem algumas perguntas, e, com sorte, seria o único homem entre nós que se revelaria como autor do ataque, que, apesar de ter demonstrado usar técnicas e armas ninja, não parecia ser tão habilidoso, e logo, se estivesse usando alguma técnica de transformação, não iria demorar a ser desmascarado.
Assim, cada um dos que estavam na casa durante a noite entrou no pequeno aposento contendo uma mesa e algumas estantes, apinhadas de livros e cadernos, como um escritório, para responder algumas perguntas. O principal suspeito não fora nem o primeiro nem o último a ser chamado, para evitar qualquer hostilidade ao desconfiar de que eu já sabia da sua presença. Quando chegou a sua vez, a luz da manhã já despontava novamente no horizonte, invadindo a saleta pelas janelas de vidro. Ótimo, pensei. Luz produziam sombras. De baixa estatura, o homem atarracado começava a balbuciar explicações e justificativas, mesmo que ainda não o tivesse acusado de nada, entretanto, à esquerda da entrada da sala, eu permaneci contra janela, de modo que ele não pudesse me ver até que a porta estivesse fechada. Em uma estante mais próxima dele, deixei uma de minhas kunais, e enquanto ele fazia sua encenação teci rapidamente os selos da minha ligação das sombras, conectando nós dois em um elo e me virando em seguida.





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Ao que ficamos frente a frente, a primeira coisa que pude reparar eram os seus sapatos – estranhamento grandes para um homem quase meio metro mais baixo do que eu.
– Vê os meus pés, senhor?
– O-o que está acon-acontecendo, senhor? Eu não fiz nada, por favor.
– Eu perguntei se vê os meus pés.
– E-eu não consigo mover o pescoço para olhar para b-baixo, senhor.
– Ah, é verdade. Desculpe. – em seguida, movi o pescoço para que o corpo dele mimetizasse meus movimentos.
– Vo-você está descalço. – respondeu, enquanto eu erguia novamente a cabeça.
– Sim, mas meus pés são grandes, assim como os seus. Você a minha altura? É bastante incomum que um homem tão baixo como você tenha pés tão grandes. – fiz uma pausa, ajeitando a gravata que não estava lá, já que eu ainda vestia o roupão – Agora, se me permite, e é claro que você permite, já que está preso, vou fazer os selos para cancelar essa técnica mal feita que você está usando. – e na sequência, fiz as posições de mão que permitiam voltar ao normal durante o uso do Henge no Jutsu, e ele, assim como eu imaginei, voltou a aparência próxima a da silhueta que eu vira horas antes.
– Seu maldito, como percebeu? É impossível que você tenha me descoberto pelo tamanho dos meus pés. Agora me solta e me enfrenta como homem, seu frouxo. É muito fácil me ameaçar comigo preso nessa merda de armadilha.
– É estranho, eu sei. Mas eu sou apenas um observador atento. E não pretendo enfrentá-lo. Vê aquela kunai ali? Ah, não. É claro que não. Você só move o corpo como eu quero. Mas você vai perceber que tem, sim, uma kunai ali.
Na sequência, dei alguns passos para trás, forçando-o a fazer o mesmo e me movi como se fosse apanhar um objeto ao alcance das mãos, erguendo-o diante dos olhos.
– Agora você, sim, essa é a última coisa que verá – movendo a mão que segurava o objeto fictício, movi o punho fechado de lado a lado do pescoço, fazendo com que ele abrisse a própria garganta antes de cair, morto.
– Pessoal, vocês vão ter uma limpeza e tanto para fazer. Mancha de sangue na madeira deve ser bem difícil de tirar. – avisei ao sair pela porta de entrada da sala. – Aproveitando que ainda estamos todos reunidos, eu matei, sim, aquele homem. Ele era uma ameaça para todos nós, enviado para assassinar meu protegido. Se mais alguém estiver disposto a tentar, por favor, reconsidere. – fiz uma pausa, observando o entorno – Ninguém mais? Que bom. Agora, eu peço a gentileza de que todos trabalhem para adiantar a cerimônia pela qual estamos todos muito ansiosos.
– E-e o meu funcionário? O Jinpachi. – perguntou o homem, agitando as mãos.
– Que funcionário? Era um farsante, é claro.
– Mas ele estava disfarçado como um funcionário, o Jinpachi, meu faz-tudo. O que houve com ele?
– Eu… Eu temo que tenha me esquecido de apurar essa informação, senhor. Sinto muito. – considerei alguns segundos antes de dar a resposta. – Mas tenho certeza de que vão encontrá-lo logo.
Em seguida, todos se agitaram para finalizar as preparações, e a cerimônia de união das duas crianças aconteceu brilhantemente, mesmo que às pressas e sem tempo para metade das festividades que a menina sonhadora tinha pensado para aquele dia. Era um casamento político, afinal, mesmo que de menor importância, e o mais importante era que ele fosse realizado.
Com tudo oficializado minha missão estava completa, e restava aos recém-casados apenas consumar a união. Depois de um breve descanso e sob os extensos agradecimentos de todos que tinham me recebido, eu parti montado em um dos animais que tinham me levado até o lugar, retornando sem companhia, carregado de alguns mantimentos até que pudesse estar de novo em meu vilarejo, agora comprometido a não tratar como animais irracionais indivíduos de culturas e nações diferentes somente pela origem. Em minha viagem pude conhecer pinturas, esculturas, vegetações e comida típica de lugares muito distantes de meu país, e não fora de todo ruim. É claro que com uma única experiência como aquela, seria difícil quebrar todos os esteriotipos e preconceitos contra o exterior, mas seria bom tentar.





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Shu
Moderador
A escolta OxxAo3l
A escolta OxxAo3l


Situação: Aprovado

Você desenvolveu um excelente Capítulo, rico em detalhes e com um texto impecável. Está de parabéns! Continue assim e se tornará uma verdadeira lenda!

Recompensas: 2x Missões Rank C, superação do defeito 'Xenofobia (1) e suas Recompensas Máximas!
Observação: Lembre-se de dobrar suas recompensas de acordo com as regras previstas no Mês do Up!

Dica: Você está desempenhando um excelente papel como ninja/jogador. É por isso que vamos começar a cobrar regras importantes para não te acostumar errado. Lembre-se de criar seu tópico no local onde está realizando a missão. Apenas as missões de Rank D poderiam ser postadas no Quadro de Missões. A partir de agora, escolha entre: Arredores, Centro da Vila, Moradias e etc. Por se tratar de um Capítulo, lembre de criar um título adequado. Exemplo: '[CAPÍTULO] A ESCOLTA'. Confira seus pontos de vida e pontos de chakra, acredito que há algum erro no cálculo. Lembrando que a base é 200. Qualquer dúvida, acesse o Atendimento no Discord.

Shu
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