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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 25 DG
Primavera
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
gogunnn#6051
Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
Akeido#1291
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Havilliard
Havilliard#3423
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Objetivos e Indicações:
— Filler para melhorar os Status (HP & CH) do personagem;
— Filler para superar o defeito Acrofobia — fobia a alturas;
— Boost — Status ativo, sendo possível confirmar a sua ativação aqui.

O outono não se fazia sentir em grandes dimensões na Vila Oculta da Areia. O sol radiante continuava a aquecer a rua, as casas e os habitantes, tornando o ar mais abafado, como se um dia quente de verão se tratasse. A luz solar assaltava o meu quarto pelos buracos da persiana que eu, usualmente, deixava abertos. Era aquele sol que me acordava de manhã bem cedo, tal como eu queria para poder aproveitar para fazer algo de útil.

Levantei-me com vontade de dormir mais, mas não podia ser. Deixei a cama por fazer com os cobertores para trás, mais ou menos como um triângulo isósceles. Desfeita, mas minimamente arrumada. Também era necessário deixá-la assim para que os ácaros pudessem morrer ou sair, como eles quisessem. Rapidamente vesti a minha roupa comum, o típico preto a combinar com o laranja.

Tomei um pequeno-almoço reforçado porque o treino hoje ia ser duro. Tinha planeado ir treinar para junto às muralhas da vila, praticar a escalagem das mesmas com o uso dos braços primeiramente e depois das pernas, através das técnicas básicas que tinha aprendido na academia ninja. O único problema era o meu medo da alturas, mas talvez este tipo de treinos me ajudassem a superá-los.

Peguei uma mochila com alguma comida dentro e saí de casa. A intensidade que o treino iria ter levava a que eu precisasse de levar uma boa dose de proteína, potássio e hidratos de carbono para ter energia e evitar cãibras. Rapidamente encontrei um sítio calmo junto às muralhas para poder treinar, o que para mim não era difícil, dado que conhecia todos os cantos sossegados da vila.

Junto à muralha, olhei para cima, para o seu topo para encarar o desafio que ele iria enfrentar ali. Tinha que escalar aquilo tudo, desse por onde desse. Já tremia de medo da altura só de imaginar, mas tentava desviar a minha atenção para outras coisas para me acalmar. Tirei uma chiclete da minha sacola e coloquei-a na boca, aquilo iria acalmar-me um pouco, certamente.

Antes de começar a escalagem, tinha que aquecer um pouco. Fiz algumas séries de flexões, abdominais, dorsais e pequenos saltos. Alguns alongamentos logo a seguir. Encarei novamente o desafio tal como tinha feito mal tinha ali chegado, mas desta vez por um motivo diferente. Imaginei-me a cair a meio e a magoar-me, então não seria mal pensado ter alguma coisa que pudesse amparar a minha queda caso eu não conseguisse.

Com os braços, fiz um monte de areia para acolchoar a minha queda caso acontecesse e certamente iria acontecer muitas vezes. Aquela muralha devia ter uns vinte, trinta metros de altura? Não sabia muito bem, mas ela tinha pequenas divisões, como se fossem escadas, cada uma significaria um checkpoint para mim. Ao todo era cinco checkpoints, sendo o último já o topo da muralha.

Foi então que comecei a escalagem. Entre as pedras daquelas paredes fortificadas que rodeavam a vila, existiam algumas brechas onde era possível colocar as mãos e foi isso que eu fiz. Estiquei os braços para uns trinta centímetros acima de mim, coloquei as mãos em duas brechas e fiz alguma força para perceber se estava seguro ou não. Aos poucos, comecei a aumentar a força que aplicava sobre aquelas falhas nas rochas para conseguir então levantar o meu corpo.

Com os pés, procurava também algum sítio para os apoiar entre toda aquela fortificação. Ainda estava muito perto do chão, portanto conseguia olhar para baixo sem problema, o problema viria mais tarde. Em alguns segundos, estava com os pés e as mãos bem apoiados, então era momento de subir mais um pouco. Levantei a mão direita para encontrar outro espaço e quando senti que estava seguro, soltei a mão esquerda para mais ou menos o mesmo nível da outra mão. Logo a seguir, cada um dos pés, com muito cuidado para não escorregar e cair.

O sol forte batia sobre o meu corpo e já fazia o meu suor escorrer. E só tinha tendência a piorar, mas tinha que continuar porque ainda agora tinha começado. Aliás, ainda nem um metro devia ter escalado. Então, mais uma vez, libertei a mão direita para elevá-la mais acima à procura de um sítio seguro e neste exato momento, escorreguei e fui ao chão. Queda pequena, sem dor devido ao colchão de areia que tinha feito. Ao elevar a mão direita, por algum motivo, o meu pé direito cedeu e foi o suficiente para eu cair.

Peguei uma toalha e sequei as mãos que já tinham algum suor. Bebi um gole de água e continuei o meu desafio. Rapidamente voltei à posição onde eu estava antes de cair. Voltei a elevar a mão à procura de um bom alicerce. Desta vez, o meu pé não cedeu e ainda bem. Logo de seguida, a mão esquerda e não tardou a que conseguisse encontrar um bom apoio para os pés. Agora sim, devia estar a pouco mais de um metro do chão.

Não era uma altura que ainda me assustava, mas já começava a sentir algum nervosismo, imaginando como ia ser quando alcançasse lugares mais altos. Continuei eu então a minha escalagem. Mão direita aqui, mão esquerda ali, pé direito acolá e pé esquerdo ao mesmo nível. Devagarinho enchia a galinha o papo, como quem diz que devagarinho se vai ao longe.

Os primeiros dois ou três metros foram bastante simples, o problema vinha agora que já sentia um frio na barriga só de olhar para baixo. As minhas mãos e pernas já tremiam também e, mesmo sem eu olhar para baixo, acabei por ceder. As mãos transpiradas fizeram escorregar e, mais uma vez, foi possível ouvir o barulho suave do meu corpo a bater naquele amontoado de areia.

Sem dor na queda, mas nervoso. Mãos e pés a tremer, o meu cabelo já escorria água, o sol também não estava a ajudar. A sombra iria bater daquele lado à tarde, mas ainda faltavam algumas horas, portanto tinha que continuar a tentar. Mais uma vez, voltei a subir e facilmente ascendi à altura de antes. Tinha que ter cuidado aonde colocava as mãos, porque algumas das pedras queimavam bem.

Continuei a subir e consegui subir mais uns dois metros. Estava quase no primeiro checkpoint, a uns quatro ou cinco metros do chão. Não era uma grande distância, mas já era o suficiente para que o meu corpo vibrasse de medo. Eu só tentava pensar em me concentrar, mas não conseguia. Já até tinha engolido a chiclete antes e nem me tinha apercebido. Disse várias vezes para mim para pensar noutra coisa que não fosse a altura, mas não conseguia. Era como se tivesse um anjo e um diabo nos ombros a dizer coisas contraditórias que não me deixassem concentrar.

O meu corpo tremia e eu estava com suores frios. Tentei subir mais um pouco, mas não consegui. O tremer do meu corpo fez-me ceder e voltei a cair sobre aquele monte de minerais finos que amaciava todas as minhas quedas. Fiquei por momentos ali, caído, a encarar o céu e a descansar um pouco. Respirava ofegante e só pensava que não ia conseguir, era demasiado inseguro para me auto motivar. Quem estivesse a passar por ali, ia pensar que eu não estava bem. Respiração bastante acelerada, todo transpirado, completamente deitado no chão de braços abertos e estendidos… parecia morto.

Fiquei por alguns minutos a descansar até que me levantei. Bebi um pouco de água encostado à muralha enquanto tentava estabilizar e controlar a minha respiração. Sentia algum cansaço nos braços, o que era perfeitamente normal. Estiveram sobre demasiado esforço durante quase toda a manhã. Era a altura de descansar um pouco os braços e cansar as pernas. Ia escalar aquela muralha com as pernas, tal como tinha aprendido na academia e algo que sempre foi fácil para mim, tendo em conta a minha habilidade em controlar chakra.

Já mais descansado e pronto para seguir com o treino, afastei-me um pouco daquele enorme muro para dar algum lanço. Iniciei então a minha corrida em direcção à parede rochosa para a trepar até ao cimo. Coloquei o primeiro pé e logo a seguir o outro, parecia que tinha algum tipo de cola que os fazia ganhar uma aderência incrível à parede. Assim era tudo muito mais fácil e menos cansativo, mas o pior de tudo ainda lá estava, o meu medo de alturas que não me deixava focar. Ainda consegui alcançar o primeiro checkpoint, mas quando estava mais acima, cometi o erro de olhar para baixo e aquilo deu-me um aperto no estômago tão forte que caí.

Desta vez consegui amparar eu mesmo a minha queda, sem necessidade de cair na areia. Mas parecia que estava tonto e de visão turva, perguntava-me se era do esforço ou das alturas. Comi um pouco de chocolate e uma banana para reabastecer algumas energias. Fiquei sentado por alguns minutos, mas tinha que voltar à carga. Desta vez disse para mim mesmo que quando estivesse lá no alto, ia fechar os olhos e simplesmente correr. Não tinha obstáculos, portanto só precisava de manter o foco na corrida.

Então assim foi, dei algum lanço e comecei a correr muralha fora. Fechei os olhos e comecei a contar, simplesmente a contar, para me abstrair de todo e qualquer pensamento que estivesse relacionado com as alturas. Simplesmente corri como se alguma coisa me estivesse a perseguir. E assim foi até que caí, mas não por causa do motivo do costume. Tinha chegado ao topo daquela enorme fortificação rochosa e tinha posto o pé em falso, o que me levou a desequilibrar. Uma pequena cambalhota no ar e consegui controlar a queda, saltitando na parede e entre os degraus que existiam.

Aquilo já teria sido uma vitória para mim, mas não era o suficiente. Eu tinha que fazer aquilo de olhos abertos. Por um lado foi bom ter acontecido desta forma. Cair lá de cima e ser capaz de amparar a queda mostrou-me que, se eu me focasse, conseguia controlar e não simplesmente cair. Aquilo, de alguma forma, deu-me alguma segurança e motivação. Era hora de tentar outra vez, mas senti que ainda não estava preparado para o fazer de olhos abertos, então decidi ir novamente de olhos fechados. Na corrida anterior, eu tinha contado até vinte e oito antes de me desequilibrar, portanto eu sabia que quando estivesse perto desse número, é porque estaria quase no topo.

Então corri, simplesmente corri na direcção do objectivo para o trepar e comecei a contar. Um, dois, três… vinte e cinco, vinte e seis, vinte e sete e abri os olhos. Estava mesmo perto do topo e não podia distrair-me agora. E, consegui. Com uma última passada maior que as outras, coloquei o pé direito inicialmente no topo e logo a seguir o outro. Tinha chegado ao topo da muralha. Virei-me e olhei para baixo. As minhas pernas tremiam, o meu corpo paralisou completamente e parecia que eu não me conseguia mexer. O medo apoderou-se de mim. O pior é que eu agora tinha que descer, mas como eu iria fazer isso se não conseguia mexer o corpo?

O medo era um mecanismo de defesa do cérebro e, conscientemente ou inconscientemente, eu é que estava a fazer com que ele desse aquela ordem ao meu corpo. Eu estava mesmo no limite da beira da muralha, um passo em frente e simplesmente caía. Eu queria cair e controlar a minha queda, para perceber que afinal não era assim tão alto e que eu não podia cair. Então, mais uma vez, comecei a tentar controlar o efeito do cérebro, contando. E comecei a contar. Sabe quando à noite não consegue dormir e começa a contar para desviar os seus pensamentos de uma coisa e conseguir adormecer? Era exactamente isso que eu estava a fazer.

Contei até setenta e três quando consegui começar a mexer o meu corpo. Estava mais calmo, olhos fechados e simplesmente a sentir uma fresca brisa que estava a saber tão bem e a remover daquele ar abafado todo o calor. Foi preciso contar até duzentos e vinte e oito para voltar tudo ao normal e eu ainda ali estava, na ribanceira da muralha sujeito a cair. Então, foi exactamente isso que eu fiz. Não foi bem cair, mas saltar. Quem controlava o meu corpo era eu, portanto eu é que sabia o que ele tinha ou não que fazer. Foi um salto e uma queda perfeitamente controlada, indo descendo pela muralha através de todas as plataformas que tinham lá sido deixadas para fazer manutenção.

Sentia o meu corpo cansado. Não é que eu tivesse treinado muito, mas toda aquela sensação de medo e de tremer cansava-me. Encostei-me à muralha um pouco. A sombra já começava a bater lá. Respirei fundo e comi alguma coisa. Já era hora de almoço e eu precisava mesmo de reabastecer o meu organismo com nutrientes. Devo ter bebido umas duas garrafas de água de meio litro também, para além de esfomeado, estava sedento.

Li um pouco para fazer a digestão e descansar. Quando me levantei, senti ainda mais o cansaço. Precisava de aquecer outra vez. Voltei a fazer uma série de flexões, abdominais, dorsais e alguns saltos. Mais um conjunto de alongamentos também e estava pronto a voltar ao ativo. Ia começar por subir tudo aquilo a correr, como tinha feito antes duas vezes, desta vez, ia fazer tudo de olhos abertos e a contar, para me manter focado em alguma coisa. Assim foi, corri e contei, corria e contava até chegar ao tempo e, quando cheguei aos vinte e sete, cheguei ao topo.

Olhando lá de cima cá para baixo, já tudo não parecia tão mau. Ainda sentia um friozinho na barriga, mas tinha o controlo do meu corpo. Desci e voltei a fazer o mesmo umas quantas vezes mais até que as minhas pernas se sentissem cansadas. Cheguei a um ponto que já me conseguia manter focado sem contar. As minhas pernas estavam exaustas, aliás, todo o meu corpo estava mas eu tinha que treinar mais um pouco.

Estava na hora de regressar aos exercícios de escalar. Ou tentar pelo menos, se o meu corpo assim o deixasse. Comecei então a colocar as mãos e os pés entre as brechas e, de facto, o cansaço já começava a fazer os meus músculos latejar. A sombra batia sobre aquela parte da muralha e arrefecia as pedras em que eu tocava. O calor já não era tão forte à sombra e tornava tudo menos exaustivo. Fui subindo e alcancei o primeiro checkpoint. Já me sentia mais à vontade a olhar para baixo e conseguia manter o foco no que eu devia fazer, que era encontrar bons apoios para as minhas mãos e pés.

Continuei de checkpoint em checkpoint. Estava a chegar ao quarto quando o meu corpo falhou e caí. Estava exausto. Conseguir atenuar um pouco a queda, diminuindo em muito a possibilidade me magoar, mas mesmo assim desequilibrei-me quando coloquei o pé na areia, pois afundou e caí para trás, para a almofada ou colchão de areia, como quisessem chamar. Fiquei ali deitado, a ver o céu e as nuvens a passar. Estava satisfeito com os resultados que tinha alcançado hoje, o treino tinha sido bastante produtivo e era altura de descansar.

Fiquei ali deitado por mais algumas horas, até que se começasse a ouvir a movimentação de final de tarde nas ruas. Pessoas a sair do trabalho, crianças a sair da escola. Era barulho demais para mim. Levantei-me, sentindo os músculos bastante doridos. Tinha bastantes dores nas costas também, provavelmente de todas as quedas. Arrumei as minhas coisas e dirigi-me para casa. Tudo o que eu queria era tomar um bom banho, jantar e poder tirar o resto do dia para descansar.

675 . 675 | 925 . 925 | 0 . 5
Anonymous
Convidado
Convidado
Situação: Aprovado
Considerações: Gostei do RP. Sem muito a acrescentar. Parabéns.
Recompensas: +200 Status (boost confirmado). Superado o defeito Fobia: Acrofobia [1]
Anonymous
Convidado
Convidado

Objetivos e Indicações:
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Era uma manhã como muitas outras na Vila Oculta da Areia. O sol iluminava tudo intensamente, com uma luz forte e quente, que entrava pelas janelas das casas e as aquecia. Viver no deserto era o oito e o oitente. Enquanto havia luz do sol, havia calor e tudo era quente. Quando a noite se punha, um frio intenso arrefecia a vila fazendo os seus habitantes sentindo uma sensação totalmente oposta ao que acontecia durante o dia.

Mais uma vez ia aproveitar o dia para treinar, algo que não tinha tido muito tempo para o fazer devido à necessidade frequente de me apresentar em missões, por mais simples que fossem. Rapidamente me pus pronto, após levar algum tempo a consagrar a minha rotina matinal: trocar de roupa, fazer a cama, preparar e tomar o café da manhã.

Por fim, saí de casa. Já tinha em mente o que iria treinar hoje, mais ou menos. Precisava de continuar a investir na minha forma física, então daria uma volta a correr pelas muralhas da vila, inicialmente como aquecimento, mas acabaria por se tornar mais que isso, devido à enorme extensão destas paredes que rodeavam a vila. Após isso, faria algum treino físico para evoluir a minha resistência muscular, como flexões, tríceps, abdominais, dorsais, saltos, entre mais algumas coisas que tinha anotado no meu pequeno bloco de notas.

A correr de telhado em telhado, cheguei facilmente ao local onde iria executar o meu treino. Um local calmo dentro da vila, onde praticamente não havia ninguém e onde existia muita sombra, o que facilitava muito o meu treino, pois realizar esforços sob o calor do sol era sempre mais cansativo e o barulho de pessoas a passar não me permitiam focar. Mas, por agora, tinha era que me preocupar em iniciar a minha corrida.

Então, com a minha garrafa de água já segurada na mão direita, trepei a muralha até ao seu cume e comecei a corrida. Os primeiros metros comecei num ritmo leve, para os músculos começarem a ficar quentes, e só mais à frente, quase ao fim de quinhentos metros de corrida é que acelerei o passo. O calor intenso também não ajudava, então obrigava-me a ter que controlar a minha respiração, de forma a inspirar e expirar grandes quantidades de ar. A água iria permitir compensar qualquer tipo de desidratação, mas em princípio nada aconteceria, afinal de contas, como qualquer outro habitante de Suna, eu estava habituado aquele calor.

O perímetro daquelas paredes montadas por pedra para proteger a vila era realmente longo. Quilómetros e quilómetros de circunferência rochosa. Demorei quase três horas a correr aquilo tudo e sentia, sem dúvida, alguma exaustão nas minhas pernas. Nas últimas milhas, já sentia o corpo a fraquejar e a querer desistir, mas consegui. Era visível a quantidade de suor que escorria pelo meu corpo, até havia zonas da minha roupa visivelmente molhadas por causa disso.

O garrafa de água de meio litro que tinha levado comigo já tinha acabado ainda nem a corrida ia meio, então estava sedento. Em parte esse foi o mal. Contudo, eu tinha na minha mochila duas garrafas de água. A isto chamava-se redundância tática. Abri mais outra e bebia de rajada, sem parar sequer para respirar, levando-me a uma respiração mais ofegante quando a terminei de consumir.

Era hora de realizar uns alongamentos, principalmente aos membros inferiores onde realizei o maior esforço, mas não fazendo mal nenhum em alongar todo o corpo. Uns vinte minutos de alongamentos e estava pronto para começar as minhas séries de exercícios físicos. Como sempre, comecei pelas flexões. Fiz quinte flexões até que num ritmo um pouco acelerado, podia ter feito mais, mas, apesar dos meus braços não estarem cansados, estavam as minhas pernas e não permitiam o equilíbrio.

Após isso, quinze abdominais. Era o exercício que eu mais odiava fazer e também o que eu tinha mais dificuldade em fazer. Não era um músculo onde eu tinha grande resistência física, pois fazia cinco e sentia a zona do abdómen bastante esgotada. Porém, tinha que fazer quinze, custasse o que custasse. Seguiu-se os tríceps, os dorsais e os saltos. Quinze repetições de cada nesta primeira série.

Terminada a primeira série, descansei um minuto e voltei à carga. Uma segunda série de doze repetições de cada exercício. Sem dificuldade nas flexões, nos trícepes e nos dorsais, mas nos abdominais e saltos sentia o meu corpo a querer mesmo fraquejar. Mais um minuto de paragem, e avancei para a terceira série. Nove repetições de cada. Tudo começou a complicar-se aquim sentindo já a maior parte dos meus músculos a quererem desistir, mas não podia, ainda faltavam mais duas séries de todos aqueles exercícios.

Dada a fraqueza que estava a sentir, quando terminei esta terceira série, decidi fazer uma paragem de três minutos. Bebi água, acalmei um pouco a minha respiração e então continuei. Seis repetições de flexões de braços, abdominais, tríceps, dorsais e saltos. Era pouco, mas após tanto esforço físico, já parecia que estavam a fazer cem vezes mais, até porque eu demorava quase tanto tempo a fazer uma série de seis repetições quanto uma de doze repetições.

Por último e após mais uma paragem de três minutos, fiz a última série. Desta vez, apenas três repetições de cada. A última era sempre aquela que acabava connosco, não é? Foi assim mesmo. Aquela última acabou comigo, comecei a sentir cãibras nos braços, nas pernas e até nos abdominais. Apesar de tudo e de todo o sofrimento, levei-a até ao fim. Ainda tinha em mente fazer uma prancha abdominal no fim de apenas um minuto, mas preferi não arriscar.

Completei este treinamento com mais um ciclo de alongamentos. Desta vez, feitos ainda com mais intensidade ou seria o suficiente para amanhã não me conseguir mexer com dores nos músculos. Terminei de beber a minha última garrafa de água, arrumei tudo e fui para casa. Estava exausto, tudo o que eu queria agora era almoçar e poder deitar-me ou sentar-me um pouco a descansar, porque, de facto, aquele treino tinha sido exaustivo o suficiente para eu não conseguir fazer mais nada que não fosse isso.

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Luma
Genin
[Filler] Yuri Noguchi — Alt of Ctrl 13124db328b57c55e994ba33ef7cd62b
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Situação: Aprovado
Considerações: Biiiiir tá saindo da jaula o monstrão q
Mais de mil palavras narrando exercícios físicos, sem deixar tudo extremamente monótono, é realmente algo de se admirar. Ademais, meus parabéns ^^
Recompensas: +200 Status (devido ao Boost) para distribuir.
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