[Cena] Plano Perfeito

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[Cena] Plano Perfeito
[Cena] Plano Perfeito

Convidado

Plano Perfeito

A vila amanhecera agitada. Não era nem 7 horas da manhã e já se ouvia gritos por todas as partes. Cavalos e carroças para lá e para cá. Crianças chorando. Cães e gatos brigando entre si, etc. O jovem Taiyou Senju mal conseguiu ouvir as três batidas em sua porta, talvez seja por isso que demorou a atender. Ao abri-la deu de cara com dois homens, um deles era bem alto e magro, vestia-se com um longo kimono azul com uma faixa branca na cintura, na qual prendia uma fina katana. Seu rosto era coberto por uma máscara que, aparentemente, simbolizava uma raposa. O segundo homem era bem mais baixo e gordinho, vestia-se com uma roupa social toda preta e uma cartola na cabeça. O que mais chamava a atenção neste segundo homem era o seu enorme e reluzente bigode, muito provavelmente ele gastava horas de seu dia para cuidar daquele monumento em seu rosto.

– Podemos? – Perguntou o de máscara, convidando-se para entrar. Após adentrar a residência e fechar a porta, continuou a falar. – Este aqui é o Senhor Tenma, ele é um banqueiro e têm viajado o País do Fogo transportando um carregamento com enormes quantidades de dinheiro para algumas cidades. Recentemente ele notou alguns movimentos estranhos ao redor de sua caravana e veio pedir nossa ajuda. Não sabemos ao certo o que é, pode até mesmo ser alguns bandos de animais, mas é melhor não darmos chances ao azar, não é mesmo? Ter essa quantia de dinheiro roubada pode gerar um prejuízo enorme. Enfim, você é o único que está disponível no momento, então sua missão será escolta-los nesta próxima viagem. Se tiver algum questionamento, você pode tirá-lo depois com o Senhor Tenma, mas agora precisamos ir, estamos com um pouco de pressa. – Direcionou-se até a porta, despedindo-se do garoto. – Quase ia me esquecendo, a caravana irá partir daqui da vila ao meio dia, esteja pronto.

O jovem Senju tinha algumas horas para se preparar antes de encontrar com os grupos de banqueiros na entrada da vila.

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OFF:

Última edição por Gabz em Sex 10 Jul - 20:23, editado 1 vez(es)

Bending

Chūnin

Sex 10 Jul - 19:10

HP: 1450/1450 — CH: 1650/1650 — ST: 00/06

Sem conseguir dormir, o jovem acordou cedo; logo praguejando pelo barulho dos que passavam ao lado de sua casa. Já fazia dias que não saia da cama, por estar se recuperando da surra que tinha sofrido, mas resolveu se esforçar. Ergueu-se, com certa dificuldade, e se dirigiu até a cozinha. Lá, conseguiu distinguir melhor os sons que machucavam sua cabeça. Surpreendeu-se com o fato de alguém estar batendo em sua porta. Sorriu em resposta, imaginando que algum de seus amigos tinha vindo lhe visitar. Quando decidiu abri-la, ganhou outra surpresa, embora esta fosse muito menos agradável. Em sua frente, estavam dois homens estranhos e, aparentemente, muito mal educados.

— Não, não podem. — respondeu, com a voz enfraquecida. Era claro que não lhe obedeceriam. Sem ter muito o que fazer quanto a isso, resolveu escutar. — Eu não sou muito fã de banqueiro não, mas gosto de caravanas. O meu pai tem uma, sabia? Será que é por isso que vocês me escolheram? — indagou, com a mão sobre o queixo. Ficou alegre por ter sido escolhido para uma missão, apesar de seus ferimentos. Se soubessem disso, talvez a cancelassem, então procurou fingir resiliência. — Isso não será problema para Taiyou! Estarei lá ao meio-dia, senhor... Hã... Menma? — colocou a mão atrás da cabeça e despediu-se dos contratantes.

No instante em que saíram, desesperou-se. Só tinha cinco horas para se preparar, então resolveu focar em sua parte física. Exercitou-se, com moderação, até que sentisse mais controle sobre os músculos. Como já estava há dias se recuperando, sentia-se com condição suficiente para cuidar da missão, mesmo não tendo plena certeza. Estando melhor, dirigiu-se até a entrada da vila, saindo cedo para não se atrasar como o habitual. Se quisesse manter a promessa que havia feito à Renji e ao restante de sua equipe, precisava ser diferente.

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Sex 10 Jul - 21:02

Plano Perfeito

@Bending

Os homens mal pareciam ligar para as palavras do Chuunin, que pareceu não gostar muito da presença deles ali, principalmente do banqueiro. Este olhava a conversa pelos cantos dos olhos, com um ar de prepotência. Assim que a dupla deixou sua casa, o jovem apressou-se para se preparar, parecia que cinco horas era bem menos do que ele precisava. Mas, sem ter outra escolha, deu um pouco de atenção a seus músculos, exercitando-os até sentir que estava relativamente bem.

Chegou ao local combinado cerca de 20 minutos antes. Ali haviam três carroças sendo puxadas por três cavalos brancos e fortes, o que indicava que pertenciam a pessoas com grande poder aquisitivo. Sobre cada uma das carroças estavam empilhadas caixas de madeira lotadas com dinheiro. Bem, se o jovem Senju quisesse ficar rico, logo à sua frente estava uma bela chance. Oito homens bem vestidos, mas nem tanto quanto aquele que estivera em sua casa, e armados com lanças e espadas, terminavam de ajeitar as coisas sobre os cavalos.

– Ora, parece que o garoto já chegou. – Disse Tenma, acompanhado de outros dois homens igualmente vestidos. – Bem, garoto, eu não sou surdo, sabia? Eu ouvi muito bem o que disse naquele chiqueiro que você vive, eu também não gosto de ninjas. Mas, infelizmente, vocês são necessários. Então trate de fazer bem seu trabalho que vocês receberão seu pagamento, como combinado. – Deu uma longa pausa acompanhada de um suspiro. Falar tanto e naquela velocidade deixava o senhor com falta de ar. Puxou, então, do bolso de sua camisa um relógio. – Já que estamos todos aqui, podemos partir.

Quatro guardas subiram na carroça da esquerda e começaram a sair lentamente. Logo em seguida, na carroça do meio, os três banqueiros se acomodaram. Aliás, esta era a única com espaço para Taiyou. Por último, na terceira carroça, mais quatro guardas.

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Bending

Chūnin

Sáb 11 Jul - 19:55

HP: 1450/1450 — CH: 1650/1650 — ST: 00/06

O que se reproduzia à frente dos olhos do jovem era excêntrico demais até para ele. Por que um homem tão rico guardaria sua fortuna em caixas de madeira? E por que forçaria seus guardas a trajarem roupas tão inapropriadas para o combate? Nada daquilo parecia fazer muito sentido. Supunha que o primeiro caso era uma tentativa de apresentar humildade ou algo semelhante. E o segundo era unicamente uma exigência estúpida de um homem sujo. Caso desejasse, não via muita dificuldade em furtar um pouco daquela imensa fortuna ou deixar que o banqueiro fosse prejudicado na escolta, mas sabia que aquilo seria errado. Se havia sido contratado para protegê-lo, tinha que seguir com a missão. O que, claro, não significava ter que aturar ladainhas.

— É verdade, né! — sorriu maliciosamente ao escutar o comentário do gordo bigodudo. — A principal diferença é que nós realmente somos necessários. Já vocês... — riu de forma debochada, sem tecer mais nenhum comentário sobre as ofensas recebidas. Era melhor deixar o restante para lá e não machucar ainda mais o ego do banqueiro. Calou-se, portanto, e se dirigiu até a segunda carroça, onde estavam os demais. Sentia-se um pouco incomodado de estar na presença deles, mas preferiu esconder a sinceridade. Somente deixou de encará-los e focou seus esforços na tarefa que devia realizar. Os seus ouvidos e olhos estavam atentos, buscando quaisquer movimentações estranhas na estrada. Com sorte, não seria surpreendido.

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Sáb 11 Jul - 23:47

Plano Perfeito

@Bending

– Se você diz... – Desta vez o velho preferiu se calar, não via mais necessidade em continuar aquela conversa.

A viagem seguia bem. Cerca de duas horas depois já se encontravam bem distante da vila e, até agora, nenhum problema. Os banqueiros conversavam por todo o caminho. Na realidade, pareciam mais competir tentando se provar um mais rico que o outro. Os guardas nas outras carroças não pareciam nem um pouco com seus chefes. Conversavam sobre shogi, bebidas e mulheres. Riam despreocupados e faziam planos sobre como poderiam comemorar a despedida de solteiro de um deles, que se casaria na próxima semana.

Para a sorte deles o shinobi estava atento e conseguiu notar uma espécie de barricada na estrada alguns metros a frente. Com um grito de ordem fez com que a caravana parasse. Assustados com sua ação, os banqueiros começaram a olhar para todos os lados, tentando entender o que estava acontecendo e os guardas se calaram. O Senju, percebendo que eles não tinham notado, apontou seu dedo para frente, mostrando o obstáculo. No momento em que todos olharam, perceberam uma kunai voando em sua direção e cravando no chão ao lado da primeira carroça. A kunai tinha um papel explosivo preso a ela e, antes que os guardas pudessem sair dali, explodiu, tombando-a para o lado contrário. Com medo e livre, o cavalo fugiu; os guardas caíram no chão, desacordados; e das caixas, espalharam-se laranjas.

Se aquilo era uma tentativa de disfarçar o que aquela caravana transportava, não deu muito certo. Algo os denunciou. Passando a fumaça levantada pela explosão, puderam ver com mais clareza que a sua frente haviam cinco pessoas, quatro homens e uma mulher, todos armados com ferramentas ninja. O plano inicial dos bandidos foi frustrado pelo foco do Chuunin, então decidiram dar as caras todos de uma vez.

– Laranjas? Como homens vestidos tão bem estão carregando... Laranjas? – Gritou um deles.

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OFF:

Bending

Chūnin

Dom 12 Jul - 1:04

HP: 1450/1450 — CH: 1650/1650 — ST: 00/06

Quando a ação começou, não soube se devia comemorar ou não. Claro, não era bom correr riscos, mas já estava cansado de toda a conversa insuportável dos banqueiros. Que eles, ao menos, vissem como era muito mais difícil a vida de ninja. Sem se preocupar, desceu da carroça e encarou os bandidos com um olhar aristocrático, como se fingisse estar atrelado aos homens ali. Suas roupas não convenciam tanto, mas imaginava que elas seriam o suficiente. Deu sorte em perceber a estratégia dos adversários antes, o que lhe motivava a continuar à frente naquele jogo. — Senhores, boa tarde! — sorriu, fazendo uma reverência solícita. — E à senhorita também, é claro! — o sorriso dessa vez foi acompanhado de uma piscadela sutil, destinado somente a ela.

— Sinto informá-los, mas acho que se enganaram. Somos os cavaleiros hospitalários da laranja! Uma ordem de irmãos com um mesmo objetivo: o de promover o consumo dessa deliciosa fruta no mundo ninja. — dizia com uma voz eloquente, com o objetivo claro de enganá-los. — Não há nada de valioso para vocês aqui, além do intenso sabor das laranjas da Aldeia da Folha! Sei que nos atacaram, mas não quero perder a oportunidade de divulgar nossos produtos. Por que não provam uma, hein? — soava como um amigo, mesmo que estivesse apenas tentando evitar lutas desnecessárias. Era forte, mas enfrentar cinco pessoas, ao mesmo tempo em que tinha que proteger várias, não parecia uma atitude inteligente.

De qualquer forma, não cederia sua guarda, independentemente da reação inimiga. Continuaria com atenção plena ao seu arredor e aos homens a sua frente, para que conseguisse reagir a qualquer ofensiva contra si. Somente esperava que os tolos que lhe acompanhavam seguissem o roteiro. Caso isso não acontecesse, tudo poderia ir água à baixo.

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Dom 12 Jul - 13:49

Plano Perfeito

@Bending

Taiyou, destemido, resolveu descer da carroça e encarar os bandidos. Sua vestimenta não passava a mesma segurança que sua fala e o destacava dos demais membros da caravana, mas ainda sim insistiu nelas. Ainda, deu uma sutil piscadela para a moça que, percebendo, corou o rosto na hora, tentando desviar o olhar por alguns instantes. Esta, inclusive, se destacava um pouco dos demais. Com um cabelo bem curto e em um tom bem escuro de azul, vestia uma blusa laranja e uma saia verde. Nos pés, longas meias pretas e um sapato fechado. Assim que se recuperou, começou a falar, com um tom de voz imponente.

— Não consigo engolir o fato de meros fazendeiros estarem vestidos deste jeito e com guardas. Bem... — Colocou a mão na barriga. — Estou com fome mesmo. Então, se nos permite, gostaríamos sim de prova-las... Mas, uma dama como eu não pode comer laranjas caídas no chão, me desculpe. Se me permite, vamos levar uma dessas caixas que estão sobre as outras carroças. O grupo é grande, então precisamos de muitas laranjas. — Neste momento olhou para sua esquerda e ordenou que dois de seus homens pegassem uma das caixas da carroça que estava no meio. Lentamente, eles foram andando em direção ao grupo.

— Ei, garoto... — O banqueiro, baixinho e gordinho, que estava logo atrás do Senju, o chamou, cochichando. — Nessas carroças que sobraram é onde está o dinheiro. — Alertou.

Estava frio, afinal era começo de inverno. O vento espalhava as folhas e flores das árvores da lateral da estrada. Era possível sentir uma brisa cortante, qualquer um com partes do corpo expostas sentiria isso.

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Bending

Chūnin

Dom 12 Jul - 14:48

HP: 1450/1450 — CH: 1650/1650 — ST: 00/06

Quase suspirou; alegre e aliviado pela situação estar caminhando de acordo com o planejado. Ou até melhor, já que não imaginava que aquela seria a reação da garota. Sorriu, ligeiramente abobado, mas logo se recuperou. Caso desejasse obter sucesso na missão, não poderia dar o braço a torcer. Era preciso continuar enganando eles, até que conseguisse criar uma boa abertura de ataque ou os convencesse a ir embora. O segundo cenário era o ideal, mas certamente o mais difícil de ser alcançado. Se tudo desse certo, ao menos teria como evitar quaisquer mortes, especialmente da moça à sua frente.

— Senhorita, desde já, peço que me perdoe, mas terei que recusar sua exigência. — fingiu uma cara de tristeza, como se estivesse em desacordo com a própria decisão. — Sabe, não foi nada fácil colher essas laranjas exóticas, e esperávamos conseguir apresentá-las a possíveis investidores em Uzushiogakure. Já imaginou se chegarmos lá com menos do que o combinado? Eles certamente duvidariam da qualidade dos nossos produtos e da competência de nossa empresa! — aproximou-se lentamente, sem esboçar qualquer agressividade. — Mas... A senhorita tem total razão. Eu nunca permitiria que uma dama tão bela comesse algo que teve contato com o chão. Por que não me acompanha até a carroça? Seria um prazer conhecer a senhorita enquanto te apresento nossos produtos. — ergueu a mão em direção a ela, como se estivesse convidando-a a se juntar a ele.

Se a estratégia fosse bem-sucedida, pediria singelamente tanto aos banqueiros como aos agressores para conceder um pouco de privacidade a eles. Em seguida, retiraria seu manto e o colocaria sobre os ombros da garota, demonstrando se preocupar com a possibilidade de ela estar sentindo frio. Com sorte, a partir de suas ações, teria algum espaço para dialogar com ela sem que ninguém escutasse. Seria a melhor oportunidade de evitar derramamento de sangue, embora estivesse pouco convencido sobre sua capacidade de sucesso.

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Dom 12 Jul - 18:00

Plano Perfeito

@Bending

— Certamente a qualidade já não vai ser a mesma, olha quantas espalhadas pelo chão. – Retrucava. O shinobi se aproximou indagando mais algumas palavras, desta vez totalmente direcionada a garota. Para alguém como ela, ~~biscoiteira~~, tais palavras foram o suficiente para fazê-la baixar a guarda e aceitar a oferta do garoto, queria ouvir mais daqueles elogios. Estendeu a mão, de encontro a dele e o seguiu até a carroça, ordenando que os outros esperassem onde estavam. — Você é muito bom com as palavras, só precisa aprender a se vestir melhor, as garotas iriam gostar. — Complementou.

Atendendo ao pedido do garoto, ainda receosos, os banqueiros recuaram. Os guardas, aproveitando a situação levemente sob controle, foram ajudar seus companheiros que estavam caídos e recolher as laranjas espalhadas, tentando ainda manter o disfarce. Os dois pombinhos subiram na carroça do meio e se acomodaram. Taiyou, inclusive, retirou o seu casaco e cobriu a garota que ficava encarando as caixas, esperando pelas palavras do jovem.

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Bending

Chūnin

Dom 12 Jul - 23:31

HP: 1450/1450 — CH: 1650/1650 — ST: 00/06

Sorriu timidamente, quase corando pelo elogio recebido. Se não estivesse plenamente focado em sua missão, com certeza teria agido de outra maneira, mas não podia permitir que o feitiço se voltasse contra o feiticeiro. Caso não tomasse cuidado, poderia acabar colocando tudo a perder. Sentou-se, portanto, ao lado dela, acreditando que isso traria uma proximidade maior. Optou, ainda por cima, por estar de costas para o restante das figuras. Não sabia se alguém lá tinha a capacidade de ler lábios, então não arriscaria. Com o cenário pronto, voltou-se novamente a ela. Olhou-a nos olhos por alguns instantes, sem dizer nada, até formular direitinho o que pretendia dizer. Se quisesse ter êxito, precisava tirar a atenção dela das malditas laranjas, então cortejá-la era a estratégia mais adequada para a situação.

— Ora pois, como pude deixar de me apresentar? Quanta falta de educação minha! — disse, colocando a mão direita sobre o peito. — O meu nome é... Denki Kaminari, mas pode me chamar do que preferir. E a senhorita? — questionou educadamente. — Sabe, eu trabalho com isso há mais de dois anos e nunca tive a sorte de encontrar uma moça tão linda como você assim do nada, em meio à estrada. — tomou a iniciativa de puxar suavemente a mão da garota, segurando-a com delicadeza e cavalheirismo. — Seria o destino? Ou apenas um mero produto do acaso? Quaisquer que sejam as razões, não me arrependo de ter prosseguido por esse caminho, mesmo que os meus companheiros possam achar o contrário. — declarou, referindo-se ao fato deles terem sido emboscados exatamente ali. — O que me intriga, contudo, é o fato de alguém como a senhorita estar acompanhada desses... brutamontes. Uma dama abençoada com tanta beleza e diligência certamente tem melhores companhias à sua disposição. — sorriu, tomando cuidado para não ofendê-la ao falar dos homens que lhe acompanhavam. — Se não for nenhum incômodo, a senhorita poderia me dizer o porquê? — perguntou, exibindo uma grande sinceridade em seus olhos. Embora fosse parte de seu plano, realmente estava curioso sobre aquilo.

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Seg 13 Jul - 13:29

Plano Perfeito

@Bending

— Pode me chamar de Suzume. — Respondeu a garota, seguido de um leve sorriso. As palavras de Taiyou estavam sendo o suficiente para convencer a jovem, que já não conseguia mais esconder que estava gostando daquilo. Sua expressão só mudou quando o shinobi falou de seus companheiros. Se reparasse no fundo dos olhos da dela, notaria um sentimento de tristeza, que se tornou ainda mais claro pelo seu tom de voz. — Bem... Nós vivíamos em uma pequena vila ao norte daqui, mas ela foi atacada por ninjas tempos atrás e perdemos nossas casas e até alguns familiares. — Deu uma pausa, tentando controlar as lágrimas. — Eles eram meus amigos... Hoje são meus irmãos, cuidamos uns dos outros... A única forma que encontramos para conseguir sobreviver é roubando viajantes na estrada e... Acho que até que fazemos isso muito bem, modéstia a parte. — A garota, então, passou as mãos em ambos os olhos, secando qualquer vestígio de lágrima que tivesse, não queria aparecer chorando na frente de seus companheiros. Esperou para ouvir o que o chuunin tinha a dizer e voltou a falar. — Você foi diferente dos outros que atacamos, eles geralmente largam as coisas e tentam sair correndo ou acabam implorando para não fazer nada a eles e entregam tudo. Mas você teve a coragem de tentar ao menos conversar, admito que este foi o principal motivo de eu aceitar subir aqui e ouvir o que você tinha a dizer, fiquei curiosa... Bem, não quero as coisas de vocês, pela coragem e pelo bom papo vou deixar que sigam viagem tranquilamente. Quem sabe nos encontramos por ai novamente... Ah, vou levar essa jaqueta, estou com frio. — Despediu, descendo na carroça e se retirando do local com seu bando, não antes de pegar uma laranja dos braços de um dos guardas.

Definitivamente aquela situação toda foi estranha, mas obteve sucesso em seu plano. Conseguiu sair dela sem derramar uma gota de sangue. Talvez, seu poder de sedução estava acima de sua habilidade como shinobi. Era algo a se pensar. A essa altura, os guardas que haviam sido atingidos pela explosão já estavam em pé e recuperados. Aparentemente não estavam feridos, o desmaio foi fruto do impacto apenas. Infelizmente a carroça em que estavam foi destruída e o cavalo fugiu. Aquilo, sem dúvidas, traria um pequeno prejuízo aos banqueiros, mas pelo menos o dinheiro estava a salvo. Acomodaram-se nas duas carroças restantes e seguiram viagem, sem mais problemas.

Chegando ao destino final, os guardas e os banqueiros começaram a descarregar as caixas. Taiyou não tinha mais nada para fazer ali, restando apenas pegar o caminho de volta à vila. Se não fosse por uma águia pousando na carroça ao seu lado. A águia tinha uma pequena mochila azul nas costas com o símbolo de Konohagakure nela. Imediatamente o pássaro se curvou, revelando uma pequena abertura na mochila e nela um pequeno pergaminho.

Spoiler:

Se Taiyou estivesse se perguntando: por que ele? A resposta estava nas linhas de baixo do pergaminho. A possível localização do ANBU era relativamente perto do vilarejo onde ele estava, mais especificamente ao norte. As instruções diziam: “Ao norte da pequena Vila das Flores será possível avistar uma enorme escultura de pedras, encontre-se com a equipe que está esperando lá e organizem um plano de resgate. Esta é uma missão de urgência, então dê prioridade a ela. Não falhe.”. Mesmo depois de toda aquela confusão na estrada tinha mais trabalho a fazer e dessa vez parecia mais complicado. Sem contar o frio.

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Bending

Chūnin

Seg 13 Jul - 15:05

HP: 1450/1450 — CH: 1650/1650 — ST: 00/06

Sem ter muito o que dizer, permitiu que o silêncio dominasse a conversa por alguns poucos segundos. O caso da garota a sua frente era entristecedor, o suficiente para que se arrependesse de ter mentido tanto a ela. Se não houvesse vidas dependendo de suas ações, talvez tivesse dito a verdade, apesar dos inúmeros riscos. Como então não havia alternativa, preferiu apenas tecer um comentário breve sobre o assunto. — Perdoe-me por chamá-los de “brutamontes”. Eu não concordo com suas ações, mas não me sinto confortável em julgá-las. — disse, buscando agora se despedir apropriadamente. — Foi um prazer te conhecer, Suzume. Espero reencontrá-la um dia. — declarou, dando fim à crise. O seu plano tinha dado certo, mas não chegou a comemorar. Organizou-se com os banqueiros e deu prosseguir à viagem, dedicando os minutos seguintes a refletir.

Os acontecimentos recentes apenas intensificavam sua posição contrária em relação ao papel de jovens na guerra; e ao fracasso dos líderes do governo na administração do mundo ninja. Se os daimyōs tivessem feito seu trabalho corretamente, aquilo não teria acontecido. Onde eles estavam enquanto seu povo sofria, em meio à fúteis conflitos e a desnecessárias crises políticas? Na melhor das hipóteses, engasgando-se com vinho.

Quase que instantaneamente após chegar ao seu destino, despediu-se dos banqueiros e resolveu se afastar. Já estava farto de tanta prepotência e arrogância, mesmo que eles parecessem estar quietos após todo o problema anterior. — De nada e até nunca mais, senhor Queiroz. — disse ao homem que havia lhe contratado, usando qualquer nome aleatório para se referir a ele, já que tinha esquecido o real. Contudo, por mais que desejasse ir embora, foi surpreendido por uma águia de sua vila natal, pedindo para cumprisse outra missão. Sentia frio, fome e cansaço, mas essa era a vida de um ninja. Sem reclamar, esfregou as mãos nas laterais dos ombros e se dirigiu até o local informado, tomando cuidado para não alertar sua presença para qualquer ser que ali pudesse estar.

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Seg 13 Jul - 17:28

Plano Perfeito

@Bending

O motivo do nome daquele pequeno vilarejo ficava mais evidente a cada metro que Taiyou andava. Suas vielas e os tetos das casas eram enfeitados com diferentes tonalidades de pétalas, provenientes das árvores e jardins da região. Aquilo aparentava ser o tesouro daquele humilde povo. O jovem não via uma criança, adulto ou idoso maltratando as flores. As conversas que pudera ouvir eram sobre como cuidar delas e o quão belas elas eram.

O garoto sequer percebeu que horas eram, só depois de olhar mais atentamente para o horizonte e notar o céu alaranjado. Inclusive, sentiu na pele os primeiros traços do anoitecer. Afinal, a temperatura começou a diminuir um pouco mais. Poucos metros depois, conseguiu avistar a estátua citada no pergaminho. Era uma mulher, com tranças no cabelo, cheirando um ramo de flor. Aproximando-se, cautelosamente, pode notar duas figuras sentadas ao pé da estátua. Um homem e uma mulher. Olhando com mais atenção, pode reparar as bandanas de Konoha em suas vestes. Podia se aproximar.

O rapaz possuía cabelos brancos, apesar de ser apenas um pouco mais velho que o Senju. Vestia-se com um com um kimono azul e amarelo e uma calça em mesmo tom de azul. Por cima um fino casaco roxo escuro e um cachecol um pouco mais claro, tapando a boca. Seu braço era repleto de ataduras, mas era notável a musculatura. Em suas costas, presar por um cordão, havia uma katana. Estava de olhos fechados e respirando lentamente. Sereno.

Notando a aproximação de Taiyou, a garota levantou. Se não bastasse sua leve paixonite da tarde, aquela à sua frente era, novamente, linda. Longos cabelos negros e olhos rosa hipnotizantes. Suas vestes tinham a cor de seu cabelo com algumas peças no mesmo tom de seus olhos. Parecia tomar muito cuidado com sua aparência.

— Ohayo, Senju-san! — Dizia, como se o conhecesse. — Nos disseram que você viria, mas não esperava que fosse tão rápido... Aliás, pode me chamar de Monika e aquele é Togyuu-chan. Venha, sente-se. — Voltou para o seu lugar, batendo com a mão no chão, convidando-o a fazer o mesmo. — Togyuu-chan não costuma falar quase nunca, não que ele seja chato ou coisa do tipo. Ele já salvou minha vida inúmeras vezes. Enfim, vamos falar da missão? — Ela tinha um tom de voz alegre e carismático. — Pelo que você já deve saber, um membro da ANBU foi capturado por alguns inimigos, precisamos resgatá-lo antes que ele seja morto e usem o seu corpo para... — Interrompeu a fala no momento que um pequeno corvo pousou em seu ombro, parecia-se mais com um desenho que com um animal propriamente dito. Com os dedos, ela fez um leve carinho em seu bico e voltou a falar. — Eles estão no local que nos foi informado mesmo e aparentemente 6 ninjas inimigos estão lá. Para conseguirem capturar um membro da ANBU não devem ser fracos. Em todo caso, eu não sou muito boa em combate, consigo me virar, mas não é minha especialidade. Já o Togyuu-chan, bem, ele parece calmo, mas ele não consegue se controlar e acaba exagerando em tudo. Não conseguiríamos enfrenta-los sem um plano e é por isso que você está aqui.

A jovem tirou um pergaminho em branco e um pincel da sua bolsa e começou a desenhar. — Olha, o local que eles estão é mais ou menos assim, ao redor é cercado por árvores. Até agora eles estão posicionados vigiando o local e outros tentando tirar informações do ANBU, assim... Acho que conseguimos nos aproximar sem nos notarem.

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Bending

Chūnin

Seg 13 Jul - 22:15

HP: 1450/1450 — CH: 1650/1650 — ST: 00/06

O início da missão já demonstrava seu caminho promissor. Os dois companheiros pareciam legais e, sem sombra de dúvida, bonitos. Sentiu vontade de flertar com eles, mas decidiu preservar a própria dignidade. Seria extremamente sem noção agir assim depois do que havia acontecido há algumas horas. Sendo assim, buscou focar-se plenamente no objetivo que tinha em mãos. Quanto mais cedo o finalizasse, mais rápido descansaria. — Prazer em conhecê-los, Monika-chan. Togyuu-san. — fez uma breve vênia, em tom de respeito. Em seguida, dedicou-se a escutar as palavras da garota e a estudar o mapa que ela havia desenhado. Ele também não era muito bom em combate, mas tinha uma boa capacidade estratégica, o que seria essencial naquele momento.

Conseguiu pensar, depois de alguns poucos minutos, em algumas estratégias, mas ainda tinha algumas dúvidas a tirar antes de colocá-las em prática. — Serei sincero com vocês, nunca matei ninguém na vida. Sempre evito o combate, que para mim deve ocorrer somente em último caso. — colocou a mão sobre o queixo e fixou seus olhos no mapa, embora ainda continuasse a dialogar com os dois. — Os ninjas que capturaram o membro da ANBU são como nós. Só estão seguindo as decisões de seus superiores. — ergueu-se do lugar onde havia sentado, agora fitando-os diretamente. — Eu pensei em uma maneira de resgatá-lo sem que os ninjas consigam revidar, mas não sei se é isso o que vocês desejam. Seguirei o caminho que vocês escolherem. — declarou, questionando se aquela linha de ação tinha sido realmente correta.

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Seg 13 Jul - 23:47

Plano Perfeito

@Bending

— Sendo sincera, não ligo em ter que matar se é algo que vai prejudicar nossa vila. — Colocou a mão sobre a barriga. — Estou com fome... Como eu disse, são 6 ninjas inimigos para 3 de nós, se simplesmente chegarmos lá atacando vamos acabar sendo mortos. A estratégia é sua, o que você nos mandar fazer, faremos. — Tirou outro pergaminho da bolsa de armas e fez o desenho de um pequeno pássaro. Fez o selo de confronto com a mão direita e bradou. — Ninpō: Chōjū Giga. — O pequeno pássaro saiu do pergaminho e começou a voar em volta deles. — Esta é minha habilidade principal, também consigo ajudar um pouco com ninjutsu médico. Togyuu-chan é basicamente um usuário de Fuuton que sai cortando tudo que vê pela frente. — Colocou a mão no rosto, em tom de reprovação, depois dando uma bela gargalhada. — Enfim, acho que conseguimos nos aproximar um pouco e analisar como está a situação por lá, depois disso você conseguirá montar uma estratégia melhor. — Neste momento, Togyuu levantou-se, começando a se mover, demonstrando concordar com a garota. — Seu idiota, não é para esse lado! — Gritou.

[...]

O trio chegou bem próximo ao local, escondendo-se por entre as árvores. Já estava escuro, se não fosse por uma grande fogueira localizada no centro das ruinas em que os ninjas estavam não conseguiriam enxergar quase nada. Encostado na parede, amarrado pelas mãos e com a cabeça baixa, estava o ANBU, ainda de máscara. Segurando sua cabeça, logo a sua frente, estava um homem loiro, com uma roupa completamente rosa. De tempos em tempos, ele soltava a cabeça do shinobi da folha, que imediatamente gritava como se sentisse uma dor insuportável.

— Takeshi-kun não alivia mesmo. Não queria estar na pele desse cara. — Disse um deles.

Diferente da informação inicial, do desenho de Suzume, os outros cinco formavam um círculo em volta da fogueira, tentando se aquecer. Assim, três deles estavam de frente pro local onde o trio estava e os outros dois de costas para eles.

— Eles são estranhos.... Muuuuito estranhos. — Reclamou, Suzume.

— Não vejo as bandanas. — Complementou, Togyuu.

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OFF:

Bending

Chūnin

Ter 14 Jul - 1:41

HP: 1450/1450 — CH: 1550/1650 (-100) — ST: 01/06 (+1)

O garoto mordeu os lábios inferiores, refletindo sobre como podia usar as habilidades dos colegas ao seu favor. Sinceramente, não havia muito no que eles pudessem contribuir, além da garantia de escape. O ato de resgate em si estaria sobre seus ombros. Suspirou, um pouco pressionado, mas seguiu com eles até o acampamento dos bandidos. Logo de cara, enojou-se com a aparência e a personalidade deles. Sempre foi bastante progressista, mas aquilo era de outro nível. O choque foi tão grande que até sentiu vontade de mudar o plano inicial, com a intenção de dar uns bons socos neles, porém preferiu não arriscar. O melhor era continuar seguindo sua linha de evitar derramamento de sangue, algo que já havia dado certo anteriormente.

— O que eu vou fazer será arriscado, mas acredito que dará certo. — sussurrou, com o objetivo de evitar qualquer chance de intercepção inimiga. — O papel de vocês no plano é simples: eu preciso que arranjem nossa fuga. Será algo muito rápido, então estejam atentos. — sinalizou, gesticulando para demonstrar o que imaginava em sua cabeça. — Seguinte. Monika, prepare um pássaro com sua tinta, sairemos daqui com bastante pressa. Togyuu, faça o que mais gosta e corte todas essas árvores a nossa frente, ao meu sinal. — ordenou, afastando-se com eles até uma posição mais tranquila, onde não poderiam escutar o que viria a seguir.

Sem importar-se com a dor, mordeu um dos dedos e permitiu que o sangue escorresse por sua mão direita. Em seguida, fechou os olhos e formulou selos de mão. Javali, Cão, Pássaro, Macaco, Carneiro. Da densa fumaça que se formou, surgiu a figura de uma salamandra grande e marrom. Ibuse, a invocação de seu pai. Sob seu comando, o animal entrou embaixo da terra e se dirigiu como um assassino, evitando ao máximo qualquer capacidade de detecção. O objetivo era simples: emergir do nada, engolir o ninja e se dissipar antes que houvesse qualquer reação. Togyuu impediria um avanço na direção do grupo, enquanto Monika garantiria a viagem até algum lugar seguro.

Caso tudo desse certo, conseguiria sair dali sem nenhum arranhão; para ambos os lados.

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Convidado

Ter 14 Jul - 23:31

Plano Perfeito

@Bending

A dupla ouviu com atenção o engenhoso plano de Taiyou, acenando positivamente com a cabeça a cada pausa que ele dava em sua fala. O pequeno grupo se afastou do local, encontrando uma posição ideal para dar inicio a suas ações. Monika, com seu pergaminho desenhou três grandes pássaros e, sussurrando, falou — Ninpō: Chōjū Giga! — Os pássaros eram estranhos, diga-se de passagem, mas suficientes para o que precisavam. — Desculpa, mas acho que um pássaro apenas não consegue nos carregar.

O chuunin, por sua vez, mordeu a ponta dos dedos, deixando o sangue escorrer e invocou uma enorme salamandra. Seus companheiros arregalaram os olhos, não esperava que o garoto conseguisse invocar algo como aquele. Ao dar o comando, o animal mergulhou na terra e cavou até a exata posição em que o ANBU estava. Apesar dos ninjas conseguirem ouvir o barulho da aproximação, jamais imaginariam que ela viria debaixo da terra. Com sucesso, a salamandra emergiu engolindo o ninja da folha e se dissipando logo em seguida.

Quase que ao mesmo tempo, Togyuu era observado pelos seus companheiros. Era nítida a expressão de satisfação em fazer aquilo. Respirou fundo, fechando os olhos e dando uma leve flexionada na perna e abaixando o cachecol. Colocou o braço em frente a boca e com um rápido movimento de corte lançou várias lâminas de ar que se combinaram em uma maior, derrubando facilmente as árvores à sua frente. Subiram nos pássaros de tinta e começaram a levantar voo.

O plano seria perfeito, se não fosse pela destruição em massa das árvores a poucos metros de onde os inimigos estavam, alertando-os sobre a presença de mais pessoas ali. Rapidamente, um deles – vestido uma blusa azul um pouco acima do umbigo, calça vermelha bem colada no corpo e um chapéu de aviador – correu em direção as árvores que ainda caíam, pegando uma ferramenta ninja que estava caída próxima ao muro da ruína. Deu um belo salto, contorcendo o corpo no ar e fazendo um movimento de corte com o braço que segurava a ferramenta. Esta, abriu-se em um enorme leque, lançando uma forte rajada de vento na direção do trio. Não foi o suficiente para atingi-los, porém o forte movimento do ar fez com que o pássaro em que Monika estava se dissolvesse em tinta, derrubando-a imediatamente. A kunoichi caiu sobre as árvores, o que amorteceu o impacto. Mas, ao alcançar o chão, já estava desacordada.

O estranho inimigo, aproveitou-se das correntes de ar, e começou a planar sobre com seu leque em direção a ela. Taiyou e Togyuu estavam à salvos e a missão estava completa. Mas deixariam a kunoichi para os inimigos?

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OFF:

Bending

Chūnin

Qua 15 Jul - 0:37

HP: 1450/1450 — CH: 1400/1650 (-150) — ST: 02/06 (+1)

O desespero tomou conta do garoto, que passou a golpear a própria cabeça um punhado de vezes. Sentia-se culpado, dado ao fato de que ele havia sido o dono da estratégia falha. Por um erro bobo, poderia estar condenando sua nova colega a um fim perverso e tortuoso. Não permitiria que aquilo acontecesse, mesmo que a missão pudesse acabar falhando. Sem perder tempo, virou-se ao companheiro de cabelos prateados e deu um comando simples. — Não há discussão. Use o pássaro para resgatá-la. — disse, mordendo um dos dedos; agora da mão esquerda, e formando os mesmos selos de mão que havia usado anteriormente. — E não volte para me buscar. Sei me virar. — sem dizer mais nada, usou o animal de tinta como impulso para pular na direção do ninja que planava.

Em meio ao ar, recordou-se de duas situações distintas: o Exame Chūnin e o duelo com Renji. Nas duas situações, obteve sucesso por se arriscar. E esperava que não fosse diferente naquele momento. Os selos de espaço-tempo desprenderam-se nas alturas, liberando uma fumaça grande e densa. Dessa vez, Ibuse não seria o objeto a ser visto, mas a engrenagem de uma das habilidades mais táticas do jovem. Com o selo do Carneiro, transformar-se-ia em um ser monstruoso, usado por sua mais poderosa adversária há dois anos. Era uma das poucas memórias que nunca saíam de sua cabeça; resultado do temor, da angústia e da melancolia sofridas no dia em que presenciou aquilo. — VOCÊS VÃO MORRER! — vociferou, blefando sobre suas atuais intenções e finalizando a técnica.

[Cena] Plano Perfeito 5c77079687e86b205200328e63207151

O uso daquilo tinha uma finalidade clara: distrair os ninjas inimigos da garota, que assim obteria maiores chances de ser resgatada pelo pássaro de seu aliado. Se eles prezassem pela própria vida, o resultado poderia ser ainda melhor. O monstro rugia como nada dantes visto, inspirando medo. Uma mensagem estava ali escondida, algo que provavelmente apenas seus colegas perceberiam... Taiyou prezava mais por vidas do que pelo sucesso de uma missão, independentemente de seu nível.

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Qua 15 Jul - 14:22

Plano Perfeito

@Bending

Os shinobis da vila poderiam falar qualquer coisa de Taiyou, menos que o jovem era inteligente e engenhoso. Claro, também de um caráter e coração gigantes. Mesmo a missão tendo sido realizada com sucesso e de forma quase que perfeita, não deixou sua companheira para trás e nem mediu esforços para resgatá-la.

Mordeu o dedo novamente, dessa vez o esquerdo, e repetiu os selos anteriores. Usando-se do pássaro de tinta, pegou um impulso e em pleno ar liberou sua invocação. Não era mais uma salamandra gigante, mas sim uma engrenagem. Ainda em meio a fumaça da invocação, transformou-se em um ser tão monstruosos que quaisquer palavras que se usasse seriam incapazes de transmitir a sensação que aquele ser passava.

— C-como? — O inimigo, sobre seu leque, indagava. Incrédulo e amedrontado. Habilmente, fechou o leque e caiu sobre as árvores, recuando imediatamente. Não tinha certeza como o garoto se transformou ou invocou tal monstro, mas sabia que em suas condições atuais não teria chances contra a criatura.

A reação de Togyuu não foi diferente, arregalou os olhos e sentiu até o último fio de cabelo tremer. Ainda sim, aproveitou-se da situação e desceu com o pássaro até Monika, colocando-a, ainda desacordada, sobre ele e saindo dali. Confiando nas palavras de Taiyou, que possivelmente, mesmo sendo um monstro, estava orgulhoso de seu feito. Bastava sair dali e reportar a conclusão das missões.

[...]

Já na vila, o chuunin chegaria pouco tempo depois da dupla, que o esperava em frente ao gabinete da Hokage.

— Parabéns! — Com poucas, mas sinceras, palavras. Togyuu o elogiu.

— Togyuu me contou o que você fez, muito obrigada! — Correu, abraçar o jovem, como se palavras não bastassem.

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OFF:

Bending

Chūnin

Qui 16 Jul - 1:02

HP: 1450/1450 — CH: 1400/1650 — ST: 01/06 (-1)

Embora fosse uma atitude um tanto quanto desrespeitosa, resolveu dormir ao longo do caminho, não chegando a entrar em contato com os seus novos colegas. Somente veio a acordar quando efetivamente alcançou seu destino na Aldeia da Folha. Lá, sendo bastante empático com a situação do homem que resgatou, fez questão de levá-lo até o hospital antes de qualquer coisa, onde inclusive reviu alguns rostos familiares, dos quais infelizmente não se recordava muito. Sentia-se alegre, mesmo assim, pois tinha conseguido completar duas difíceis missões mesmo depois de tanto desgaste em seu duelo contra Renji, além de não ter derramado uma gota de sangue sequer. Um resultado que, diga-se de passagem, tornar-se-ia seu ideal nas próximas tarefas que viria a realizar.

Sem mais delongas, decidiu seguir o protocolo da missão, dirigindo-se então até o gabinete da Hokage. Fazia bastante tempo que não a encontrava, dado ao fato de que havia se aposentado depois do Exame Chūnin. Contudo, para sua surpresa, acabou dando de cara com os colegas que tinha feito em sua última missão. Sorriu imediatamente ao reencontrá-los, ainda mais por eles estarem lhe elogiando. — N-não foi nada. — disse, colocando a mão atrás da cabeça. Era difícil não se envergonhar, mesmo que não fosse de seu feitio. — Mas... Qual é o nome de vocês mesmo? — perguntou, rindo de nervoso. Sua falta de memória complicava um pouco as amizades, mas tinha certeza de que não teria problema ali. Naquele dia, comemoraria seu sucesso, mas também se manteria atento, pois uma longa e cruel batalha estava por vir.

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Convidado

Qui 16 Jul - 1:16

@Aprovada
Missão concluída com sucesso, só pedir suas recompenças nos devidos locais.

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