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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 25 DG
Primavera
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
gogunnn#6051
Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
Akeido#1291
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Havilliard
Havilliard#3423
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Convidado
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[Hotel] Gouttelettes d'eau KV1me3W

Uma pensão simples e barata, cujo dono é um senhorzinho de meia idade, cabelos grisalhos e detentor de um dialeto antiquado. Possui três longos andares de quartos pequenos, suficientes para uma cama, uma escrivaninha e um armário. Um tapete marrom cobre o piso de madeira e há um banheiro pequeno e básico em cada uma das acomodações. Através das paredes finas, é possível escutar conversas de outros quartos, bem como músicas e outras coisas mais.
Anonymous
Convidado
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Em um agudo profundo o registro do chuveiro se moveu em sentido anti horário, bloqueando as saídas de água e dando fim ao banho. Gotículas de água gotejavam por sobre os ombros de uma jovem madura, de pele imaculada, olhos verdejados e longos cabelos escorridos através dos ombros, com um punhado de mexas lhe cobrindo também a visão. Seu corpo nu envolveu-se no calor da toalha, umidificando-a com os resíduos de água até que estivesse seca. Sentou-se sobre uma cadeira de madeira, onde pôs-se a escovar os fios dourados. A lembrança de dias atrás, de seu primeiro encontro formal com Akemi, onde comemoraram a promoção da menina, surgiram-lhe a mente, enrubescendo as maçãs do rosto em uma timidez desmedida. Peças de roupas descansavam sobre a pia, mas tratou de toma-las uma por uma, aprontando-se e então se dirigindo ao espelho. — Será que é um sonho? — Indagou-se, pois os dias com a menina haviam sido os mais leves e divertidos de toda a sua vida. A pasta e a escova deram um brilho especial em seus dentes e terminada a arrumação, seguiu para o quarto.

Com um som estridente de madeira quebrada, a porta se abriu, com vapor quente escapando do cômodo. A criança descansava na beliche de cima, imóvel e aparentemente em repouso. Deve estar cansada, melhor não acorda-la. decidiu, tomando uma caneta e um pedaço de papel, onde escreveu-lhe para que soubesse para onde havia ido quando acordasse. Deixou a carta sobre a mesa e também algumas moedas, que viriam a ser úteis caso precisasse comer ou mesmo sair para explorar o vilarejo. Por fim, levou consigo uma das cópias da chave do quarto e deixou o hotel.

Mordred; HP: 2000, CK: 2850/2850.
Kurama; CK: 5000/5000
Spoiler:
Anonymous
Convidado
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CH: 600 | 600 HP: 400 | 400 ST: 4/4
A convivência com Mordred era de fato bem curiosa. Vê-la todas as manhãs ao acordar, completamente despida de sua inconfundível armadura, trajando roupas casuais, desde um pijama a até um vestido mais folgado, era bem diferente. Quem quer que conhecesse a princesa, não teria tanta intimidade quanto a menor, agora graduada a Chunnin, que pode contemplar através de alguns dias naquela pousada uma experiência muito agradável. Haviam se passado alguns dias, desde o término do exame que aprovou a menina a subir de posto e ambas viajaram para Konohagakure. Inevitavelmente, Akemi não trazia boas recordações ou sentimentos a respeito a vila, visto que seu passado era manchado por uma breve fase entre discórdia da folha com sua vila, Kirigakure. Porém, não pode negar que a viagem ao País do fogo causou uma sensação boa. Desde que começou a caminhar ao lado de sua amada, a jovem conseguiu conhecer algumas partes do mundo, o que lhe afastou da melancolia de andar sempre em meio a névoa, apenas. Ao acordar um pouco mais tarde do que os outros dias, não pode deixar que notar o quarto todo bagunçado e repleto de roupas femininas espalhadas pelo local, estava mais silencioso que o de costume. Geralmente, Akemi sempre era desperta um pouco mais tarde, sempre com um cutucão de sua companheira, assustando-a toda vez com o mesmo grito de alerta e seguido do mesmo tom de risada alto que só ela poderia dar.

Os olhos miúdos se abriram lentamente, ao decorrer dos segundos, onde suas íris claras começaram a receber a luminosidade solar, invadindo através da janela. As mãos foram ao rosto num instante, desamassando-o com seus dedos finos e delicados enquanto a menina se pôs a bocejar. Seguidamente, um alongamento ajudou a espreguiçar-se. — Mordred-Chan? — Questionou em voz alta. Talvez estivesse no banho, supôs, entretanto, não era bem essa a realidade dos fatos. Estava sentada à beira do beliche neste momento, contemplando um quarto solitário. Os pés balançaram sem gravidade, sustentados unicamente por suas coxas que estavam à mostra graças ao vestido branco que usava para dormir. Suas mãos percorreram os cabelos enquanto usava uma fita prostrada ao lado do travesseiro para prender as madeixas num rabo de cavalo desarrumando. Utilizando da escada ao lado do beliche, desceu sem demora ao chão frio, os pés miúdos tocaram a superfície gélida, dando a menina um arrepio que lhe incomodou. Ao lado da cama, sobre o criado mudo havia um pedaço de papel e ao lado uma caneta, obviamente a mesma que a princesa de Lucis utilizou para escrever um recado. "Volto logo, tenho assuntos pendentes a tratar. Aqui está algum dinheiro para suas necessidades." Ao reparar melhor, em baixo do envelope branco do recado, haviam moedas reluzentes em puro ouro, coisa que somente uma princesa poderia carregar por aí.

O sorriso tímido de Akemi não demorou a se moldar em seus lábios levemente rosados. Tamanha era a fome, mas antes de partir daquele hotel barato para comer, deveria tomar um banho longo e demorado. Foi então para o banheiro. Embora simplório, este possuía seu charme, sendo este até bem grande, considerando o fato que até uma banheira possuía, na verdade, era o que a menor mais gostou da viagem, seus longos banhos espuma. "Tomara que a Mordred não tenha deixado a banheira cheia de água novamente." Brincou mentalmente, atribuindo a mania de sua amiga em deixar uma desordem por onde passasse. Felizmente, a Uchiha havia feito algo diferente, tomando um banho de chuveiro, deixando a banheira inteiramente a disposição da usuária de Hyoton. Ao encostar a porta do banho, usou do trinco do mesmo para certificar-se que estaria completamente fechado. Contabilizou se as toalhas secas estariam a disposição depois do banho e então passou a despir-se em frente ao espelho velho que ali estava. Sua visão ainda um pouco embaçada graças ao sono matinal pouco a pouco se formava nítida, ao contemplar seu corpo em amadurecimento completamente nu por alguns instantes. A insegurança de sua aparência sempre foi seu principal problema, chegando do cômico ao trágico fato de não se admirar com sua beleza de moça. Achava-se feia, o que de fato não era verdade. Jovem e de pele clara, seu corpo embora jovial e em crescimento traria a atração de qualquer olhar mais malicioso, talvez até mesmo de Mordred, se o visse em detalhes como naquele espelho? Não sabia-se.

Embora íntimas, naquelas circunstâncias nunca chegaram a se ver, o que caracterizava ainda a pureza de um romance sem mais malícia do que o necessário, apenas carinhos e beijos sem igual. Desde o evento mundial, a menor também ousou mais, atribuindo sua crescente atitude, ao amadurecimento de sua mente. Passados alguns instantes de admiração em frente o espelho, as mãos foram de encontro a torneira da banheira, girando-a e iniciando o derramamento de água. O calor emanava da água, gerando um vapor que logo tomou conta do ambiente, embaçando o espelho atrás de Akemi e ocultando seu corpo despido. Em cinco minutos ou menos, a água quente tornou-se morna e apta a mergulhar. Um pé de cada vez e o corpo da jovem já estava em pé dentro do recipiente de água morna e cristalina, seu membros superiores tomaram as bordas da banheira como apoio no mesmo instante que seus joelhos se flexionaram. Já mergulhada ali, espuma foi adicionada, além de uma esponja para esfregar o corpo.

Alguns longos e prazerosos minutos passaram-se sem que a menina percebesse, o banho e o relaxamento de seus músculos ainda na água morna logo se findaram, graças ao movimento lento e preguiçoso de seu corpo esbelto para fora dali. Apanhou uma toalha e tratou de cobrir seu corpo, enrolando-a a altura do busto até pouco abaixo da metade das coxas. Com outra toalha enlaçada em seus cabelos, enxugava-os. Seus chinelos estavam ali, repousando enquanto seus pés os invadiam e já tratavam de levá-los para fora do banheiro. Curiosamente, desta vez Akemi havia deixado a banheira cheia de água, ou seriam todas as vezes ela de fato ao deixar o banheiro nessas condições? O mistério pairava no ar. Depois de separar suas roupas intimas - delicadas em renda de tom negro - tratou de vestir-se e aprontar-se para um passeio em Konoha. Desde sua chegada à vila, a menina não havia de fato saído muito, restringindo-se apenas aos restaurantes mais próximos do centro do vilarejo. Prendeu os cabelos e então pegou sua bolsa de armas - nunca se sabe quando precisaria delas - e a prendeu a cintura, como de costumo na parte de trás. Pegou algumas moedas e aproveitou para usar o verso do envelope que a Uchiha usou para escrever para também deixar uma mensagem de onde iria. "Estarei andando por Konoha hoje, não sei exatamente para onde irei, mas hoje pensei em me exercitar um pouco. Quem sabe até treinar? Nos vemos mais tarde. Já estou com saudades." foi completamente verdadeira, exceto por uma parte, omitia uma coisa que gostaria muito de dizer na carta, internamente estava doida para finalizar a frase com o seu famoso "eu te amo", porém desde que não foi correspondida como desejava no alto da montanha em Kumo, não ousava mais se atirar tão facilmente, ainda carregava no peito um pequeno arranhado em seu coração. Trancou a porta do quarto e saiu dele. Levando consigo o desejo de conhecer uma terra completamente nova.

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❝ This is for long-forgotten
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CH: 700/700 HP: 400/400 ST: 00/04

Logo depois de algum tempo de caminhada, a menor de idade foi para o hotel. Assim que chegou, se despiu de seu vestuário, onde foi lavar o rosto e por seu Kimono para lavar na área de serviço. Certamente, o som poderia incomodar os hóspedes dos outros quartos, pois a máquina de lavar era bem ruim, mas era a única forma da jovem impedir que a Uchiha, quando voltasse para os aposentos das duas, visse o sangue nas vestes. "Eu quase perdi o controle, aquele menino e o Hokage, um mais doido que o outro. Só espero que Mordred não se chateie novamente." Pensou consigo mesma, extremamente distraída com a lavação de roupa. Como estava sozinha em casa, não se importou em perambular apenas de roupas íntimas pelo quarto. Foi para o banheiro e tomou um longo banho. Assim que terminou, se secou rapidamente e pôs sua camisola de dormir, algo bem confortável. Sabia que os assuntos de sua namorada poderiam demorar um pouco então foi deitar-se para descansar. Na manhã seguinte, a menina acordou cedo. Estava bem descansada e preparada para algo novo. Notou porém, que sua companheira não havia chegado ainda, sendo assim, resolveu fazer um pequeno bilhete para a Sennin. Pegou uma caneta e um pedaço de papel do pequeno bloco de notas ali na mesinha de canto, no quarto, após escrever, deixou o papel devidamente colado sobre o batente da porta, tinha algumas informações importantes a respeito do que faria. Tratou de vestir uma roupa para poder sair e, sem mais delongas, dali partiu para o refeitório do hotel. Comeu algo leve, mas com bastante vitamina, algumas frutas e um suco de laranja. Pagou em seguida e por saindo pela porta da frente ainda quando o sol raiva.


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[Hotel] Gouttelettes d'eau Ec7c421fb8373870e31517264b5cbc1d79b007c6_hq

Lidar com uma invasão isolada, auxiliar os feridores e atender as reclamações do povo faziam parte de uma rotina com a qual a Sannin havia desacostumado com o passar dos meses. Naquele momento, quando a fechadura se movia sistematicamente para abrir a porta de madeira, a única coisa que tinha importância para ela era poder ver o sorriso do amor de sua vida, mesmo que estivesse dormindo. A porta não fez nenhum barulho suspeito, mesmo quando se fechou, pois quem a movia não queria acordar a jovem. Surpreendeu-se, entretanto, quando percebeu que o apartamento estava completamente vazio. Ela deve estar a trabalho. Concluiu após ler os vários bilhetes que a menina havia deixado. Os treinamentos e as políticas da vila haviam lhe atribuído tarefas por todos os dias que passaram, impedindo-a de dormir em casa em sua maioria; quando tinha a oportunidade, haviam os desencontros com Akemi.

Mesmo assim, quando pôs-se abaixo da água purificadora do chuveiro, sentiu que toda o peso sobre seus ombros, bem como as dores e os incômodos de um dia corrido, escorriam de seu corpo e desapareciam no ralo como se nunca houvessem existido. O inverno se aproximava cada dia mais, com os primeiros flocos de neve já caindo rua a fora. Com o frio que escorria pelas frestas das janelas e das portas, não teve outra alternativa que não vestir-se para o frio e acomodar-se ali mesmo, no sofá, onde pôs-se a ler as últimas cartas de Akemi até que o sono finalmente viesse.

Mordred; HP: 2000, CK: 2850/2850.
Kurama; CK: 5000/5000

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Durante aquele primeiro dia de inverno, mais uma vez Akemi se retirou de seu lar caloroso para uma missão em nome da folha, mas desta vez não havia muitos riscos e ela havia terminado tudo muito antes de escurecer. Já voltando para seu quarto de hotel, a menina simplesmente caminhava pesadamente no sentido de seu lar, tendo no rosto uma enorme quantia de gotículas de suor que escorriam através de suas têmporas morrendo em seu queixo. Sua palidez costumeira e o frio de seu corpo, desta vez aparentavam sofrer de uma estranha mudança irreconhecível até então pela Yuki, entretanto ao se aproximar finalmente do Gouttelettes D'eau, a moça já não poderia sequer chegar ao quarto sem o auxílio do apoio das paredes. O corpo completamente suado transparecia fraqueza, os olhos sem vida pareciam consumir a pequena Iryonin, que lutava contra a vontade instintiva de se deitar imediatamente. Com muita dificuldade, as mãos foram de encontro a maçaneta, o movimento desajeitado com certeza a incomodou, visto que até mesmo os movimentos mais simplórios pareciam altamente complicados. Sem demora, nem ao menos teve tempo de trancar a porta, apenas a encostou e cambaleou até o sofá, entretanto assim que seus olhos focaram-se pode ver com clareza que Mordred estava em casa, finalmente. Dolorosamente, as condições da garota de gelo simplesmente se tornaram ainda piores, ao cogitar estar de alguma forma doente e pudesse passar seja lá o que for que tivesse para sua amada. O corpo fraquejou mais uma vez, ao se ver agora de joelhos, apoiada sobre as mãos contra o chão emadeirado. "O que diabos está acontecendo?" perguntava-se desesperada. Suas poucas forças restantes foram necessárias para simplesmente tentar de alguma forma chamar a atenção de Mordred.

Mordred-Chan... — Almejava gritar, porém nada além de um sussurro foi audível.

Inevitavelmente a jovem recostava o corpo contra o chão frio, enquanto a pele parecia arder em febre. Os cabelos estranhamente pareciam apresentar uma despigmentação uniforme, vindo da raiz dos cabelos até suas pontas, o azul de seus cabelo foi se tornando cada vez mais negro. Sua mente se embaralhava um pouco trazendo uma leve desorientação tão inesperada que chegava ao nível de causar pânico. O nome por ela dito há pouco já não ligava a imagem de ninguém, era como se suas memórias fossem perdendo sua linha cronológica e até em certos casos se perdessem completamente em um vazio. Caída no chão, ainda sim se contorcia um pouco, completamente indefesa. Em sua testa o desenho de Kanjis apareciam em tom vermelho, desenhados sobre a pele na cor vermelha, como se estivessem em brasa. A dor em sua cabeça era de fato perturbadora e tudo que ela pode fazer é fechar os olhos e se conter o máximo que pode, para não começar a gritar e acordar a todos naquela noite de inverno. Caso Mordred se aproximasse da Yuki, poderia ver a marca na testa da garota pouco a pouco se apagar, sumindo por completo, enquanto as madeixas atingiriam a tonalidade completamente negra ao término da ação, os olhos da moça estariam fechados, mas suas íris estariam completamente negras, diferente de seu castanho amendoado habitual.


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O vento soprava leve e sorrateiramente na vila oculta da folha. Neve caía vagarosamente com o frio de uma noite silenciosa, cobrindo as telhas de cerâmica das residências e os grandes comércios em mantos brancos que se vistos de cima, juntos se assemelhavam a um grande véu esbranquiçado que fantasiava a calmaria e o mistério do inverno. Os dedos aquecidos por luvas negras de uma kunoichi sonolenta afagavam e poliam o vidro gélido e embaçado, removendo o que lhe comprometia a visão e agraciando seus olhos com a vista de uma Konohagakure escura e silenciosa. Será que ela demora a voltar? Questionou-se em um silêncio aflito; os dedos correram do vidro e se aqueceram contra o peito, onde a outra mão logo fez pressão juntamente a primeira, como se rogasse por um milagre. Compreendia o quão atarefada era a vida de um Chunin, mas naquele momento, não pensava como shinobi, mas como uma mulher apaixonada. A filha da névoa lhe fazia grande falta.

O som de passos pesados que chamou-lhe a atenção findou em um movimento brusco da maçaneta da porta que chamaram por seus sentidos. Com um balançar da cintura, a princesa pôs-se a olhar o vagaroso movimento da porta e o caminhar pesado e irregular de uma silhueta que lhe era bem familiar. Um sorriso delineou-se em seus lábios, grata pois suas preces foram atendidas, mas naquele mesmo momento, o coração pulou algumas várias batidas e o corpo congelou de tal maneira que parecia vítima de uma artimanha ninja. Quando os joelhos de Akemi tombaram perante seu peso, o corpo de Mordred moveu-se instintivamente para frente, com as coxas deslizando sobre a madeira polida que formava o piso em uma queda brusca, envolvendo a criança do gelo em seus braços. Percebeu de imediato o mais óbvio: a pele fria da menina ardia em calor, o suficiente para que seus braços sofressem de um leve desconforto meramente por envolve-la. Um olhar rápido pelas linhas de seu corpo foram suficientes para perceber a ausência de ferimentos físicos, mas a presença de uma anormal quantia de suor, como se a pequena passasse por uma situação de grande esforço físico e mental. Preocupada com a estranha marca em sua testa, seus olhos imediatamente tonificaram-se ao escarlate das três luas, analisando o sistema circulatório de chakra de Akemi em busca de uma anormalidade. — O que fizeram com você, meu amor? — Indagou-se em angústia imponderável. Não deixou de perceber as características de um selamento agindo sobre o corpo da jovem, mas a forma como fora implantado era tão complexa que viu-se de mãos atadas para dar fim ao sofrimento de sua amada.  Em um gesto de misericórdia para com a menina, forçou um contato visual entre ambas, para que a mente da menor desarmasse e caísse em sono.

Diante da cena, a filha de Lucis não esboçou reação alguma de pânico. Em vez disso, tomou a menor desacordada em seus braços e caminhou para a beliche, deitando sua cabeça sobre um travesseiro para que se sentisse confortável. Enquanto a menina repousava, tomou-lhe a mochila e a lançou ao sofá, dirigindo-se então aos botões em seu casaco e desabotoando-os todos para que a menina pudesse respirar com mais facilidade. Com o Sharingan, constantemente tinha sua atenção voltada para a respiração da menina, preocupada com uma outra reação como a anterior. No momento em que considerou que a Yuki encontrava-se em melhores condições, foi a cozinha e retornou com uma vasilha com água e umidificou um pano com água, retirando o resíduo e então colocando-o sobre a testa da menina, para que regulasse o calor sobre seu corpo. Por mim, arrastou uma cadeira para próximo da cama, sentando-se ali e aguardando que esta despertasse. Com o suceder dos acontecimentos, lágrimas escorriam sobre seu rosto e terminavam no queixo. O que mais lhe preocupava era a incomum mudança na aparência da menina. Que diabos significa isso? Perguntava-se sem parar.

Mordred; HP: 2000, CK: 2850/2850.
Kurama; CK: 5000/5000

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CH: 1150/1150 HP: 800/800 ST: 00/05

O corpo havia sido aparado no chão, sendo rapidamente recolhido pelo calor de sua amada, no entanto suas dores e queimação sobre a pele a fizeram penar cada vez mais em meio a súbita sensação de estar literalmente dentro de um vulcão em erupção. Tristemente seus olhos tendiam a se fechar em meio a pequenas lágrimas que se formavam no canto de seus olhos, a imagem embaçada de Mordred foi a última que teve antes de sucumbir a um sono profundo, graças a um Genjutsu da Uchiha. Já devidamente nos braços da maior, foi conduzida até a cama, na parte de baixo do beliche em que ambas costumeiramente dormiam. Seu corpo ardia em febre por algum tempo, mas graças ao cuidado da Sennin houve melhorias significativas dentro das horas seguintes. Pouco a pouco o selo que agia em sua testa se desfez por completo, os cabelos se tornaram totalmente negros, deixando para trás as madeixas azuis que a Kunoichi tanto amava. A temperatura da pele se estabilizou de forma natural, ficando estranhamente quente - para uma Yuki. Com o passar do tempo, a jovem Chunnin finalmente começava a despertar, os olhos embaçados se abriram lentamente enquanto sua íris negra começava a captar as formas ao redor, suas pupilas dilataram-se graças a luminosidade baixa do local. Seu casaco estava levemente aberto, o que trouxe a moça uma breve lembrança muito vaga do que estava fazendo antes de acordar naquele quarto. "Eu estava em missão, quando voltava pra casa eu senti muita dor e uma sensação de calor insuportável." o que acontecia depois disso era apenas um borrão em branco, deixando-a confusa e com uma dor incômoda de cabeça. Ergueu-se lentamente da cama, colocando-se sentada ainda sobre o colchão. Lentamente seu rosto virou para o lado onde deveria estar a Uchiha maior, levando seus olhos ao corpo da mesma, sua primeira impressão ao ver a mulher à frente foi de que a conhecia, mas as lembranças estavam completamente distorcidas em sua mente. Pensar no que estava acontecendo certamente não era tarefa fácil no momento, poderia concluir isso ao ver sua mão destra ir de leve a cabeça, repousando a palma desta em sua testa, apoiando o rosto sobre ela. Com o gesto, seus cabelos caíram sobre o rosto, escondendo em partes sua expressão confusa.

Quem é você? Onde estou? E o mais importante, o que aconteceu comigo? — Os lábios rosados agora moviam-se em resposta as palavras que proferia.

A verdade era a que parte daquele estranho selo, era um Fuinjutsu lançado sobre seu corpo logo depois de seu nascimento, tal selamento tinha como finalidade conter suas habilidades ocultas e sua herança sanguínea, sendo assim, tudo que a menor acreditava ser na realidade era uma farsa, visto que seu corpo e sua aparência parcialmente não condiziam a sua verdadeira origem. Akemi na verdade não tinha quaisquer capacidades dos membros do Clã Yuki, tudo que ela tinha eram habilidades baixas movidas através de uma transfusão parcial de células de seus antigos pais - não biológicos. Como forma de mascarar os experimentos em seu corpo, cientistas de Kirigakure, haviam modificado geneticamente sua forma, para desviar a atenção de seus experimentos e tornarem a menina mais comumente parecida com membros do clã de gelo, dando uma baixa manipulação da Kekkei Genkai do clã. O que ela não imaginava é que o passar dos anos enfraqueceriam tanto o selo, quanto as células falsas em seu corpo, que ao longo dos anos morriam, levando a moça a assumir sua forma verdadeira e deixar fluir finalmente a natureza original de seu ser existencial. Finalmente, a Chunnin descobriria em breve o que seu corpo seria, porém naquele momento, tudo que ela podia saber de si mesma é que estranhamente, um sentimento de vazio se instalou em seu peito, como se mal se conhecesse, talvez em consequência de ter a parte das células Yuki completamente absorvidas por seu organismo e eliminadas. Sua capacidade de manipulação Hyoton, sua facilidade em conduzir frio pelo próprio Chakra, findava-se de uma vez por todas a partir dali. Ela agora estava pura, totalmente livre de qualquer amarra genética falsa, apenas a verdadeira linhagem corria através de suas veias, sendo estas a original, a linhagem Uchiha.


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Um sorriso se formou nos lábios da princesa quando os olhos de Akemi abriram-se. A íris escarlate fitou a suas reservas de chakra apenas para constatar uma estranha alteração em seu fluxo de chakra, como se seu próprio material genético houvesse se alterado. Preocupada com a questão por ela apresentada, Mordred julgou por ser um efeito colateral do acontecido, buscando explicar para a criança tudo o que havia ocorrido desde que ela havia chegado. Respondeu com honestidade a todas as suas perguntas com o pouco de informação que havia obtido, mas não pode ocultar o medo que se escondia por trás de sua face; temia que Akemi nunca mais se lembrasse.

Mordred; HP: 2000, CK: 2850/2850.
Kurama; CK: 5000/5000

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CH: 1150/1150 HP: 800/800 ST: 00/05

As pequenas mãos ainda sustentavam seu rosto, enquanto olhava fixamente para suas coxas. Seu sentimento não beirava a tristeza, tão pouco algum sentimento derivado, entretanto talvez a única coisa que sentisse de fato, fosse uma raiva incontrolável que lhe consumia como chama em seu coração. Tal emoção negativa existia através da dúvida de não conseguir se lembrar completamente de tudo como era antes, mas a medida que pode ouvir o que Mordred teve a dizer, seus lábios se moveram em um sorriso de canto. A personalidade tímida e reprimida parecia não existir mais naquele corpo, sendo visível que todo aquele diálogo que se desenvolveu naquele instante, despertou um sorriso irônico e um olhar desafiador por parte da menor, fitando sua companheira nos olhos com uma atenção quase hipnotizante. Sua mão destra foi de encontro ao joelho direito, onde ali permaneceu alguns instante até que lentamente começasse a se mover no colchão. Inocentemente, a Chunnin se pôs sentada com as pernas para o lado de fora da cama, os pés tocavam o chão apenas com as pontas dos dedos, já sem os calçados. O frio do chão emadeirado trouxe a menina uma sensação que só havia sentido antes, quando de fato estava com o corpo colado ao da Sennin, porém neste caso ela se sentia mais quente do que tudo ao redor, finalmente suas habilidades de controlar baixas temperaturas deixaram de agir, seu corpo era igualmente quente ao da maior.

Então, somos namoradas, é? — Questionou seriamente, olhando-a nos olhos como se não estivesse acreditando. Deu uma gargalhada baixinho, revelando ser uma brincadeira. — Realmente, eu estaria louca se eu esquecesse aquela tarde na floresta. — Falou de forma confiante, insinuando a mulher que sua memória em relação a alguns detalhes de imediato era recuperada com o breve discurso. — Agora... Quanto ao que disse sobre o que aconteceu comigo... Mordred-Chan, eu não entendo, nunca soube de qualquer tipo de selo e eu sempre vivi presa a um orfanato, o que passei com você foi apenas o que você já sabe, não sei como isso aconteceu. — Procurava explicações de como poderia justificar o fato curioso ao qual a Uchiha levantava, a estranha marca descrita por ela deixou a menina completamente sem entender nada.


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Seu coração momento ou outro omitia um batimento, dado que o menor dos gestos da menina eram interpretados como o estopim para uma outra crise. Ela se sentia como em um campo minado onde mesmo não mover-se significava um movimento precipitado; era como se a amada fosse uma delicada peça de porcelana, tão frágil que a menor das interações poderia estilhaça-la. Uma pequena gotícula de um suor gelado surgiu na têmpora esquerda e precipitou-se sobre o rosto, findando na madeira que formava o piso. Os dedos carinhosamente envolveram algumas madeixas soltas sobre o rosto e arrastaram-nas na companhia das demais, formando um coque improvisado. Mordred comumente descansava como um homem, estirada sobre algo de pernas abertas e ombros caídos, mas os nervos colocaram-na em uma posição levemente mais robótica, com a perna esquerda cruzada sobre a direita, os ombros retos e os braços descansando sobre os shorts. A respiração, em contraste a toda a postura incomodamente distinta, era suave e branda como sempre, demonstrando um certo controle mesmo a mercê da fragilidade dos sentimentos femininos. Embora sua atenção estivesse depositada em explicar a jovem tudo o que havia para se explicar, os olhos especiais não deixavam de anotar informações sobre a nova aparência; as madeixas não apenas tomaram um outro tom, mas sofreram uma brusca transformação que claramente não era biologicamente possível. Haviam pontas duplas e fios notavelmente quebrados, como se tivessem-na agredido. Os olhos pareciam cansados embora houvesse acabado de despertar, mas atribuiu esta mudança em específico ao sofrimento pelo qual a jovem passou momentos antes.

Sim, somos! — Replicou ao questionamento como se a pergunta envolvesse a vida e a morte, mas sentiu-se em uma mistura de frustração e alívio quando a jovem demonstrou que já era capaz de lembrar-se dela em um tom de humor. Akemi era especialmente hábil em trazer a tona múltiplos sentimentos distintos: com a lembrança da floresta, a timidez exacerbada; com a explicação da infância da jovem, uma preocupação e curiosidade típicas da kunoichi. A destra correu ao queixo, como se trabalhasse em uma resposta plausível, mas mesmo ao analisar a amada, não era possível encontrar nela quaisquer vestígios do que quer que tivesse ocorrido. A ideia que teve, entretanto, era tão absurda que julgou sensato coloca-la a prova. — Amor, com licença. — Ergueu-se da cadeira e o corpo moveu-se imediatamente para o colchão, com os calçados escorregando através dos lençóis e caindo ao chão. Os dedos carinhosamente tocaram o tecido das roupas de Akemi, mas bastaria uma troca de olhar entre as meninas para perceber que nada de romântico aconteceria naquele momento. Mordred terminou de desabotoar a camisa, erguendo levemente a roupa de baixo da pequena o suficiente para que pudesse analisar a sua barriga. Embora para mentes distraídas aquela fosse uma atitude tola, não havia nada que os olhos escarlate deixassem passar. Mesmo o menor dos traços seria desvendado e assim se sucedeu, o que apenas corroborou a mais questionável das hipóteses. — Isso é... — Seus olhos avaliavam minuciosamente a barriga, correndo para a área superior que se escondia pelo sutiã. Não havia percebido a principio, mas seu corpo prostrara-se sobre o da pequena menina, algo que normalmente a deixaria um tanto quanto desconfortável. Mas ali, diante dos fatos, não era o romance que seria encorajado. — Você confia em mim? — Questionou com seriedade.


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O olhar curioso de Akemi transparecia um pouco de sua malícia, completamente exacerbada em sua mente criativa, diferentemente de antes, sua postura antes tímida havia sumido de repente, não coexistindo mais naquele pequeno corpo. Tamanha era o desejo corporal da menina que sua mente trabalhava sozinha em imaginar possibilidades, toques, beijos, parecia que com a mudança aparente também mudaram suas intensidades em sentir sua paixão por Mordred. Entretanto, olhá-la sob aquela posição prostrada na cadeira a deixava completamente irritada, o motivo? A distância dos corpos. Tal como o tempo sem se ver naquele quarto era longo, algo além da distância justificava aquele desejo todo, com certeza as vestimentas da Sennin instigaram os sentidos profundos da Iryonin. "Ela está tão... Droga, o que está acontecendo comigo? Eu não era assim tão pervertida." suas mãos repousaram a altura de ambos os joelhos, a postura ereta sentada a beira da cama tendia a tremer a cada pensamento impróprio.

Eu estou meio... Acho que não é bom você... — Seus olhos correram o corpo da mulher, ao perceber que esta se movia.

Com a aproximação dela, ao erguer-se da cadeira, seu peito parecia uma caixa rítmica tocada por um musicista hábil, seu coração saltava com violência sob a pele clara da Kunoichi. "Amor, com licença? Muito... Lenta." queixou-se ao ver a delicadeza de sua princesa, com toda a certeza a herdeira de Lucis ainda tinha uma timidez exacerbada com a jovem Yuki. Entretanto, seria ela capaz de suportar tamanha aproximação e apenas assistir a ação de sua companheira? Inevitavelmente, com a mudança física muitas coisas além da aparência haviam mudado, tal qual a capacidade de conter-se movida a vergonha. Na ausência de palavras seus lábios se fecharam, repuxando-os um pouco ao revelar um sorriso incomum.

Se não for pra me "pegar" prefiro que não demore muito. Não estou me sentindo em condições de ser provocada. — Assim como uma cascavel usa do chocalho em sua cauda para alertar o camundongo, a menina usou das palavras e uma troca de olhar penetrante para avisar que estava prestes a dar o bote.  

Esperançosa que seu alerta pudesse trazer o recuo da Sennin, ela respirou pesadamente ao sentir suas vestes serem levemente desabotoadas, naquela altura o corpo simplesmente inclinava-se para trás, dando a Uchiha "liberdade" para fazer o que bem entendesse. Akemi levou as mãos ao colchão, dando as costas sustento ao levar os braços para trás a medida que via que a mulher literalmente subia sobre seu corpo. "Então é assim? Que seja." Não tardou para que ao ver a mulher levando as mãos a sua camisa mais fina, abaixo do casaco, para dar um simples cutucão em sua mão, dando a entender que ela não havia permissão para tal ação. Escorregando para trás, saia debaixo da adulta com maestria e sensualidade, trazendo consigo novamente um olhar tão fixo quanto os outros, recorrendo a parede ao lado para apoiar-se, suas pernas se esticaram sobre a mesma. Habilmente, suas mãos foram de imediato a saia que trajava, descendo-a por completa até retirá-la, ao concluir isso, levou as mãos ao casaco, retirando-o juntamente com a blusa, com delicadeza o sutiã - ultima peça de roupa superior - foi retirado, deixando apenas os longos cabelos negros esconderem seu busto. As roupas foram jogadas ao lado da cama, caindo ao chão. Já que deveriam trabalhar juntas, sem malícia, como propunha o olhar sério de Mordred, Akemi ousou deixá-la em pé de igualdade, talvez levando aquele exame ao ponto de provocar alguma reação a esta.

Olha, sei que faz tempo que a gente não se vê, eu andei trabalhando duro como Kunoichi, acho que seria o correto te revelar uma coisa. Se quer brincar de médica comigo, acho mais justo te dar a devida orientação: se está examinando um paciente, não tenha vergonha caso tenha que observar tudo, afinal eu sou uma médica, não me preocuparia com esses pequenos detalhes. — As mãos foram levemente aos cabelos, ajeitando-os completamente em um coque similar ao de sua companheira, de modo a facilitar a visão de todo seu corpo. Claramente era uma provocação apenas, porém boa parte do que ela se referia ao fato de ser uma Iryonin, na realidade foi mera desculpa.

De qualquer forma não fariam absolutamente nada além de saciar a tal curiosidade a respeito do corpo de Akemi, inevitavelmente aquilo não passava de uma análise, visto que em momento algum, embora infelizmente por parte da menor, aquilo se tornaria algo além de uma rápida consulta médica improvisada. Deixando a mulher agir, a menor fechou os olhos em reprovação, certamente deixando claro que aquilo não tardaria a deixá-la ainda mais irritada. "Mas que droga eu estou fazendo? Eu não lembro a última vez que consegui fazer isso assim... Eu não consigo me sentir nem um pouco envergonhada." internamente ela sabia que a postura maliciosa era experimentada pela primeira vez, dando a entender que ela não tinha controle sobre os limites da vergonha. Aproveitando a posição mais livre, foi se levantando da cama, o corpo ardia com o calor, o que levou a ninja a recorrer a sua gaveta de roupas mais frescas. Assim que se vestiu novamente, a ultima pergunta feita por sua namorada a fez ficar curiosa, dando uma resposta direta.

Confio. — Sentou-se na cama ao lado da menina, o olhar era meio vago, não em dúvida a Mordred, mas sim suspeitando que o que viria a seguir seria a revelação do motivo da pergunta, o que poderia ser ruim, visto a seriedade da Uchiha.  


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O escarlate bailava sobre as curvas de um corpo esbelto e sedutor, investigando-o com a perspicácia que um detetive aficionado estuda a cena de um crime. Analisava-a com os olhos de um predador, em uma mistura entre seriedade e apreensão que certamente tornariam as coisas um pouco desconfortáveis para a Akemi que conhecia; no entanto, era aquele apenas um reflexo dos sentimentos que tinha a oferecer a pessoa que amava. Em outras instâncias, certamente deixaria-se seduzir pelos pensamentos devassos que brotavam em sua mente a cada toque, mas a cena que havia presenciado a poucos minutos a envolvia como um fantasma covarde, vindo-lhe a mente cada vez que ousava se esquecer. Desenhou através da mentalização do que via pequenas falhas cirúrgicas provenientes da constante danificação e reestruturação das células da jovem, algo perceptível com o toque dos dedos agora nus sobre o abdômen, percebendo uma pequena fraqueza na pele. Para alguém como a Uchiha que era capaz de regenerar danos mais simples, este era um efeito colateral que percebeu com o passar do tempo, mas que serviam de prova do que sua mente moldava a cada olhadela. A primeira das provocações de Akemi serviu-lhe apenas para detectar em seu tom de voz e atitude uma certo contraste em relação a personalidade que costumava mostrar; era levemente mais agressiva e firme, como se a timidez e a fragilidade houvessem queimado com a febre passageira. A princesa não demonstrou uma preocupação aparente para esta mudança, mas anotou-a mentalmente como um dos efeitos do selo. Um vislumbre na circulação de chakra de Akemi era o suficiente para reconhecer um aumento significativo em suas reservas, bem como na forma como o fluxo de chakra se movia; selvagem e sinistro, tal como o seu um dia foi.

Se eu quisesse toma-la, já estaríamos envoltas em lençóis. — Provocou, embora para ela, era muito mais difícil formular discursos como aquele, pois suas bochechas logo se avermelhavam com a crescente vergonha. Mesmo assim, estavam sozinhas ali, com ela tomando a dianteira sobre Akemi; havia uma certa coragem em seus movimentos. A criança, entretanto, demonstrou uma certa tendência a provocações, escorregando através do laço de sua amada e pondo-se de encontro com a parede. Surpresa e levemente atraída pelo corpo da menina, Mordred seguiu-a com os olhos já de um profundo esverdeado, ausentes do que os tornavam especiais. A atenção seguiu até os dedos da pequena que removiam as vestes inferiores e por fim, o sutiã. Em vez de vergonha, desta vez a princesa foi tomada por uma estranha sensação de hipnose, permanecendo estática conforme os cabelos negros da amada organizavam-se em um coque semelhante ao seu. A esmeralda dançou através das curvas tal como o rubi, bailando sobre os seios e terminando em uma troca de intenções com os olhos. Eu deveria foder com você. alimentou os pensamentos ocultos, mas não ousou os expor, pois sabia bem que a conversa tomaria um rumo abrasivo demais para o que tinham de discutir ali. Eu espero mesmo estar errada  sobre isso. os pensamentos pouco a pouco organizaram-se novamente conforme a jovem se levantava e tomava para si um punhado de roupas novas. Mordred avaliou seu próprio corpo, lembrando-se em flashes vagos as experiências macabras pelo qual havia passado em sua infância. A história de Akemi era certamente verdadeira — havia estudado suas reações quando as contou em um passado não tão distante —, mas não havia quaisquer indícios contrários a hipótese que levantaria. A expansão do chakra, a personalidade levemente agressiva e a clara mudança nas principais pigmentações do corpo. Havia apenas mais um único teste a se fazer antes do veredito.

Akemi, poderia por favor congelar isso? — Tomou para si o seu travesseiro e balançou-o para a jovem, sentando-se com uma perna sobre a outra e descansando o objeto sobre elas. Os olhos fitavam a pequena Yuki, pois se sua análise estivesse realmente correta, algo de muito errado havia acontecido. — Se não for capaz, temo que não gostará do que tenho a dizer sobre o que aconteceu.



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Sentada ali à beira da cama, a menor ajustava a saia negra que vestia há pouco. Com delicadeza, tratou de arrumar seu penteado novamente, soltando-o completamente deixando os fios completamente para trás, caindo sobre suas costas. Inevitavelmente seus olhos se deleitaram com a figura feminina ao seu lado, um suspiro completamente pesado veio em decorrência a uma breve sensação de vazio. "Eu não estou entendendo nada do que aconteceu comigo..." os pequenos olhos se estreitaram como se buscassem algum foco diferente ao da ninja em seu lado, provavelmente o selo havia embaralhado tanto sua mente inocente que agora estava se remoendo de dúvidas se sua postura há pouco era influência do selo ou se seu instinto falava mais alto. O exame já havia sido concluído há alguns minutos, o silêncio entre ambas foi passageiro, sendo interrompido pela mulher de cabelos loiros. O pedido inusitado de Mordred a fez se perguntar se tudo aquilo era uma desculpa para vê-la a trajes curtos, afinal.

Congelar? — Repetiu sem entender o sentido daquele pedido. — Eu, não entendo muito bem o que quer provar com isso, mas se é um pedido seu, por mim tudo bem. — A menina tomou posse do objeto.

Levou a destra em uma sucessão lenta de selos manuais, com a direita, deixando claro que mais uma vez usaria sua manipulação Hyoton para congelar o travesseiro, assim como Mordred havia pedido. Estranhamente seu corpo não manifestou qualquer tipo de manipulação de Chakra durante os selos, dando a entender que não conseguia invocar através da canalização dos movimentos com a mão, nenhuma ínfima quantia do elemento gelo. "Por que eu não consigo? O que houve de errado comigo?" soltou o objeto, lançando-o ao chão forçadamente, com ira. Por um momento seu corpo tremeu, sucumbia ao puro medo, um desespero natural de alguém que não entendia o que havia acontecido com suas habilidades, afinal. Sua mão direita se fechou fortemente, levando a mesma com um golpe contra o colchão macio.

O que está acontecendo comigo? Mordred, me conte o que você acha que pode significar isso. Eu sinto meu Chakra normalmente, mas não consigo fazer nenhuma manipulação com meu Hyoton, é como se minha linhagem sanguínea deixasse de me obedecer! — Levou as mãos a cabeça, completamente confusa e irritada com a situação patética em que se encontrava.


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O acolchoado lilás escorregou-lhe através dos dedos que envolviam-no, estabelecendo-se sobre a posse da outra. Mordred direcionou um olhar distante a janela, avaliando a superfície gélida e embaçada do vidro fechado conforme flocos de neves dançavam com os ventos além da vidraça, onde casas de madeira enfeitavam o ambiente. Os lábios comprimiram-se com a hipótese que morava em seus pensamentos, reivindicando memórias recentes. A principio, a ideia de uma caça a uma simples Yuki lhe parecera absurda demais, principalmente para uma caçadora de padrões tão elevados quanto alguém detentor dos olhos escarlate. Se sua conclusão estivesse próxima a verdade, era certamente este o verdadeiro motivo para que tivessem caçado a Yuki. Yuki? Bem, veremos. Concluiu, com os olhos uma vez mais fitando a menina com apreensão. Deslizou a atenção através dos selos de mão vagarosamente proferidos e muito bem orquestrados, caminhando sobre o tecido de pano limpo que envolvia o travesseiro e escorregando através das madeixas negras que em dados momentos lhe hipnotizavam com sua beleza natural, tanto que em dados momentos se esquecia do azul. Momentos silenciosos serpentearam as meninas, com a espera de uma friaca que nunca deu as caras. Um violento balanço e o travesseiro colidiu com o chão, o suficiente para alertar a princesa da situação delicada em que se encontravam.

Ake- — A voz sufocou-se com o violento golpe contra os lençóis, embora a textura absorvesse grande parte do impacto sonoro resultante, a maior surpresa era a ira desenfreada da jovem, algo inédito em sua relação. Compulsivamente a mulher levantou-se em um brusco movimento com as pernas e o torso, envolvendo a amada em um abraço que buscava trazer-lhe conforto e a calmaria necessárias para que começasse a explicar. A pele da jovem emitia um calor brando e acolhedor, em uma completa oposição a pele natural. Percebeu, através daquele abraço, que não importava a coloração dos cabelos, a pigmentação dos olhos ou o calor da pele; a sensação de prazer provinha de simplesmente abraçar Akemi. —Sabe, quando analisei o seu corpo — Começou, embora não abrisse mão de permanecer abraçada. Era um mimo para as duas. — Percebi através do Sharingan alguns pequenos efeitos colaterais no seu corpo. Efeitos que só são encontrados em corpos artificialmente modificados para experimentos ou torturas. É um efeito colateral que reside em mim, como bem conhece a minha história. A forma como seus cabelos tomaram uma cor diferente e seus olhos também, a aparente inabilidade no elemento gelo... parece que você sofreu de uma alteração em seu DNA. Ou melhor, dado que os vestígios não se encontravam aí antes, é provável que seu material genético tenha regredido ao estágio original. — Embora explicasse tudo o que havia concluído, deixava claro através do tom de voz que era apenas uma suposição com uma grande probabilidade de ser errônea. — Eu não creio que seja Yuki, Akemi. Dada a sua aparente alteração na personalidade e a raiva excessiva que está sentindo, eu diria que você é uma... — Suspirou, tomando fôlego e cerrando os olhos. — Uchiha.



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A irritabilidade era crescente, seu rosto fechava-se em uma expressão séria que encarava a cômoda à frente de ambas as mulheres. Os dentes se enfiaram levemente nos lábios inferiores, dando uma visão clara que o gesto parecia representar um nervosismo psicológico que não fazia sentido. Entretanto, não haviam quaisquer maneiras de se conter, pois o silêncio da Uchiha por alguns instantes pareciam consumir o ar da menor, que respirava pesadamente. O calor do corpo foi mais uma vez intensificado, desta vez por um abraço repentino de Mordred e Yuki. Ou melhor, era mesmo uma Yuki? Ao ouvir o que a Sennin havia demorado a dizer, seus olhos enfurecidos levaram-se ao rosto de sua amada, como se buscasse nos olhos dela encontrar algum pingo de informação, algum tipo de forma para justificar a brincadeira. Mas não era brincadeira, não é mesmo? O assunto era sério. Entretanto, o que ela dizia fazia um sentido, afinal. "Fui criada isolada pela Madame Yora, não pude ter amigos, sempre tive um quarto completamente isolado das demais crianças para não possuir qualquer tipo de laço afetivo. Ela não queria que eu me tornasse ninja, mas nunca me disse o motivo, seria porque eu poderia desenvolver habilidades e conseguir me livrar de selo que puseram em mim? Quanto a mulher que me atacou, ela disse que eu era uma mercadoria... Por que eu? Quem me queria como encomenda? Eu a matei num momento de ira... Não é só isso... Quando aquele idiota assistente do Hokage me provocou no Gabinete, eu tive desejos tão fortes que me consumi em ódio... Eu secretamente queria quebrar até o último osso do corpo dele para que ele me respeitasse... Eu não sou isso..." Refletia sobre sua vida. Por um momento, seu corpo se livrou do laço de Mordred imediatamente, seu corpo moveu-se de repente de volta a cama, sentando-se a beirada desta e puxando suas botas shinobi com maestria, para calçá-las em seguida. Não demorou e um rápido instante ela ergueu, completamente alterada.

EU NÃO QUERO SABER DISSO! MORDRED! EU PRECISO DE RESPOSTAS, EU QUERIA SER TOLA PRA DIZER QUE O QUE VOCÊ DISSE É APENAS UMA SUPOSIÇÃO, MAS O QUE DISSE ME DEIXOU COMPLETAMENTE.... — Alterou o timbre de voz, como nunca antes fez, nem mesmo tendo discernimento em suas palavras, com certeza aquilo não acabaria bem.

Embora parecesse descontrolada, sua mente trabalhava em lembranças tão nítidas em seus pensamentos que pareciam acabar de acontecer, novamente uma imagem retorcida de seu passado veio a tona, recordando de sua tortura ainda no orfanato. "Kirigakure... Eu sempre achei que era meu lar... Mas tudo que eu sofri foi nessa vila de merda, agora isso... Eu estou começando a achar que é uma maldição." Dirigia-se até a porta do quarto, o mesmo usado para sair do ambiente aconchegante para dar de cara com um corredor para a saída do hotel. Seus olhos novamente se moviam com pesar, olhando Mordred com um tom sombrio, negro e gélido, a ira a cegou de maneira tão penetrante que sua personalidade carinhosa abandonou seu corpo como se uma entidade diferente tivesse tomado posse daquele amontoado de carne experimental.

Eu quero... Respostas... Eu preciso ir embora daqui... — Sua mão direita repousou sobre a maçaneta da porta, enquanto a esquerda foi usada como apoio ao corpo, escorando-se a parede.

No minuto seguinte, ela olhou para a madeira da porta, repousando a testa sobre a mesma, apoiando-a também ali. Tristemente seu corpo reagia de uma forma diferente as suas emoções. Seus olhos negros se fecharam, deixando escorrer pelo canto dos mesmos lágrimas que ferozmente caíam, morrendo em seu queixo. A mão esquerda se afastou da parede, dando quinze centímetros de distância da estrutura de concreto, aparentemente o surto acabaria em instantes, mas não era bem isso. Concentrando toda sua fúria no punho esquerdo, a jovem começou a socar a parede, como se não tivesse outra forma de extravasar sua raiva, apenas palavras não descreveriam como tudo agora parecia fazer sentido, desde o início de sua vida fora desmotivada de viver uma vida shinobi, agora saber que era um possível experiência e que tudo que sempre acreditou ser era uma farsa trouxe a seguinte dúvida. "Quem sou eu, afinal?" Esmurrou pesadamente a parede, deixando claro que só cessaria quando um das duas cedesse, no tom branco pintado sobre a estrutura, linhas de rachadura se moldavam uniformemente enquanto o tom avermelhado de sangue também começava a ser pintado ali. Qual das duas se quebraria primeiro?


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CH: 2800/2800 HP: 2000/2000 ST: 00/14
Kurama: 5000/5000

A luz preencheu novamente os globos oculares em pigmentos cintilantes que mesclaram-se e espalharam-se pelos ambiente, afugentando as sombras e trazendo a tona novamente a imagem de um quarto de hotel. A maciez bailou sobre seu busto e escorreu pelos dedos, lhe tomando a partilha de calor com a qual se deliciava e causando a princesa a sensação de ter o amor surrupiado de seu ninho. Sempre que as duas se afastavam, uma incomum sensação de carência libertava-se sobre a tempestade de sensações embaralhadas em sua mente, como um corante sobre a água, manchando todas as suas sensações de um vazio sombrio e doloroso. A destra livre e amolecida pela perda descansou sobre o peito enquanto a canhota apoiou-se sobre ela, resfolegando a respiração e retomando os batimentos que inconscientemente havia aberto mão. Uma friaca sentimental eriçou-lhe os pelos do corpo como um dedo gélido descendo através da espinha; um mal súbito que desejava superar do fundo do coração. Tudo bem, tudo bem se for você. Pode partir o meu coração. A entonação de voz agiu como espinhos dilacerando-lhe o coração e deixando feridas expostas; mas a mulher não sentia-se uma vítima. Talvez como um obstáculo entre Akemi e a perdição, seria uma muralha convicta.

O que? Não, para, idiota, não deixa isso cair assim! A própria mente sussurrou-lhe quando a troca de olhares naturalmente românticos se sucedeu em um enevoado atípico, dotado agora da frieza que o corpo da jovem outrora havia abandonado. Se não era mais uma Yuki, tornara-se apta a manipular as outras facetas do frio. A bronca de sua sensatez deu-se pelas lágrimas que deslizavam da vista direita, escorrendo através das maçãs do rosto e sumindo na curva do rosto. O primeiro baque vez o coração trovejar em uma batida rápida e assustada, a atenção esquivando das próprias lágrimas para a parede duramente agredida. A visão de uma Akemi claramente corrompida pelos próprios sentimentos, tomada pela entidade odiosa que a princesa pouco simpatizava chocou-a e saltou a própria mente uns anos mais cedo, as vésperas do embate decisivo, quando o mundo lhe devolveu a amada por singelos momentos para uma despedida final. A invasão a Cochlea era um pecado que carregaria para o resto de sua vida, bem como um dos motivos para a vida de penitência que estava determinada a tomar antes do encontro com Kurama. Embora um embalo de tristeza lhe tomasse conta com as ações da pequena de família desconhecida, era cruel e infantil caminhar sobre a ignorância e dizer "Pare com isso!", pois sabia em seu intimo que a reação era justificável. No entanto, era mulher, era amante e acima de tudo, via na menina o seu próprio mundo. As costas da mão esfregaram as lágrimas e balançaram os resíduos do lacrimejo sobre os móveis, se erguendo através da madeira que suspendia o segundo andar da beliche e entregando a distraída Akemi um olhar furioso, como nunca antes havia entregado-lhe. Pesadamente os passos seguira a pequena, tocando-lhe o ombro e puxando-lhe como fazia a uma boneca de pano. Os dedos cerraram-se sobre o colarinho e os músculos ergueram o pequeno pedacinho de gente contra a parede, os olhos de uma Uchiha furiosa encarando os de outra. — E ir para onde? Para Kiri? Vai tomar de Daenerys as respostas que tanto almeja? E se não for o que espera? O que vai fazer? Vai matar até encontrar a satisfação que tanto almeja? — Os olhos fitavam a alma de Akemi como se buscasse ali algo que lembrasse a sua amada. — Me diga, Akemi, o que você planeja fazer para obter respostas? Vamos! — A fúria descontrolada e o tom de voz feroz não eram típicos da mulher, mas diante da mistura de sentimentos, se quer fora capaz de controla-los. — Você quer descontar sua raiva? Pois bem. — Um dos punhos largou a jovem, afastando-se e se fechando com pressão avassaladora. Avançou contra a menina, mas em vez dela, o movimento se encerrou contra a parede esmurrada. A pressão do ar exercida pelo movimento fora tanta que roupas dançaram no ar do quarto, prateleiras tombaram e revistas se espalharam através da madeira do chão e da cama. A parede sucumbiu com o avanço, explodindo em pedaços infinitos e pequeninos na região oposta das jovens, agressivamente obliterando completamente o quarto vago que se avizinhava a frente. O punho, envolto em espasmos elétricos calmamente retornou a posição normal, com o outro braço largando a jovem. — Você quer respostas? Ótimo, hora de brincar de ser adulta. — Apontou-lhe o dedo contra o rosto da jovem, dando algumas passos para trás e fitando-a. Propositalmente não tomou para si nenhum arma ou a armadura, como uma provocação ao orgulho furioso da menina.



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❝ This is for long-forgotten
Light at the end of the world
Horizon crying
The tears he left behind long ago ❞
CH: 1050/1150 HP: 775/800 ST: 01/05

A mão esquerda tendia a movimentar-se repetitivamente, conforme a insanidade de sua dona, embora qualquer outro simples movimento de seu corpo fora ao movimento, seria completamente imperceptível a qualquer pessoa sem a ausência do Doujutsu. Sem perceber, o próprio peito parava de mover-se, como se o ar por um instante se recusasse a entrar em seus pulmões com a respiração prejudicada de uma garota em cólera. Ao total de cinco batidas, o buraco se formou na parede, pequeno e levemente ensanguentado, graças aos ferimentos na estrutura delicada do punho da jovem. Mesmo ferida, o ardor da pele lacerada e o sangue quente escorrendo através das aberturas pouco tinham sido notadas por ela. Akemi parecia se rebelar contra suas próprias convicções, colocava em contradição tudo aquilo que semeava como uma pacificadora, naquele instante nada além da destruição saciaria sua vontade de botar para fora tudo aquilo que há anos vinha guardando em seu coração, mágoa e rancor. Seria a primeira vez em toda a vida que estava externando sua sensação de abandono, a ausência de amigos, os maus tratos na infância, as mentiras, olhares de deboche e a inexistência de seu verdadeiro ser. Sem sequer ouvir os passos de Mordred vindo por atrás, a menor manteve-se completamente calada e de olhos fechados, contudo uma estranha sensação lhe tomou, ao sentir o corpo ser completamente puxado por uma força que iria além de sua compreensão no momento. Com o movimento da mulher, Akemi deu um passo para trás e logo sentiu o frio da parede, ao ter devidamente as costas postas contra a mesma, com uma violência incomum da Sennin da folha, mesmo com o baque, o choque abafado pela carne contra o concreto, pouco feriu seu corpo, mas agrediu sua dignidade e orgulho profundamente. "Eu não sou uma boneca de trapos pra você fazer comigo o que bem entender". Os olhos mantiveram-se fechados desde o início do ato, ficando daquela forma enquanto a adulta lhe enchia de perguntas a respeito das intenções da Chunnin.

Kirigakure é um país que nunca me ofereceu nada a não ser desgosto e feridas, dor e sofrimento, desprezo... Sangue nas mãos... Se quer mesmo saber... — Os olhos pouco a pouco se abririam, vendo a cena deprimente de uma mulher coagida a ira, por um sentimento tão vago que pouco lhe trouxe comoção, afinal mesmo em seu momento de raiva, por que Mordred havia se posto contra a raiva dela? Egoístas, a ausência de calma entre ambas tendia a uma situação cada vez pior. O tom vermelho como sangue surgiu através das pálpebras que se abriam lentamente, naquele momento o mundo desacelerou e os detalhes ao redor invadiram sua mente, através de seu Doujutsu imaturo. — Eu tenho motivos suficientes pra desejar que até a última pessoa relacionada a aquela administração ridícula de vila sejam completamente aniquiladas... Desde o Gennin mais fraco, até Daenerys, a Mizukage falha... — As lágrimas nos olhos umedeceram o Sharingan em seu primeiro estágio, adquirindo uma segunda vírgula ao olho direito, que parecia significar que o processo evolutivo estava iniciado ao segundo estágio.

Certamente suas motivações faziam total sentido para sua mente infantil, mas ironicamente tudo que mais amou, agora parecia ser o que mais odiava e se Mordred não se pusesse fora do caminho da criança, pelo menos naquele instante, o egoísmo Uchiha e o orgulho exacerbado, tornaria amantes em inimigas. "O que é isso?". Os dedos da mão esquerda se esticaram, o sangue desceu quente pelo ferimento entre seus ossos, até que finalmente, gota a gota, caíram, no processo, seus olhos automaticamente alcançaram as gostas em queda até o chão, chamando sua atenção a sua facilidade em captar detalhes que seria impossíveis de se captar com os olhos humanos comuns, como se uma visão em câmera lenta agisse a todo momento. A Uchiha maior se afastou, deixando a pequena rebelde solta por um momento, com uma velocidade fora do normal e movimentos que iriam muito além de seus novos olhos, o golpe dado no ponto exato de sua ira de outrora foi completamente destruído e reduzido a nada, deixando no lugar de uma parede, apenas um buraco e pó que fundia-se a neve que invadia o quarto através de uma brisa gélida de inverno. Mesmo com a facilidade em notar tudo ao redor, ainda não se dava conta que estava com o Sharingan agindo a todo movimento.

Brincar de ser adulta? — A jovem conjurava selos manuais com sua mão destra, fazendo uma pequena aura de tom azulado, tomar a forma de uma lâmina tão cortante que seria capaz de romper células através da pele. — Brincadeiras são para crianças, eu quero que saia do meu caminho e me deixe buscar aquilo que me negaram, o direito de saber o que sou, afinal, se no processo uma vida ou outra se perder, não me importa, só não quero ter que te machucar muito para isso. — Mesmo ciente da velocidade imposta através daqueles momentos há pouco, a Kunoichi deixaria de lado seu amor pela mulher, para saciar seu desejo de se aproximar da verdade e de sua pequena crise de vingança, que começava a se instalar em seu peito.

O corpo pequeno e aparentemente frágil se movimentou com toda a velocidade, partindo frontalmente contra a moça de orbes esmeraldinos, uma sequência de golpes com a mão envolva em Chakra, seriam desferidos a altura dos membros superiores de sua amada, tentando violentamente algum contato físico para que sua lâmina pudesse atingir seus músculos e provocar cortes que impediriam a utilização de seus braços. "Se não puder socar, não vai poder fazer isso de novo." mentalizou, desferindo os golpes, um total de três cortes diagonais, vindos de cima para baixo, inicialmente partindo contra o braço destro da Uchiha mais velha, finalizando com um corte visando o esquerdo. Ao término do movimento, o brilho do Chakra cortante se apagou, a Iryonin aproveitaria de qualquer brecha para saltar ao lado e passar as mãos rapidamente sobre sua bolsa de armas que estava sobre a cômoda quase totalmente destruída. Sem delongas, passaria o sinto em torno da cintura, prendendo-o. Caso os ferimentos de Mordred fossem de fato efetivos, usaria a oportunidade para se afastar o suficiente da Jinchuuriki e tomar o rumo dos portões de Konoha, visando deixar o vilarejo e voltar a Kiri.


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❝ i'll stand here existing and feeling wretched existence
Consuming life-force 'til i grow distant
don't bother searching for somebody like me
A fading no one ❞
CH: 2800/2800 HP: 2000/2000 ST: 01/14
Kurama: 5000/5000

Sharingan? Inferiu em um vislumbre passageiro; as obsidianas negras transmutaram-se num escarlate intenso e formidável, detentor de uma única tomoe, demonstrando sua não maturação. Embora se esperasse fascínio e orgulho por parte da princesa, um olhadela em seu semblante era suficiente para compreender o que se passava por sua mente; uma seriedade congelada e uma ácida decepção para com a jovem por quem tinha tanto apreço. Compreendia com clareza e perfeição o que se passava na cabeça da jovem, mas vê-la daquela forma era um choque profundo demais para que permanecesse indiferente. As lágrimas por pouco não escorreram-lhe o rosto, pois manejou-as nas pálpebras com tanta força que seus olhos latejavam. Mesmo na ausência de seus olhos escarlate, perfeitamente identificou o manuseio do chakra na destra adversária, tomando forma espectral familiar a de uma lâmina afiada o suficiente para ceifar. — Tente. — Desafiou, embora as palavras fossem secas e inexpressivas, tal qual as suas feições.

Uma postura se formou com a ameaça iminente. Os pés de Mordred afastaram-se um pouco, mantendo uma distância perfeitamente simétrica e de base segura. Os punhos se ergueram semiabertos, a destra próxima ao rosto e a canhota na direção do peito, como se esperasse pela investida. Era experiente em combate desarmado tal como no armado, uma arma bélica em termos de combate. Seus olhos bailaram com os movimentos de ofensiva da inimiga, analisando seus pontos positivos e negativos, bem como os padrões mais simples de movimento. A evasiva sugerida pela mente fora tomar o pé mais afastado um pouco mais para trás, arrastando o outro e movendo o tronco levemente para trás. Percebeu, através da esquiva, a pouca habilidade corporal da jovem, incapaz de ajustar os próprios movimentos e cometendo o grave erro de repetir a acometida uma vez mais; desta segunda vez, o corpo da princesa deslizou através da madeira em arco e o braço canhoto tomou o ombro da pequena, empurrando-o com violência em uma combinação da investida de uma e da força da outra, através de espasmos elétricos que seriam potentes o suficiente para atira-la contra o canto mais afastado do quarto.

Me machucar, é? — Os dedos da destra se fecharam de leve, de forma que era possível avaliar o estado das próprias unhas. — É, borrou. — Concluiu.


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❝ This is for long-forgotten
Light at the end of the world
Horizon crying
The tears he left behind long ago ❞
CH: 500/1150 HP: 770/800 ST: 02/05

Seus movimentos eram previsíveis e cheios de raiva, o que por si só justificariam todas as aberturas para contra ataques de sua algoz Uchiha poderia usar. O seu primeiro golpe ao passar em branco a fez dar um passo à frente, buscando o ângulo para o segundo e terceiro cortes, naturalmente Mordred conhecia o padrão usado, agindo maliciosamente lhe deixando apenas o vulto para que Akemi o golpeasse sem sucesso. Pela força e movimentação da jovem, o ombro direito guiou o braço correspondente para baixo, enquanto o corpo curvado havia sido guiado através de um empurrão contra o canto oposto do quarto. Ainda com o movimento da outra, a aspirante Uchiha utilizou da movimentação induzida para colocar a mão destra no chão e flexionar o cotovelo, com isso seu corpo fez o movimento de rolamento se iniciar, no instante seguinte ao realizar meia manobra para o segundo rolamento, usou o impulso extra para utilizar as pernas para se lançar contra a parede oposta a Sennin. Em simultâneo, mesmo com a alta velocidade, naturalmente o controle de Chakra manipularia em seus pés uma fina camada de tom azul, servindo como cola para aderir a superfície plana de concreto. Ficando posicionada ali, grudada sobre a parede, suas pernas estavam devidamente flexionadas como consequência do movimento de outrora, para abafar o impacto e não se ferir. A mão direita simplesmente deixou de brilhar, dando fim a técnica assassina, pois obviamente sua investida só não havia sido completamente um fracasso graças ao Sharingan, que mesmo imaturo dera reação para analisar a tomada de decisão com um pouco mais de facilidade. O ombro esquerdo foi acariciado pela destra da Kunoichi, mais uma vez percorrendo o local onde sua antiga cicatriz se localizada, no mesmo instante, uma lembrança curta veio a mente.

Flashback:

Então não era um sonho? — Os olhos se estreitaram, captando os movimentos lentamente de flocos de neve invadindo o quarto. A sensação de não poder mais conduzir o gelo, a habilidade que tanto amou durante a vida e acreditou fazer parte de si, agora havia sido completamente tomada. Lembrava-se das inúmeras vezes que cedia a Mordred, parte de seu dom com Hyoton, dando a Uchiha várias rosas de gelo, moldadas através de suas pequenas mãos e um carinho gigantesco. O Sharingan brilhou mais intenso, o tom vermelho parecia mais vivo, como se a ira o fizesse um bem maior do que a calmaria de uma mente limpa,  o olho esquerdo, o mesmo que apresentava apenas uma tamoe agora era presenteado com a aparição da segunda vírgula, igualmente ao direito, a visão ficou ainda mais clara, como se o Doujutsu reagisse a evolução através das emoções fortes da garota no momento. Ao olhar Mordred, cega pela imagem daquela lembrança que há muito tempo considerou apenas um pesadelo, a aparência de sua namorada parecia se distorcer em sua mente, por um breve instante, diante de Akemi não podia se ver o amor de sua vida, mas sim uma pessoa totalmente diferente como as de sua visão, o que justificava ainda mais a ausência de discernimento nas ações. Usando sua posição atual como base de início a uma nova movimentação, a mão destra tornou a realizar selos simultaneamente ao impulso que tomou ao se lançar displicentemente contra a direção da mulher, correndo sobre o chão de madeira repleto de destroços, no entanto, desta vez não haveria uma luva de Chakra em sua mão, ao término do gesto uma pequena cortina de fumaça branca havia surgido em seu lado esquerdo revelando assim uma réplica idêntica a original que também movimentava-se na mesma velocidade.

O clone agiria como complemento ao seu plano inicial, ferozmente a Akemi original desferia um golpe, com a destra visando atingir o maxilar da pessoa em sua frente, golpeando através de um cruzado horizontal que se bem sucedido faria a cabeça da Uchiha ser guiada para a esquerda, enquanto sua réplica conjurava através de outros selos, uma técnica de aprisionamento que visava impedir os movimentos de sua oponente, deixando pelo menos um curto período de imobilização, que seria o suficiente para desferir o golpe. Caso obtivesse sucesso com aquele plano simples, o golpe visava tirar o equilíbrio da mulher jogando seu corpo para a esquerda, enquanto o clone que utilizou a técnica de imobilização, viria através de um soco de baixo para cima, derrubar a mulher e dar uma brecha para que a Chunnin saísse do quarto.


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Mako
Game Master
[Hotel] Gouttelettes d'eau P5OpjVT
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Sharingan, OK.

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Mako
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❝ i'll stand here existing and feeling wretched existence
Consuming life-force 'til i grow distant
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A fading no one ❞
CH: 2800/2800 HP: 2000/2000 ST: 01/14
Kurama: 5000/5000

O embate era injustamente desleal entre as amantes. Embora detentora de um vasto, porém inexplorado potencial latente, Akemi era ainda um filhote de felino em ascensão, incapaz de impor-se perante um tigre em seu ápice. Com o encontrão entre os dedos e o ombro, a vista de uma princesa neutra correram ao suceder das ações, analisando e tirando conclusões simples acerca dos movimentos corporais de Akemi. Embora profundamente magoada, o orgulho pelo combate esboçou reconhecimento em seus pensamentos pessoais; desconhecia a própria namorada em combate. Mesmo com a gritante diferença de força, a pequena deu tudo de si para permanecer em batalha, engatinhando em suas próprias limitações e colocando-se ao ápice do que era capaz de fazer naquele momento. Em respeito, embora certa de que este não seria retribuído, ela fitou a jovem com um sorriso animado, como se esperasse ansiosamente pelo movimento seguinte. Com a fenda no edifício, pequenos flocos de uma neve branda escorregavam das nuvens, cobrindo pouco a pouco os rastros de destruição do quarto e do corredor, bem como o corpo das combatentes. A princípio, a Uchiha sentiu como se pequenos cacos de gelo tocassem sua pele, mas a sensação transmutou-se no alisar da pata de um felino carinhoso.

Outra investida? Sabe que não funcionará. A Uchiha mais velha anotou mentalmente quando a jovem outrora sob a parede colocava-se novamente em acometida direta contra a sua pessoa. Desta vez, entretanto, reconheceu o Ninjutsu como a arma secreta da jovem, pois conhecia bem a técnica a qual formulava através de um selo específico e também considerava a jovem inteligente o suficiente para não repetir a doze. Esta crença, entretanto, mostrou-se uma singela meia verdade, pois embora usufruísse das habilidades do caminho do Ninjutsu, ainda sim preferia investir na classe de menor domínio, o Taijutsu. Disposta a exercitar-se um pouco mais que o habitual, Mordred partiu para cima da adversária e de sua réplica, aproximando-se da primeira das investidas. A mão destra serpenteou através do punho ofensor e terminou o movimento no antebraço deste, buscando toma-lo sob sua posse e ao mesmo tempo, girando-o em sentido anti-horário para para expor o ombro que empurraria para baixo. Todavia, conforme avançaria contra o ombro com a mão livre, perceberia as artimanhas shinobi de Akemi, que através de outra técnica conhecida, havia tentado tomar sua mobilidade de maneira forçada. Sem mesmo nenhuma pausa em seus movimentos, assim que percebeu a dificuldade em se mover, o corpo de Mordred aplicou mais força em seus movimentos, pois finalizaria agora o movimento anterior por colocar a perna destra de base e a perna direita na retaguarda das pernas de Akemi, completando um golpe de derrubada e torção leve do braço. Com a possível finalização do movimento, a Uchiha, agora de costas para a segunda adversária, sentiu um leve incômodo contra suas costas, porém frívolo, incapaz de causar-lhe dano. Na ocasião, aproveitou-se dos movimentos físicos a ela direcionados para tomar-lhes a maior quantidade de chakra que poderia em prol de diminuir suas reservas.


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❝ This is for long-forgotten
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The tears he left behind long ago ❞
CH: 940/1150 HP: 765/800 ST: 03/05

Em sua mente, o ataque poderia ser bem executado, mas deixando clara a sua emoção negativa o que poderia ser visivelmente sua ruína, mas tudo não passava de uma falsa sensação, afinal de contas, o que poderia fazer contra Mordred? Nem em seu maior sonho poderia obter êxito jogando limpo, mas o que fazer para surpreender? Mesmo o imprevisível talvez fosse insuficiente para crias uma surpresa e por este motivo não fez um pingo de sentido tentar fazer alguma coisa a não ser aceitar que suas chances eram praticamente zero. Seu corpo movimentou-se com todas as forças, mas não foi o suficiente, o golpe novamente passou em branco, deixando claro que não deveria tornar a investir naquele estilo bruto e impensável, mas já era tarde, o toque em sua pele através da mão de sua algoz deixou a menina ciente do que poderia fazer a seguir, mas mesmo com o Sharingan ativo sua visão era dificultada pelo estilo de luta único da princesa de Lucis, o que por si só justificou seu movimento seguinte, tomando posse do antebraço de Akemi e a girando com força suficiente para torná-la incapaz de revidar, o clone pouco teve efetividade, deixando o uso da técnica de limitação de mobilidade de lado, assim que viu que não fez qualquer efeito considerável. Os olhos da menor se fecharam, revirando sem ânimo algum para o interior de seu crânio enquanto respirava dificultosamente, por fim notou que já estava contra o chão, parcialmente imobilizada, pois a teimosia em continuar era demais para recuar sem sentar se livrar do movimento da Sennin, mas foi quando tentou voltar a ficar em pé que pode sentir a própria força contra si, sentindo uma dor forte nas juntas do ombro e cotovelo em posse de sua amada. O golpe de sua réplica era totalmente anulado, pois com a força atual, ele pouco poderia fazer.

Você... — O Sharingan foi pouco a pouco vagando ao redor, percorrendo os detalhes e vendo a vista do piso, recoberto de neve. A visão do quarto destruído, o lugar que as duas trocaram carícias e risadas num passado não tão distante.

O rosto não mexia-se muito, graças a posição em que se encontrava, os olhos procuravam alguma forma de usar o cenário ou algo que pudesse tirá-la daquela prisão, mas o que encontrou foi a visão de sua mão esquerda ensanguentada ao bater contra a perna da Uchiha tentando se livrar depois de ser contida pela imobilização. "Eu me feri? Quando?" Finalmente parecia cair em si, foi quando pode olhar o clone em pé e ver em seus olhos o brilho do próprio Sharingan, finalmente entendeu o que se tornou. A imagem espelhada de seu corpo explodiu em puro fumo, dissipando-se no ar em sequência, suas reservas de Chakra eram drenadas e sua vontade, ou melhor sua força para lutar também. "Então eu sou isso mesmo, um experimento, uma cópia mal feita do que a Mordred é." Os olhos foram perdendo o tom vermelho, ganhando a escuridão mais uma vez. Permaneceu calada,  refletindo no que havia feito, mesmo naquela posição em que o braço era puxado a dor não a abandonou, o combate por parte de Akemi não seria prolongado, sua força atual não era nada assim como o ódio naquele momento.


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❝ i'll stand here existing and feeling wretched existence
Consuming life-force 'til i grow distant
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A fading no one ❞
CH: 2850/2800 HP: 2000/2000 ST: 00/14
Kurama: 5000/5000

Um término agridoce era um mimo especial para as leituras cotidianas de Mordred. Curiosa e aventureira, desbravava contos, romances e fantasias em noites acompanhadas por uma boa caneca de café levemente adoçado, fantasiando através das palavras os mais misteriosos e épicos mundos que poderia descobrir em um punhado de páginas. Mesmo assim, como um mero personagem no desfecho de uma história trágica, ela era incapaz de encontrar na narrativa de sua vida a satisfação dos finais com que tinha tanto apreço. A mágoa que sentia da amada era um pequeno grão de sal no mar aberto se comparada a frustração de encarar os resultados de suas ações; entregara-lhe a verdade pois confiava na mais nova Uchiha, que seria capaz de superar os traumas, mas o único resultado que teve foi o sangue escorrendo através da carne dilacerada de seu punho. O tremor dos movimentos da jovem imobilizada percorreram o seu corpo de súbito, mas a pressão que exercia sobre ela era tamanha que não haveria empecilho algum em permanecer assim. Foi somente quando a jovem deixou de debater-se que a Uchiha aliviou a pressão, soltando o braço da armadilha e retirando as pernas de seu torso. A felicidade de não ter de ver Akemi partir para um destino de morte nem mesmo chegou a ser propriamente degustada, pois um prato mais amargo conhecido como decepção escorria-lhe dos cantos dos lábios, tão volumoso através da língua que nenhum outro sabor seria tomado como adequado.

Seus braços afastaram-se do tronco através do arrasto, movendo lascas de madeira e pedaços de ferro que espalharam-se com o dizimar do edifício. Os cabelos dourados, outrora arrumados em um coque, espalhavam-se sobre o branco frio e o marrom natural do chão. Um precipitar vagaroso de neve despencava do céu, acomodando-se em seus arredores como um jardim esbranquiçado, frio e cheio de arrependimentos, como um funeral em que as palavras a muito já se perderam. Os olhos correram ao magnânimo céu noturno e as suas estrelas cintilantes e multicoloridas que o enfeitavam e davam vida, fitando-as em uma profunda reflexão, completamente em silêncio. Seu corpo parecia pesado, rígido e intenso, incapaz de se levantar. A voz já havia secado junto as lágrimas que dos olhos escorriam, incompetente no proferir da mais singela das palavras. Sentiu-se pela primeira vez menos que uma Uchiha, menos que uma princesa, menos que um orgulho, menos que uma pessoa. Imaginou que aconteceria se pudesse desaparecer, afastar-se da civilização e ter com as estrelas, compartilhando com elas o seu próprio brilho e desfrutando de uma bela vista de todo o universo circundante. Seriam as estrelas mais amistosas que os seres humanos? Talvez tal indagação se desse pelo profundo estado de melancólica serenidade pelo qual a menina sem alma passava, talvez fossem devaneios de uma quase falecida. O coração, de certeza, era uma pedra sem vida, fossilizada e morta. Nada mais faria, nada mais diria. Havia vencido, mas perdido em ganhar. O que restava agora era apenas isso, as estrelas vislumbrar em seu alento final.


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❝ This is for long-forgotten
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The tears he left behind long ago ❞
CH: 900/1150 HP: 800/800 ST: 04/05

O corpo parecia pesado, embora desistisse de lutar, o orgulho ainda a fazia sentir que deveria continuar, mas agora não era mais possível. O olhar vago e distante olhava o céu, a neve caindo sobre sua pele a trazia um frio que não era comum de se sentir. Ela tinha a sensação de inferioridade, um complexo que sempre carregou consigo e que parecia que nem mesmo o Sharingan fora capaz de apagar este traço. Assim que a maior aliviou seu corpo, Akemi virou o rosto em direção a maior, sendo visível que buscava alguma coisa nos olhos de sua namorada. Humilhada, sentia-se completamente vazia, nem poderia ir a Kiri com aquele nível ridículo de habilidades, sequer foi capaz de tocá-la e quando finalmente o fez, não foi sequer capaz de causar nem um desequilíbrio, nem um... Movimento. O peito finalmente deixou de sentir o peso das pernas de Mordred, roubando o pouco de calor que sentia agora, gelada e pensativa, não movia um músculo por um longo tempo. A mão canhota sangrava ainda, o que de repente só veio a lembrar ao olhar a neve congelando em volta de uma pequena porção do líquido avermelhado sobre ela. Ao finalmente tentar mover-se, sentiu as costelas doerem, como se tivesse sido imobilizada através de uma força intensa, que diga-se de passagem que na realidade as dores que sentia neste momento era por sua exclusiva culpa, por usar do corpo para tentar se libertar daquela golpe de artes marciais. Por fim, usou a mão direita para começar a se levantar em uma postura que se mantivesse ainda sentada, mas pelo menos o tronco ereto estaria sustentando-a. O olhar foi novamente endereçado a Mordred, que não movia um único músculo, sabia que não era motivo de ferimentos físicos, mas com todo o tempo de convivência entre elas, a menina compreendia seus erros e sabia que a havia magoado. Lembrar-se das inúmeras vezes que falhou como amiga e namorada, trazia a falsa Yuki ainda mais dor emocional. Arrastou-se dificultosamente em direção a mulher, com o auxílio de suas pernas e a mão saudável, enquanto a ferida vinha de encontro ao próprio seio. Quando se aproximou, não seria necessário nem uma palavra para notar o tom de arrependimento eu seu semblante coberto de poeira. Se tivesse algo que ela pudesse de fato fazer era humildemente se desculpar, afinal novamente tudo indicava que suas atitudes fizeram mais uma vez um mau a mulher. Ausência, distância e agora lágrimas, a vida de ambas em Konoha não estava sendo fácil, talvez se ela se entregasse ao destino e voltasse a névoa para receber sua punição fosse a melhor escolha a se tomar, mas o egoísmo da menina não temia a prisão ou até mesmo a morte, temia perdê-la, embora cega há pouco não foi capaz de perceber que já estava fazendo isso. De toda maneira, seus sentimentos em relação a Mordred não mudaram, mas a vergonha, muito diferente da timidez, agora assolava seu ser, rebelando-se contra o orgulho. Se Akemi era Uchiha, talvez Mordred entenderia afinal o quão difícil foi para a menor fazer o que estava prestes a acontecer.

Eu estava errada, você estava certa, me desculpe. — Embora não conseguisse sequer olhar a mulher nos olhos, não havia nenhuma mentira em suas palavras.

E para nível de razão, sabia que se a Sennin tivesse optado por ignorar o pedido, estava em seu direito. Em menos de alguns segundos após as palavras, começou a erguer-se dificultosamente, primeiramente usando o piso como apoio para a mão impulsionar seu tronco através da força. Ainda dolorida voltou os pés para dentro do quarto, ignorando a abertura destruída de uma parede completamente estraçalhada pela fúria. Foi de encontro ao sofá ali perto, sentando-se e ficando quieta, mesmo séria não pode fazer nada além disso. O que mais doeu de fato, foi saber, através de uma percepção única que sob a cômoda, todos os bilhetes que escrevera para a namorada estavam perfeitamente juntos, fora dos envelopes daquelas pequenas correspondências, todas haviam sido lidas e isso foi notado por ela. Os olhos encheram-se de lágrimas, mais uma vez levou a mão aos olhos e respirou fundo.

Não vou culpar você se quiser me dar um gelo. Está no seu direito, mas poderia pelo menos ficar triste comigo enquanto nós ficamos juntas e comemos algo? Dessa vez vamos comer o que você quiser... Chega de camarão frito no azeite. — Olhava para o luar.  

Sabia que seu humor era péssimo, mas em momentos como este, não teria como impedir, não poderia escolher o cardápio, infelizmente. "Bem, eu sei que não foi engraçado, mas...Pelo menos olhe pra mim." O coração batia forte, buscava encontrar qualquer movimento por parte de Mordred, ainda no chão. Aproveitando do momento, utilizou de sua técnica de cura, concentrando Chakra em tonalidade verde em sua mão machucada.


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❝ i'll stand here existing and feeling wretched existence
Consuming life-force 'til i grow distant
don't bother searching for somebody like me
A fading no one ❞
CH: 2850/2800 HP: 2000/2000 ST: 00/14
Kurama: 5000/5000

Não é como se você não entendesse. — Inferiu a besta, escorada com o rosto sobre a pelagem alaranjada dos braços. Parecia sonolenta, como se tivesse acabado de despertar de um profundo sono.

Sim, eu sei que não é. — A Uchiha replicou, embora distraída com as estrelas.

Então?

Eu só... — Parecia incapaz de encontrar nas palavras o conforto de uma resposta satisfatória.

Você só? — A besta provocou.

Esquece.

A suavidade da voz da menina a despertou de um transe que em momentos mais tarde não saberia explicar, dias depois esquecendo-se completamente do ocorrido. Os olhos correram através dos flocos de neve que despencavam de um vazio profundo e infinito, estacionando sobre uma jovem a proferir palavras importantes. Importantes? Mas se assim eram, porque não conseguia as escutar? A mente era realmente uma criança criativa. Não compreendera nada do que a amante havia falado, mas os sentimentos que dançavam além das suas palavras certamente foram captados. A cabeça latejava com os pensamentos, uma dor de cabeça provavelmente passageira, mas incomoda. Pôs-se de bruços, dobrando os joelhos e erguendo o tronco vagarosamente, os olhos verdes percorrendo o espaço circundante. Sim, ainda estava no quarto, o que de certa forma trazia-lhe segurança. Ao fundo, o som preocupado de vozes e sirenes em alarme, como em uma cena do crime. Akemi parecia ter desaparecido e reaparecido no sofá, mas não saberia dizer se aquilo era fruto de uma habilidade ou se havia apenas desmaiado com o cansaço mental. De qualquer forma, desta vez era ao menos capaz de ouvir e compreender as suas palavras.

Bem, podemos ir à pizzaria. — Sussurou, pois quaisquer sons que produzisse eram dolorosos demais para a mente suportar. Mordred não sabia dizer se o que sentia era tristeza, alívio ou medo, mas por algum motivo, o pedido da jovem não lhe pareceu absurdo mesmo com as circunstâncias do momento. Desvendar a si mesma ali era um mistério, então julgou que de barriga cheia, provavelmente pensaria melhor. Despindo-se e tomando para seu corpo novas indumentárias, partiria com a pequena para a pizzaria mais próxima.


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❝ This is for long-forgotten
Light at the end of the world
Horizon crying
The tears he left behind long ago ❞
CH: 1150/1150 HP: 800/800 ST: 00/05

De acordo com sua tentativa simplória de reatar o laço afetivo, notou que a Uchiha maior parecia simplesmente ignorar o mundo a sua volta, sendo obviamente algo que chamou a atenção de seus olhos negros. Ainda chorando, tentou esconder o fato, deixando de lado a visão das cartas lidas por sua amada, certamente prometendo não falhar com sua postura de novo. "Estraguei tudo... Ótimo." Entretanto, vendo que a mulher sequer deu atenção ao seu pedido de desculpas, foi como se entendesse que o seu erro havia sido talvez irreparável. De todo modo, vendo-a erguer-se a pequenina fez o mesmo, totalmente dolorida ainda, levou-se para o banheiro com algumas roupas diferentes das que trajava. Lavando o sangue e as marcas de agressão da breve luta passada. Em silêncio permaneceu boa parte do caminho, o destino seria uma pizzaria, onde poderiam comer e quem sabe conversar um pouco? Não se sabe o que aconteceria dali em diante, a Jinchuuriki parecia disposta a reaver seus conceitos em relação a menina, talvez fosse o mais correto, afinal, o conto de fadas terminou. A nova Uchiha havia aprendido algo, senão controlasse suas crises de ira, agora estaria fadada a solidão, mais uma vez.


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❝One lives in the hope of becoming a memory.❞ — The imortality holder
HP: 950 | 950  CH: 1125 | 1125  SPD: 22m/s  ST: 05 | 05

As notícias voavam rápido por ali. Os cochichos a minha volta denunciavam a localização de minha procurada. Mas então, o que aconteceu aqui? Me perguntava, enquanto os olhos, abismados, focavam no enorme buraco na parede oeste. Os dedos da destra empurraram o óculos de volta para seu lugar, já que eles insistiam em cair.

Me apressei até o hotel, empurrando as portas rapidamente. Talvez algo sério houvesse ocorrido, mas se Mordred realmente estava hospedada ali, talvez tudo já estivesse sob controle. Regulei a respiração e me dirigi ao responsável no balcão, explicando-lhe a situação. — Boa noite, vim conversar com Mordred. Ela está hospedada nesse hotel, certo? Poderia me dizer seu quarto? Tenho uma entrega para ela. — O senhor pareceu relutante, mas acabou cedendo no fim. O quarto me fora informado e então parti até ele, subindo as escadas.

204, 205, 206... Os números tratavam de aumentar. O enorme rombo na parede era ao lado do meu destino. — 207 — Sussurrei, pensativa. A destra se chocou algumas vezes contra a madeira, fazendo algum barulho para chamar a atenção. — Boa noite, alguém em casa? — Indaguei em voz alta, talvez ela não estivesse por ali.


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