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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 25 DG
Primavera
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
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Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
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Havilliard
Havilliard#3423
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Azuhiko Kamamiya
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O Canto do Cisne Negro

Esse é um mundo dramático e não convencional. As ruas estão cheias de ciúmes, corrupções e fraquezas. As pessoas estão desesperadas, vivendo em uma realidade desesperada. O crime ronda cada beco sujo dessa vila imunda, fria e solitária. Não existem ninjas ou cidadãos bons ou ruins, existem apenas indivíduos cujos medos e angústias se escondem por trás da névoa que cobre a cidade inteira como um véu negro

E lá está nosso herói, Azuhiko Kamamiya, vivendo no meio dessa escura depressão sem se dar conta de que sua realidade interior é exatamente igual aos males que o cerca. Nossa vítima. Não possui grandes ambições nem tem um passado de grandes traumas. É somente uma pessoa que sofre com a existência de dores que lhe atingem por todos os lados. Sozinho em uma cidade sombria, tenta se manter vivo embora não saiba o por quê

Esse post se trata de uma apresentação do Centro de Treinamento de Azuhiko Kamamiya
É utilizado o universo do fórum, porém com as liberdades criativas que o Off permite

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Azuhiko Kamamiya
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Azuhiko Kamamiya
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As Asas da Noite que Surgem

Capítulo I

Estou em apuros. Em sérios apuros. Minhas pernas estão amarradas a alguns canos no teto em algum nó complexo que se estende até meus braços. Quem quer que tenha feito isso, é alguém experiente. Um escoteiro ou um assassino. Sinto meu rosto quente. Para ter tanto sangue na minha cara, eu já devo estar de ponta-cabeça há um bom tempo. Só devo ter algumas horas até que minha pressão comece a aumentar, podendo ter hemorragia e dano cerebral

Eu não me lembro como vim parar aqui. A última coisa que me recordo é de estar jogando poker com alguns grandes empresários na área VIP da Casa de Apostas. Estava com uma mão boa e esperei o momento certo para subir o lance. Aqueles caras são porcos ricos e orgulhosos, eles iam dobrar ou triplicar qualquer valor só para não demonstrar fraqueza diante de um camponês imundo. E era ali que eu ia arrancar tudo deles

E então eu apaguei. Esse não é o tipo de coisa que acontece todo dia. Alguém deve ter batizado a minha bebida ou usado algum jutsu que mexe com minhas memórias. Julgando meu estado atual, a primeira opção é mais válida. Mas quem iria querer capturar a mim? Eu não costumo arranjar inimigos poderosos porque, no geral, ninguém sabe quais crimes eu cometo ou não liga pra eles. É alguém esperto e que tem contas a acertar

Esse cheiro é da Melhor Carne da Cidade, que é simplesmente o prato mais horrível que já provei. É um restaurante de terceira que fica na área mais ridiculamente imunda da aldeia. Trabalhei aqui por alguns meses quando era mais jovem, conheço esse porão. Costumava ser demitido aqui embaixo. Mesmo me atrasando todo dia, o dono daqui gosta de mim e me deve alguns favores. Mas, pelo visto, Miyazaki deve favores maiores para outra pessoa

Está escuro mas a única janela no teto, que dá para a calçada, deixa entrar alguma luz vinda dos postes na rua. Escuto alguns passos lá fora. Devem ser alguns clientes e pessoas passeando, está no horário de pico comercial. Quem me trouxe para cá não vai querer fazer muito barulho. Levando em consideração essa bandeja com várias facas e bisturis que deixaram na minha frente, vão arranjar um jeito de tapar bem meus gritos. Alguém quer me assustar

Espero que seja somente assustar. Mas, convenhamos, não estou em situação de fugir tanto assim da realidade. Ou talvez essa seja a situação perfeita para isso. Será que eu vou morrer hoje? Será que vão me torturar ou será que vai ser rápido? Se perguntarem por alguma coisa que não sei, será que seria melhor mentir ou dizer que não sei do que se trata? Será que estou satisfeito com a vida que levei? Isso está começando a ficar muito assustador

É triste admitir, mas acho que, de certa forma, estaria pronto pra morrer agora. A vida foi tirando de mim tudo que eu amei à medida em que fui vivendo ela, até restar apenas eu e meu medo de amar novamente. Estou pronto porque não tenho nada a perder. Não há nenhuma tarefa que deixei pela metade e não há ninguém para chorar a minha perda. Acho que essa é a parte de que mais tenho medo. Ninguém para se importar comigo no final

Então meu coração começa a acelerar. A minha pressão já está se alterando, isso me deixa nervoso de diversas formas possíveis. Eu não posso morrer agora. Quer dizer, não desse jeito. Eu sou só um cara medíocre e amargurado que não carrega nada nem ninguém junto de mim na minha jornada. Mas essa é a minha jornada, e não vai ser bêbado numa noite suja que vai tirar isso de mim no porão de um restaurante de terceira

Em meus dentes, um botão arrancado do meu terno velho. Ele vai ter que ser o suficiente. Preciso escondê-lo até às 23:00. Mãe, se você está aí em cima, em algum lugar, saiba que você não vai poder dizer que eu não tentei. Você passou sua vida toda dizendo isso pra mim e agora você vai ter que aceitar que pelo menos eu me esforcei no final. É engraçado pensar que daria tudo para ouvir mais uma vez ela me xingando e me botando pra baixo

Capítulo II

Ela entrou pela porta e desceu como um anjo. Com suas longas pernas lisas que pareciam não ter fim, seu sapato alto extravagante e o vestido negro que contornava seu corpo como meus braços uma vez fizeram. Valentine. Um demônio. Meu grande e único amor. Então é ela que está por trás disso, agora tudo faz sentido. Veio caminhando lentamente até mim com um sorriso sínico e me beijou. Como nos velhos tempos

- Eu senti sua falta, Kazu. As coisas não foram mais as mesmas depois que você foi embora. Tive que lidar com tantos perigos sozinha... Ficava pensando se você não apareceria em alguma hora para me salvar. Mas já fazem cinco anos e você não veio. Você nunca ia voltar, não é mesmo? Então eu tive que vir te buscar. - A única mulher que pode me fazer feliz, me sentir importante e amado. A única pessoa que não posso deixar se aproximar de mim

- Escute, Valentine. Eu parti porque não podemos ficar juntos, você sabe disso tanto quanto eu. Eu não sou como você. Você machuca as pessoas. Você as mata. Eu não posso ficar ao lado de alguém assim. - Valentine era uma boa pessoa, mas vítima do mundo a sua volta. Seus pais foram assassinados devido a uma grande dívida. Ela foi negociada pela máfia como uma mercadoria. Agora ela garante que as pessoas paguem o que devem

- Esqueça toda essa baboseira moral, Kamamiya. Eu te amo e você me ama. E daí se algumas pessoas morrerem no caminho? Você dá mais importância pra essas suas convicções tolas do que a mim? Você pensa que é diferente de mim, mas é exatamente como eu, você tenta se convencer de que se importa com essas pessoas mas é mentira. Nós podemos funcionar, Kazu. Eu quero estar com você e você quer estar comigo. Então por quê? Por que tornar isso tão difícil?

É verdade, ela tem razão. Eu quero estar com ela, ser feliz ao seu lado. Mas isso é errado, aceitar isso é ser coercitivo com assassinatos e agressões. Então por quê? Porque eu sinto tanta vontade de esquecer tudo que acredito pra amá-la e fugir com ela? Ver a Valentine agora despertou em mim sentimentos tão estranhos. Ela é a única pessoa que se importa comigo e me faz sentir especial. Já havia me esquecido como é me sentir alguém de novo

E não quero perder isso. Não quero ter que esquecer como é essa sensação novamente. Mas... É tudo tão complicado. Sinto que se abandoná-la agora, nunca mais poderei ter alguém ao meu lado novamente. Mas, se aceitá-la de volta, renunciarei minha filosofia de vida de não machucar ninguém, ainda mais pessoas inocentes. O que eu devo fazer? Quero estar com ela mais do que tudo nesse mundo, mas não posso. Eu não posso. Não posso. Não

- Está frio hoje, Valentine. Todas as noites são frias sem você. - São 23:00. Já faz algum tempo que tento contrair os músculos da perna para desadormece-las. É hora do show. Finalmente tiro o botão de meu terno que estava escondido entre meus dentes. Onze horas é o horário que começam a preparar a sopa de carne. É o prato especial e tradicional desse restaurante horroroso. Lembro como se fosse ontem o gosto de esterco que ele tem

Então os canos no teto começam a tremer. Por eles passa vapor que dá pressão ao fogão onde preparam essa comida. São só um amontoado de metal enferrujado em decomposição. Quando trabalhava aqui e esbarrei em um deles, Miyazaki só fez passar uma fita adesiva e tudo ficou bem. E agora isso vai acontecer de novo. Cuspo o botão com força contra o cano mais frágil e rachado no teto. Um furo. Vapor começa a sair de lá. Valentine se assusta

Enquanto ela cobria o rosto, atingida pelo gás, começo a fazer força e pular para o cano quebrar. Funciona, a diferença de pressão foi o suficiente pra destruir essa geringonça como se fosse um pedaço velho de papel. Minha perna esquerda ainda está dormente, mas a direita é o suficiente para me dar impulso até a janela. Não vai ser a primeira vez tenho que quebrar uma janela com um pulo. Tudo está saindo conforme o planejado. Exceto por uma coisa

Exito por um momento. Lágrimas. Olho para Valentine uma última vez, e ela olha para mim. Ela sabe que é a única capaz de fazer meus olhos ganharem cor. De me fazer chorar. Eu quero dizer para nos encontrarmos novamente. Quero uma vida ao seu lado. Mas isso tem que acabar de uma vez por todas. Ela entende que minha expressão é a de um adeus para sempre. Espero que eu também possa entender isso com o tempo. Salto para fora, e ela não me persegue enquanto fujo

Espero que Valentine não desista tão fácil


Essa é a história de uma das mais difíceis batalhas de Azuhiko Kamamiya: um dilema entre os defeitos Molenga, Depressivo e Valentine

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Azuhiko Kamamiya
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Ayura
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Originalidade: 20/20
Gramática: 20/20
Fluidez: 20/20
Interpretação: 20/20
Treinamento: 15/20 (apenas não houve muito dessa parte, porém pude notar uma coisa que pede, que é a evolução; de qualquer forma, fiz sugestão pra retirarem essa parte, dá uma olhada nas sugestões!!!!)
Total: 95/100

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O Blues da Femme Fatale

Prólogo

Estava preso, amarrado por cordas a uma cama. Já é a segunda vez essa semana. Me pergunto se existe algum Deus e se fiz algo de muito errado pra ele me tratar assim. Quando aluguei esse quarto de hotel, ontem, não sabia que ia acordar desse jeito no dia seguinte. Mas, é claro, as coisas sempre terminam dessa forma quando você se envolve com mulheres. Agora me lembro: tudo começou quando eu estava investigando Bernadette, uma modelo fracassada que comecei a espiar para passar o tempo

Capítulo I

Ele veio com um cruzado de direita na minha cara. Era um homem alto, robusto e que passou mais tempo malhando do que eu passei me metendo em encrencas. Por sorte, passei muito mais tempo correndo do que ele. Me esquivo e afasto o segundo sujeito empurrando a ponta do taco de bilhar contra seu peito. Eu nunca havia vindo nessa casa noturna antes, e acho que acabei escolhendo o pior dia. Os dois sujeitos estão voltando, e o restante do bando está se levantando da mesa de poker. Hora de correr

Eu pulo pela mesa de bilhar, colocando minhas mãos sobre ela enquanto o restante de meu corpo faz um arco pelo ar até cair do outro lado. Durante a acrobacia, pego uma das bolas de sinuca e jogo na única lamparina que iluminava o local. Está escuro e tenho certa distância, preciso usar essa vantagem rápido. Não tenho muita força, então uso o taco como alavanca para derrubar a mesa e virá-la de lado. O chão é liso e a madeira dela também, o que facilita o que vou fazer. Corro, empurrando-a até a janela

Escuto alguma gritaria, louças se quebrando e sinto alguns impactos enquanto vou correndo com esse trambolho. Eles estão começando a se acostumar com a escuridão, mas não vai ser problema. Quando os homens atrás de mim finalmente entendem o que está acontecendo, já cheguei à janela. Ela se quebra e a mesa de bilhar que me serviu de escudo cai de mais de vinte metros de altura. Claro que eu não ia olhar para baixo pra me certificar. Minha vez. Pulo, mas sem intenção de me espatifar no chão

Enquanto ia caindo, giro rapidamente para o prédio com as mãos a postos, segurando quatro shurikens amarradas a fios. Vejo dentro da sala da qual acabei de me jogar: as pessoas estavam me olhando cair, esperando que eu morresse lá embaixo. Sinto decepcioná-las. Jogo as armas dois andares acima, onde fixam-se no para-peito. O fio estica por algum tempo e me arremessa até lá, como um estilingue. Minhas mãos sangram com a pressão de segurá-los, mas vou sobreviver. Quinto andar alcançado

É uma casa noturna chamada Show Sereia. Eu não devia estar aqui, odeio esse tipo de lugar sujo com gente imunda. Mas precisava investigar. Em meu tempo livre, gostava de espionar Bernadette, minha vizinha. Era uma mulher pobre, que tentou a vida no cinema mas fracassou e acabou como dançarina noturna. Eu sei, é um hobbie um pouco estranho, mas garanto que sou perfeitamente equilibrado. Nos últimos dias, ela andava discutindo com um homem mal encarado que levava à sua casa

Então tive a brilhante ideia de descobrir o que estava acontecendo. Não me importo realmente com ela, ou quero acreditar que não me importo. Mas o fato é que decidi não me envolver intimamente com outras pessoas tão cedo. Então por que estou aqui? Por que interceptei sua correspondência e vim parar na Show Sereia para tentar tirá-la desse problema? Acho que é a solidão, ou deve ser o tédio. Seja como for, não tenho muito tempo para pensar nisso, os seguranças estão chegando no quinto andar

Capítulo II

Empurro a porta que dá para o quarto com um chute e ela se abre. Suíte presidencial. Lá estava Bernadette, nua, por baixo de lençois. Era visível que seu olhar vazio era fruto de drogas e alucinações pesadas, alguém está abusando severamente dela. Ela me olha com um rosto inocente, perdido, e me lembro por quê estou aqui tentando salvá-la. Porque são olhos como os meus. Mas o do sujeito mal encarado que está do outro lado da sala é muito diferente, é um olhar assassino. Sinto isso na minha espinha

Enxergo que a sala é iluminada do mesmo jeito que a anterior, então planejo destruir a lâmpada e aproveitar da escuridão para ir até a moça e tirá-la dali. Parecia um bom plano até ouvir o primeiro BANG. Não havia notado, mas aquele homem era o que abusava de Bernadette em sua casa. Seu cafetão. Era grande, gordo e nojento... E armado. Nunca havia visto um equipamento desse antes, ele aperta algum botão e um projétil é arremessado muito rapidamente contra mim. Por sorte não fui atingido

Escondo-me fora do quarto, na sacada pela qual entrei. Como vou passar por isso? Se tivesse me acertado, eu poderia ter morrido. Ele continua atirando, preciso pensar em algo. Pelo visto essa arma tem algumas desvantagens. Ela possui um intervalo de alguns segundos entre um tiro e outro, além de requerer uma precisão milimétrica da mão que a segura. Qualquer imprevisto ou distração faz com que aquele homem despreparado falhe em atirar. Lanço discretamente uma bomba luminosa em seus pés

Era perigoso, teria que tomar cuidado e ser rápido. A pequena bolinha foi rolando devagar pelo chão até parar nos tornozelos do homem. Aguardei pacientemente enquanto os tiros eram disparados. Fechei meus olhos. Ela explodiu, cegando-o e fazendo com que cobrisse o rosto com a mão que empunhava a arma. Corri para lá o mais rápido que pude, confiando no percurso que havia memorizado e sem enxergar nada. Carrego Bernadette, que se agarra em meu pescoço rapidamente, e volto para a sacada. Pulo

Essa vai ser a última vez que salto do quinto andar, já não tenho mais idade pra essas coisas. Ok, isso vai doer um pouco. Fico em queda livre por aproximadamente dois andares, indo de encontro com uma árvore. Começo a pensar que ter vindo aqui não foi uma boa ideia. Mas, no final, eu me arrisquei pra dar uma nova chance a alguém, retirando-a de uma realidade horrorosa. Talvez tenha valido a pena. Bato de frente com a mesa de bilhar que ficou encalhada na árvore depois da primeira queda

Equilibro-me jogando meu peso e o de Bernadette para meus pés, que fixaram-se na mesa. Numa situação normal nós nos quebraríamos todos, mas graças ao Ki Nobori no Shugyō pude grudar eles na superfície dela no primeiro toque, fazendo com que toda a força do impacto se transformasse em movimento que jogou a mesa para fora da árvore e me fez surfar no ar. Foi o suficiente para nos redirecionar até o mar, onde abandonaríamos a prancha e cairíamos em segurança. Ou talvez morreríamos

Epílogo

Embrulho ela com cuidado. É uma cama pequena, então vou ter que dormir no chão. Vim para o hotel mais barato da cidade, depois de despistar os seguranças. O difícil foi nadar até terra firme sem congelar naquela água fria. Mas o pior já passou. Eu salvei Bernadette. Talvez isso signifique o início de algo, talvez nós possamos ser amigos. Minha visão fica turva, o chão começa a rodar. A mulher está sentada, me olhando. Ela fez algo comigo. Ah não, de novo não. Mulheres só trazem problemas. Desmaio

Em algum prostíbulo da cidade estava Bernadette com o dinheiro e a bolsa ninja dele. Azuhiko Amamiya nunca mais veria nenhuma dessas três coisas novamente

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Azuhiko Kamamiya
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Ayura
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Originalidade: 20/20
Gramática: 20/20
Fluidez: 20/20
Interpretação: 20/20
Treinamento: 10/20
Total: 90/100

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A Valsa da Dor

Prólogo

Estou preso. Minhas mãos amarradas e ensanguentadas, sem saída na cobertura de um alto prédio abandonado longe da cidade. Em minha frente, o corpo de uma mulher com uma kunai enfiada em seu peito. Uma mulher que eu acabara de matar. Em meu espírito, rachaduras irreparáveis que se estendem e se unem, prontas para faze-lo quebrar em uníssono a qualquer momento. O sangue dela escorre lentamente pelo chão frio e toca meus pés. Me levanto e caminho lentamente até a beirada do edifício

Esses são olhos vidrados no vazio, fitando o horizonte ao mesmo tempo que não o fazem, incapazes de pensarem ou sentirem. Meu corpo desiste de lutar contra os ideias de minha mente e sucumbe. Caio. Doze andares. Por um momento tudo ao meu redor desaparece e dá lugar a um grande cenário vazio e silencioso. Abaixo de mim o chão aumenta cada vez mais durante a queda, mas não penso nisso. Não penso em nada. Apenas olho para o céu se afastando mais e mais de mim, ao mesmo tempo que não o faz

Capítulo I

É o antigo Centro de Contabilidade. Acordei no terraço do andar mais alto, com as mãos amarradas. Reconheço esse lugar das fotos que vi. Havia recebido da vila uma missão de espionagem a fim de descobrir atividades suspeitas de tráfico e mercado negro. Algumas semanas de inspeção me trouxeram até este prédio. Fica na área abandonada da cidade, habitada apenas pela parcela da população que não teve uma chance na vida. Ladrões, traficantes e tudo o que conseguem ser para se manterem vivos.

Eu disse ao segurança que tinha assuntos a tratar com A Ave e ele me deixou entrar. Era uma espécie de código. Então pude ver que o local inteiro era um laboratório onde preparavam variações e misturas de metanfetamina e heroína, drogas pesadas. Eu estava disfarçado e precisava chegar até o chefe deles. A aldeia requisitava apenas confirmação visual, eu só precisava ver quem era. Um homem me guiou até o escritório da Ave. Foi muito fácil, mal sinal. Ao chegar lá, descubro que se tratava de um fantasma

Envolto de uma aura estranha de mistério, meu pai sorri para mim. Era ele quem comandava esse local. O pai que nunca conheci, que só reconheço através do que me contaram. Ele está sentado com os pés em sua mesa de marfim, fumando um cachimbo como um chefão da máfia em um filme italiano. Ele faz sinal para eu entrar e sentar. Obedeço. Não sinto medo nem angústia. Ele nunca significou nada para mim e isso não vai mudar. Mas sentia que algo estava muito errado. Sentia que aconteceria algo muito ruim

- Esqueça esse disfarce. Quero olhar para meu filho, me mostre seu verdadeiro rosto. Meu deus, como você é parecido com sua mãe. Você é exatamente igual a ela. Ela era uma mulher linda. Ok, garoto, vamos direto ao assunto. Acha que me encontrou por acaso? Eu trouxe você aqui. Você não entende agora, mas isso é muito maior que eu ou você. Se trata de uma profecia milenar de uma seita que existe desde antes que tudo que conhecemos. E você é uma peça fundamental nisso. Você é o Sétimo Selo

Enquanto ele falava um monte de baboseiras, eu tentava encontrar um jeito de escapar. Eu havia sido capturado e isso era perigoso. Mas nada do que eu fizesse ia adiantar, não havia escapatória. Meu pai continuou falando que eu passaria por um teste para me preparar e, quando eu estivesse pronto, seria o motor que iniciaria uma mudança no mundo ninja. Quando terminou de falar, minha visão ficou turva e desmaiei, eu havia sido capturado. E agora acordo aqui, com uma mulher em minha frente

Capítulo II

Era uma corda especial, possuindo algum tipo de fuuinjutsu que me impedia de tirá-la de minha mão. Ela me impossibilita de fazer selos para usar jutsus, mas me permite segurar objetos ou me movimentar. O sol está coberto por nuvens, o tempo está fechado embora com luz suficiente para ver a mulher em minha frente. É a garçonete que trabalha no restaurante Frutas do Mar ao lado de minha casa. Ela chama todos os clientes de Meu Amor, então ia sempre lá para me sentir um pouco amado para variar

Ela está agonizando. Vejo sua cara de dor e me desespero momentaneamente, mas logo volto a ter calma e tento entender o que está acontecendo. Ela está vestida com uma roupa leve, quase transparente, deitada no chão e se contorcendo. Parece não conseguir se movimentar nem falar, embora tenha espasmos involuntários periódicos e solte alguns gritos de dor. O que eles fizeram com ela? Só consigo ficar parado, olhando para ela sem reação enquanto busco respostas. Essa situação é assustadora

Em seu lado, um pouco distante, está uma kunai em um suporte de vidro, convenientemente virada para mim. Ela possui uma marca estranha de cobra, em relevo. O que isso deveria significar? Depois de algum tempo, reparo um padrão na agonia da moça. A cada três minutos, ela grita de dor e se contorce. Na terceira vez pude notar que isso acontecia porque, em cada um desses intervalos, um dedo aleatório de alguma de suas mãos ou pés era quebrado. Eles estavam torturando ela, e acho que sei por quê

Eles capturaram uma pessoa inocente por minha culpa. Eles estão torturando-a por minha culpa. E eles querem que eu termine com isso, acabando com sua dor de uma vez por todas. Isso significa que vão começar quebrando seus dedos, e logo passarão para braços, pernas, e depois órgãos internos. Cada vez pior. Mas terão o cuidado de não matá-la em nenhum momento, pois querem que eu o faça. Mas eu não posso machucar uma pessoa assim. Mas também não posso deixar que façam isso por minha culpa

Então o que eu devo fazer? Vivi toda minha vida acreditando que não deveria machucar nenhuma pessoa, mesmo que fosse a pior pessoa do mundo. Não sou capaz de fazer isso. Mas deixá-la nesse estado seria o mesmo que machucá-la propositalmente, e de maneira muito mais terrível do que eu seria capaz de fazer. Isso tudo é minha culpa. Se não fosse por mim, ela não estaria aqui. Eu tenho que faze-la parar de sofrer. Não adianta o que eu fale ou pense, qualquer coisa que eu faça vai ser muito errada

Esse é, sem dúvidas, o pior dilema que já presenciei. Não consigo pensar numa maneira de fugir daqui e me livrar da encrenca em que me meti porque agora sou responsável pela vida de uma pessoa inocente. E, antes de resolver qualquer coisa sobre mim, preciso resolver essa situação. Mas como? Matá-la é fazê-la sofrer de uma vez para parar de sofrer. Não matá-la é fazê-la sofrer sem parar. Eu caio de costas no chão, confuso, e olho o céu. Ele não está se movendo hoje, como se o tempo tivesse parado

Capítulo III

Está ficando escuro. Já faz uma hora que não consigo olhar para ela. Seus gritos estão cada vez mais altos e já faz alguns minutos que ela não para de agonizar de dor por um segundo sequer. Sinto que minha mente está ficando cada vez mais distante dessa situação, como se fosse abandonando meu corpo aos poucos. Como se fugir da realidade e esquecer da crueldade ao meu redor fosse me isentar de responsabilidade e fizesse tudo ficar bem no final. Mas não haveria final se eu não fizesse isso acabar, não é?

Ergo meu corpo e me dirijo até a kunai, sem olhar para a garçonete. Seu metal é mais frio e negro que o normal. Ela foi preparada para essa situação, para fazer de mim um assassino. Me ajoelho perto da moça, que não para de gritar e se contorcer. Quando finalmente crio coragem para olhar seu estado, fico paralisado e perplexo. Todos seus membros estão virados ao contrário, em quase noventa graus. Seu rosto era o de alguém que não suportava mais aquilo. Lágrimas saíam de seu olhar amedrontado

Embora estivesse ali, empunhando a arma e certo de que faria aquilo, não estava nem um pouco preparado. Quando a vi nessa situação, não pude sentir nada mais além de medo e desespero. Eu largo a kunai e faço pressão em seu peito, tentando mante-la fixa no chão para que parasse de se contorcer ou somente para sentir que havia alguém do lado dela. Não funciona. As convulsões só aumentaram e, no meio daquilo tudo, por um segundo os olhos dela encontraram os meus. Então eu chorei

Estes são sentimentos que nunca senti antes. Sinto que meu espírito está acorrentado a ideais e dilemas. Não consigo controlar meu corpo, que chora soluçando no ritmo em que ela grita de dor. Não podia deixar aquilo ir mais além. Eu iria matar pela primeira e última vez na minha vida. Porque eu tinha que fazer isso para parar sua dor. Porque, depois de tirar a vida dela, eu teria que tirar a minha própria. Porque eu teria falhado em não ferir outras pessoas. Uma fardo que eu não suportaria carregar

Empunho a arma e a ergo, acima da garota, apontada para ela. Não sou capaz de fazer isso de olhos fechados, como se fosse um animal ou como se não fosse o que eu escolhi fazer. Eu escolhi isso. A decisão é minha, e a culpa também. Levo a arma devagar para perto de seu peito, até que a ponta a toca. Naquele momento sinto um calafrio percorrer todo meu corpo. Ela está tentando segurar o grito, mas escuto suas costela quebrando e dilacerando seu rim por dentro. Fico nessa posição por trinta minutos

Eis que finalmente chega a hora de fazer. Não podia mais suportar essa situação, e, o que farei, farei por mim e por ela. Com as duas mãos, pressiono a faca para que perfure seu peito e atinja seu coração. Primeiro lentamente, fingindo que isso não estava acontecendo e que não era eu ali, naquele momento. Mas depois de ver as primeiras gotas de sangue escorrendo e sua carne sendo cortada como papel, enfio toda a arma de uma vez só para que sua agonia acabe de uma vez, sem mais sofrimento desnecessário

Capítulo IV

Esfaquear uma pessoa... Provavelmente havia cruzado todos os limites do que acho certo ou errado. Mas o que significa certo ou errado? Cresci tendo a certeza de que não devia machucar as pessoas, mas o que acontece quando o mundo real é cruel demais para convicções tão simplistas? As vezes o mundo ao meu redor será apenas aterrorizante demais para que eu possa acreditar em qualquer coisa. Os olhos dela se fecham lentamente, enquanto seu corpo se tranquiliza no chão e os gritos cessam

Especulo que as coisas simplesmente são terríveis demais para eu suportar. Que o peso de minhas ações e de saber que era a única escolha que tinha... Que, simplesmente, não estava preparado para viver com isso. Já não se trata mais do que acho certo e errado. Quando ela finalmente para, e de seus pulmões sai o último suspiro de ar, e de sua boca sai o último grito de agonia, e de seus olhos o último olhar de alívio, e de seu peito o sangue quente que envolve minhas mãos, percebo que não se trata de mim

Encaminho-me até a beirada do prédio, deixando o corpo da moça e a arma do crime para trás. Então eu pulo, pronto para a morte. Porque aquilo não se tratava do que eu penso ou do que eu acredito. Não importa se eu acho errado machucar ou qualquer baboseira ideológica. Se trata do que eu faço, independente da sujeira que é o mundo ao meu redor. E, hoje, fiz algo que corrompeu minha alma. Não sou capaz de confortar-me dizendo a mim mesmo que está tudo bem pois matá-la era única opção

Encontro, naquele ato desesperado de suicídio, a única saída. A saída para dilemas maiores do que eu posso enfrentar, em batalhas que eu nunca seria capaz de vencer. Já não sou capaz de saber o que é certo ou errado, nem de fugir da realidade. Então o único refúgio que encontro é sair de uma vez por todas do mundo real. Enquanto caio, vendo o céu cada vez mais distante, minha mente se enche de pensamentos desesperados ao mesmo tempo que está completamente limpa. Eu simplesmente... Não sei

Estranhamente, não é como achei que fosse ser. Estar tão perto da morte. Costumam dizer que a vida passa diante dos seus olhos e coisas assim, mas a única coisa em que consigo pensar é que, se tivesse uma nova chance de voltar e fazer as coisas de maneira diferente, eu teria matado-a mais rápido. Ela sofreu mais do que deveria porque eu fui fraco. Então, se eu tivesse uma nova chance, eu tentaria ser mais forte e aceitar que o sofrimento é uma parte da vida. Que não haveria vida se não fosse a morte

Estirado no chão, com diversos ossos quebrados, litros de sangue quente em volta de meu corpo frio. Não senti nem de perto a dor que a garçonete sentiu. Eu apaguei no exato momento em que minha costa encontrou o chão. Não sei se foi um milagre ou um castigo, mas os médicos disseram que isso aconteceu há quase um ano. Que, se a ambulância tivesse chegado um segundo depois, seria tarde demais. Que um ano em coma não era o suficiente para fazer eu me recuperar de todos os traumas em meu corpo

Entretanto eu lembro como se fosse ontem, e são os traumas em meu espírito que nunca vão sarar

Essa é a história sobre a primeira vez em que Azuhiko Kamamiya morreu, por dentro e por fora
Esse filler será contabilizado para aumento de atributo, junto com os outros dois anteriores, caso seja aprovado

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Azuhiko Kamamiya
Ficha de Personagem : http://narutorpgakatsuki.net
Ayura
[Fillers] O Canto do Cisne Negro 100x100
[Fillers] O Canto do Cisne Negro 100x100
Originalidade: 10/10
Gramática: 9/10
Fluidez: 10/10
Interpretação: 10/10
Treinamento: 10/10
Total: 50/50

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[Fillers] O Canto do Cisne Negro Ps1dM0N
Ficha//M.F.
Ayura
Ficha de Personagem : http://narutorpgakatsuki.net
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