MARCHA PARA A GUERRA

Contos de Kobayashi Indra


Um chamado urgente do assistente da Líder de Nakashima fez com que Indra se dirigisse rapidamente para o gabinete de Cynthia Redfield, descendente de um dos pais fundadores daquela vila. O inventor caminhava por uma ponte que levava diretamente ao local onde ela governava, olhando para o céu avermelhado e imaginando quando tudo aquilo terminaria, e SE terminaria. Ao chegar no gabinete de Cynthia, as portas metálicas se abriram e fecharam assim que ele entrou, ficando apenas os dois e o seu assistente, Cyrus Walker, o seu contato em Nakashima. Ela mantinha-se olhando para a janela do gabinete, que dava para ver uma boa parte da vila.

- Kobayashi Indra... Quando concordei com Cyrus em ceder a você um lugar para que você construísse a arma que iria destruir o Pastor, não imaginei que isso traria tantos problemas para o meu vilarejo. Agora, ficamos sabendo que soldados jashinistas estão a 5km de distância de nós, marchando em nossa direção. - sussurrou. - Me diga: seu plano obteve sucesso? Onde está o seu campeão, Azrael? - perguntou a mulher de 40 anos.
- Está morto, senhora. Não detecto mais os sinais de vida dele. - respondeu honestamente.
- E o Pastor, está morto também? - a mulher, que antes olhava para a janela, virou o rosto para fitá-lo.
- Receio que não. Nosso plano não incluia matá-lo, não agora, mas enfraquecê-lo primeiro, para eventualmente matá-lo definitivamente. Ryoichi cumpriu com o seu propósito, e agora temos um time de shinobis em Amegakure prontos para derrotá-lo. - disse honestamente.

Cynthia se sentou em sua cadeira branca com traços tecnológicos, abrindo um visor holográfico que mostrava o mapa de Nakashima, e diversos pontinhos amarelos a uma distância razoável da vila.

- Durante sete gerações, nosso vilarejo focou unicamente em evoluir, evitando usar nossas tecnologias para qualquer tipo de conflito. Hoje, por sua causa, teremos que entrar numa guerra na qual não escolhemos participar, somente para proteger as nossas muralhas. - ela afirmou, mas tais palavras não intimidavam o homem.
- Nakashima teria que entrar nessa guerra, mais cedo ou mais tarde. O que prefere? Entrar nessa guerra agora ou quando for tarde demais para reverter as ações do Pastor? Meu plano fez com que ganhássemos tempo, um tempo precioso. Tempo para a Aliança Shinobi entrar em Amegakure, tempo para retirarmos os reféns presos lá, tempo para talver desfazermos toda essa loucura. Se você não quer sujar suas mãos de sangue, tudo bem. - ele deu dois passos para frente. - Me deixe assumir as fileiras do seu exército, e eu protegerei a sua vila. - pediu.

Ela ponderou por alguns segundos, e rapidamente acenou com a cabeça.

- Saiba de uma coisa: algo muito grande está para acontecer, garoto. Não só aqui, mas no mundo inteiro, muito além do que está acotecendo em Ame. - avisou.
- Como assim? Do que está falando?
- Nós não somos os únicos falando em lutar contra os Jashinistas. - respondeu.