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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 25 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
gogunnn#6051
Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
Akeido#1291
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Havilliard
Havilliard#3423
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ItsHalno
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Quando me retirei do Gabinete do Sandaime Raikage, meu Sensei, naquela tarde, deixei um longo e profundo suspiro de alívio escapar dos meus pulmões. Apesar das confusões dos últimos dias e o tom de voz do meu líder quando lhe dava as notícias... Me senti um pouco mais leve ao entregar a ele meu relatório. Sabia que havia deixado meus conhecimentos em boas mãos.

De fato, os últimos dias haviam sido particularmente frenéticos – Realmente necessitava de alguns momentos para mim só, relaxamento e manutenção era a fundação de qualquer operativo de alto calibre, afinal. Mas, sabia também que não estaria próxima de qualquer descanso: Minhas atividades com o vilarejo não se terminavam. Mais papelada, mais casos, mais missões... A ameaça da crença jashinista em nossas portas. Não, minhas funções não teriam um fim tão cedo.

Me releguei a brevemente passar por uma casa de café nas ruas principais de Kumo, comprando um pequeno agrado para mim mesma: Um grande e quente copo de cappuccino com canela e avelã. Também peguei em mãos uma edição de uma das revistas mais banais que haviam, apenas para preencher minha cabeça com algo simples enquanto embebia do fluído quente e saboroso... Mas meu descanso não pode ser aproveitado em paz.

Enquanto me sentava no pátio da frente da loja, percebi que um pequeno grupo de Jashinistas estava fazendo caminho pela avenida, abordando civis e outros ninjas e pregando a palavra do Pastor. – ‘Malditos hereges, será que não podem desaparecer por um segundo sequer...?’ – Sabendo que se ficasse ali seria mais uma vítima das suas palavras idiotas e blasfemas, recolhi meus pertences e meu café e comecei a caminhar em direção paralela...

Mas é claro, nem tudo na vida é fácil assim. Com meus primeiros passos, senti uma mão agarrar meu braço – Meu instinto foi de me virar e me arrancar, já me preparando para um combate, mas também estava ainda vestida em minhas vestes formais, me misturando bem aos civis que andavam nos arredores. Encarei o sujeito, um homem de cabeça raspada e símbolo de Jashin pintado na testa, segurando um panfleto.

- “Boa tarde, Moça! Já escutou a palavra de Jashin? Ele é o único que pode providenciar a salvação a este mundo tão corrupto!” – Proclamou, tentando me entregar um dos panfletos. Eu dei mais um passo para trás. – ‘Como seria fácil se eu pudesse apenas acabar com cada um desses imundos...’ – Eram meus pensamentos, e quando eu dei um tapa na mão que tentava me segurar mais uma vez, não esperava que o homem caísse no chão.

Fiquei imediatamente surpresa quando dei o leve ataque no homem e ele respondeu de tal maneira – ‘Mas eu nem usei força!’ – E então, meus olhos se levantaram quando eu ouvi alguns gritos... Vi que os outros membros do grupo também estavam caindo ao chão, um a um, gemendo de dor e cansaço... Veias escuras começavam a propagar pelos seus corpos, e fumaça saia das suas bocas. – ‘Que raios d’agua esta acontecendo aqui...’

Esse não foi o pior, porém... Comecei a escutar gritos de genuíno pânico. Caos começava a se alastrar por todos meus arredores. Em minha interação, nem percebi quando o céu começava a ficar negro, a luz do sol desaparecendo por trás de uma cobertura maciça de nuvens negras... Apenas um brilho vermelho restando em seu lugar, a Lua...

- “O que...?” – Foi a única coisa que consegui fazer sair da minha boca, notando que não apenas aquele grupo caia a seus pés. Todos os Jashinistas estavam caindo, um a um... Não podia negar que enorme satisfação preenchia meu peito ao ver estes hereges sofrendo, mas também sentia grande ansiedade e confusão ofuscar minha mente, uma sensação de paranoia espreitando logo atrás.

Quando senti o Amuleto de Jashin pulsar em meu peito com um ligeiro calor... Sabia que meu lugar agora não era no vilarejo. Se alguém poderia me dizer o que estava acontecendo aqui, seria Kagayaki.

Antes de puder ser comandada a fazer qualquer coisa, já havia escapado dos confins do vilarejo, cruzando a área rochosa selvagem que circundava o Vilarejo em uma corrida frenética – Meu destino: o santuário dos Vazios.



Informação

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⬧ Personagem: Nora Kumori
Ficha  ⬧ GestãoBanco  ⬧ Mod AGInventárioCJ

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Ficha de Personagem : https://www.narutorpgakatsuki.net/t76557-ficha-nora-kumori
Gestão de Fichas : https://www.narutorpgakatsuki.net/t76575-gf-nora-kumori?view=newest
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2/5⬧ O Escurecer da Alma ⬧



HP [ ——— ] ◆ CH [ 4500 / 4500 ] ◆ ST [ 1 / 8 ] ◆


Minha disparada pela selva rasteira que circundava tanto o vilarejo quanto o santuário ocorreu ininterrupto – Cortes e arranhões dos espinhos e rochas pontiagudas cortavam e rasgavam minha pele, mas em instantes também desapareciam, apenas deixando uma suave sensação de agulhadas em minha perna, que eram facilmente ignoradas devido aos incessantes pensamentos que corriam soltos em minha mente.

Quando finalmente cheguei no pequeno vale onde os vazios faziam seu lar, esses pensamentos quase venceram – encontrei o local em estado desértico, sem nenhuma vida presente naquela alcova vivaz... Deixei um pequeno som de alívio quando notei a presença de um único homem, vestido em couraça azul com robes brancos, portando uma lança. ‘Guarda’ não era uma palavra boa para descrever a função do homem, mas com a presença elevada dos crentes do Pastor, era fácil assumir que ele estava agindo como uma sentinela. O rosto do homem me era um tanto familiar das minhas visitas ao templo, então fui em direção ao homem. – “Com licença, pode me dizer onde-“ – Tentei falar, mas minhas palavras foram interrompidas por uma lança apontada contra minha garganta. – “Não se aproxime mais!” – Ordenou, me deixando confusa.

Considerando o tempo que fazia que eu não havia visitado o templo, podia apenas supor que ele não me reconheceu, especialmente por não estar em minhas roupas usuais. – “Perdão... Me chamo Nora Kumori, sou uma Arauta do Vazio. Por favor, deixe eu entrar no templo.” – Proclamei, curvando a cabeça para frente. O homem, firme, não alterou sua posição. – “Eu sei muito bem quem você é. Não irá passar.” – Concluiu, permanecendo firme, enquanto eu inclinava minha cabeça, perplexa.

Comecei a pensar em maneiras de responder para convencer o homem a me deixar entrar... Certamente, minha posição como Arauta me dava mais do que um pouco de autoridade. Iria entrar, com ou sem permissão... Mas antes de poder agir ou falar mais nada, escutei uma voz familiar se erguendo. – “Zenshin, Repouso!” – Ordenou, e eu vi a imagem de Kagayaki em seus típicos robes brancos, calmamente se aproximando. O homem apenas rosnou, mas fez como indicado, juntando a lança ao seu corpo e cruzando as mãos atrás das costas. Virei meus olhos para o rosto de Kagayaki... e a maneira mais fácil de descrever sua expressão era repúdio. – “Nora. Siga-me.” – Ordenou, severamente, e sem falar mais nada, começou a marchar templo adentro, sem nenhuma da sua característica casualidade, amabilidade e hospitalidade...

Eu, por minha parte, comecei a seguir o homem, mantendo o silêncio que só era quebrado pelos sons dos nossos passos... Mas eu ainda estava inquieta. Precisava saber por que Kagayaki estava agindo dessa maneira, precisava saber o que estava acontecendo lá fora, precisava saber o que eu devia fazer... – “Kagayaki-sama, eu-“ – Tentei fazer minhas perguntas, mas o homem simplesmente me interrompeu com uma mão erguida, punhos fechados. – “Fique quieta. Minha paciência atingiu seu limite.” – Ordenou, zangado, sem parar sua marcha.

Certamente, fui pega de surpresa, e me sentia um pouco ofendida ao mesmo tempo... Certamente, Kagayaki teria um pouco de espaço mental para lidar com isto também não? Mesmo assim, mantive minha compostura, e mais diretamente, fiz a pergunta: - “O que aconteceu, Kagayaki?” – Falei diretamente, derrubando os honoríficos.

Ele, por sua vez, apenas parou nos trilhos, e se virou até mim. – “Você não sabe seguir ordens, não é?” – Falou, e cruzou os braços. Eu espelhei o movimento. – “Quer saber o que aconteceu? Eu percebi que não devia ter confiado meus conhecimentos e minha crença a você, uma pivete inconsequente! Eram simples ordens, ‘retorne em uma semana’, ‘volte logo’, ‘proteja a seita’, mas não, você foi passear pelo interior por um mês e meio!” – Exclamou, parando por um instante, beliscando a ponte do nariz, suspirando. – “Estou decepcionado, Nora. Estou exausto também. Você não cumpre com as exigências e nem segue os princípios da nossa Seita... Você está nos abandonando por Kumo!”

Tomei alguns instantes para considerar as palavras do homem e formular uma resposta decente... Certamente, essa era uma situação delicada. Ainda estava surpresa pelo modo de falar do homem, ele jamais havia agido assim antes. – “Kagayaki, creio que tivemos um desentendimento... Entenda, eu não estou abandonando a Seita por Kumo, mas também não sou nenhum peã. Se eu sigo ordens e ajo em prol da manutenção e superioridade de Kumo, é por que é meu desejo fazer tal coisa... E, se deseja saber, meu ‘passeio’ pelo país me levou até pistas do paradeiro da minha mãe. Acha que existe alguma obrigação no mundo que supere encontrá-la?” – Falei, estoíca, me mantendo firme em meu posicionamento.

Kagayaki, por sua vez, ergueu os braços e bateu o pé no chão. – “Mas isso não é só sobre você, Nora!” – Exclamou o homem. – “Naquele dia, você assinou um pacto de sangue, Nora. De sangue! Isso significa que você está permanentemente afiliada com este lugar. Igual a mim! Não me venha fazer graça de décadas de serviço leal com essa seita, Nora! Eu, você, os outros que vieram antes, somos todos servos do Vazio, antes de mais nada!”

Não pude conter minha ira naquele momento – Os pensamentos que anteriormente cruzavam minha mente sem alinhamento, em um instante, encontraram direção. Anos de escravidão... Para ele me dizer que eu sou uma serva? Não! Reflexivamente, levantei meu cajado com duas mãos e forcei sua ponta contra o peito de Kagayaki, forçando-o a se encostar na parede. – “EU NÃO SOU SERVA DE NINGUÉM!” – Exclamei, fazendo minha voz ecoar pelos corredores escuros. Memórias de anos como escrava todos surgiam em minha mente mais uma vez... Não, ninguém me controla. NINGUEM. – “Não sou serva de nenhuma seita, nenhuma pessoa, nenhuma crença, NENHUM DEUS! EU mando na minha vida, EU dou minhas ordens, EU faço o que EU quero, quando EU quero, por que EU quero, para saciar MINHA vontade! E nada, NADA vai ficar no MEU caminho, NEM MESMO JASHIN EM PESSOA! Estamos entendidos, Kagayaki!?”

A cada palavra que saiu da minha boca durante minha proclamação, percebi os olhos do homem se arregalarem, pouco a pouco. Sua face e sua expressão corporal eram bem claros... Não era raiva ou ódio ou repúdio... Mas sim, surpresa, confusão. Permaneci ali alguns instantes, respirando fundo, recuperando minha compostura... Suspirei finalmente, retirando meu Cajado do peito do homem, me virando. – “Sinto muito, Kagayaki... Vocês falaram que o Vazio havia me escolhido, mas eu acho que ele deve ter escolhido errado. Passar bem.” – Falei, andando em direção a saída.

O som dos meus passos era o único presente no local, mas momentos mais tarde, escutei a voz de Kagayaki mais uma vez... em um tom um pouco mais calmo. – “Nora, espere.” – Falou, e eu notei a breve hesitação em sua voz. Virei meu rosto para ir de encontro com o homem. – “Você... Aquilo que eu queria te mostrar. Por favor, venha comigo... Ainda creio que você não esta pronta, mas não há mais tempo para achar. Precisamos agir, enquanto ainda temos tempo. Venha.” – Falou, levantando seu braço e gesticulando para o interior do templo. Eu virei o restante do meu corpo, e inclinei minha cabeça. – “Por favor, Nora.”

Suspirei, descruzando meus braços. Balancei a cabeça um pouco... Mas decidi seguir o homem até o interior do templo.



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Silenciosamente, eu e Kagayaki continuávamos a caminhar mais afundo no santuário. O ar era um pouco desconfortável entre nós, e ambos sabíamos disso. A situação e a ocasião não eram das melhores, e a nossa discussão a poucos instantes realmente aumentava a tensão no ar...

Os corredores que percorreríamos estavam empoeirados de maneira atípica do local, que era regularmente limpo e mantido pelos fieis seguidores. Os corredores eram escuros, de uma maneira estranha – como se a luz estivesse hesitante em alcançar até aqui. Eram corredores que nem eu mesma reconhecia, e Kagayaki também não mostrava muita confiança caminhando por eles, mas mostrava que sabia o caminho da destinação que almejava.

Bustos, estatuas e gravuras enquadravam as paredes. Figuras que, ao mesmo tempo que eram familiares, também eram completamente alienígenas – Como uma pessoa que você viu em um sonho. As visagens se tornavam cada vez mais misteriosas e simples... Até finalmente chegarmos no fim do corredor, finalmente notando como o local era tão escuro. Uma grande laje de pedra impedia a passagem, mas com um suave empurrão, a peça se moveu para trás, deslizando para baixo, revelando um grandioso salão com teto em cúpula – No centro, algum objeto de aproximadamente dez metros de altura, coberto por um grande pano branco.

Kagayaki suspirou por um instante, e se aproximou da parede, onde com uma faísca, vários braseiros escondidos pela escuridão surgiram a vida, iluminando a sala com a estranha luz de uma chama acinzentada. O homem então caminhou até o centro da câmara, ficando de frente para a estátua, cruzando os braços atrás das costas, e suspirou.

Eu apenas observei toda a interação em silêncio, tentando desvendar o mistério daquele local, me perguntando por que este salão estava tão oculto e por que parecia tão abandonado, mas decidi em uma pergunta mais simples: – “Por que me trouxe até aqui?”

O homem quase pareceu surpreso, como se houvesse esquecido minha presença por um instante. – “Ah, claro...” – Falou baixinho, se aproximando um pouco mais do lençol. O segurou com uma firme mão e puxou forte- revelando uma grande estátua feita de basalto, mas com detalhes pintados. A figura era claramente humanoide, apesar de poucos detalhes importantes serem mostrados – uma incidência que eu acreditava que era proposital. A figura era alta e esguia, com uma espécie de capa pintada em branco descendo pelas costas e ombros, e uma máscara similarmente branca cobrindo o rosto. O restante do corpo, que não era coberto, era o simples escuro da pedra- e um último detalhe me chamou a atenção. Três pedras, feitos de alguma rocha completamente escura e brilhante, polidas a perfeição, posicionadas acima do coração, onde ficaria no peito, e dos buracos dos olhos na máscara... Era de fato, uma estátua simples, mas simplesmente estar em presença dela criava um sentimento de... Vazio...

- “Este... É o Vazio.” – Afirmou Kagayaki, inclinando a cabeça. – “Também chamamos de o Cinza. Ou o Nulo. Já até escutei chamarem de a Sombra Branca... Creio que você acreditava que era só uma metáfora, ou algo do tipo, não é? Mas é de fato, um ser com forma.” – Continuou, com uma risada quase inaudível, e de fato, eu tinha minhas crenças de que era apenas um conceito ou um ser sem forma, diferente de outras entidades com forma dada, como Jashin propriamente dito.

O homem deu breve pausa, e logo continuou, bradando uma voz que soava como uma história prestes a ser contada. – “Desde o início da vida, Eons atrás, toda a vida é destinada ao mesmo fim: Se juntar ao vazio... ou destruir ele. E para destruí-lo, é preciso se tornar um com o Vazio. É algo um tanto peculiar, não acha? Falamos como o vazio deve tomar conta dos nossos corações e almas, para preenchermos aquele oco com aquilo que almejamos... Mas, o Vazio destrói. O Vazio apaga. O Vazio deve ser expurgado, eliminado, preenchido, para que a eternidade seja atingida. É isto que ensinamos, como preencher este vazio.”

Deixei meus pensamentos sobre o que ele havia dito correrem soltos, montando hipóteses e ideias, mas logo ele continuou, com um olhar abatido. – “Pelo menos, foi isso que me contaram, a cento-e-cinquenta anos atrás, quando eu tinha sua idade.” – Me impedi de ficar boquiaberta com a revelação, mas meus olhos mentiam meu olhar estoico. – “Não sabia que o velho Kagayaki era tão velho, não?” – Falou, com um breve sorriso, mas então deixou o olhar entristecido mais uma vez cobrir sua face. – “A questão em mãos, Nora, é de que há muitas coisas similares entre a profunda verdade da nossa crença e a crença dos Jashinistas que veio surgindo a tão pouco tempo... Mas também sei que a crença deles não é governada por boas intenções, e sim os desejos de um indivíduo sedento por poder.”

Mais uma vez, era um pouco mais de informação do que eu podia processar de uma única vez, então fiquei remoendo no que ele me falava pelos instantes a seguir, eu mesma me aproximando da estátua, ficando mais próxima de Kagayaki. – “Eliminar... Preencher, o Vazio? Por que os outros não pregam isso, também?” – Perguntei ao homem. Ele, mais uma vez, suspirou, mas respondeu com um sorriso de canto de boca. – “Não é algo que a humanidade esta pronta para lidar ainda, Nora. Não é algo que deve ser feito... pelo menos não agora. Por isso existem pessoas como eu ou você – que irão viver por séculos para poder criar a próxima geração daqueles que conhecem a mais profunda verdade – de que estamos no caminho da aniquilação. Ou, que irão ser aqueles que irão lutar de frente contra o verdadeiro fim, e sairão vitoriosos... Mas, para isso, é necessária a completa purificação de nossas almas.”

A sala ficou silenciosa por mais alguns instantes, mas então ele continuou, dessa vez com um olhar muito mais severo. – “Mas, não se aprende a purificar a escuridão do dia para noite, Nora. Primeiro, é preciso treinar – e nenhum lugar mais apto do que sua própria alma.” – Falou, desfazendo o seu robe, deixando-o cair de seus ombros, e a visagem que vi naquele instante me fez inspirar em surpresa – Nas costas do homem, quatro mascaras brancas pintadas com pequenos detalhes coloridos, amarradas ao corpo dele por grossos e foscos fios negros que se alastravam pelo seu corpo, como se houvesse sido costurado. – “Nora. Hoje você irá dar o seu próximo passo em direção ao vazio – Para que você, um dia, possa proteger nosso mundo contra ele. Hoje irei te conceder o maior poder que eu possuo, e que irá lhe ajudar a purificar a humanidade da corrupção.”

Naquele instante, o homem bateu as duas mãos juntas em um selo de mão. – “Contemple!” – Exclamou, e naquele instante, suas costas explodiram, quatro figuras humanoides surgindo das máscaras no corpo do homem, todas em formas diferentes, formadas por centenas dos fios negros, cercando-o, controladas como marionetes pelos fios. – “O Jiongu.”



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ItsHalno
Tokubetsu Jonin
[Cena] ⬧ O Escurecer da Alma TqHE5wX
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4/5⬧ O Escurecer da Alma ⬧



HP [ ——— ] ◆ CH [ 4500 / 4500 ] ◆ ST [ 1 / 8 ] ◆


Ficava um tanto mesmerizada com a execução da técnica diante meus olhos – Era algo que eu jamais imaginava que veria, mesmo sabendo a extensão que o Ninjutsu pode atingir, e até mesmo me tornando imortal pelo poder de uma entidade divina... – “Jiongu...” – Suspirei o nome da habilidade, deixando a palavra escapar dos meus beiços suavemente. Ainda imóvel, continuava a observar a técnica, encostando uma das mãos contra uma das criaturas de fios, sentindo que a sensação era fria e lisa. – “Conte-me mais.”

- “Dominá-la não é algo fácil.” – Falou diretamente, sem pensar duas vezes. – “Mas o poder que pode ser concedido por ela... É inestimável. Os fios, como pode ver, podem ser controlados livremente, e podem costurar qualquer ferimento no seu corpo, e a técnica por si só também concede um tipo de imortalidade... Apesar de já termos isso coberto.” – Falou com uma pequena gargalhada, e eu entendi a referência do homem, mostrando um sorriso de canto de boca. – “Além disso, a técnica permite com que você... transplante, corações e outros órgãos.” – Falou, mas notei na expressão do homem que havia algo mais ali. Ele não demorou em elaborar. – “Se pode transplantar até quatro corações, simultaneamente... Cada um deles fica em uma dessas máscaras, e os corações tornam seu Chakra mais potente, dependendo de quem você o pegou.” – Afirmou. Olhei para as criaturas de fios com uma expressão diferente. – ‘Então tem corações dentro delas... Kagayaki não é tão inocente quanto eu pensava.’

Mas, mesmo sabendo que havia certa escuridão por trás da técnica, isso não me afetava – Afinal, se eu desejasse manter minha invulnerabilidade, era minha necessidade sacrificar vítimas em nome de Jashin... Mas com ela, talvez não precisasse mais. Ficava refletindo sobre isso. – “Por que não há mais usuários do Jiongu, se é uma técnica tão poderosa?” – Perguntei, e Kagayaki suspirou.

- “Como deve imaginar, uma técnica tão poderosa é... um tanto cobiçada. Já houveram vários usuários dessa técnica, e ela é passada de geração em geração para aqueles do nosso credo. Mas, também há outras desvantagens... Por um, a dor sentida durante a transformação é... particularmente ardente.” – Falou, estremecendo... Parecia que não era uma memória muito interessante. – “Creio que meu tempo com os escravistas já me treinou um pouco para isto. Qual é a outra desvantagem?” – Perguntei, de braços cruzados.

Ele suspirou, coçando a nuca, fazendo com que as criaturas se desfizessem e retornassem para suas costas. – “Uma vez ativada... A técnica é permanente e irreversível.” – Falou, mas já levantou a mão logo em seguida – “Você se acostuma, mas nunca vai se sentir como a mesma pessoa.”

Uma transformação permanente, então... E o sentimento que Kagayaki mencionava era um que já era, de certa forma, familiar a mim, e eu levei as palavras do centenário a sério – Nunca mais me senti a mesma pessoa, desde aquela fatídica noite a quase quatorze anos atrás. Andei para frente e para trás, por alguns instantes, profundamente considerando... Será que eu quero passar por todo aquele sentimento de não-pertencimento novamente...? – “Não sei sé é algo que eu deva fazer, Kagayaki. Por mais que o poder que a técnica pode me conceder seja interessante, uma transformação permanente... Me parece extremo demais.”

O homem parecia um pouco caído com minha resposta, mas compreendeu. – “Sabia que você iria responder assim, Nora.” – Falou, e em seguida cruzou os braços atrás das costas. – “...Mas... Creio que realmente, não há mais tempo para considerar tais sentimentos. Lembre-se, Nora. Você já é uma Arauta. Você já é uma membra da nossa seita... Por mais que não aparente, você se tornou um alvo naquele dia, querendo ou não.”

O homem contemplou a estátua, e se moveu para recolher o lençol que ficava no chão... Olhando para ela, senti o mesmo calafrio de antes percorrer por meu corpo. – “Por mais sutil que seja, o Vazio transparece toda a existência, e exerce sua influência sobre ela. O fim se apresenta como o mais inevitável destino, exceto quando você luta diretamente contra ele... E esta se tornará uma das mais eficazes formas de combater esse mal.”

Mais uma vez, silenciosa, apenas considerei as palavras do homem... E não podia negá-las, apesar de não ser completamente a favor delas. De fato, os inimigos estavam aqui, já, nas portas de casa... E eu sabia alguns dos terríveis males que percorriam o mundo Shinobi. Toda a força era pouca... Virei meus olhos para a estatua mais uma vez, e deixei um sorriso irônico surgir em meus lábios. – “Então... A crença dos Vazios, na realidade, é uma luta contra o vazio... Isso é quase irônico.”

O homem pareceu não poder conter a gargalhada, e deu uma risada alta e sincera, apesar de um tanto curta. – “Acredite, cara Nora, essas foram as mesmas palavras que saíram dos meus lábios a mais de um século atrás!” – Eu não pude conter um pouco da risada também, e deixei um sorriso sincero em meus lábios. Ele finalmente juntou o lençol, e com um movimento hábil, a estátua estava coberta mais uma vez. – “E então, cara Nora... O que vai ser?”

Não podia negar que, apesar de apreensiva, tinha um bom sentimento sobre aquilo... Como se... Inexplicavelmente, soubesse que aquela seria uma boa escolha, apesar de não se mostrar tão atraente agora. Firme, decidi solidificar minha decisão. Me virei para Kagayaki, queixo levantado. – “Eu aceito.”

O homem, contente, juntou as mãos em uma palma, e o sorriso em seu rosto aumentou. – “Venha comigo, há muito que aprender e quase nenhum tempo, vou te mostrar os rituais.” – E assim, ele saiu da câmara. Fiquei no local por mais alguns instantes... Mas logo saí dali também, deixando aquela assombrosa estátua para trás.



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⬧ Personagem: Nora Kumori
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Estava sentada em um repouso familiar, de pernas cruzadas, braços deixados a cada lado do meu corpo, respirando calmamente... Uma postura de meditação comum. Isso, até a voz familiar de Kagayaki me tirar da concentração. – “Está pronta, Nora?” – Perguntou, ao mesmo tempo que senti uma mão gentilmente se colocar em meu ombro. Lentamente, abri meus olhos, ajustando para a iluminação clara de braseiros, e apenas acenei a cabeça. – “Compreendeu todos os passos? Prefere ensaiar novamente...?” – Me perguntou, mas a resposta já era clara em minha mente.

- “Creio que três ensaios tenham sido suficientes, Kagayaki-sama. Não há mais dúvidas em minha mente.” – Respondi, com um singelo sorriso em minha face. Não podia ver, mas sabia que ele estava hesitantemente acenando a cabeça. Agora, ele se parecia mais com o homem sutil e amigável que eu havia conhecido na beira do lago. – “Certamente, cara Nora... Assim que você estiver preparada para começar, é só dar a palavra.”

Não demorou muito tempo. Afinal, já estava me preparando para isso por algum tempo, curto que fosse. Me levantei do repouso, esticando pernas e braços e me preparando para o que logo iria seguir. – “Vamos adiante, estou pronta.”

Kagayaki procedeu, dessa vez sem hesitação – De fato, a presença do homem não era absolutamente necessária, mas estaria ali para me proteger ou ajudar caso algo desse errado... O sucesso da execução da técnica caia unicamente sobre meus ombros. Era uma única tentativa, pois de acordo com o homem, caso eu não conseguisse manter o controle... Nem mesmo Jashin poderia me salvar.

Quando me mostrou as várias maneiras de execução da técnica pelo pergaminho, decidi escolher a mesma maneira que ele havia utilizado, tantos anos atrás – uma aplicação direta, com um ritual de concentração e determinação, ajudando a focar e moldar o Chakra.

Permaneci imóvel por alguns instantes, no centro daquela câmara... E então comecei. Juntando as mãos, formei o primeiro selo de mão, e então um outro, e então um outro, e então um outro... Cada movimento era calculado e detalhista, perfeitamente espaçado do movimento anterior. Cada flutuação de Chakra em meu corpo era devidamente controlada e ajustada... Mas o mais importante naquele instante não eram os selos ou o meu controle... E sim, minha vontade.

Amarrarei a dor e o medo que tomou controle de mim,
Para que eu possa nadar através dos mares de tristeza,
Restaurarei meu coração, coragem e determinação,
E livrar-me-ei da incerteza.

Com cada selo de mão e palavra que saia dos meus lábios, sentia algo alterar em meu corpo. A cada instante que passava, um calor surgia em meu peito, e ficava mais forte e ardente a cada instante que passava. Moldava meu Chakra com habilidade só garantida por treino, seguindo as instruções de Kagayaki, que eu havia memorizado. Selo de mão, e selo de mão, e selo de mão... Abri os olhos, vendo movimentos estranhos logo abaixo a pele. A sensação era... Surreal, e não de uma maneira boa.

Navegando em direção das ilhas douradas do amanhã,
Onde águas limpas irão restaurar meu corpo e alma...

As palavras inspiradoras não haviam sido escritas por Kagayaki. Não, eu havia as imaginado a poucos momentos atrás, desenvolvendo minha própria narrativa com cada passo da execução da técnica. Isso, de acordo com Kagayaki, era algo importante também, apesar de ele oferecer suas palavras como referência. O que importava naquele instante era o que eu conseguiria fazer... E a cada momento, o arder da chama em meu núcleo se fortalecia. Sentia como se centenas de larvas rastejassem por dentro da minha carne e membros. Cada segundo ali era tortura em sua mais pura forma...

Irei reascender as memórias de quem eu nasci para ser.

Com as últimas palavras do rito saindo de meus lábios, finalizei a sequência de selos, Juntando ambas as mãos em suas palmas... E então o verdadeiro inferno começou. Era como se o próprio sol estivesse dentro do meu peito – Não percebi quando comecei a gritar. Não percebi quando caí ao chão, abraçando meu próprio corpo. Não percebi quando Kagayaki tentou amortecer a queda. Não percebi quando fiquei inconsciente... Tudo aquilo era apenas dor. Dor. Dor. Dor... O Inferno em sua mais pura forma.

Não sabia quanto tempo havia se passado, mas uma sensação de intenso frio cobriu meu corpo, e então uma sensação de leveza... Me sentia como se estivesse suspensa em uma banheira de água fria. Meus olhos se abriram, lentamente, mas eu não encontrava nada... Apenas um eterno vazio cinza.

Então, senti uma presença próxima a mim. Virei meu corpo naquele vazio, e me deparei com a visagem da mesma figura que Kagayaki havia me mostrado a pouco tempo atrás – Desta vez, em carne. Sem referência nesse oco vazio, não sabia se estava próxima a mim, ou infinitamente distante. Não sabiam se eram estrelas que cintilavam em sua carne escura, ou se aquilo era um rasgo para o infinito do espaço. Não sabia se sua mascara e roupa eram feitas de luz, ou era apenas o fundo cinza que criavam a ilusão... Haviam tantas coisas que eu não sabia.

Mas eu sabia que estava olhando para mim. Tentei erguer minha voz, mas o áudio não surgiu. Tentei perguntar onde estavam, mas as palavras não se formavam. Tentei perguntar o que ele era, mas apenas dor preenchia meus pulmões. Tentei perguntar o que queria, mas silêncio foi a única resposta.

A cada instante que passava, naquele frio, frio vazio... Sentia meu corpo ficar mais fraco, mais lento... A cada instante, sentia uma luz clara e acolhedora se aproximar, como um abraço suave. Ali via um passado – e um futuro – felizes. Como se nada de mal tivesse jamais acontecido em minha vida, como se todos os meus desejos se tornassem realidade... Antes de tudo ir errado...

...Mas, lá no fundo, eu sabia que não dava pra voltar atrás. Consequências duram. A Morte é permanente. Aquelas imagens não podiam ser reais... Pois os eventos que elas pregavam jamais poderiam ter transcorrido. Abri meus olhos, nem percebendo que haviam se fechado, e lutei. Aquele calor traiçoeiro... Não iria aceita-lo. Eu sabia que iria conquistar este obstáculo, como havia conquistado outros anteriormente.

A figura, neste instante, teve sua primeira reação. Levantou seu queixo, e senti ela ligeiramente se aproximar, e ao mesmo tempo, senti um frio intenso de desolação e luto tentar cobrir minha alma.... Mas lutei contra esta sensação, também. Pontos brancos perfuravam minha alma... E naquele único instante, como uma vibração do éter, cobrindo todo meu ser, senti a palavra:

S O B R E V I V A


O fogo ardente ressurgiu em meu núcleo naquele único instante – A sensação de vazio sendo substituída por paredes, chão e teto. Aquela intensa dor era indescritível, e os ecos da voz de Kagayaki poderiam ser escutadas, próximas e infinitamente distantes... Tentei me erguer, mas meu corpo me traia, como se não estivesse mais sob meu controle. Tentava olha aos redores, e via apenas fios negros enrolando ao meu redor. As palavras de Kagayaki ficavam cada vez mais nítidas e altas... Foco. Foco, Nora! Tome o controle. Eu tinha que tomar o controle... Mas como? Meus membros não me obedeciam, apenas uma dor constante e extrema, ofuscando minha mente de qualquer processo comum... Será esse meu fim...?

S O B R E V I V A...


A voz estrondeante ressurgiu mais uma única vez, parecendo mais distante, como um eco. Uma promessa... E a mensagem era clara como o dia. Aquele queimar eu meu peito... Será mesmo o fogo me consumindo, ou será que é a chama do brilho do sol, anunciando mais um dia?

- “Eu irei.” – Foi minha resposta alta para a voz distante. E, assim como o sol da manhã, naquele instante, eu era imparável. Não era um pedido, ou sugestão, não, aquilo era uma ordem. Naquele instante, ou meu corpo iria me obedecer, ou iria queimá-lo e construir um novo. Forçava meu desejo sobre cada partícula do meu ser, e um a um, cabeça, tronco, e membros se formavam. No lugar da pilha de fios que foi Nora Kumori por alguns instantes... Estava a própria.

Aquela intensa dor ardente finalmente escapo do meu ser. Fiquei de pé por meros instantes... Mas a exaustão me superou logo em seguida, e eu sucumbi ao cansaço – Kagayaki estava de prontidão, e segurou meu corpo antes que alcançasse o chão. – “Calma, Nora. Calma lá... O pior já passou. Você conseguiu.” – Afirmou, dessa vez com uma voz audível. Senti ele me erguer de volta para meus pés, mas eu ainda não conseguia juntar energias suficientes para fazer meu corpo se mover.

Aqueles momentos imóveis foram os instantes que eu tomei para me recompor, a exaustão chocando meu núcleo. Nenhuma palavra escapava dos meus lábios, não havia energia para tal... – “O pergaminho da técnica está em sua bolsa... Espero que seja útil.” – Orientou o homem dirigindo meu cambalear até as portas maciças de mármore do santuário. – “Enfim... Gostaria que você passasse mais tempo conosco, mas já sinto que você tem mais tarefas de volta na sua aldeia. Por favor, Nora... Não demore a retornar. Eu estarei aqui, sempre que vier.” – Falou, e eu apenas concordei com a cabeça... Mas a cada passo que dávamos em direção à saída, eu sentia minha energia lentamente retornar ao corpo.

Quando chegávamos ao pátio, me sentia mais jovem e energizada do que jamais me senti. Virei para Kagayaki, acenando a cabeça e a mão como despedida, mas antes de puder me retirar do local, ele me agraciou com mais algumas palavras. – “Ah, e Nora...? Me perdoe pelas minhas palavras de antes. Você não merecia escutar aquilo.”

Ao mesmo tempo que me sentia enfurecida com o homem... Não era incapaz de empatia, e apenas acenei a cabeça para ele, devolvendo um pequeno sorriso. Continuei o meu caminho afora, com alguns novos pensamentos cursando minha mente, observando como a luz vermelha da lua refletia na vegetação...

Não podia me impedir de pensar que talvez, só talvez, eu fosse um pouco menos humana, agora...

...Mas quem sou eu para dizer que isso é algo ruim?



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Habilidade Única: Jiongu adquirida

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