Dado o crescimento contínuo de Raijin, foi natural que os encarregados pelas missões não demorassem para exigir um pouco mais dele, apesar deste querer exatamente isso. Sua honra era a glória pra si mesmo e quanto mais o nome do jovem estivesse em evidência naquela vila, mais seria também a satisfação daquele jovem shinobi. Porém a missão daquela manhã requiria certos cuidados, que até então, não haviam sido tão necessários.

Vilas ninjas, principalmente as principais, possuíam diversos inimigos, fora os espiões que esporadicamente poderiam aparecer pelos arredores. Vigiar e proteger suas entradas eram cruciais para que intrusos não trouxessem perigo as pessoas da região. Sendo assim, o pequeno Raijin ficou encarregado de proteger as entradas do vilarejo naquela manhã. Obviamente, por ser um Genin, o garoto não deveria se envolver em problemas e qualquer situação que exigisse atenção deveria ser reportada com urgência. Se fosse preciso, Raijin deveria pedir reforços.

A patrulha pelos arredores começou de forma rápida e consciente pelo garoto. Ele averiguava os cantos das entradas por pelo menos três vezes e no mínimo quinze minutos, até ir para outro lugar. Ele avistava o horizonte, analisava incongruências que poderiam estar presentes nos muros da cidade, além de aguardar por algum tempo para ver se algo acontecia. Obviamente por ser apenas um, o pequeno não podia cobrir mais de um local por vez, o que significava que o tempo gasto para cobrir todos os locais passíveis de invasão demorou um pouco. Com a hora de seu turno terminado, nenhuma ameaça foi detectada por Raijin, o que presenteou o Genin com uma patrulha extremamente bem-sucedida.

Considerações:

A manhã pareceu agradável para o pequeno Raijin. Após os treinos com seu pai, o Genin dirigiu-se ao quartel de Iwa, onde pegou a primeira missão do dia. Embora tivesse as melhores notas de sua turma e alguns membros de seu clã depositassem grande esperança em seu potencial, Raijin ainda era relativamente novo na hierarquia dos ninjas. Mas dado o potencial demonstrado e os recentes sucessos em missões anteriores, alguns shinobis decidiram aumentar um pouco a responsabilidade do Genin naquele dia, mesmo que momentaneamente a missão não passasse de rank D. Segundo relatos dos moradores perto das fronteiras, um grupo de bandidos estava a praticar alguns crimes perto dos localidades, o que indicava ser necessário um shinobi para resolver a situação. Até onde se sabia, os patifes não eram treinados em nenhuma área de combate, o que significava que provavelmente um recruta experiente poderia dar cabo deles.

Com a localização do grupo em mãos, Raijin caminhou de forma suave e discreta por entre a vila até chegar ao lugar indicado no pergaminho. Subindo uma janela discretamente, o Genin avistou três malfeitores contando dinheiro numa mesa central. Perto deles era possível ver algumas armas, que provavelmente eram utilizadas para praticarem assaltos e outros golpes. Com a descrição dos meliantes a bater com os dados informados, Raijin ergueu a janela e saltou dentro do galpão, fazendo os homens o avistarem.

— Imagino que sejam os bandidos que estão a causar problemas nessa região. — Raijin sorriu de forma genuína e infantil, não atacando sem ter a plena certeza de que eram os alvos corretos.

— Matem esse garoto! — esbravejou um dos homens, enquanto todos puxaram algumas pequenas Tokens e foram na direção do menino.

Sem delongar-se, Raijin sacou uma kunai, e partiu sorrateiramente em movimentos rápidos, atacando os bandidos um por vez. Ele aplicava levemente um chakra de Ranton em sua kunai, o que causava efeitos atordoantes nos malfeitores. Ter êxito naquela missão era um passo para o reconhecimento e o rapaz não delongaria isto.

Em agonia, os bandidos esperneavam e balançavam o corpo, tentando fazer a eletricidade dispersar de seus corpos. Mas o constante ataque do garoto parecia não ter fim, até o momento que os malfeitores caíam ao chão. Ainda assim, Raijin não fazia nada, ele queria ter a certeza que aqueles bandidos jamais voltassem a praticar crimes naquela vila. Vendo o estragou que causou, esperou um superior chegar para que pudesse avaliar.

Considerações: