[Cena-Solo] – Produtos do Conflito

Arquivo – Verão, 14 D.G.
Arredores de Iwagakure, País da Terra.
Rota oficial Nº7, sob jurisdição da Associação do Comércio.
Registro oficial: doze ataques relatados até o momento. Seis das vítimas foram mortas, dezoito permanecem feridas e sob tratamento. Suspeita-se que os culpados sejam remanescentes do grupo religioso Olho do Cosmos, que tiveram seu templo queimado a cerca de uma semana. A Associação do Comércio expediu dois contratos de classificação C para Iwagakure.
Contrato Nº1: Escoltar a caravana que partirá em direção ao Norte até o porto.
Contrato Nº2: Eliminar o acampamento dos criminosos e trazer de volta os itens roubados.
Kunoichi responsável: Chinoike Shinzō.

O documento lhe fora entregue naquela manhã, dando-lhe algumas horas para se preparar antes do momento da partida. Normalmente esse tipo de missão iria necessitar de ao menos três genins ou um chunin, porém, devido a falta de de shinobis disponíveis na aldeia para o alto número de missões que estavam surgindo nos últimos tempos, ela teria que ir sozinha.

Quase sempre usuários de Genjutsu eram designados para funções de suporte dentro de um time, auxiliando aqueles que cuidariam do combate direto – normalmente um usuário de Taijutsu e/ou Ninjutsu. Aqueles que iniciam suas carreiras se especializando em Genjutsu, segundo a crença popular, não costumam se sair tão bem quanto forçados a lutar sozinhos, sobretudo no caso de genins. Dito isto, Shinzō era um caso à parte dentro dos registros. Sua proficiencia natural tendia tanto para o Genjutsu quanto para o Ninjutsu, e sua Kekkei Genkai lhe favorecia em combates diretos, uma vez que, basicamente, bastava um toque em sua pele para ser tirado de jogo. Era alguém que poderia lutar bem tanta a longa, média e curta distância, quase sem pontos fracos quando comparada alguém da mesma turma.
Estes, possivelmente, foram os critérios levados em conta na hora que a missão lhe foi delegada.

A caravana partiria durante o inicio da noite, uma decisão da própria Associação. Por insistência do presidente usariam novamente a Rota Nº7, sob a justificativa de ser o caminho mais curto até o porto.

— Ei, você vai vestida assim? — Um sujeito, provavelmente o Intendente, a questionou quando se aproximou dos portões.

A jovem Chinoike estava usando roupas incomuns para uma kunoichi: um terno preto sobre uma camisa social branca, gravata escura e calças de igual cor e sapatos. A única coisa que a identificava como uma ninja era a bandana, que estava presa ao redor do braço esquerdo, e sua bolsa de armas na cintura. Sob as mangas do terno trazia os pares de Vita, o peculiar aparato tecnológico que havia chamado sua atenção.

— Você prefere uma gravata borboleta? — Respondeu, com uma piscadela. Pelo que podia ver já estava tudo pronto, e ela não queria se atrasar no cronograma. — Certo, meninos, vamos colocar essas carroças na estrada.

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HP: 275/275 | CH: 275/275 | ST: 00/04

Considerações:

Ficha de Personagem :

https://www.narutorpgakatsuki.net/t82244-fp-shenhe-vatt-ghern#663718

Lula

Genin

Dom 15 maio - 3:00

Museigen

— Se eu estiver correto, vocês serão atacados assim que se afastarem três quilômetros da aldeia — enquanto caminhava ao lado da caravana, ela se lembrava das palavras do instrutor um pouco após ter recebido a tarefa. — Se isso acontecer, então aquilo que conversamos deixará de ser apenas uma suspeita.

A Rota Nº7 já foi uma das principais rotas comerciais do País da Terra que passavam por Iwagakure. Caiu em desuso quando começaram a construir as estradas subterrâneas, então seu direito foi vendido para a Associação. Ainda que fosse mais seguro viajar pelo subsolo, o atual presidente do grupo insistia em usar aquela rota, mesmo com os ataques acontecendo.

"Eles nunca decepcionam", ela pensou, assim que começaram a ouvir os sons de pessoas se movendo em direção a estrada. Não eram ninjas, logo notou. Um shinobi teria optado por uma abordagem sutil, no passo em que estes bandidos vinham correndo com archotes para iluminar o caminho. "O fogo deve servir para provocar medo, huh?"

Estavam a uma distância de vinte metros e se aproximando rápido, descendo pelo morro da esquerda.

— Prossigam, o mais rápido que conseguirem — ela instruiu o chefe dos condutores, ao mesmo tempo em que ativava seu doujutsu. — Eu vou logo atrás.

Ao todo eram cinco adversários, dois pela esquerda e três pela direita. A Chinoike decidiu primeiro focar no menor grupo para tirá-los do caminho, e para isso esperou até estarem a uma distância de 10 metros antes de realizar os selos de mão da técnica Kekkijutsu: Kusatta Chi, uma de suas próprias criações. Concentrando uma pequena quantidade de sangue na ponta do dedo indicador da mão direita, ela disparou na forma de agulha em direção a perna do que estava mais à frente. O líquido condensado entrou em seu organismo e imediatamente começou a espalhar seu chakra pelo sangue do sujeito.

Ela sorriu, e quando estavam a cinco metros dela, tempo suficiente para o chakra se espalhar, com seus olhos Shinzō comandou, através de uma manipulação, para que o sangue nas veias da perna esquerda se projetassem para fora no formato de cinco longas estacas, que, conforme o planejado, também acertaram o outro homem que estava ao lado. Ambos caíram no chão, apenas para serem finalizados por golpes rápidos na nuca usando uma kunai.

A essa altura o segundo grupo, esse composto por três bandidos, já estava quase em cima dela. Ela percebeu que a mulher que havia se adiantado tentaria a atacar com um soco no rosto; sua reação, então, foi simplesmente se deixar ser atingida. O golpe a faria perder o equilíbrio e cair para trás, mas no instante em que houve o contato ela projetou seu Genjutsu: Ketsuryūgan. Valendo-se de sua capacidade de exercer domínio sobre o psicológico de outras pessoas, a genin projetou na mente da outra a informação de que os dois comparsas eram seus inimigos. Infelizmente não era habilidosa o bastante para realmente alterar os pensamentos de alguém, e portando seu genjutsu se limitou a um breve controle sobre o corpo exercido por um comando do cérebro. Como se resultado, antes que percebessem o que havia de errado, a mulher puxou uma faca e golpeou um dos homens no pescoço.

— Que porra é essa?! — O outro gritou, enquanto o efeito do gen rapidamente passava e a mulher tomava conta do que havia feito.

— Bum! — Disse, ainda no chão, enquanto faia com uma mão o Selo de Combate e acionava a Kibaku Fuda que havia deixado cair no chão antes de ser atingida.

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HP: 260/275 | CH: 215/275 | ST: 00/04

Considerações:

Manipulações:

Jutsus:

Ativos:

Passivos:

Ofensivos:

Armamentos:

Observações:

Ficha de Personagem :

Lula

Genin

Dom 15 maio - 3:32

Museigen

A explosão de uma Kibaku Fuda era pequena quando usada individualmente, mas ninguém gostaria de ser atingido por uma a queima-roupa. O homem perdeu a perna direita e alguns dedos da mão do mesmo lado, enquanto a mulher, que estava mais próxima, teve todo o corpo abaixo da cintura arrancado. O sujeito que havia sido golpeado no pescoço já ia morrer de qualquer forma, mas, para não fazer pouco caso dele, é importante dizer que também perdeu um dos braços e teve o rosto queimado.

Todos, com exceção do saqueador que perdeu a perna, haviam parado de se mover. A Chinoike, tendo se colocado em pé, caminharia até ele, parando com a pé direito sobre seu peitoral. Os Ketsuryūgan que ela usava para fitar o rosto do moribundo eram como a água parada de uma lagoa, inexpressivos, calmos.

— Quem ordenou que atacassem as caravanas? — Questionou, pressionando o sapato contra os ferimentos no peito resultantes da explosão. Ele gemeu de dor, com seus olhos faiscando de fúria.

— Para o inferno, vadiazinha pagã! — Praguejou, o que a fez aplicar mais força.

— Estou vendo o símbolo do Olho do Cosmos em sua roupa — o QG a instruiu sobre eles antes de partir. — Por que um grupo religioso, antes pacifico, está atacando caravanas de comércio?

Ela havia sido informada sobre a destruição do templo nos registros da operação, mas não haviam explicações do porquê rejeitaram a ajuda para reconstrução e começaram a ataca inocentes.

— Típico de shinobis, combatendo o sintoma ao invés da doença — cuspiu sangue para cima, atingindo o rosto da moça.
Ela sorriu.

— Péssima decisão.

Com dois dedos da mão esquerda ela tocou no líquido, enviando seu chakra para ele. Então, com uma manipulação através de seus olhos, moldou aquela pequena quantidade de sangue para formar uma lâmina do tamanho de uma navalha, que avançou contra a garganta dele.

— Sou horrível com interrogatórios — se espreguiçou, soltando pela boca um som de satisfação por alongar os membros. — Bom, ele não mentiu, afinal. Shinobis são péssimos em resolver problemas antes que aconteçam.

A caravana se arrastava lentamente por sobre a terra, então não haviam se afastado mais do que uns cento e cinquenta metros. Suspirando de consternação, Shinzou começou a se mover para alcança-los.

Estranhamente, não houveram novos ataques. O próprio ato de atacar tão próximo de Iwagakure já era de uma burrice sem tamanho, mas aparentemente eles iam além, achando que um grupo de cinco pessoas bastaria. Era quase como se não esperassem por resistência.
O sorriso da garota era de quem havia entendido algo.

Algumas horas após o incidente chegaram ao porto, sãos e salvos. O chefe da caravana agradeceu a Chinoike, prometendo que seriam amigos de agora em diante. Ela sorriu de igual maneira, mantendo na face a expressão pura de cordialidade, e dizendo estar feliz por ninguém ter se ferido.

A primeira missão estava concluída.

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HP: 260/275 | CH: 195/275 | ST: 00/04

Considerações:

Manipulações:

Jutsus:

Armamentos:

Observações:

Ficha de Personagem :

Lula

Genin

Dom 15 maio - 4:05

Museigen

"Eu deveria ter perguntado a ele onde ficava o acampamento antes de matá-lo", a garota lamentou-se, após três horas caminhando pela estrada. Pretendia se usar de isca para atrair novos salteadores, mas, ao que parecia, ninguém mais foi enviado além daqueles cinco.

Racionalmente falando, não poderiam ser o grupo inteiro. Mesmo se tivessem tido seus números reduzidos, ao menos uma pessoa deveria ser deixada para traz no intuito de cuidar dos materiais roubados. Claro que tudo que foi roubado já poderia estar sendo entregue a um comprador ou contratante, mas tanto ela quanto o QG achavam pouco provável que um grupo religioso tivesse se tornado mercenários de uma hora para outra.

Querendo ter uma visão melhor dos arredores, ela escalou o morro por onde a estrada contornava, tirando proveito do manto da noite para se ocultar. Quando alcançou o topo se deu conta de uma brincadeira da geografia, o ângulo a havia enganado. Não era apenas um morro oval, como havia pensado ao olhar de baixo: uma um platô. Um pouco após o topo a superfície era côncava, descendo vários metros antes de se tornar plana. O espaço comportava duzentos, talvez duzentos e trinta, metros quadrados. E, bem no centro, havia uma torre, perfeitamente escondida.

— Cê olhando o quê? — Ela ouviu, antes de apagar com uma forte pancada.

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HP: 260/275 | CH: 195/275 | ST: 00/04

Considerações:

Ficha de Personagem :

Lula

Genin

Dom 15 maio - 4:57

Museigen

De todas as sensações experienciadas pela mente humana, no que diz respeita a capacidade de assustar, nenhuma sequer se compara a impotência. Não atoa, nos melhores contos de terror os personagens são pessoas comuns, sem qualquer talento ou capacidade para se defender, e estão enfrentando uma criatura muitas vezes incorpórea, que não pode ser ferida ou sequer combatida.

A impotência lembra aos humanos quão frágeis eles são. Como uma usuária de Genjutsu, Shinzou gostava de brincar com esse sentimento dentro das pessoas. Estar do outro lado da mesa, entretanto, não era nem um pouco divertido. Julgando pela luminosidade que entrava pela janela, havia ficado inconsciente por uma ou duas horas, mais ou menos. Nesse ínterim, não tinha qualquer controle sobre a própria segurança, e só estava viva ainda por um capricho dos salteadores.
E isso a enfurecia.

— Oooooi — chamou, erguendo a voz. Estava sentada no chão contra a parede, com as mãos amarradas atrás das costas. — Tem alguém aí?

Passos, então a porta se abriu. Uma mulher, de rosto feio, adentrou a sala usando as mesmas roupas das pessoas que ela havia matado na estrada. Isso, pelo menos, confirmava que estava no lugar certo.

— Não adianta gritar por socorro, não tem ninguém que possa te ajudar a menos de cinco quilômetros.

A moça assoprou o cabelo que estava caído em seu rosto, para então sorrir.

— Na verdade, eu queria conversar — disse, em um tom debochado. — Por que não chega mais perto pra gente se conhecer melhor?

— Ah, não se preocupe. Já que está tão sozinha eu vou trazer alguém aqui que estava mesmo querendo te fazer companhia — falou, dando as costas. Três passos e então parou, com a kunai da garota atravessando seu pescoço.

Usando uma técnica básica, o Nawanuke no Jutsu, a garota se soltou das cordas e a atacou por trás sem que a outra estivesse esperando.

— Eu dispenso.

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HP: 260/275 | CH: 195/275 | ST: 00/04

Considerações:

Ficha de Personagem :

Lula

Genin

Dom 15 maio - 5:58

Museigen

O corpo da mulher caiu pesadamente no chão, fazendo o piso ranger. Do outro lado da porta Shinzou pôde ouvir as vozes e passos dos comparsas indo verificar o que havia acontecido e chamando pelo nome da outra.

A Chinoike caminhou até o fundo de sua sala-prisão, arregaçando as mangas do terno. Os idiotas nem se deram ao trabalho de tirar seus itens. Grudado aos seus pulsos estavam os pares do Vita, carregados e prontos para serem usados. Ela sorriu, e assim que a porta se abriu três sujeitos entraram, cada um carregando um tipo de arma branca diferente. A primeira – e última – coisa que eles viram foi a garota com o braço estendido apontando para eles.

— Sayonara — disparou uma nuvem de gás roxo contra o trio, que, ao primeiro contato, começou a sugar a força vital dos mesmos. Os gritos inundaram as salas e os corredores, atraindo a atenção do restante do grupo. Mas, antes que chegassem, aqueles ali já estavam mortos, e a garota usou o outro dispositivo do par para absorver a energia coletada, carregando uma carga amarela.

Com o gás anulado, ela avançou para o corredor onde encontrou mais dois adversários chegando. Sorrindo, a Chinoike ativou seu doujutsu, utilizando de suas habilidades para controlar o sangue dentro do próprio corpo para sair para fora em pequena quantidade através do ferimento que havia recebida na cabeça. Com ele moldou cinco duas esferas condensadas, que ao serem disparadas atravessariam um olho de cada, atingindo o cérebro que havia por trás.

Ela passou por eles sem dar importância, só parando ao chegar na base da torre.

— Vejo que conseguiu chegar longe, criança — havia uma mulher velha ali, usando robes de sacerdotisa. Se tivesse que apostar, era a líder do grupo. — Mas sua jornada termina aqui. Eu sou Ah Maluk Thess, Grande Sacerdotisa do Templo, a Herdeira do Grande Espírito, tida como A Mais Pura dentre...

Shinzou, calmamente, caminhou até ela e cortou sua garganta após ter paralisado seu corpo com o Genjutsu: Ketsuryūgan.

— Shiii!

Sua missão era destruir o acampamento, e não levar prisioneiros para interrogatório. Ainda assim, após ter se certificado de que não havia mais ninguém ali, ela vasculhou o local em busca de algo muito especifico. O encontrou escondido sob o assoalho do último andar da torre: um pesado livro-caixa, com vários documentos entre as páginas.

— Então você estava certo, no final das contas — sorriu, se recordando da conversa no QG antes de sair da vila. — O Presidente da Associação de Comércio, uh?

Nos registros, constava como o templo do Olho do Cosmos havia sido destruído por seguidores do jashinismo, que também os expulsaram das terras circundantes. Os sobreviventes pretendiam ir até Iwagakure pedir por ajuda, mas foram encontrados antes por agentes da Associação, que respondiam diretamente ao Presidente. Eles os convenceram que poderiam recuperar suas terras muito mais rápido se voltassem aos velhos costumes e começassem a roubar comerciantes e assim financiar armas e soldados.

"Por que roubariam de si mesmos?", ela se questionou, folheando as páginas. Até que... "Ah!"

Sorriu.

Apenas caravanas marcadas com o selo do Grupo Kentaro, uma lótus cinza sobre um lago, poderiam ser atacadas. Ela não podia dizer com cem por cento de certeza o porquê, mas apostaria em uma disputa dentro da própria Associação. Inclusive, lembra-se de ter visto a marca nas carroças que havia escoltado, o que poderia significar que foram eles que a contrataram, e não o presidente da associação – que era quem obrigava as caravanas a passar pela Rota nº7.

"Mas isso é trabalho para você, velhote", pensou, se referindo ao homem do QG que a instruiu na missão.

Olhou a sua volta, para as pilhas de mercadoria roubada. Suspirou, cansada. "Nem ferrando."
Quando voltou para a aldeia, Shinzo informou a localização do esconderijo ao QG, que então despachou um grupo para ajudar ajudar na coleta.
Após entregar o relatório com tudo que havia descoberto, sua missão estava oficialmente encerrada.

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HP: 260/275 | CH: 195/275 | ST: 00/04

Considerações: