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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 27 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
gogunnn#6051
Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
Akeido#1291
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Havilliard
Havilliard#3423
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Narrador



Durante uma madrugada o shinobi de Konoha era acordado por batidas em sua janela. O clima estava frio quando o ninja abria sua janela, tendo visto uma ave mensageira. Para ser chamado tão tarde para realizar uma missão, provavelmente se tratava de um assunto urgente.

Aparentemente uma denúncia anônima indicava que um ataque terrorista estava sendo arquitetado contra uma empresa de produção de equipamentos tecnológicos utilizados por pesquisadores e médicos. Uma equipe seria enviada ao local, enquanto o Chinoike estava encarregado de cuidar do dono da empresa. Ele estava desesperado, se protegendo no gabinete do Kage e cabia ao Monstro de Duas Caudas manter esse indivíduo calmo e seguro.

O nome dele era Fugiro Satoshi, um homem de meia idade, barriga proeminente, meio careca e com uma roupa de grife, acompanhada de diversos adornos. Ele seria encontrado do lado de dentro do gabinete, que abriu em caráter excepcional dada a natureza da situação. Um chunnin estaria escoltando o homem até a chegada do homem e então se retiraria com a chegada de Akkey, não puxando quaisquer assunto com o jinchuuriki das duas caudas.

- Meu deus! Mandaram o monstro pra cuidar de mim? Meu cacete! - O homem resmungava, mas não protestaria muito mais, dado que é o que ele tinha. Ele se faz de durão em postura, mas seria facilmente intimidado caso o shinobi reagisse de forma potencialmente ameaçadora.

O empresário explicaria a situação fosse perguntado ou não.

- Olha, uns assassinos de aluguel foram mandados para destruir a mim e à minha empresa. Eu não faço ideia de quem seria, mas o fato é que aconteceu. Recebi uma carta me dizendo que minha empresa vai explodir e eu vou morrer. Agora tu me ajuda até resolverem esse B.O. certo?

A figura claramente nervosa, tremia e suava na madrugada. Por mais que suas feições claramente indicassem reprovação em relação à escolha para sua escolta, ele acompanharia o shinobi onde quer que Kanbara considerasse como o lugar mais seguro. Ele claramente está escondendo algo, agora saber o que seria um problema a parte.

[...]

Ficassem ali, ou não, com muita atenção Kanbara poderia perceber que estavam sendo vigiados por três figuras que se moviam com agilidade acima dos telhados das casas próximas.

Considerações:

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[Missões] Mil Olhos (01/08)

Babá de Gente Grande

Três batidas em minha janela foram suficientes para que eu abrisse meus olhos. Eu não estava realmente dormindo, não havia conseguido a madrugada toda. Quando ouvi os sons de bicadas no vidro da janela do meu quarto, soube imediatamente do que se tratava — uma mensagem vinda do gabinete. O método de comunicação era comum e por algum motivo, eles insistiam em me convocar para missões sempre às madrugadas. Lentamente me levantei da cama, abri a janela e peguei a mensagem trazida pela ave, despedindo-a em seguida.
— Outra missão de escolta? — resmunguei, enquanto passeava meus olhos pelas palavras no papel. — Não podiam dar essa missão a um chunnin? Fuck... — A última escolta de que tinha lembrança não havia acabado muito bem, com Athros-sensei quase morrendo e eu perdendo o controle da Matatabi. Claro, os tempos eram outros, mas as lembranças ainda eram bem vivas.

Segundo a descrição da carta, a convocação demandava urgência, então, mesmo em meios aos resmungos, me apressei em minha ida ao gabinete. Assim que cheguei no local, fui recebido pelas ofensas nem um pouco originais do tal Fugiro Satoshi.
— Ótimo, um engomadinho metido a besta... — pensei. Eu já estava tão habituado àquele tipo de tratamento, que não esbocei reação alguma ao que fora dito pelo homem. — Boa noite! — cumprimentei. O homem não se deu ao trabalho de responder e já foi iniciando o seu monólogo. Ele parecia um tanto nervoso, mas não apenas da maneira que alguém ameaçado de morte fica, mas nervoso como alguém que tenta esconder algo.
— Eu não confio nesse homem — disse a Matatabi.
— Então somos dois — respondi. — Ele claramente não está nos contando tudo.

Conforme o homem falava, notei uma movimentação estranha do lado de fora. Tentei não reagir externamente a isto, para não alertar nem o engomadinho e nem os que estavam lá fora.
— Bem, o Hokage deve chegar a qualquer momento. Vamos andando? — falei, inclinando o rosto um pouco e soltando um sorriso simpático, obviamente forçado. — Eu conheço um lugar ideal para ficarmos enquanto a situação não melhora. Vamos, pode ir na frente. — falei, abrindo a porta e estendendo a mão para o dar passagem.

Neste meio tempo, comecei a coletar chakra natural para acessar o Modo Sábio.
— Droga, eu não esperava ter que usar um trunfo como esse tão cedo, mas esta será a melhor forma de manter a discrição — pensei. Após poucos segundos coletando o chakra da natureza e enquanto ainda caminhávamos pelos corredores do prédio do gabinete, rumo à porta da rua, acessei o Sennin Mōdo, para através do Kanchi obter mais informações sobre aqueles curiosos do lado de fora.

Conforme caminhávamos pelos corredores, assim que passássemos por algum trecho que não estivesse próximo de alguma janela — logo, dificultando quem estivesse do lado de fora de perceber o que se acontecia lá dentro — e aproveitando que o cliente estava à minha frente — logo, não vendo claramente o que eu, que estava atrás, fazia —, eu realizaria uma sequência específica de selos, deixando um jutsu defensivo engatilhado, como forma de precaução. Caso aquelas figuras misteriosas que estavam do lado de fora, sejam elas quem forem, tentassem alguma ofensiva repentina, eu utilizaria o jutsu.




3700/3700 HP  | 4000/4000 Chakra | 2000/2000 Matatabi
100/400 Chakra Natural | 250/250 Colar de Hathor | 00/09Stamina

547 palavras
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Narrador



O shinobi foi esperto. Utilizando Kanchi ele conseguiu perceber que eram cerca de 10 inimigos no total, mas apenas 3 deles estavam "dando as caras". Cada um jogou uma kunai com um fio de aço repleto papéis bomba. Uma gigantesca explosão tomou conta daquele beco, ecoando na noite e estilhaçando vidraças nas redondezas. Com a grande explosão acontecendo, na sequência dois novos adversários surgiam, totalizando 5 ao alcance dos cinco sentidos do ninja de Konoha.

Em uma ponta um deles utilizou Katon: Hibashiri, na outra Fuuton: Kamikaze. O círculo de fogo se formou em torno do cubo de chakra criado pelo Chinoike, para logo ser potencializado por um tornado de vento que somado à liberação de fogo e à explosão criou um inferno em todo o quarteirão. No entanto, nada disso era suficiente para penetrar tal defesa e logo o ninja perceberia as cinco figuras recuando. No entanto, os 10 ainda estavam nas proximidades, agrupados em dois esquadrões de cinco. Estavam a um quarteirão de distância do ninja. De alguma forma sabiam localizar o homem.

Que decisões iria tomar o guarda-costas do engomadinho? Este estava cada vez mais nervoso e tomaria um pequeno susto caso fosse encarado de pronto, após o ataque.

Armadilha 1:
Armadilha 2:
Armadilha 3:

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[Missões] Mil Olhos (02/08)

"Actually, both!"

Quando notei que o número de indivíduos era bem maior que apenas os três que havia percebido inicialmente, mudei imediatamente minha postura, pois já não era mais o momento de manter a discrição e cordialidade. Assim que saímos do gabinete e adentramos em um beco logo à frente, fomos atacados pelos ainda misteriosos adversários. Como suas presenças já haviam sido notadas por mim anteriormente, pude antecipar seus ataques e invocar minha Barreira Prismática antes de sermos atingidos.

Após aqueles cinco que tiveram a ousadia de aparecer em nosso caminho recuarem, me virei imediatamente para o Sr. Satoshi com meus intimidadores olhos carmesins já ativados e o pressionei a falar.
— Muito bem, desembucha! O que está acontecendo aqui?! O que realmente está acontecendo aqui?! — perguntei de forma enfática. Para aqueles mercenários terem a audácia de nos atacar de forma tão alarmante, dentro da Vila e perto do gabinete do Hokage, era porque a situação devia ser muito mais capciosa do que eu havia imaginado. Eu podia tentar formas alternativas de extrair a verdade daquele engomadinho, mas fazer isso com o cliente e contratante da missão provavelmente não teria uma repercussão positiva. Além disso, o homem estava tremendo mais que vara verde, então não deveria ser difícil fazê-lo falar. — Há exatamente 10 homens nos cercando neste momento. Se não quiser que morramos aqui mesmo, é melhor me contar tudo que está escondendo! — falei, como forma de "incentivo". Tudo isto falei enquanto ainda estávamos confinados dentro da Barreira Prismática, que por sinal havia resistido às investidas — mas que provavelmente não resistiria a mais um ataque. Ao invés de ficar parado no lugar esperando outro ataque, arrastaria o homem para o desvio à esquerda e ouviria o que ele tinha a dizer no caminho.

Voltar ao gabinete não parecia uma boa escolha, os nossos inimigos já haviam mostrado que não se acanhariam em fazer um ataque extravagante, então levá-los para longe do dali parecia mais sensato. Através da minha percepção estendida, notei que os mercenários estavam separados em dois esquadrões, logo, afim de evitar surpresas futuras, decidi tomar os dois caminhos: da esquerda e da direita. Antes de prosseguir pelo caminho da esquerda — como dito anteriormente —, usei meu Kekkijutsu: Jiyū no Tsubasa para projetar um par de asas sanguinolentas e em seguida criei um Clone das Sombras, desta forma o clone compartilharia dos mesmos traços que eu — dōjutsu, modo sábio e as asas de sangue.

O clone então prosseguiria pelo caminho da direita, voando acima dos prédios, a uma altura de 20m do solo e atento para usar suas asas como defesa, caso algum perigo iminente fosse percebido — seja pelos sentidos naturais, seja pelo kanchi. Enquanto isso, segui pelo caminho da esquerda — como já dito —, planando a poucos centímetros acima do solo, mas tentando não me adiantar demais, já que o homem era corpulento. No caminho, ouvi o que o homem tinha a declarar, enquanto antecipadamente tecia os mesmos selos de outrora, preparando mais uma Barreira Prismática para o caso de outro ataque surpresa e desta vez reforçando-a com chakra natural.




3650/3700 HP  | 1861/4000 Chakra | 1000/2000 Matatabi
125/400 Chakra Natural | 250/250 Colar de Hathor | 01/09Stamina

KB1: 1861/1861 Chakra | 125/125 Chakra Natural | 1000/1000 Matatabi

518 palavras
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Narrador



A paciência de Kanbara tinha limites e esse ataque foi a gota d'água, com uma curta explosão, mandou o cliente contar o que sabia e esse então cedeu:

- E-e-eu devo dinheiro a um grupo de nukenins. Eles ajudaram a financiar o investimento inicial da minha empresa. Como forma de pagar meu débito, eu precisava conseguir você como guarda costas. Eles estão interessados em você particularmente. - O covarde homem tremia como vara verde e ao revelar sua traição, pediu por misericórdia:

- Não me mate, por favor. Eu ainda sou o cliente, ainda pagarei pela proteção. Apenas garanta que não vão me fazer mal. - Implorou.

Enquanto isso acontecia o Chinoike criava um clone das sombras e o enviava em uma busca aérea. Tudo estava muito escuro, mas o Kanchi o permitia saber exatamente para onde deveria seguir. Observando a cobertura enfraquecida do prédio à direita. Caso o shinobi ou alguém pisasse ali, estaria em sérios problemas. Contudo, um ataque foi disparado na direção do clone: Uma rajada de eletricidade vinha de uma área aberta, onde o homem poderia observar o grupo de indivíduos. Um deles estava puxando um grande pergaminho e abrindo-o, enquanto um terceiro e quarto estavam prontos para defender tal indivíduo.

[...]

Indo pela esquerda com o homem desesperado, que havia acabado de dar a informação, Akkey se via obrigado a usar seu jutsu novamente, para se defender de uma grande explosão ocasionada por um conjunto de tarjas explosivas. E então ele sentiu que os diversos shinobis se aproximavam.
Um deles disparou uma torrente colossal de água e logo em seguida utilizou um jutsu de elemento relâmpago para acompanhar, mas sua intenção não era realmente ferir o ninja, era mantê-lo preso na própria técnica. Logo ele gritava:

- Agora!

Enquanto os quatro se posicionavam em uma formação quadrática, eles jogavam bombas de luz na direção do Shinobi e aparentemente iniciavam uma técnica de selamento, com um cubo negro se formando em volta do ninja e seu protegido.

[...]

Era perceptível que esses nukenins estavam fazendo de tudo para conter o ninja, caso a técnica obtivesse êxito em ser concluída, criaria um cubo negro que eletrocutaria o ninja e este seria derrotado, no entanto, caso a técnica fosse dissipada, dificilmente eles teriam chance de se defender.

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[Missões] Mil Olhos (03/08)

Papel de Trouxa

— Você o quê?! — exclamei, puxando o homem pelo colarinho. Eu estava sendo feito de trouxa desde o começo, minha vontade era de fazer aquele homem vivenciar seus piores pesadelos.
— Akkey, se acalme. Não seja o Monstro que ele espera que sejamos, não vale a pena. — disse a gata azulada. Ironicamente, ela parecia ser a parte mais sensata de mim. Suspirando fundo, larguei o homem no chão, não escondendo meu desprezo por sua pessoa.

Como esperado, aqueles mercenários haviam plantado outras armadilhas, mas assim que notei a arapuca, projetei minha Barreira Mística das Setes Cores Prismáticas ao nosso redor, esta que serviu para conter não só o dano das tarjas explosivas, como também do ataque seguinte do grupo.
— Outro yūgōjutsu?! Estes caras não são bandidos quaisquer, são mercenários de alto nível! — pensei. O fortalecimento da barreira com o chakra natural a permitiu aguentar seguramente aquele combo, mas manter-me apenas na defensiva não estava mais funcionando. Por conta disto, usei um outro jutsu de minha kekkei genkai, o qual fez surgir em minhas costas quatro longos e robustos tentáculos de sangue, porém, antes que pudesse tentar alguma ofensiva, notei pelo grito que deram e pela minha percepção expandida que eles estavam tramando algo maior.

Se eu fosse capaz de perceber ou antecipar — seja visual ou sensorialmente — as hikaridamas, fecharia meus olhos e os cobriria com as mãos, para não ser atordoado por elas. No entanto, caso não conseguisse, isto não seria um grande empecilho, pois poderia me guiar pelo Kanchi. Em seguida, usaria um jutsu derivado do estilo único e singular que havia criado para unificar duas das três principais artes ninjas: o Ningenjutsu! Uma barreira de chakra invisível a olho nu e sem necessidade alguma de selos de mão se expandiria, tendo a mim como epicentro, até alcançar aqueles cinco. Assim que entrassem no raio de ação do jutsu, os homens provavelmente se veriam amarrados por correntes e grilhões que lhes imprimiriam uma sensação aguda de dor e que aumentaria ainda mais caso tentassem resistir. Fora de seus subconscientes, eles ficariam inertes, o que deveria servir para cancelar qualquer que fosse a artimanha que pretendiam realizar.

Feito isto, me viraria para o empresário, executaria alguns selos e estenderia as mãos em sua direção. O homem — a quem propositalmente não afetei com meu ningenjutsu — talvez achasse que eu iria tentar algo contra ele, mas na verdade eu apenas ergueria ao seu redor uma barreira esférica de chakra de 3m².
— Não... saia... do lugar! — diria, enfatizando cada palavra. Desta forma eu poderia alçar voo e desfazer a barreira externa sem medo de sermos atingidos pela água eletrificada; e foi exatamente o que fiz. Após dissipar a Barreira Prismática, eu atacaria cada um dos cinco mercenários com os tentáculos da minha Manifestação Carmesim, mas ao invés de empalá-los — o que não seria muito difícil —, apenas os atacaria com pancadas na cabeça fortes o suficiente para causar-lhes uma concussão e desmaiá-los. Por mais que minha emoção dissesse para acabar com suas vidas ali mesmo, minha razão me fazia perceber que matá-los não me tornaria melhor ou diferente deles. Com os quatro membros da Manifestação Carmesim eu deveria ser capaz de atacar quase todos ao mesmo tempo, me deslocando apenas para alcançar um ou outro que estivesse fora do alcance máximo dos tentáculos.

Se através do kanchi eu percebesse que um, e somente um, deles havia conseguido se livrar da minha ilusão antes de ser desmaiado, olharia para este e lhe colocaria numa ilusão ainda mais forte, que o faria ver-se afogando-se infinitamente num mar de sangue. Por outro lado, se de alguma forma mais de um deles conseguisse se livrar do ningenjutsu, eu responderia de forma mais simples, me enclausurando em pleno ar com as minhas asas e tentáculos de sangue, como forma preventiva de defesa e aguardando para agir em seguida.

[. . .]


Há alguns metros dali, meu clone enfrentava outros desafios.

Após sobrevoar o que parecia ser outra arapuca, o bunshin se veria alvo de uma rajada elétrica. Ao invés de recuar, ele continuaria avançando e com um único movimento, sacaria sua Gunbai pelo lado direito, executaria um "corte" horizontal e a guardaria de volta pelo lado esquerdo. O movimento serviria para lançar uma rajada de fūton contra a de raiton.

Aquele grupo parecia estar preparando algo grande, talvez outro tipo de armadilha. Sem querer esperar para ver, o clone atacaria com mais brutalidade desta vez, usando a técnica característica do Clã Chinoike: o Ketsuryū Shōten. O seu sangue punçaria de debaixo da pele para fora, jorrando em grande quantidade e dando vida e forma a uma hidra titânica de sangue infuso em chakra natural. As oito serpentes atacariam numa investida única, tentando destruir quaisquer possíveis obstáculos em seu caminho e abocanhando os mercenários, incapacitando-os.

No caso de algum ataque inesperado, o clone usaria suas asas para defender-se, seja como um escudo à sua frente ou enclausurando-se com elas.




3650/3700 HP  | 1921/4000 Chakra | 1000/2000 Matatabi
175/400 Chakra Natural | 250/250 Colar de Hathor | 02/09Stamina

KB1: 1561/1861 Chakra | 025/125 Chakra Natural | 1000/1000 Matatabi

831 palavras
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[Missões] - Os mil olhos Fb514a652c053a009bbff9d4690a1c64

Narrador



Aqueles que enfrentavam o Chinoike original logo foram derrotados, desmaiando em razão do estrangulamento ocasionado por sua técnica de Ningenjutsu. Tudo havia sido resolvido naquele fronte, até que o Kanchi do shinobi revelou um novo chakra.

[...]

O clone havia criado um ataque colossal envolvendo uma hidra de sangue, após jogar uma rajada de vento na direção dos cinco. Dois conjuntos de 5 paredes de terra surgiram tentando defendê-los e apesar de atingidos, eles haviam sobrevivido. Não importava, pois o portador do pergaminho havia terminado sua tarefa. Ele invocou... uma pessoa.

Todos os nukenins decidiram tentar correr, sangrando e machucados, gritando:

- Acabou a nossa parte! Agora é com você!

Mas aparentemente do nada começaram a se debater no chão, derreter e então se tornar pó. Àquela distância não era fácil entender o que estava acontecendo, mas o Kanchi indicava a utilização do elemento fogo.

O indivíduo era uma mulher alta, loira e com uma katana na mão. Ela apontou na direção do clone que se protegia e desferiu um golpe de espada no ar. Voando os 20m de distância entre ela e o clone, a técnica que poderia ser sentida como katon atingia o local onde estava o clone. O original sentia aquela presença e precisava percorrer apenas 20 metros para ver a figura e então estaria a 16 metros de distância. Caso fosse tentar ver a mulher diretamente, o chinoike observaria todas as chamas se apagarem aos poucos e a fumaça voando em torno dela, mas uma miragem de calor continuava, assim como a sensação térmica, fazendo parecer que a assassina estava no meio de um deserto escaldante.

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[Missões] Mil Olhos (04/08)

Papel de Trouxa

No fim das contas aqueles mercenários não eram tão fortes quanto eu imaginava, eu não precisei executar nem metade das ações que havia planejado, pois bastou meu ningenjutsu para levá-los a nocaute. Com aqueles inimigos detidos, era hora de confrontar o tal Fugiro Satoshi e tentar arrancar dele alguma informação sobre toda aquela tramóia, mas algo que entrou em meu radar sensorial me faz parar e mudar de ideia.

Meu clone, que não muito distante dali enfrentava a outra metade do grupo de mercenários, conseguiu dar cabo destes com certa facilidade — embora tivesse sido preciso recorrer a uma técnica de alto nível —, mas não conseguiu impedí-los de completar o jutsu que estavam preparando, e o fruto daquele jutsu foi o que me deixou surpreso.
— Uma pessoa?! — pensei, ao sentir a presença. Mais intrigante ainda que o surgimento daquela mulher foi o que aconteceu com o que deviam ser seus capangas, que derreteram até virar pó.

Dispensando qualquer apresentação, a mulher atacou com sua espada, lançando uma poderosa rajada do que parecia ser chakra Katon a partir dela. Como forma de resposta, o clone usaria a hidra de sangue que havia invocado para atacar a mulher, o que naturalmente faria com que a criatura de sangue e chakra natural recebesse o dano em seu lugar, mas o reforço com senjutsu deveria fazê-la capaz de suplantar aquele dano e ainda prosseguir com o ataque. Após isto, a hidra seria dissipada e em menos de um segundo, eu largaria Fugiro Satoshi sozinho e iria na direção de onde estava a mulher, ficando a 16m de distância dela e apenas alguns centímetros acima do solo.

Algo sobre a aura daquela mulher me deixava com uma pulga atrás da orelha, seu jutsu parecia algum tipo de Katon, mas o calor provocado pelo mesmo era... incomum? Por precaução, decidi me afastar e ficar a 25m, junto do meu clone, enquanto já preparava outra defesa, para caso necessário.
— Quem é você? — gritaria. — E o que quer comigo? — Pelo que aquele porco barrigudo havia dito, os mercenários tinham a mim como alvo desde o início, logo, era plausível imaginar que tudo aquilo seria uma maquinação daquela mulher para chegar a mim. Mas por que?




3700/3700 HP  | 2281/4000 Chakra | 1000/2000 Matatabi
325/400 Chakra Natural | 250/250 Colar de Hathor | 03/09Stamina

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Narrador



A nukenin foi atacada pela hidra de sangue e esta logo foi dissipada antes de atingir a mulher, evaporando diante daquele calor incomum.
Através do Kanchi era perceptível que novamente uma técnica do estilo fogo foi usada logo após a hidra ter evaporado. Novamente havia Katon em torno daquela pessoa.

Questionar a nukenin sobre o que ela queria surtia algum efeito, ela não era alguém com quem não se consegue conversar:

- Olá, Matatabi. Eu vim aqui porque fui contratada por uma pessoa interessada em olhos. Não queria conversar com um clone, mas vi que ele se protege muito bem. Imagino que o mesmo ocorrerá com você. Vamos ver. Primeiro vamos tirar esses prédios e becos do caminho.

Chakra do elemento fogo se concentrou nos pés da mulher que logo começou a parecer flutuar no lugar. Novamente apenas o calor era visível, enquanto aquela moça voava e começava a se afastar. Ela estava a 50 metros do chão e 60 metros de distância de Akkey, quando diria:

- Aqui vai ser melhor de conversar. - Ela estava imediatamente acima de um prédio. O Kanchi de Kanbara indicava que pessoas estavam lá dentro. Alguns barulhos também eram audíveis, provavelmente moradores preocupados com as explosões de mais cedo.

Instantes depois ela pousaria sobre o prédio. Estando 10 metros acima das ruas e mantendo seus 60 metros - no eixo horizontal- de distância do Chinoike.
Estava claro que ela estava fazendo um prédio inteiro de refém.
Caso o chinoike se aproximasse o suficiente para dialogar, ela continuaria a falar:

- Um olho e eu deixo essas pessoas irem. O meu contratante tem uma história com o seu clã. O tataravô dele já colecionava estes. Alguma baboseira religiosa que ele acreditava que alcançaria ao ter mil olhos de chinoike. Então... Que tal?

O chakra na ninja já se concentrava no estômago, pronta para explodir aquele prédio caso o ninja fizesse algum movimento brusco.

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[Missões] Mil Olhos (05/08)

Pegadinha do Malandro

Mais uma tentativa de ataque minha havia sido frustrada pela técnica misteriosa daquela mulher tão misteriosa quanto.
— Isso é mesmo katon? — me perguntei. — Eu nem consigo enxergar, apenas sentir. Neko-san, você sabe que tipo de técnica é essa? — Eu esperava que a Matatabi pudesse me ajudar com aquilo, afinal, um ser com tanto tempo de existência e especialidade no estilo fogo talvez tivesse alguma noção do que fosse aquilo. Em seguida, diferente do que eu esperava, meus questionamentos foram respondidos com bastante franqueza.
— Ela te chamou pelo nome?! — perguntei à Matatabi. — Você sabe quem é esta mulher? — A maioria dos humanos não sabem que as Bestas com Caudas possuem nome ou personalidade, para eles, elas não passam de criaturas monstruosas de chakra. Então me surpreendia que aquela mulher nos tivesse chamado por aquele nome.

A mercenária então decolou usando aquele seu tipo peculiar de katon, chegando a uma altura que nem mesmo eu conseguia com minhas asas. E por falar nestas, conforme a mulher ganhava altitude com seu jutsu, eu perdia com o meu; isto porque o fluxo de chakra em minhas asas já estava cessando. Repetindo a sequência de selos de momentos antes, reforcei o fluxo de chakra e sangue, desta vez infundindo também chakra natural na mistura, e recuperei minha altitude, ficando na mesma altura que a mulher ficou do solo após pousar. Ela parecia já haver percebido que me atacar diretamente não surtiria efeito algum, dadas as minhas capacidades defensivas. Mas como alguém que não tem nada a perder e que seria capaz de tudo para alcançar seus objetivos, a mulher fez um prédio inteiro como refém, ameaçando a vida de todos os civis que haviam nele.
— Droga! Eu não posso atacá-la com tudo no meio da vila — pensei. Aquela mercenária parecia ter encontrado a melhor maneira de me atingir.

Ela então começou a esclarecer seus motivos para estar atrás de mim, mas eles não faziam sentido algum. Mil olhos de Chinoike? Que história era aquela? Ela parecia propensa a falar mais, então continuei dando corda. Fui me aproximando lenta e discretamente da mulher, e continuaria assim até que ela desse algum sinal de hostilidade. Enquanto me aproximava, ia conversando com a mesma, sempre encarando-a firmemente com meus olhos.
— Mil olhos, não é? Mas você não acha muito audacioso fazer um ataque bem no meio da vila? Ou ainda... você não acha muito audacioso me atacar? — perguntei, com ênfase no pronome. — Seus capangas não foram exatamente muito silenciosos, em poucos instantes este lugar estará cercado de ninjas de elite. Como pretende escapar?

Enquanto isso, quando comecei a falar, lá em baixo, meu Kage Bunshin se dissipou em uma audível e visível cortina de fumaça. Claro, isto era no que eu queria fazê-la acreditar. Nem mesmo em minha velocidade máxima eu deveria ser capaz de impedi-la de incinerar aquele prédio, então eu precisava agir não com força, mas com esperteza. Após me por na mesma altura que ela e começar a falar, bastaria aguardar pelo menor vislumbre dela em meus olhos para que eu a induzisse em um genjutsu, fazendo-a pensar que meu clone havia sido dissipado, quando na verdade este permanecia lá, se aproximando sorrateiramente por terra. Tentar envolvê-la em minha conversa também fazia parte do plano, pois ela certamente perceberia que eu estava tentando ganhar tempo e enganá-la para me aproximar mais, mas a minha verdadeira intenção era desviar sua atenção da real artimanha que estava sendo articulada.

Caso esta artimanha fosse notada e não funcionasse, eu permaneceria em negociação, buscando não agir de forma ofensiva. Por outro lado, caso funcionasse, assim que percebesse que o clone estava próximo o suficiente, eu voaria à toda velocidade contra a mulher, provocando-a para lançar seu jutsu de fogo. Enquanto isso, meu clone já estaria a postos, distando de apenas 10m dela e preparado para usar o Hanekaesu Tenohira na mercenária, cercando-a com a redoma de chakra. Desta forma, caso a mulher tentasse incinerar o prédio, seu jutsu se voltaria contra ela mesma. No fim, eu ficaria a 10m de distância — no eixo horizontal — dela, preparando mais um jutsu defensivo. Aquele seu estilo fogo peculiar ainda era desconhecido, então toda cautela seria pouco.




3675/3700 HP  | 2546/4000 Chakra | 1000/2000 Matatabi
375/400 Chakra Natural | 250/250 Colar de Hathor | 04/09Stamina

KB1: 1461/1861 Chakra | 025/125 Chakra Natural | 1000/1000 Matatabi

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Narrador



Com as perguntas do Chinoike quanto ao Katon da mulher, Matatabi demonstrou surpresa:

- Então? Você não está vendo? Droga! É um genjutsu!

A bijuu poderia livrar o ninja da técnica ilusória ou ele mesmo poderia fazê-lo, no entanto, o fato é que isso tudo serviu para Akkey estar posicionado em um local desfavorável. Não apenas seu clone estava em chamas ao se mover acidentalmente pelo chão, região ainda em chamas, como o Akkey original tinha sua visão começando a embaçar. Por isso a mulher voara tão alto antes de pousar. O fogo e a fumaça que haviam sumido ainda cedo, ainda estavam lá. Não só a técnica os ocultava, como ocultava a sensação de cansaço e sufocamento gerada pela fumaça, além da dor de estar queimando. Caso o genjutsu fosse desfeito, o ninja perceberia estar cercado de fumaça por todos os lados e o clone, se quer sabia que estava queimando até a morte.

Tudo estava indo de mal a pior. Não bastasse isso, a mulher dizia:

- Bem. Não vai ser difícil sair daqui. Ainda não me disse o que prefere: Os olhos ou os civis? Minha paciência é grande, mas não ilimitada.

Caso o Chinoike saísse da técnica, a nukenin não notaria de imediato, mas se ele não conseguisse conter a vontade de tossir e saísse do meio da fumaça, estava claro que ele estava fora da técnica, podendo colocar o prédio de civis em risco. Por outro lado, continuar ali o colocava em uma situação desvantajosa demais.
Visto que seu plano estava frustrado graças às circunstâncias facilitadas pela ilusão, de alguma forma deveria continuar em negociação, no primeiro movimento suspeito Katon: Gōka Messhitsu seria usado no prédio e em seguida a nukenin avançaria para combate corpo-a-corpo.

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[Missões] Mil Olhos (06/08)

...

— Um genjutsu?! — exclamei mentalmente. — Se você havia percebido isso, porque não me avisou logo?
— Ei, a culpa não é minha! — respondeu a felina. — Você se diz um especialista em genjutsus, mas não consegue nem perceber uma ilusão trivial dessas? Você é a vergonha da profissão... — Por mais que doesse admitir, a gata azulada estava certa e aquilo me deixava um pouco envergonhado. — Eu vou libertar você dessa ilusão. — disse a bijuu.
— Calma, não faça isso! — interrompi. — Precisamos agir com cautela! Assim que a ilusão for quebrada, ela provavelmente notará. Além disso, minha visão está começando a ficar embaçada, meu palpite é que há chamas, ou ao menos fumaça, ao nosso redor. Precisamos agir rápido e em sincronia. — Conhecendo muito bem as capacidades de genjutsus de inibirem até mesmo a nocicepção e com base nos efeitos negativos que já conseguia perceber em minha acuidade visual, supus o que seria aquele fogo "invisível". O que mais me preocupava, além do prédio de civis feitos de reféns, era a possibilidade de eu já estar sofrendo com os danos das queimaduras sem nem perceber.

A mulher havia dado seu ultimato e a execução da sentença estava próxima.
— Tudo bem... — falei, suspirando fundo. — Você quer meus olhos? Então tome-os! — proclamei, encarando-a de forma penetrante. Quando eu dissesse isto, a mulher já deveria estar sob efeito do meu ningenjutsu, pois eu o havia utilizado há segundos atrás, no momento que suspirei. — Agora! — exclamei. Este era o sinal para a Matatabi realizar a quebra da ilusão. A disrupção no meu fluxo de chakra deveria me permitir recobrar a consciência sobre o que acontecia ao meu redor e mesmo que agora estivesse sentindo o preço de ter respirado toda aquela fumaça, me esforçaria para aproveitar aquela becha de tempo e atacar a mulher diretamente no abdômen com um Senpō — Fūton: Rasengan.

Embora poderoso, aquele ataque não devia ser suficiente para encerrá-la de vez, mas a minha real intenção era apenas de afastá-la daquele prédio e livrar aqueles civis. A distância entre nós era curta e a janela de tempo, mínima. Mesmo que a mercenária conseguisse quebrar a minha ilusão rapidamente, isto provavelmente não a livraria de estar vulnerável ao meu ataque. Porém, independente de conseguir ou não se livrar do genjutsu, aquela nukenin teria que lidar com algo muito mais real que qualquer ilusão.
— Veja só... o estrago... que fez! — diria, irritado com a destruição que a mulher havia causado na vila só pra chegar a mim — mas com dificuldade no falar, devido a dor no peito e respiração árdua. Quando a atacasse, assim que me aproximasse o suficiente, lhe imporia toda corrupção e energia negativa do Monte dos Mortos, mesclado com o peso da fúria que eu sentia pelo que ela havia feito à Vila e intensificado pela opressão do poder massivo da besta que havia em mim, imputando na mulher um forte sentimento de depressão e medo excessivo da morte.

Caso conseguisse afastar a mulher de cima daquele prédio, eu — que já sentia os efeitos negativos pela inalação de fumaça — dissiparia meu clone que estava lá em baixo, ainda perdido no meio das chamas, e avançaria para onde quer que a mulher tivesse parado após meu ataque.
— Você deseja tanto assim meus olhos? Deseja tanto o poder deles? Pois bem, então eu lhe darei! — Dito isto, eu tentaria aplicar nela um genjutsu que a faria ver Mil Olhos de Chinoike, mil Ketsuryūgans encarando-a de todos os lados, que mesclado com o Sakki de segundos antes, deveria lhe causar uma forte sensação de terror psicológico, além de uma intensa vertigem e dor de cabeça aguda que afetariam seus sentidos.

Para alguém hábil na arte das ilusões, perceber aquele genjutsu e se livrar dele não deveria demorar mais que segundos, mas a verdadeira artimanha estava na segunda ilusão aplicada sobre a primeira. Caso ela realmente fosse hábil o suficiente para estilhaçar aquela realidade alternativa, se veria de volta ao campo de batalha, comigo já à sua espreita, preparado para tentar atacá-la de frente com outro Fūton: Rasengan. Aquilo, claro, não passava de uma simples ilusão, pois eu estava há 18m dela, atacando-a a distância, pelas laterais, com meia dúzia de estacas pontiagudas feitas do meu próprio sangue e imbuídas em chakra natural.

Apesar do combo poderoso que esbanjava as capacidades da kekkei genkai do Clã Chinoike, não deixei de me precaver e engatilhar outra defesa, para caso necessário.




2749/3700 HP  | 3604/4000 Chakra | 1900/2000 Matatabi
324/400 Chakra Natural | 250/250 Colar de Hathor | 05/09Stamina

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Após pensar em uma ótima estratégia, o jinchuuriki e sua bijuu agiram em conjunto, procurando uma brecha aberta em um instante, o ninja atacou.
No entanto, algo ruim aconteceu. Com seu instante de vantagem, o ninja escolheu atacar com um rasengan do estilo vento, contra uma exímia usuária de Katon, no momento em que seu ataque estava em curso, e ao livrar-se do genjutsu revelou-se uma armadura de fogo em volta da mulher. Lembrando-se do momento em que ela foi atacada, o Chinoike recapitularia que a atacou quando ela foi invocada e algo a defendeu, foi com seu braço na barriga dela que ele entendeu o que era.

O impacto das técnicas causou uma gigantesca onda de calor. A esfera espiral se expandiu, mas agora em chamas. Com o choque de jutsus chegando ao fim, o Chinoike estava de joelhos sobre o prédio, seu braço direito completamente queimado e a nukenin estava de pé, mas afastada. Ela não tinha certeza do impacto que Kanbara buscava causar, então recuou no momento do impacto. E com isso um milagre aconteceu, forçando-se a agir apesar da dor no peito e agora no braço direito, o shinobi criou uma combinação de genjutsus que fez com que a mulher fosse pega por duas manipulações de sangue. A primeira foi apenas poderosa o suficiente para criar aberturas na armadura de fogo, mas a segunda a atingiu distraída, perfurando seu pescoço.

A mulher não havia sido derrotada, mas com uma estaca de sangue que atravessara sua garganta, logo morreria. Como um último ato em prol de seu objetivo, ela realizava 1 selo, ativando as chamas inextinguíveis do purgatório. No momento em que foi atacada pelo rasengan, aproveitando a oportunidade, a mulher colocou uma tarja, similar à explosiva, mas que servia para implantar a técnica. A mulher sangrava em profusão, mas o shinobi estava em chamas, nesse momento, era uma batalha de vontades.

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[Missões] Mil Olhos (07/08)

Tá Pegando Fogo, Bixo!

Talvez ter sido pego em um genjutsu tenha sido tão humilhante para mim, que me fez perder o senso do que fazia por um momento. Eu ataquei aquela exímia usuária de Katon com um jutsu Fūton e o resultado não podia ser outro; ao colidir com aquela camada de fogo, a esfera do estilo vento se expandiu numa enorme onde de calor. "Que combinação interessante!", eu pensaria, se não estivesse mais preocupado com a dor de ter meu braço direito completamente queimado. Apesar disto, não freei minha investida e continuei explorando a abertura dada pela nukenin, o que me permitiu acertá-la com um golpe fatal.

— Acabou — eu pensei. Mas aquela mulher já tinha se provado por diversas vezes uma adversária singular, então eu devia imaginar que ela tentaria mais alguma artimanha. Sem entender como ou quando, tive meu corpo incendiado por um jutsu que eu nem tinha visto de onde viera. Minha primeira intenção foi a de usar algum jutsu suiton para tentar extinguir as chamas, mas com meu braço direito completamente comprometido, eu não conseguiria executar selos de mão. Sendo assim, usei o único recurso que parecia poder me ajudar naquela hora. Encarando a mulher em estado terminal, tentaria pô-la num genjutsu — o mais forte que conseguisse — para obrigá-la a desfazer a técnica. No palácio de sua mente, a mulher não teria sido atingida pelas minhas lanças de sangue, ao invés disso, teria desviado no último segundo, mas algo em seu jutsu haveria dado errado e por isso, seu braço estaria em chamas. Não parecia haver muito mais que eu pudesse fazer e eu apenas esperava que ela conseguisse cancelar a técnica antes de desfalecer.

— Deixe-me te ajudar — disse a Matatabi, preocupada. O chakra da gata então se espalhou pelo meu corpo, me fazendo assumir uma forma quadrúpede bestial, uma das manifestações do poder da felina que eu já havia dominado e que me forneceria uma resistência a mais. Se tudo desse errado, isso deveria me permitir suportar por pelo menos mais alguns minutos até encontrar ajuda.




2544/3700 HP  | 4000/4000 Chakra | 1400/2000 Matatabi
400/400 Chakra Natural | 250/250 Colar de Hathor | 06/09Stamina

344 palavras
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Narrador



A mulher cairia no genjutsu por um único instante. O melhor a fazer teria sido diretamente obrigá-la a fazer o que Kanbara queria, afinal, genjutsus são capazes de controlar as ações do alvo. Tentar convencê-la de que havia se queimado com a própria técnica mesmo sem saber como esta funcionava foi uma aposta grande demais. Como consequência seu corpo continuava a queimar e a resistência conferida pela besta de duas caudas não era poderosa o suficiente para defender completamente aquelas chamas. No entanto, algo fez sessar o efeito. Com o restante do chakra natural que tinha, o shinobi pôde notar que o fluxo de chakra da nukenin estava sofrendo de um distúrbio. Ela estava em um genjutsu, mas não o dele.
Com isso, ela fez sessar as chamas. O motivo era simples: Provavelmente seu contratante a obrigou a fazer isso, dado o fato de que o Ketsuryuugan não poderia ser perdido e a caçadora morreria com sua presa no meio do território de Konoha.

Com isso, o ninja também notava seus reforços chegando. Sua adversária seguia cuspindo sangue e com um olhar preocupado, foi absorvida como se por um buraco negro no ar e sumiu em uma explosão de fumaça branca: "Invocação reversa", era o pensamento que ocorria. Se ela foi invocada até Konoha, poderia ser invocada para fora. Provavelmente foi isso que aconteceu.

Assim sendo, ao Chinoike restava explicar o que acontecera no local do combate, além de toda aquela destruição, uma vez que reforços chegaram ao local. Após isso, poderia ir conseguir tratamento e retornar para casa.

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[Missões] Mil Olhos (08/08)

Morri, mas passo bem!

Num primeiro instante meu genjutsu pareceu não funcionar, talvez por ela já esperar que eu tentasse algo do tipo, ou talvez pela ilusão não ter sido convincente o suficiente. Diversas possibilidades começaram a passar pela minha cabeça; desde ir ao hospital pedir ajuda médica — o que seria a escolha mais lógica — a ir ao gabinete pedir ajuda de Kaden — que seria a escolha mais rápida, visto que estava há poucos metros de lá. Mas no fim, nada disso foi necessário, pois as chamas cessaram.
— Meu genjutsu funcionou?! — pensei. — Não, definitivamente não foi isso. Mas... — havia algo de estranho com a mulher. Através do Kanchi, pude notar que seu fluxo de chakra estava de fato alterado, tal como ocorre com uma vítima de genjutsu. No entanto, eu tinha certeza de que minha ilusão não havia sido efetiva. Logo, quem a tinha posto naquele genjutsu? A pergunta dificilmente seria respondida, pois a mulher, que apesar de seu estado, se recusava a sucumbir, sumiu da mesma forma que apareceu. — Gyaku Kuchiyose... — murmurei.

Como o fogo havia cessado, encerrei também a minha transformação, voltando ao meu estado normal, mas caído no chão, aos frangalhos, por conta dos danos sofridos em combate. Assim que os reforços chegaram, expliquei tudo que havia acontecido. De prontidão, fui levado ao hospital de Konoha, onde fiquei insone por um dia inteiro. E em todo esse período, não conseguia parar de pensar naquela mulher, em suas técnicas e especialmente em seu objetivo.

— Mil Olhos de Chinoike...




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Situação: Aprovado
Considerações: O tópico foi aberto em período de quinzena do UP e consequentemente tem recompensas dobradas. No entanto, com o inimigo vulnerável, você encerrou seu turno apenas buscando se salvar, então perdeu a oportunidade de matá-la/capturá-la/interrogá-la. Resultando em fama e RY levemente reduzidos.
Recompensas: 2x missões Rank B - 400.000 RY, +2 FP, +100 status.
2x missões Rank A - 1.800.000 RY, +2 FP, +150 status, +2 databook.
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