[Sharingan nv3 + Shukaku]O Colecionador e a Besta da Areia!

”Então chegou o dia de dizer a Tobirama o que eu sei... Revelei detalhes sobre a profecia da qual ele próprio faz parte, como eu mesmo já lhes contei em um capítulo anterior.

Inicialmente Tobirama Uchiha rejeitou a minha verdade, se negando a acreditar que um oráculo teria conhecimentos sobre o futuro. A descrença era natural, mas sabemos que todos os pontos se encaixavam perfeitamente. O assassinato do monge, a invasão daquele “homem" e o próprio Tobirama Uchiha. Todas as peças estavam na mesa, e com alguns minutos de conversa o nosso garoto começou a me ouvir com mais atenção. Afinal, o próprio rapaz testemunhou à vista plena o poder do inimigo. Sagara Uchiha me deu a credibilidade que faltava, confirmando as suas análises feitas através do Jagan. E a verdade era uma só: estávamos cercados pelo inimigo, e as nossas defesas não aguentariam mais do que alguns dias.

Sobre o que estávamos enfrentando, eu acabei por contar o pouco que descobri em minhas pesquisas...

O inimigo é chamado de O Colecionador. Um monstro terrível que um dia foi um homem, mas a própria Maldição do Ódio dos Uchihas o corrompeu até o nível mais baixo. Um dia chamado de Uchiha Rukawa, ele passou por todos os sofrimentos que o mundo ninja é capaz de proporcionar. Rukawa colecionou memórias tristes, dores vicerais e testemunhou a maldade dos homens mais cruéis. Apenas por carregar o sangue Uchiha, ele viu seus entes queridos serem assassinados de forma brutal, para logo em seguida viver em um amargo cárcere, feito um rato de laboratório para servir ao conhecimento de homens ambiciosos. Rukawa foi torturado, estudado e escravizado por seus raptores, para no final ser morto e descartado como se nada fosse.

Os registros contam que o ódio de Rukawa impediu a sua alma de seguir o curso natural, ficando preso a este mundo até o seu espírito enlouquecer. Ele desejava vingança, mesmo morto, e a vingança ele perseguiu até encontrar um caminho para voltar. Rukawa foi enganado por uma entidade maligna conhecida como Baal, um nome que muitos tremem ao pronunciar. O Escuro, como muitos o conhecem, é o pai da mentira, um vil corruptor do coração dos homens. O pobre Rukawa representava para ele mais um de seus passatempos, um novo brinquedo que ele poderia usar para ferir os vivos e agredir a luz.

Baal permitiu que Rukawa voltasse à “vida". Metade homem, metade espectro, ele vagou por este mundo até encontrar a sua vingança. Todos aqueles que o feriram foram mortos violentamente, mas um espírito inquieto como aquele não conheceria a paz na imortalidade. O Colecionador transbordou a sua vingança para outros, para todos aqueles que cruzavam o seu caminho. Ele desenvolveu uma enorme sede por poder, principalmente quando descobriu que podia se alimentar da alma de suas vítimas. Rukawa recebeu a alcunha de Colecionador por esta razão. É dito que aquela abominação já “colecionou" mais de mil almas de ninjas poderosos, podendo inclusive usar os poderes de cada uma delas.

Nos últimos anos o Colecionador reapareceu coletando almas em ritmo acelerado, mas o que mais chamou a atenção é que a sua busca incansável por poder foi direcionada a detentores de técnicas, poderes e artefatos lendários do mundo ninja. Muitas das nossas investigações apontam que as suas ações são muitos semelhantes a de devotos que no passado tentaram, literalmente, abrir as portas do inferno. Suspeitamos que o seu objetivo é permitir a entrada de Baal no mundo terreno, trazendo consigo legiões de demônios para auxilia-lo na conquista do mundo dos homens.

A sua perseguição ao Monte Myoboku não me surpreende, pois aqui temos o que talvez pode ser a chave para atingir este objetivo maquiavélico. Rukawa é um inimigo que não podemos derrotar sozinhos, por isso apenas o afastamos temporariamente com um Kinjutsu, contudo, essa última linha de defesa se enfraquece a cada dia que passa e dificilmente conseguiremos mantê-la por mais tempo. Ele irá nos atacar novamente e não há nada que possamos fazer.

Tobirama se encaixa na profecia como uma faca de dois gumes. Do nosso lado, Tobirama poderia ser a chave para a vitória. Mas caindo nas mãos inimigas, aquele rapaz pode ser o trunfo final para que o Escuro atinja seus objetivos.”
[Fukasaku, o Sábio do Monte Myoboku]

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”Quando você se depara com um inimigo como o Colecionador, normalmente você não sobrevive para contar a história. Bem, como uma rara exceção... eu sobrevivi a esse encontro. E foi este um dos motivos pelo qual Fukasaku me escolheu para treinar o jovem Tobirama. Muitos anos atrás eu cruzei o caminho daquela aberração e quase fiz parte de sua coleção. Ele farejou o cheiro de sangue, de morte, e todo o ódio que nutria o Mangekyou Sharingan que um dia me pertenceu. O meu Sharingan era semelhante ao de Tobirama, tanto que quase posso sentir o mesmo cheiro... a afinidade é a mesma, um doujutsu que florescerá com habilidades de Espaço-Tempo.

O Colecionador não acumula apenas almas, mas também poderes. Suas vítimas não conhecem o inferno ou o paraíso, pois ficam aprisionadas dentro dele para serem usadas como ferramentas. Por isso ele me queria, pelos meus olhos. Eu só escapei daquele monstro devido às qualidades do Sharingan, e só me livrei dele quando finalmente os arranquei da minha face. Para escapar da sua vingança e proteger aqueles que amo, eu simplesmente desapareci. No meu exílio eu pude desenvolver o Jagan, um doujutsu artificial em órbitas vazias, mas com poderes programados para sobreviver a um inimigo como aquele. A Matrix que eu criei é além de tudo um refúgio, uma forma continuar fugindo daquele monstro.

Entretanto, a Dimensão criada pelo Jagan possui falhas que me impedem de derrota-lo de forma definitiva, uma vez que ele pode simplesmente reviver no inferno e transitar livremente por entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos. Apenas com um Sharingan verdadeiro seria possível banir O Colecionador para longe deste mundo, de forma definitiva. E é ai que Tobirama entra. Havia um risco enorme em amadurecer precocemente o Sharingan do rapaz, mas naquela atual situação era a única alternativa possível.

Sem tempo para perder, naquele dia os Sapos do Monte Myoboku abandonaram o Kinjutsu protetor, pois não adiantava mais alimenta-lo com chakra, uma vez que inevitavelmente ele iria se desfazer. Seus dias estavam contados. Ao invés disso, todos eles me alimentaram com uma enorme quantidade de Chakra, o suficiente para que eu pudesse viajar para a Matrix novamente, levando Tobirama e Fukusaku comigo para mais uma longa temporada de treinamento. Com o chakra extra seria possível permanecer lá por mais tempo, sem que aquilo nos custasse mais energia vital que o necessário. Voltariamos antes da proteção desabar, já com Tobirama pronto para lutar. Era tudo ou nada!”
[Sagara Uchiha, o Mestre Cego]

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”O treinamento começou bem, com Sagara programando a Matrix para que possamos permanecer por um ano inteiro sem grandes consequências. O chakra doado pelos Sapos foi vital para conseguir este feito. O desenvolvimento de Tobirama evoluía progressivamente, com seu Sharingan de nível 2 atingindo o ápice das habilidades e, com bastante tempo para evoluir, era possível prepara-lo de forma prudente para despertar o terceiro nível.

O que não contávamos era que no terceiro mês, aquela dimensão ilusória traria consigo o maior de nossos pesadelos...

Sagara sentia-se mal sem nenhuma explicação, tomado por tonturas e uma fraqueza incapacitante. Cogitamos anular a Matrix e retornar rapidamente para o Monte Myoboku, mas Sagara resistia e exigia a continuidade do treinamento. Eu percebi que aquilo não era normal, e minhas suspeitas se confirmaram quando sentimos o primeiro tremor. Paredes ilusórias tremulavam como em um terremoto, causando falhas na programação e alterando o ambiente de forma desordenada. O caos tomou conta daquela dimensão. Sagara gritava de dor e desespero, como se algo estivesse o afetando internamente. E estava...

Quando uma marca negra surgiu no centro da testa do Mestre Cego, o ambiente inteiro se tornou um deserto de areia e uma horripilante gargalhada pôde ser ouvida por todos os lados. Sagara agonizava em um sofrimento indescritível, até que finalmente perdeu a consciência e desmaiou. A Matrix pareceu se estabilizar naquele ambiente arenoso, indicando que outra pessoa ou “coisa" tinha assumido o controle da dimensão. Era ele... O Colecionador aparecia diante de nós.

Como uma figura saída de um filme de terror, aquela figura pálida e assombrosa caminhou até nós. Um sorriso de satisfação estava estampado em sua face, ostentando o brilho de deus Mangekyou Sharingan. Tobirama se preparou para o combate, mas quando ameaçou avançar, um novo tremou nos acometeu. As dunas de areia se ergueram revelando um monstro colossal que eu conhecia bem... Shukaku.”
[Fukasaku, o Sábio do Monte Myoboku]

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“Ahhh o Monte Myoboku... que lugar incrível! ótima hospitalidade! tão magnífico que mal posso esperar para retornar... Aquele lugar guarda segredos que devem ser revelados a mim, nem que para isso eu precise matar cada uma daquelas criaturas adoráveis. Tão fofinhas! Como Fukasaku já contou para vocês, eu sou o tal Colecionador... Buhhh! Hahahah! detesto esse apelido, mas se faz você tremer então está tudo bem, pois eu estou aqui para tocar seus corações(e arranca-los!). Se desesperem perante a mim, pois eu estou chegando!
...

Aquele Kinjutsu dos sapos foi bastante incômodo ao longo dos meses. Eu esperei pelo lado de fora do Monte Myoboku até que aquela barreira desmoronasse, mas o tempo foi passando e ela continuou de pé. Busquei algumas formas de enfraquece-la e até obtive algum sucesso nisso, e como ansioso que sou, continuei tentando e esperando alguma brecha para entrar. Impacientemente, devo dizer. Bastante puto, sendo mais claro ainda.

Felizmente para mim, não demorou muito para aqueles vermes cavarem a própria cova... Quando o Kinjutsu se enfraqueceu, os sapinhos se juntaram para reforçar a defesa com o seu chakra. Imagine a cena patética... dezenas de anfíbios desesperados, doando o pouco chakra que tem para manter de pé uma barreira fadada ao fracasso hahahah! Foi justamente aí que eles se ferraram.

Com o meu Mangekyou Sharingan, eu consegui ler todas aquelas assinaturas de chakra e localizei a mais vulnerável delas. Foi a oportunidade perfeita para estrear mais um item da minha “coleção”, a bijuu da areia... Shukaku! Unindo o útil ao agradável, eu comandei aquela criatura para “infectar” o chakra de um sapinho com um Juinjutsu bastante discreto. Com aquela marca, o sapinho estava sob o meu controle! E assim eu pude espiona-los por bastante tempo, além de tomar conhecimento sobre o que eles estavam fazendo com a ajuda de Uchiha Sagara. Aquele pé no saco!

Eu pude ver que os sapos contavam com o auxilio daquela criança... aquele que me viu matar o monge, Tobirama Uchiha era o seu nome. Eu o poupei naquele dia, pois eu tenho planos para ele, para os seus olhos... por isso eu o coloquei na minha lista e fui embora, apenas para pega-lo depois. É ridículo eles pensarem em treinar Tobirama para me enfrentar, chega a ser engraçado, mas por via das dúvidas lá estava eu para frustrar os seus planos imbecis.

Quando os Sapos doaram chakra para Sagara, no intuito de ajuda-lo a viajar novamente pela Matrix, foi a oportunidade perfeita para transmitir o Juinjutsu do sapinho para o maldito cego. Infelizmente o Juinjutsu não é forte o suficiente para dominar a mente de um homem como aquele, mas foi possível criar um vínculo através da sua mente para que eu tivesse acesso à Matrix. Bem, mais ou menos, na verdade eu apenas consegui enviar o progenitor do Juinjutsu, o Shukaku.

Com o Shukaku dentro da Matrix, eu controlei aquela besta remotamente através do Mangekyou Sharingan, e após analisar a estrutura daquela magnífica técnica eu pude trabalhar em seus “códigos”. No final daquele trabalho, a Matrix estava sob o controle da minha criatura fofinha de areia, e indiretamente sob o meu controle. Devido à falta de prática, eu não pude alterar os algoritmos com a mesma maestria que Sagara o faz, mas tive habilidade suficiente para transformar a dimensão em um deserto infinito e também transmitir a minha imagem hologramada, só para manter o respeito!

Agora eles estavam encurralados contra o meu animalzinho de guerra. O que eles poderiam fazer? Chorar? Implorar? Hahahaha!

Eu ate poderia poupá-los, mas em troca Fukusaku teria que me entregar o que eu preciso. Eu quero dois ingressos para o Monte Myoboku, um para mim e outro para o guaxinim de Areia. Pode ser? AH! Eu também quero o Cálice de Ametista que aqueles sapos guardam a sete chaves. Com aquele artefato eu poderia abrir um grande portal e finalmente unificar duas grandes civilizações: A civilização dos humanos e o Estado democrático de direito do quinto dos infernos! Tudo pelo progresso, é óbvio... Baal e meus amigos estão anciosos para passarem férias aqui no mundo dos vivos, tadinhos... Estou pedindo demais?!?”
[Uchiha Rukawa, O Colecionador]

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"Estávamos diante do inimigo, com Sagara caído e o ambiente tomado por um deserto escaldante. O choque pelo repentino encontro afetou os meus ânimos, quase me paralisando por alguns momentos. O desespero inicial amenizou quando Fukasaku me alertou que aquele não era o Colecionador de verdade, mas sim uma mera imagem do mesmo. O monstro de areia, no entanto... este era bastante real.

Não tivemos muito tempo para as explicações sobre a Bijuu, mas era obvio que o perigo era enorme, uma vez que a batalha seria em um campo coberto pelo elemento que compõe a besta. Sendo ele um manipulador de areia, a sua vantagem era clara e mortal. Os olhos da criatura estampavam dois Sharingans incomuns, muito parecidos com os do meu pai, indicando que o monstro era controlado telepaticamente pelo verdadeiro inimigo... Uchiha Rukawa.

Fomos atacados violentamente por manifestações arenosas de proporções gigantescas. Estava difícil esquivar e mais difícil ainda de contra atacar, pois o demônio fazia todo o ambiente se mover para defende-lo numa velocidade absurda. Sem esperanças de vencer o combate pela força, Fukasaku correu até o corpo de Sagara e, através de um pergaminho, ele ergueu uma barreira poderosa e os trancou em uma defesa de chakra. O Ancião tentava acorda-lo sem sucesso, mas insistia na tentativa pois sabia que sem Sagara não iriamos sobreviver.

Enquanto isso eu tentava me safar como podia, me movendo rapidamente para longe e buscando alguma brecha na defesa do monstro. O Colecionador ria e zombava de nós, confiante de que estávamos acabados. Sem esperanças de vencer naquela situação, eu resolvi tentar algo novo: mordi o meu polegar direito e tentei o jutsu de invocação. Sem sucesso, no entanto. Era como se não fosse possível que as invocações adentrassem na dimensão sem a permissão de seu controlador. Mas eu sabia que eu precisava fazer aquilo funcionar de alguma forma.

Rapidamente eu corri e saltei para trás da barreira criada por Fukasaku, escolhendo confiar em sua cobertura para me manter a salvo por algum tempo. Este tempo me permitiu coletar energia natural o suficiente para entrar em modo sábio. Foi aí que percebi que, mesmo sendo uma dimensão criada pelo Jagan, aquele mundo fantástico também era composto de energia natural além do Chakra do seu conjurador. Era óbvio! Apenas o chakra de um indivíduo não seria capaz de dar origem à uma técnica como aquela, com elementos naturais tão reais e um bioma independente.

Percebi que o Shukaku não tinha controle sobre a energia natural, e com minha habilidade sensorial eu fui notando que o ambiente controlado por ele perdia força, ficando instável em alguns pontos. Mesmo sendo uma besta de chakra, ela não conseguiria se manter no controle da dimensão indefinidamente. Então eu tentei ganhar tempo o máximo que pude e observei o deserto diminuindo progressivamente até sobrar apenas o mundo criado por Sagara.

Com a Matrix retornando ao seu estado original, Uchiha Sagara finalmente acordou, como esperado. Ainda debilitado, ele apenas sorriu e acenou positivamente, usando o pouco de energia que tinha para literalmente desaparecer à vista plena. Uma atitude inteligente, pois agora não precisaríamos nos preocupar em protege-lo. Fukasaku desfazia a barreira e se juntava a mim na batalha. Sua intenção era me ajudar a conter a criatura até que Sagara estivesse pronto para voltar. Mas agora a minha intenção não era mais fugir... eu queria vencer aquela besta!

O demônio da areia condensou uma enorme quantidade de energia em sua boca, mas antes que pudesse conclui-la eu saltei por cima da criatura e comprovei o que Sagara tinha feito antes de se esconder: ele havia me passado o controle! Dessa forma, demandei uma enorme quantidade de Chakra e invoquei, ainda no ar, o grandioso Gamabunta. O enorme sapo caiu sobre o pescoço de Shukaku, fincando sua espada nas costas da besta. Ela urrou de dor, mas logo se desvencilhou do combate corpo a corpo e nos afastou com um poderoso Futon, jogando-nos para longe.

Com a Matrix sob meu controle, mesmo sem as habilidades necessárias para manipula-la, eu podia trazer ajuda através do jutsu de invocação e também podia coletar energia natural com maior eficiência. O Colecionador percebeu que estava em desvantagem e decidiu fazer algo arriscado... ele liberou o Shukaku de seu controle mental, permitindo que a criatura lutasse agora com todo o seu potencial. Posso lhes dizer que a batalha naquele ponto se tornou ainda mais difícil, uma vez que o demônio da areia agora atacava e se defendia com uma maestria impecável. Era um adversário formidável, capaz obrigar Gamabunta e Fukusaku a recuarem. Estávamos muito perto de sermos obliterados pelo adversário e o desespero aumentou quando a voz de Sagara ecoou dos céus, nos avisando que a Matrix iria se desfazer em pouco tempo e que todos nós retornaríamos em breve ao Monte Myoboku, inclusive a Bijuu.

Gamabunta investiu contra o monstro e iniciou um combate agarrado, imobilizando-o temporariamente. Enquanto isso Fukasaku atacava o monstro repetidas vezes com seu Senpō: Kawazu Naki, fazendo com que Shukaku não conseguisse mover nenhum músculo. O velho sapo ativou o seu Senjutsu e me agarrou pelo punho em um rápido movimento, me levando para perto da besta.

Fukasaku olhou nos meus olhos e me pediu perdão, me pedindo para confiar nele mais uma vez. Inicialmente eu não entendi, mas logo as coisas ficariam bastante claras... Naquele instante um portal se abriu no céu, revelando Uchiha Sagara... ainda bastante debilitado pelo Juinjutsu, Sagara aterrissou bem próximo de nós e sugou uma boa parte do chakra de Fukasaku para usar a sua última cartada: Tekko Fuin. O jutsu de selamento fez Shukaku se transformar em uma enorme massa de Chakra e ser sugado imediatamente para o meu peito, originando uma marca de Jinchuuriki como nas histórias que Fukasaku me contava sobre Naruto Uzumaki.

A dor que senti foi incalculável, sendo impossível ficar de pé. Dobrei os joelhos e sentia que não iria aguentar, que ali seria o meu fim... mas eu resisti, bravamente eu aguentei e respirei fundo, passei pelo sofrimento, aceitando aquela nova condição e juntando forças para manter a consciência. Ao final do ritual meus olhos rubros adquiriram a Terceira Tomoe, amadurecidos perante a maior batalha que ja travei.

O Colecionador rosnou para nós, com sua ilusão me olhando fixamente nos olhos sem dizer uma palavra. E nem precisava dizer... eu sabia... sabia muito bem que a partir daquele dia eu havia me tornado um alvo. Eu tomei algo da sua coleção, o Ichibi no Shukaku era meu, e agora Rukawa viria atrás de mim.

Pois venha... eu estarei lhe esperando!"
[Tobirama Uchiha, Jounin de Konoha]

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@Aprovado, excelente escrita e narrativa.