[Missão Rank C] — O início da busca

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Lollipoppy

Chūnin

[Missão Rank C] — O início da busca URkFDZ9

7/8/2020, 00:09

Narrador: Lollipoppy

Óculos

@Kurorochn

É estranho de se pensar, nesse universo tão grande, de inimagináveis quilômetros e quilômetros, que poderíamos passar milhões de anos viajando na velocidade da luz e não chegaríamos até ao fim do universo. Porque? Porque isso existe?

Uma grande explosão, dizem, ocorreu a bilhões de anos atrás, sendo que toda a matéria do universo estava compactada em míseros milímetros quadrados, questão talvez de átomos, e simplesmente... Explodiu? Podemos aceitar isso? Sim, até que podemos, mas o que formou esses milímetros, quem formou, porque isso existe? Natureza? Deus? Universo? Alguém? Alguém... Me ajude. Eu não entendo.

E do mesmo jeito que o universo surgiu, a existência de cada ser humano vivo começou. Em um acasalamento que nove meses depois gera frutos, e o que esses frutos fariam? Porque eles surgiriam? Apenas imposto para eles um sonoro “viva”, que muitas vezes terá adicionado um “sobre” antes do “viva”, sem motivos, com motivos, eu não sei. Apenas mestro um simples RPG na Internet, não sou Deus...

E se tivermos algum motivo para nossa existência? E se tudo nessa vida, mesmo sem respostas descobertas, tivesse um motivo ligado que daria não somente um motivo, mas um sentido para a nossa existência? Quem sabe... Talvez, não ter motivos para existir, seja um motivo para existir.

Tantas e tantas perguntas. Dilemas que não ficam somente em um ou outro ser, mas em vários, dos mais importantes, e até daqueles que poucos notam, como um rapagão de uma vila oculta no mundo shinobi. Qual é o nome dele? Você não sabe? Oh, eu sei, se chama... Kuroro, somente Kuroro.

Naquela manhã de Amegakure no Sato, o dia estava típico, aquela leve chuva, que parecia de Deus chorando, estava caindo lentamente pela região. Aonde Kuroro estava? Apenas ele poderia responder essa pergunta, mas teria um fato que era verdade absoluta.

Bem ali, ao seu lado, estava um pequenino sapo, que olhava para o homem tatuado, e em sua língua estava um pergaminho. Caso Kuroro tivesse vontade de pegar aquele babado pergaminho, veria que teria ume mensagem para ele.

Bom dia,

Vá urgentemente para a academia ninja de Amegakure! Kyouza-sensei está querendo sua ajuda!

Joah.

Apenas isso, era uma missão. Caso o menino decidisse ir até a academia, levaria poucos minutos, entre ruas desertas entre os grandiosos prédios de Amegakure, e chegaria até a academia.

Uma mulher, baixa de pele clara com um bronze. Com cabelos castanhos de fios lisos e encaracolados nas pontas, tendo olhos amendoados e um sinal próximo ao lábio, sendo do lado esquerdo do rosto. Estava trajada de um grande jaleco branco, e por dentro do jaleco tinha roupas normais negras. Ela estava quase que na posição do cachorrinho, tateando o chão procurando algo. O chão estaria com vários papeis esparramados. E atrás da mulher teria óculos de armação branca.

— Aonde eles estão?!

Ela falaria enquanto estava tateando o chão.

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Post 1/3

awful

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Kurorochn

Genin

[Missão Rank C] — O início da busca 100x100

7/8/2020, 14:23

Mais uma manhã em Amegakure. Os céus, como sempre, chuvosos. Meu rosto estava apontado para aquelas nuvens, sentindo a água me tocar a pele. Estava agaixado, evitando tocar a bunda no chão e acabar molhando as calças mais do que seria necessário. Os olhos dourados encaravam aquela imensidão, contemplando o vazio da minha existência. Um sorriso estava formado em meu rosto. Não era forçado. Não era falso. Mas ainda era vazio. Não transmitia nada. Ninguém estava por perto. Somente eu, minha solidão e um sapo aproveitávamos aquele clima, em cima de um prédio abandonado longe do centro da vila.

Espera, um sapo?

Meu sorriso se desfazia, dando lugar a uma expressão confusa. O sapo me encarava e retribuí o olhar por alguns instantes. Ele abria a boca, revelando um pequeno pergaminho. Aparentemente destinado a mim. Hesitante, levei minha mão em sua direção. Peguei o pergaminho pegajoso de sua boca e fiz uma expressão de nojo. Segurando-o com a ponta dos dedos, o abri e li seu conteúdo. Uma missão. Suspirei. Meu momento havia sozinho tinha acabado. Levantei, fazendo alguns alongamentos. -Bom, vamos lá...

Sem pressa, desci do prédio. Olhava ao redor. Tudo estava bem calmo. As ruas vazias, as edificações que pareciam tocar os céus. Um dia habitual na vila da chuva. Coloquei meu capuz, mesmo que agora já fosse meio tarde para me proteger da chuva. Passei a mão sobre meu rosto, tirando o excesso da água e jogando para os lados. Coloquei as mãos nos bolsos e fui para a academia, o destino de minha missão. Ainda não sabia os detalhes dela mas esperava que fosse rápida.

Não demorei muito a chegar no local e vi aquela moça no chão, procurando por alguma coisa. Cercada por papéis, sentia que não era exatamente aquilo que ela buscava. Percebi então aquele item atrás dela. "Talvez seja isso...". Pegaria aquele óculos e sorrateiramente me aproximaria dela, tocando-lhe o ombro direito caso fosse possível. -Com licença... - Diria, enquanto levantaria o óculos, oferecendo-o a ela - Por acaso você teria perdido isso? - Daria a ela aquele mesmo sorriso de mais cedo. Simpático mas nada caloroso. Sem emoções reais. Sem demonstrar algo real para ela.

-Então... - Diria, conseguindo ou não entregar o item para ela. -... Fui chamado para uma missão aqui. Você poderia me ajudar a encontrar quem me chamou...? - Concluiria, me abaixando para tentar ajudar a juntar os papéis que estavam jogados no chão.

Spoiler:

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Lollipoppy

Chūnin

10/8/2020, 20:40

Narrador: Lollipoppy

Academia

@Kurorochn

A mulher tateava o chão e nem percebera a presença de Kuroro. Apenas notou quando seu ombro fora tocado.

— NÃO TENHO DINHEIRO, SOU UMA POBRE PROFESSORA DO ESTADO!

A mulher levou um susto, demorou alguns segundos até perceber que não era um ladrão que estava tentando assalta-la, mas era um... Bom, ela não conseguia ver, porém entendia que era algum bom samaritano quando o mesmo citou se aquilo era dela.

— AH, isso é meu!

Pegou o óculos e colocou para puro estranhamento. O que avistara foi um jovem, tatuado, não que tivessem tatuagens no corpo do jovem, era mais que tinha um corpo no meio daquelas tatuagens. Membro de Yakuza, membro de façcão? Poderia ser, só que seus preconceitos acabaram quando ele mencionou que fora convocado para ajudar a academia.

— AH, MAS É CLARO! — Ela não conseguia disfarçar sua vergonha. — Kuroro, o que irá me ajudar! Sou Kyouza, prazer! Estendia a mão para o jovem. Bom, é simples, apenas lidar com as crianças no recreio, dar uma olhada nelas e depois arrumar a bagunça... Simples, não é?

Ela falava com um sorriso simpático. E mostraria a academia, era bem simples, um grande corredor que continha várias salas, um refeitório na direita, a diretoria na esquerda e lá nos fundos um espaço amplo para treinos e recreios. Estaria tudo vazio, até que soaria um alarme e várias crianças correriam por todos os cantos, jogando super trunfo e beyblade com tampinhas de detergente.

Tudo tranquilo até que um grito viria lá do espaço amplo.

— NÃO TENHO DINHEIRO NÃO!

Caso Kuroro fosse lá observar ele veria uma cena super estranha. Um menino alto, deveria ter oito anos estava chorando com medo enquanto um outro menino de também de oito anos o encarava. Já o resto estavam estranhamente levantando e abaixando os punhos todos sincronizados. Se isso não fosse um RPG de Naruto, seria um RPG de King of Fighters 2002.

O pequenino já começaria a correr para cima do mais alto. Altas confusões, será que o ajudante da academia poderia resolver essa briga?

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Post 2/3

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Kurorochn

Genin

11/8/2020, 00:18

"Bom, minhas habilidades de esconder minha presença parecem boas..." pensei, não conseguindo esconder meu constrangimento diante da reação da moça. Ela me encarava, agora enxergando graças aos óculos que acabava de devolver. As tatuagens, marcas de minha família, atraiam demais a atenção. Por um instante, meus olhos encararam o nada. Lembranças de um passado distante, com aquelas pessoas que me eram queridas ainda vivas, invadiram minha mente. Despertei de minha ilusão depois de alguns instantes. Hesitante, levei minha mão em direção a dela, que já estava estendida para mim. Completaria assim o cumprimento.

Atentamente ouvi as instruções dela, olhando aquelas salas e lembrando da minha época de estudante. Um sutil sorriso se formava em minha face. O alarme tocava e aquelas crianças saíam como se estivessem livres da prisão. Brincavam e se divertiam. Eu suspirava, aproveitando a visão daqueles seres se divertindo. Até ouvir o grito. Me virei, vendo aquela cena no mínimo estranha. "Aquele garoto alto... conseguiria facilmente se livrar do tampinha. O que está acontecendo...?".

Quando o menor avançava em direção ao mais alto, não hesitei. Por mais que não me importasse tanto com isso, ainda estava em missão. Não podia deixar as crianças fazerem o que quisessem. Avancei em minha velocidade máxima (10m/s). Tentaria me posicionar entre as duas crianças, procurando um ângulo que não perdesse nenhuma das duas do campo de visão. Temia que o maior aproveitasse minha interferência para atacar o menor.

Por enquanto, focaria a atenção no atacante. Caso ele viesse com algum ataque físico, colocaria a mão direita na frente para tentar parar seu golpe, seguido de um movimento com a mão esquerda tentando segurar seu pulso para imobilizar aquele membro completamente. Não tinha tanta força mas esperava que o tanto que tinha fosse o suficiente para impedir uma criancinha. Se ele estivesse com uma arma, pularia o movimento da mão direita, indo direto para a tentativa de imobilizar o pulso da criança. Se tudo desse certo, encararia a criança, com o olhar tão frio quanto um iceberg. - Com licença... o que está acontecendo? Perguntaria, seco para o atacante, tentando não só entender a situação como também intimidá-lo.

Caso depois de tudo isso as crianças se afastassem, me certificaria que elas não estariam mais olhando, colocaria as mãos sobre as coxas e respiraria bem fundo. "Eu posso me mover rápido mas meu corpo não aguenta minha velocidade, que triste...". Os sinais de cansaço já estariam aparecendo depois de minhas peripécias, mas não podia demonstrar isso depois do que fora feito ou perderia o respeito dos pivetes.

Spoiler:

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Lollipoppy

Chūnin

11/8/2020, 13:13

Narrador: Lollipoppy

Solidão

@Kurorochn

Assim que Kuroro viu, disparou. Não deixaria nada ocorrer naquele recinto. A criança mais baixa nem conseguiu chegar na mais alta, assim que estava no meio do caminho um jovem alto tatuado apareceu.

Ele parou. Ficou com medo? Claramente a criança ficou, não era todo dia que aparecia um homem perigoso, mesmo assim a criança voltou sua ofensiva, tentando um soco em Kuroro com a mão esquerda, mas em vão. O jovem, utilizando de sua mão direita, parou o soco, e com sua outra mão agarrou o pulso do menino.

— INJUSTO! — A criança gritava agonizando, realmente era injusto uma criança contra um ninja, mas era a criança que estava errada, e o mundo, muitas vezes era injutso.

A pergunta que Kuroro fez, deu mais medo ainda, e fez com que o baixinho saísse correndo, clamando vingança. Pois é, a nova geração tá que tá...

— VOCÊ NÃO PODE FICAR ASSIM, NÃO É TODO DIA QUE TEM ALGUÉM PRA TE DEFENDER, SUNG! — Um grito de longe viria, era de uma menininha, de cabelos escarlates, e com um vestidinho bege. Ela se aproximava deles.

— O-obrigado, moço-kun! Você me salvou! A culpa é minha de não ser forte!

O alto então agradecia. Realmente era o destino que tinha ajudado ele nessa vez, mas ele deveria ser forte para proteger a si mesmo e não preocupar quem gosta dele.

Então o recreio acabou, todas as crianças voltaram para as salas entristecidas, deixando somente o jovem ali, só e com um pouco de lixo para cuidar. Tinha lixo no corredor, e no espaço amplo, o resto estaria limpo. Bastava ele cuidar das coisas simples e ver se poderia já partir.

No final do corredor, estaria Kyouza, e estranhamente, ela estava tateando o chão nas mesmas condições de antes, procurando algo que claramente era seus óculos que estavam na frente dela a trinta centímetros, porém, ela não enxergava.

— Aonde eles estão?! Todo dia isso! — Reclamava.

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Post 3/3

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Kurorochn

Genin

13/8/2020, 01:39

A criança temeu minha presença. Tudo de acordo com o plano. Ela ainda tentava me atacar sem sucesso. Minha força (E anos a mais de experiência) se mostraram maiores que as dele. Eu não gostava de ser violento com seres mais fracos, mas não tinha escolha. O imobilizei com facilidade. A criança fugia depois do breve combate. Vi o garoto alto chorando e uma garota de cabelos vermelhos se aproximando. Parecia que ela queria cuidar dele. Não entendi muito bem.

O garoto alto agradecia. Cocei a cabeça, meio sem jeito. Só dei um sorriso meio vazio para ele. - Eu só fiz meu trabalho.... Quando ele disse sobre não ser forte, meu sorriso se desfez. Meus olhos estavam direcionados a ele, mas não o viam. Só enxergavam o passado. A culpa me corroía. Assim como ele precisou que alguém o protegesse, naquele dia eu era o protegido. Não tinha nada para dizer para aquela criança que pudesse confortá-la. Afinal, eu também não sabia o que fazer. Eu evoluí daquela época para cá? Se encontrasse aquele homem de olhos avermelhados conseguiria enfrentá-lo? Ou precisaria de ajuda tal qual esse garoto precisou?

As crianças voltavam para a sala e eu despertava de meus devaneios. Kyouza, a moça de mais cedo, estava no final do corredor. "De novo...?" pensei, observando aquela cena levemente confuso. Me aproximei de novo. Pegaria o óculos do chão e tentaria entregar a ela, de novo tocando seu ombro para lhe chamar a atenção (E torcendo para que ela não acabasse se assustando de novo).

Conseguindo, me viraria para onde tinha vindo. Procuraria alguma vassoura e uma pá. Caso não encontrasse, perguntaria para a moça onde achar os itens. Tendo eles em mãos, iniciaria o processo de limpeza: Juntaria o lixo deixado pelas crianças na pá e jogaria em alguma lixeira próxima.

Caso concluísse o trabalho, perguntaria para a moça de cabelos castanhos o que mais poderia fazer (Se ainda tivesse algo).

Spoiler:

Ficha de Personagem :

Gestão de Fichas :

Lollipoppy

Chūnin

13/8/2020, 13:12

Narrador: Lollipoppy

Obrigada

@Kurorochn

E de novo ocorria. Era estranho para Kuroro, mas para aquela simples professora, até que era a coisa mais comum da vida, e novamente o jovem entregou os óculos, tocando mais uma vez pelo ombro.

— MEU FILHO QUE SUSTO! — É... Chegar do nada era complicado. — Ah, ah, obrigada! — Ela agradecia colocando os óculos, sua vista que estava forçada agora estava normal. — Ah. Sabe... — Ela tentou dizer algo, mas Kuroro se foi.

O jovem fora terminar seu serviço, e não demorou muito. Questionar sobre os itens de limpeza agilizou as etapas, em vinte minutinhos ele já tinha terminado tudo. Só restando voltar e perguntar o que mais poderia fazer.

— Um trabalho perfeito! Não tem mais nada a se fazer, só ir para a tesouraria receber o pagamento. Agradeço pela ajuda! Foi importante!

E com isso, os trabalhos estavam terminados, para aquela que fora a primeira missão de Kuroro, algo até que simples, mas era o primeiro passo para uma vida de tentativas de se encontrar.

* * *

Mestragem Finalizada!

E com isso, finalizamos. Agora basta fazer as mudanças em Gestão de Ficha e Bancos. Fora bem curto, queria explorar mais coisas, porém, é complicado em três turnos. Enfim, espero que tenha sido proveitoso. Gostei de sua narração, bem interessante! Boa sorte na sua jornada!

Missão:

Post FIM!

awful

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