[Graduação] Prepare-se para Encrenca!

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[Graduação] Prepare-se para Encrenca!
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LastJoke

Tokubetsu Jonin

[Graduação] Prepare-se para Encrenca! W1d991V

Qui 16 Jul - 1:06

@WyAlves

Encrenca em Dobro!

Era noite e nevava muito em toda a vila. Uma nevasca como aquela era algo raro, mesmo no auge do inverno. O frio era extremo e as ruas estavam desertas; todos abrigados para tentar se proteger da fúria da mãe natureza. Contudo, caminhando como se recusasse sentir qualquer frio, um shinobi de vestes negras seguiu correndo até onde Akihito chamava de residência e entregou um pergaminho na mão do menino, então partiu, sem proferir uma palavra sequer. O jovem genin poderia até não saber, mas aquele era um ninja carteiro; um dos poucos mensageiros oficiais de sua vila, encarregado especificamente por aquele tipo de tarefa, mesmo em situações tão extremas quanto em uma nevasca, quando um simples pássaro mensageiro não seria o suficiente.

No pergaminho estava a seguinte mensagem:

Pergaminho escreveu:Missão de Emergência
Convocação para todos os shinobis da vila! Acabamos de receber diversas mensagens de que cerca de uma hora atrás, logo após a tempestade de neve ter início, diversas das crianças da vila foram sequestradas de suas casas por homens mascarados. Os rastros vão em direção as montanhas geladas do sul da vila. A tarefa de vocês é reunir o máximo de informações possível e trazê-las de volta. Em uma situação extrema, priorizem a segurança das crianças. Mas, caso seja possível, reportem o máximo de informações descobertas possível antes de tomar ações drásticas. Devemos agir rápido, pois cada segundo conta!

Boa sorte!

Uma situação extrema.

—X—

OFF: Narre o que decidiu fazer.

Considerações:
1. Dúvidas? Críticas? Reclamações? Só chamar no Discord ou mandar MP.
2. Não irei tentar estender a trama além do necessário, mas o sucesso e a conclusão dependem de você.
3. Posto todos os dias à tarde ou durante a madrugada.

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Akihito

Tokubetsu Jonin

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Qui 16 Jul - 9:51

Quest: O Caminho do Chūnin (01/10)

Entrando numa fria!

A noite era fria na Vila Oculta do Som. Em situações normais, mesmo com o clima gélido, eu provavelmente estaria deitado sobre o telhado de minha casa, lendo um livro, ou refletindo sobre qualquer outro assunto — como eu costumava fazer quase todas as noites. Hoje, porém, isso não seria possível. Uma nunca dantes vista nevasca impregnou toda Otogakure, fazendo com que na Vila do Som pairasse um grande silêncio. Os únicos barulhos que se podiam ouvir eram os do uivar dos fortes ventos que corriam pelas ruas da vila e das ritmadas batidas que estes ventos proferiam contra as janelas das casas. Como não podia estar lá fora, me sentei à mesa da sala de estar e me pus a ler um de meus livros, enquanto bebia uma aconchegante xícara de café. Minha leitura, entretanto, foi interrompida por batidas não tão ritmadas como as anteriores. Alguém estava à porta.

Me perguntava quem poderia ser, considerando a hora e a situação climática. Quando abri a porta, me deparei com uma figura desconhecida, toda encapuzada em negro, que sem proferir uma palavra ou cumprimento, me entregou um pergaminho e saiu correndo. A priori, não entendi nada do que havia se passado, mas quando olhei para o pergaminho e reconheci o selo usado em notas oficiais do Som, compreendi que se tratava de uma mensagem.

Fechei a porta e sem se quer me virar ou sair do lugar, abri o pergaminho e fiz uma rápida análise de suas palavras.
— Crianças sequestradas e homens mascarados? — me indaguei, imaginando se aquilo teria algo a ver com os cultistas que haviam tomado o subterrâneo de Oto, conforme havia descoberto em uma de minhas últimas missões.
A carta exigia urgência, então não perdi mais tempo com teorias e devaneios e desci ao andar subterrâneo de minha casa — onde a temperatura era bem mais agradável —, peguei meus equipamentos ninja, coloquei minhas vestes que costumava usar em missões e me preparei para sair. No entanto, antes de partir, terminei aquela porção de café e deixei a xícara vazia em cima da mesa, com um papel preso abaixo de sua base. Aquele pedaço de papel continha uma mensagem para meu pai, que estava dormindo. Nela estavam os seguintes dizeres:
— Pai, saí em missão, mas volto logo. Beijos, Akkey!

Sem mais empecilhos, parti em direção ao local indicado na carta. Meu cachecol de uso constante me proporcionava um certo alívio contra aquele clima frio. No caminho, continuei pensando sobre algumas coisas:
— A convocação foi endereçada a todos os shinobis da vila... Será que encontrarei algum conhecido lá?

——X——

426 palavras

900/900 || 950/950 || 00/04

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Tokubetsu Jonin

Qui 16 Jul - 22:55

@WyAlves

Desafios

Após analisar a mensagem no pergaminho, o jovem Chinoike se armou com os equipamentos habituais e saiu para o frio ar invernal. Ele seguia na direção indicada, acreditando que logo teria a sorte de encontrar alguma pista. Contudo, tão logo saiu para fora de sua casa, compreendeu seu equívoco. A nevasca. Essa condição climática específica era favorável aos seus alvos, pois escondia qualquer possível rastro em questão de poucos minutos. Mesmo o próprio Akihito, caso parasse por um momento na neve, veria as pegadas atrás de si serem rapidamente cobertas pela neve que caía incessante com os fortes ventos uivantes.

Ainda assim, após cerca de uma hora de viagem o rapaz chegou até a base das montanhas ao sul. Agora ele tinha duas opções: Tentar encontrar um modo de subir caminhando, como uma trilha ou possível caverna, caso tivesse sorte, ou se arriscar escalando. Pelo que o pergaminho indicava, a base dos inimigos ficava naquela região montanhosa, mas dependia do rapaz desenvolver um método de rastreamento eficiente, mesmo naquela nevasca tão intensa, que viesse a aumentar suas chances de encontrar e resgatar as crianças.

—X—

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Akihito

Tokubetsu Jonin

Sex 17 Jul - 0:09

Quest: O Caminho do Chūnin (02/10)

Should I Stay or Should I Go?

A situação climática era extremamente desfavorável. Não bastasse o clima desagradável, a neve também dificultava a detecção de quaisquer rastros ou pistas. Durante todo o percurso em direção às montanhas ao sul, não me encontrei com nenhum aliado aparente, o que me fez duvidar de que os demais reforços convocados na carta de fato chegariam.
Após uma longa hora de viagem, finalmente cheguei ao pé da cadeia de montanhas.

Chegando lá, olhei para cima, tentando visualizar o cume da montanha. A visibilidade de pontos distantes não era das melhores — por conta da nevasca —, mas eu conseguia ver o suficiente para saber que uma escalada não seria fácil. Poder chegar diretamente ao topo sem ter que vaguear pelo interior da montanha me pouparia bastante tempo, mas também seria muito arriscado. Apesar disso, não descartei essa possibilidade de imediato.
Eu então fechei meus olhos e respirei fundo, deixando escapar um hálito gélido. Eu estava tentando sentir a força do vento, enquanto bolava alguma estratégia.

Depois de analisar os possíveis caminhos, percebi que não podia me precipitar tomando qualquer decisão que fosse com tão pouca informação. Sendo assim, comecei tentando compensar minhas dificuldades de rastreamento naquele ambiente, com uma técnica que me permitiria "enxergar" além dos meus sentidos naturais. Após uma rápida sequência de selos, ainda de olhos fechados, pude sentir uma esfera de chakra se expandindo ao meu redor. Conforme esta crescia, eu conseguia perceber com riqueza de detalhes aquilo que me circundava. Passados alguns segundos, aquela barreira de detecção com formato esférico alcançara seu tamanho máximo desejado, estendendo-se ao longo 30 metros para todos os lados, tendo a mim como epicentro.

Se com aquele jutsu eu conseguisse detectar algum humano nos interiores da montanha, partiria furtivamente nessa direção. A nevasca deveria ajudar no encobrimento de meus rastros, assim como de meu cheiro e barulhos naturais — imaginava.
No entanto, caso não encontrasse ninguém, ou ainda encontrasse alguém, porém, mais próximo do topo da montanha, minhas ações seguintes dependeriam totalmente das condições climáticas, em especial, da força dos ventos.
Se os ventos estivessem brandos ou moderados, eu poderia criar uma ave com o meu Pergaminho da Super Besta para sobrevoar a montanha, mantendo-me sempre rente a esta, pois, caso a ave se desfizesse, poderia saltar e me agarrar em algum ponto, ao invés de simplesmente cair no abismo.
Do contrário, caso os ventos não estivessem propícios para voo, optaria por seguir meu caminho a pé, buscando seguir alguma trilha ou caverna, caso encontrasse alguma.

——X——

413 palavras

900/900 || 882/950 || 01/04

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Tokubetsu Jonin

Sex 17 Jul - 0:40

@WyAlves

Caminhos

Após chegar a base da montanha, ao se deparar com a dificuldade para encontrar quaisquer rastros que fossem naquela terrível nevasca, o jovem Chinoike decidiu abordar o problema de uma maneira diferente. Não especificamente por um ângulo diferente; mas por todos os ângulos possíveis de uma só vez. O sentido especial da barreira de detecção se ampliou por longos trinta metros, fazendo com que o rapaz tivesse uma perspectiva diferente do cenário ao seu redor.

Ele não detectou nenhuma movimentação de qualquer ser vivo; mas de um morto. Um cadaver à esquerda, cerca de vinte metros na diagonal, descia lentamente a encosta da montanha, oculto junto a um pequeno deslizamento de neve. Se estivesse dependendo apenas de seus sentidos normais, o rapaz jamais teria sequer notado a movimentação da neve, que era bastante normal durante aquele tipo de clima, quanto mais que havia um corpo no meio da neve que descia a parede rochosa.

Caso decidisse averiguar quando o corpo chegasse ao solo, Akihito não levaria muito tempo para retirar o corpo da neve. Se tratava de um shinobi de sua vila, estava morto, mas sem marcas de luta ou ferimentos aparentes. Como se tivesse simplesmente parado de respirar. O corpo estava gelado, é claro, mas não havia sinais recentes de congelamento das extremidades, o que indicava que ele havia falecido a menos de uma hora. Talvez até cerca de vinte minutos atrás. Olhando para cima, na direção que o corpo caiu, mesmo com a barreira de detecção o rapaz não conseguia sentir nada de diferente.

O corpo não tinha quaisquer equipamentos ou itens, além das roupas normais. Algo bastante estranho.

—X—

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Akihito

Tokubetsu Jonin

Sex 17 Jul - 1:52

Quest: O Caminho do Chūnin (03/10)

"Fuyukai-desu!"

Após alguns segundos de concentração, consegui captar um movimento estranho com minha barreira sensorial. Não só havia detectado uma pessoa, mas também percebi que essa estava soterrada sobre o que parecia ser um recente deslizamento de neve. Após gravar bem o local onde percebi o acontecido, desativei minha barreira, evitando fadigar-me tão cedo, e parti com cautela naquela direção. Tentei ocultar-me em meios às arvores e enconstas, até chegar em uma distância que me permitisse ter uma visão clara da situação.

Ao chegar próximo do local, vi uma mão, imóvel, saltando de um montinho de neve. Dando uma rápida olhada ao redor para certificar-me de que não havia ninguém, corri em direção àquele monte de neve, no qual — para meu desgosto — encontrei um corpo. Com cuidado, limpei a neve que o cercava. Sua bandana o identificava como um ninja do Som. Eu não o conhecia, mas lamentei por ter perdido um colega shinobi.

Dei uma rápida verificada no corpo, tentando achar algo que fosse útil, mas não encontrei nada demais. Nada mesmo. Nem se quer sinais de luta ou agressão. O estado em que seu corpo se encontrava indicava uma morte recente. Por conta de meus conhecimentos acerca da anatomia humana, eu sabia muito bem como um corpo desagasalhado reagia à exposição a baixas temperaturas, por isso pude deduzir que sua morte havia ocorrido há poucos instantes.
— Será que ele era o reforço? — murmurei.

Após dizer isso, entretanto, me dei conta de algo que até então não havia notado. Se ele era mesmo um ninja, onde estavam seus equipamentos? Um shinobi, mesmo os de mais baixo nível, certamente não viria em missão tão despreparado, ainda mais com aquela nevasca.
Aquela missão estava tomando um rumo cada vez mais desagradável.
— Fuyukai-desu!

Depois de enterrar propriamente aquele corpo e fazer uma breve presse por sua alma, decidi seguir pelo caminho de onde ele provavelmente viera. Se ele caiu — ou foi lançado — daquele ponto da montanha há tão pouco tempo, talvez eu ainda encontrasse alguém lá. Não sabia se esse encontro seria a melhor escolha, mas as opções viáveis eram poucas.

Com um rápido movimento, saquei de minha bolsa um pergaminho e um pincel. A tinta que eu usava não havia congelado, pois ela ficava guardada em um recipiente específico, dentro do próprio rolo do pergaminho. Após alguns rabiscos e em seguida um único selo de mão, fiz surgir daquelas páginas um falcão.

A ave que eu acabara de criar era limitada, não sendo tão rápida quanto eu conseguiria fazer — caso quisesse—, mas isso foi proposital. Eu pretendia subir pela encosta da montanha bem lentamente, evitando turbulências, além de me manter próximo de um terreno sólido, para um eventual pouso de emergência.

Montei na ave e fui subindo a montanha, imaginando o que veria a seguir.

——X——

467 palavras

900/900 || 931/950 || 00/04

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Tokubetsu Jonin

Sex 17 Jul - 4:14

@WyAlves

Ventos Cortantes

Após analisar o cadáver por alguns minutos, o rapaz optou por seguir a única pista que possuía em mãos, ao invés de continuar sem rumo por aquelas bandas. A final, já que ninguém sabia qual era o real propósito dos sequestradores, as crianças poderiam estar em grave perigo. Sem perder tempo Akihito criou um pássaro de tinta e montou sobre as costas do animal, então começou sua rápida subida próximo a lateral da grande montanha. E quanto mais alto eles iam, mais fortes os ventos se tornavam.

Após alguns minutos de subida, quando já estavam a cerca de cinquenta ou sessenta metros do solo, os ventos se tornaram tão violentos que o pássaro já não conseguia controlar com precisão suficiente o seu avanço, de forma que ele acabou se chocando contra a parede e se auto-destruindo. Por estar atento e pronto, Chinoike não caiu muito, sendo capaz de se agarrar na encosta com relativa facilidade. Além disso, olhando alguns metros para cima, cerca de quinze, ele foi capaz de avisar algo semelhante a entrada de uma caverna, mas parcialmente oculta pela neve.

Será que foi dali que o cadáver despencou em direção ao solo?

—X—

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Akihito

Tokubetsu Jonin

Sex 17 Jul - 23:37

Quest: O Caminho do Chūnin (04/10)

Going Down The Rabbit Hole

O começo da subida pela encosta da montanha foi tranquilo. Depois de alguns minutos à bordo do falcão de tinta, eu já havia alcançado uma altura considerável, ao ponto de nem mesmo conseguir enxergar o chão de onde alcei voo. A essa altura, mesmo sendo lento e cauteloso, manter a estabilidade de meus movimentos era um desafio, pois, conforme subia, mais bravios tornavam-se os ventos.

Olhando para cima com os olhos apertados — para tentar compensar a pouca visibilidade —, pude notar uma entrada naquela subida ingrime da montanha. — Uma caverna? — decidi continuar subindo para averiguar.
De repente, antes que pudesse chegar lá, uma rajada de vento ainda mais forte do que as anteriores me lançou contra a parede. Por conta do choque, a ave na qual eu estava montado se desfez, largando-me ali, sem sustentação. Com um rápido movimento, porém, consegui me agarrar em um ponto firme da encosta, me livrando da terrível queda.
— Droga! No fim das contas, terei que escalar... — pensei.

Eu sabia que a escalada não seria fácil, principalmente por conta da neve que cobria a montanha. Pensando nisso, focalizei uma boa quantia de charka em minhas mãos e pés, pois dessa forma não só conseguiria uma boa fixação naquela superfície, como também usaria o calor natural do meu chakra para sobrepujar as espessas camadas de neve, que poderiam me fazer escorregar com facilidade.

Após alguns metros de subida, consegui chegar ao local que havia avistado anteriormente. De fato, era a entrada de uma caverna, mas ela estava encoberta pela neve.
— Será que houve um deslizamento? — pensei, relacionando toda aquela neve com o corpo soterrado que havia encontrado lá em baixo. Isso explicaria a ausência de sinais de luta, mas ainda deixava um questionamento sobre o porquê dele estar despido de qualquer equipamento.

Sabendo disso, não descartei a possibilidade dele ter sido lançado de lá por alguém, e logo reativei minha barreira de detecção. Com toda cautela, entrei na caverna, sem ainda saber o que me aguardava...

——X——

331 palavras

900/900 || 882/950 || 01/04

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Tokubetsu Jonin

Sáb 18 Jul - 4:50

@WyAlves

Desventuras em Série

Com grande esforço e engenhosidade, o rapaz conseguiu chegar à caverna e decidiu por adentrar no local. O lugar era grande o suficiente para passar uma carroça inteira sem problemas, mas a iluminação era quase nula. Ainda assim o genin não pareceu se incomodar com isso e continuou seguindo na mais absoluta escuridão, valendo-se apenas de seu Kekkai para que pudesse se orientar. Contudo, o Kekkai servia unicamente para detectar alvos, mesmo se eles estivessem na mais completa escuridão ou até invisíveis. O que não se aplicava para as rochas que formavam aquela caverna. Infelizmente, não demorou muito para que o rapaz descobrisse as dificuldades da vida de um cego.

O jovem Chinoike bateu o dedinho. Bateu o dedão. Deu um chute em uma rocha tão pesada que pareceu que tinha quebrado o pé. Caiu. Bateu a cabeça. Enfiou o pé em um buraco com uma gosma suspeita e grudenta. Mas após muito seguir pela caverna, e depois de vários percalços durante o trajeto, ele finalmente viu luz no fim do túnel. Seguindo mais adiante, graças ao sentido extra do Kekkai, mesmo ainda estando oculto, ele pode notar com clareza a presença de cerca de vinte e duas crianças e dois adultos. Nenhum deles sabia da presença de Akihito ainda, o que lhe dava o elemento surpresa.

HP -10%

—X—

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Akihito

Tokubetsu Jonin

Sáb 18 Jul - 16:24

Quest: O Caminho do Chūnin (05/10)

O Início do Confronto

A iluminação dentro da caverna era extremamente precária. Eu não tinha muitas opções para criar fontes de luz sem que simplesmente denunciasse minha posição, então decidi continuar andando às escuras, confiando apenas no meu Kekkai: Tengai Hōjin. Tanta inteligência parecia não fazer diferença agora, pois vaguear naquela escuridão foi uma escolha definitivamente estúpida. Eu acabei machucando-me de diversas maneiras, esbarrei em várias rochas e até mesmo bati a cabeça, o que me deixou desnorteado por alguns segundos.

Depois que me recompus, pude enfim perceber uma luz no fim do túnel — literalmente. Seguindo adiante, dessa vez com mais cautela, pude sentir a presença de uma pessoa, depois duas, em seguida três. Por fim, entendi que se tratavam de 24 pessoas, sendo 22 crianças e 2 adultos. Não me restava dúvida, eu havia os encontrado!
Minha prioridade agora seria nocautear aquelas duas pessoas o mais rápido possível, sem expor as crianças ao risco.

Ainda oculto nas sombras, fechei meus olhos e me concentrei na "visualização" que tinha daquelas pessoas. Depois, estendi minha mão direita para frente, focalizando meu chakra na ponta dos meus dedos indicador e médio. Aquele chakra logo moldou-se em duas pequenas esferas amarelas cheias de energia. Assim que abri os olhos, aquelas esferas se desmancharam, transformando-se em Agulhas de Chakra, lançando-se a toda velocidade na direção daqueles dois adultos.
Usando da possibilidade de redirecionar a trajetória das agulhas, bem como da minha percepção extrassensorial do local e todos nele presente, busquei conduzi-las sorrateiramente pelos cantos do recinto, tentando pegar os meus alvos de surpresa. Eu sabia que a velocidade de deslocamento daquelas agulhas de chakra era incrível, mas desconhecia o nível dos meus prováveis adversários, por isso optei pelo ataque sorrateiro.

Assim que estas chegassem perto o suficiente — ou caso eles as notassem —, as agulhas partiriam em trajetória retilínea na direção de seus alvos. Novamente, fiquei atento para redirecioná-las, caso necessário.
Como eu ainda não tinha a certeza de que aqueles dois eram inimigos, não pretendi realizar um ataque fatal, apenas queria paralisá-los, dando uma brecha para ação.

A esta altura, meus olhos já encontravam-se encantados por um vermelho carmesim, expondo minha kekkei genkai. Apesar disso, não me precipitei, preferindo manter-me ainda oculto.

——X——

374 palavras

860/900 || 682/950 || 02/04

Considerações:

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Habilidades Usadas (03):

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LastJoke

Tokubetsu Jonin

Sáb 18 Jul - 19:28

@WyAlves

Inimigos Ocultos

A caverna era extensa e, devido a entrada estar quase totalmente fechada pela neve, o interior era confortavelmente quente. Ainda oculto na escuridão natural da caverna, o jovem Chinoike decidiu mais uma vez confiar apenas em seu sentido extra, concedido pelo Kekkai Tengai Rojin, a barreira de detecção, a fim de executar seu ataque sorrateiro contra os aparentes alvos da sua missão. O intuito aqui era óbvio: Eliminar as ameaças antes que a situação se tornasse ainda mais complexa.

As agulhas avançaram a uma velocidade estonteante, com o sentido extra da barreira o rapaz pode notar que os adultos reagiram ao ataque no último instante, percebendo a aproximação das agulhas, mas a reação acabou não sendo rápida o bastante para que eles pudessem evitar o ataque, apenas sendo capazes de evitar que as agulhas acertassem em pontos vitais, o que de acordo ao ataque poderia muito bem ser fatal.

Entretanto, o verdadeiro objetivo de Akihito jamais havia sido matar os adultos, e sim paralisá-los. O que, no fim, também não funcionou. Por alguma razão, os alvos reagiram de maneira estranha. Eles pareciam tremer ligeiramente, logo antes de se recuperar e partir na direção da entrada, seguindo rumo ao local onde Akihito estava. As crianças gritavam a plenos pulmões, chorando feito bebes assustados, todos abaixados em diferentes níveis de pânico e esperança.

Ao mesmo tempo, Akihito se viu confrontado por duas figuras com olhos brilhantes. As duas figuras de estatura mediana, com cabelos espetados e membros magros, tinham olhos que brilhavam em um tom azulado, emitindo luz própria. Nesse instante, enquanto o da esquerda estendeu seus seis braços na direção do Chinoike, o da direita abriu a boca mais do que seria humanamente possível, exibindo dois canos escuros. Então o ataque começou.

A marionete da esquerda disparou dos braços uma chuva de senbons. Enquanto o da direita cuspiu uma torrente de fogo e óleo dos dois canos, respectivamente. Os ataques iriam atingir o rapaz em cerca de um segundo. Ele teria que agir rápido para sair daquela situação com vida.

—X—

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Akihito

Tokubetsu Jonin

Sáb 18 Jul - 22:26

Quest: O Caminho do Chūnin (06/10)

Brincadeira de Criança

A velocidade com que as Agulhas de Chakra avançavam era incrível, eu estava certo de que aquele ataque funcionaria. No último segundo, aqueles dois finalmente reagiram tentando desviar do jutsu, mas sem sucesso. Por um momento, achei que aquilo acabaria ali, sem a necessidade de um confronto direto. Para minha surpresa, no entanto, aqueles dois pareciam não terem sido afetados pela paralisia do meu jutsu, o que me deixou confuso. A forma como seus corpos reagiram, porém, me intrigou mais ainda.

Seus corpos tremiam de uma forma anormal, o som que eles emitiam era completamente estranho, e o pior, eles estavam avançando em minha direção numa velocidade surpreendente. Seu avanço, inclusive, foi o que mais me assustou. Eles não pareciam estar correndo, na verdade eles se moviam como se estivessem... planando?
— O quê? Mas o que é isso? — exclamei.
Já que eles estavam em dois, decidi igualar o quantitativo, criando uma cópia de mim mesmo bem ao meu lado.

Assim que se aproximaram, me espantei com o que vi. Seus olhos pareciam luminárias, emitindo um brilho azul artificial. Seus braços e pernas eram extremamente raquíticos — o que não condizia com sua velocidade. Não bastasse isso, um deles possuía seis braços, me fazendo questionar se esse último realmente era humano.
— Espera... — foi então que a ficha caiu. Seus corpos e movimentos anômalos faziam total sentido agora, afinal, eles não eram humanos!

A iluminação azul de seus olhos preencheu aquele local dantes submerso em trevas, me permitindo perceber o momento em que eles se prepararam para atacar. Um ataque conjunto certamente seria destrutivo, então, sem nem esperar para ver o que aconteceria, executei uma rápida sequência de selos e estendi minha mão esquerda para frente. Aquele movimento — que talvez parecesse desesperado — na verdade deu origem a uma espessa barreira de chakra ao meu redor. Ela tinha tamanho suficiente para cobrir a mim e ao meu clone.
Já com a barreira erguida, vi que o ataque daquelas duas coisas era composto por uma saraivada de agulhas, seguido de um misto de óleo e fogo, projetando um verdadeiro lança-chamas contra mim. Eu estava confiante de que minha barreira seria suficiente, afinal, caso não fosse, eu estaria condenado...

Enquanto esperava o óleo e fogo do ser da direita cessarem, tentei processar todas as informações obtidas até então.
— Isso mesmo! Como imaginei, não são humanos, são apenas marionetes. Mas...
Algo simplesmente não fazia sentido. Eu tinha certeza de ter detectado — embora já não pudesse mais, pois havia desativado o Kekkai: Tengai Hōjin — vinte e quatro pessoas, sendo dois adultos e vinte e duas crianças. Hora, se os dois "adultos" estavam ali, bem na minha frente, então quer dizer que... — É uma criança?!. O marionetista que controlava aquelas duas marionetes era uma das crianças dentre as vinte e duas? Eu só tinha uma maneira de saber...

Assim que percebi o lança-chamas da marionete da direita perder força, comecei a focalizar em minha mão livre — a direita — uma boa porção de chakra, que logo foi ganhando forma e rotação, até tornar-se numa majestosa esfera azul de chakra. Mas não parava por aí. Daquela esfera, pequenas lâminas giratórias de chakra emergiam, lembrando o formato de uma shuriken.
Logo que comecei o processo de formação da técnica, meu clone o repetiu, criando o mesmo jutsu. Assim que o lança-chamas pareceu cessar, desfiz minha barreira e me aproveitei da proximidade entre mim e meus alvos para atacá-los à queima-roupa. Eu fui na direção do da direita, enquanto meu clone se encarregou do da esquerda.

Eu precisava que aquilo desse certo, pois já estava começando a sentir os sinais do cansaço, graças ao consumo exacerbado de chakra.
Caso o ataque não desse certo, eu saltaria para trás e empunharia meu Kyodai Sensu, preparando para um novo contra-ataque. Meu clone, por sua vez, se poria à minha frente, agindo também como um escudo.

Caso o ataque funcionasse — e eu esperava muito que funcionasse —, eu então enviaria meu clone para dentro do recinto.
A ideia era que ele fosse o primeiro a se expor, livrando-me de qualquer armadilha ou ataque surpresa. Apesar disso, mesmo que o clone não fosse destruído, eu espontaneamente o faria, pois ele possuía um segundo propósito.
Assim que entrasse no local, o clone realizaria uma rápida análise do ambiente, procurando identificar dentre as vítimas aquele que provavelmente seria o inimigo, além de averiguar também o estado das crianças, bem como a presença de armadilhas óbvias.
Uma vez feito isso, eu entraria logo em seguida, já de posse da experiência obtida pelo meu clone e a mim retornada; com meu Kyudai Sensu aberto e já empunhado, e meus olhos carmesins acesos em fúria e mirando o possível adversário.

Eu precisava por um fim naquilo o mais rápido possível, pois já estava chegando ao meu limite...

——X——

803 palavras

900/900 || 469/950 || 03/04

Considerações:

Informações:

Status:

Aparência:

Buffs & Afins:

Habilidades Usadas (04):

Técnicas Básicas (00/--):

Jutsus Ofensivos (01/02):

Jutsus Defensivos (01/03):

Jutsus Curinga (00/01):

Kuchyoses (00/01):

Jutsus em Preparo (00/01):

Jutsus Passivos (01/02):

Jutsus Ativos (01/--):

Estilos de Luta:

Equipamentos (29.5/30 espaços):

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Tokubetsu Jonin

Dom 19 Jul - 6:55

@WyAlves

Marionete Humana

A reação do Chinoike foi primordial para garantir a sua sobrevivência. No instante em que as marionetes lançaram os ataques, o rapaz já havia não apenas criado um clone, como também erguido uma poderosa barreira. Os ataques dos bonecos, porém, não foram tão simples quanto aparentavam ser, possuindo não apenas um poder absurdo como também uma incrível letalidade, caso Akihito tivesse sido acertado pelo golpe, é claro. Em poucos instantes, porém, os ataques cessaram, e foi então a vez do jovem genin executar seu movimento.

Após preparar os rasengans, acompanhado de seu clone usando o mesmo movimento, o Chinoike executou o ataque contra as marionetes que, por serem muito mais rápidas que ele, foram capazes de se defender usando seus membros, o que felizmente não foi o suficiente. As marionetes foram completamente obliteradas pelo ataque absurdo do clone e seu criador, fazendo com que apenas os pedaços voassem para longe dali, com uma enorme explosão.

Entretanto algo aconteceu no momento em que as marionetes foram destruídas, foi como se duas redes de chakra fossem disparadas da boca das mesmas em alta velocidade, caindo sobre o clone e o Chinoike. A princípio nenhum dos dos entendeu o que havia acontecido, até que sentiram seus corpos se moverem. O clone do genin partiu para cima dele para lhe acertar um soco, mas foi desfeito antes que pudesse ferir o original. Nesse momento a fumaça da explosão já havia diminuído.

Sem conseguir conter suas ações, Akihito foi levado caminhando até o local onde as crianças estavam sendo mantidas.

Ali, o rapaz avistou vinte crianças com olhos chorosos e expressões divididas entre medo e uma fraca esperança. Mas havia também dois irmãos gêmeos a frente do grupo, um deles com a ponta dos dedos levemente azulada, enquanto o outro repousava a mão direita sobre o ombro esquerdo do irmão. Eles eram crianças de apenas onze ou doze anos. Tinham cabelos pretos e olhos castanhos, com pele morena. Diferente das outras crianças, os dois vestiam roupas feitas de peles de lobos e tinham uma aparência mais selvagem.

O irmão controlando as linhas de Akihito foi quem falou: — Quem é você? O que quer aqui? Vocês não vão levar nossos novos irmãos de volta! Nós vamos cuidar deles agora, vamos proteger eles e ensinar como eles podem se proteger dos adultos também! - Afirmou o pequenino de apenas um e cinquenta de altura, com plena convicção em suas palavras.

O outro nada disse, mas permaneceu atento a entrada da caverna, para o caso de Akihito não estar sozinho, provavelmente.

Nesse momento o Chinoike não podia mover muito mais que os dedos e o rosto, mas ao menos seus captores estavam dispostos a conversar. Seria isso um bom sinal?

—X—

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Tokubetsu Jonin

Dom 19 Jul - 12:23

Quest: O Caminho do Chūnin (07/10)

A Irmandade

O ataque foi um sucesso! As marionetes tentaram se defender, mas aquilo definitivamente não seria suficiente para conter o poder destrutivo do meu jutsu. Com a explosão, elas se quebraram em vários pedaços.
— Ótimo! Eles estão sem marionetes, isso deve tirá-las de jogo por um bom tempo! — pensei.

Agora só me restava dar continuidade à estratégia, enviando meu clone para dentro do salão. Mas assim que pretendi dar um primeiro passo, senti dificuldade em me mover. Logo, meu corpo parecia não estar respondendo ao meu cérebro, eu queria ir para um lado, mas ele ia para outro. Quando olhei para o meu clone, vi que o mesmo acontecia com ele. Mas ao olhá-lo com atenção, entendi o que se passava. Estávamos sendo controlados por linhas de chakra.
Eu tentei resistir a estas, mas seu controle era muito imponente, de modo que eu só conseguia realizar pequenos movimentos.
Olhando mais uma vez para meu clone, notei que este avançava de forma hostil em minha direção, eu estava prestes a ser atacado. Sem perder tempo, o desfiz, poupando-me do direto que receberia em meu rosto.

Ainda sob o controle das linhas de chakra, fui conduzido para dentro do salão. Ao entrar, pude notar o semblante de desespero de muitas das crianças, mas duas se destacaram. Dois garotos, que como suspeitei, eram os responsáveis por aquelas marionetes de antes. Eram dois irmãos gêmeos, com vestes de peles de animais e feições selvagens.

Um deles — o que estava me prendendo com as linhas de chakra — me fez uma série de perguntas, mas de suas falas o que mais me chamou atenção foi o fato dele chamar aquelas crianças assustadas de "irmãos". Então eram esses dois garotos que estavam sequestrando as crianças da vila? Como eles estavam dispostos a conversar, optei por prosseguir com o diálogo, até porque não havia muita coisa que eu pudesse fazer agora.

— Meu nome é Akihito Chinoike! Não se preocupem, não quero machucar ninguém. — falei, com sinceridade.
— Eu vim aqui porque recentemente diversas crianças de minha aldeia desapareceram, mas acho que as encontrei. — disse, olhando para as crianças amedrontadas, logo atrás deles.
— Você disse que eles são seus... Irmãos? Bem, essas crianças possuem uma família, sabe? Creio que muitas delas desejem retornar para elas. Além disso, os pais delas estão preocupados, sentindo sua falta...

Aqueles garotos falaram algo sobre "se proteger dos adultos". Será que eles eram órfãos? Decidi perguntar:
— Então... Cadê os seus pais? Por que vocês fizeram isso? Por que sequestraram essas crianças? Vocês fizeram isso sozinhos?
Eu precisava de respostas, mas também estava tentando ganhar tempo.

——X——

432 palavras

900/900 || 544/950 || 02/04

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Tokubetsu Jonin

Dom 19 Jul - 18:01

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Momento Decisivo

O Chinoike era esperto e tentava ganhar tempo com palavras e feições amigáveis. Contudo, aqueles meninos em especial eram muito mais selvagens do que crianças normais seriam em situações comuns, de forma que elas compreenderam de imediato o que ele estava tentando fazer, não por alguma lógica mundana, mas simplesmente por sentirem as reais intenções contidas nas ações e palavras de Akihito.

— Você é igual os outros adultos. Apenas mente e engana. Você diz que não quer nos ferir, ou nos controlar, mas apenas por que está sob nosso controle, por que nós podemos machucá-lo. E eles podem até não enxergar isso agora, mas iriam ver se nós não os tivéssemos salvado. Os adultos são maus, e só nos maltratam. Nós não temos pais, eles nos abandonaram, e somos gratos por isso. Pois crescemos mais fortes. - Os olhos do menino eram raivosos.

O outro tocou no ombro do primeiro irmão e fez um sinal com a cabeça.

— Sim, está na hora. Desculpe, Akihito, você é jovem, então pensei que havia esperança, mas está corrompido demais. Já é mais adulto do que criança. Meu irmão possui o talento para manipular órgãos vitais com as linhas dele. Ele irá parar seu coração, você não sentirá dor alguma. Por favor, não tente resistir. Acabará rápido. - E após ter dito isso, o menino moveu os dedos de suas mãos, fazendo com que o corpo do Chinoike agisse fora de seu controle, levitando alguns centímetros do solo.

Os braços de Akihito e as pernas se abriram, e ele sentiu e viu as linhas de chakra do irmão menos falante, ou mudo, assumindo a aparência de uma pequena serpente azulada que ficou bem diante de seu rosto, se aproximando lentamente. Se ele tinha algum plano ou algo mais a dizer, estava na hora de usar todas as suas cartas, ou ele finalmente iria descobrir como o shinobi que ele encontrou morto na neve havia falecido sem quaisquer sinais de combate.

O relógio estava correndo.

—X—

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Tokubetsu Jonin

Dom 19 Jul - 19:52

Quest: O Caminho do Chūnin (08/10)

Coração de Criança

— Calem a boca... — falei, com a voz contida e com um olhar distante.
Aquelas crianças falavam sobre coisas que não entendiam. Eu lamentava de verdade pelo que havia acontecido com elas, por terem crescido sem seus pais. Embora ainda tivesse meu pai, eu conhecia bem aquela dor.

Eles continuaram falando, insistindo que eram mais fortes sem seus pais e que não precisavam deles.
— CALEM A BOCA!! — não consegui mais me conter.
— CALEM A BOCA! VOCÊS NÃO SABEM O QUE FALAM! Eu conheço a dor de perder um pai, eu conheço muito bem essa dor. Eu sei, adultos erram bastante... — talvez por isso eu também concordasse com eles sobre ser mais adulto do que criança — Mas... mas... eu daria qualquer coisa pra ter minha mãe de volta comigo... — eu já não conseguia mais conter minhas lágrimas.
— Crescerem mais fortes? Nunca ouvi algo tão estúpido! Minha mãe... Seu sorriso tão resplandecente era o que deixava meu coração alegre, era o que me dava forças, o que me motivava... Hoje em dia, só consigo me manter firme em meus anseios por ter me agarrado à sua memória, por ter herdado a sua vontade, o seu legado!

As minhas palavras eram sinceras. Por algum motivo, senti que aquelas crianças precisavam ouvir aquilo.
— Eu lamento pelo que aconteceu com vocês, com seus pais, de verdade! Talvez eles não fossem realmente tão bons assim, mas nem todo mundo dessa forma. O amor de um pai, o verdadeiro amor... isso não tem preço! Vocês não podem simplesmente privar essas crianças deste sentimento. Olhem para vocês mesmo! Vocês realmente acham que crescer sem o amor de um pai e uma mãe lhes fez bem? Lhes fez mais fortes? Vocês são apenas crianças tolaa que não conhecem a dor do mundo... — eu já falava sem mais nenhum medo ou restrição, apenas queria que o meu Discurso ~~no Jutsu~~ chegasse aos seus corações, pois eles ainda eram meras crianças, seria triste vê-los se afogarem ainda mais em seu ódio.
— Eu sinto todos os dias a dor da perda, mas nem por isso me permiti ser afogado em trevas!
Neste momento, me dei conta de que apenas não me perdi de fato porque tive alguém para me resgatar, alguém para me tirar da escuridão. Meu pai.
— Eu posso ajudá-los! Deixem-me ajudar vocês a passar por isso! — falei, enquanto fazia um tremendo esforço para conseguir estender minha mão para eles, em sinal de apoio.

Não sabia se minhas palavras teriam ou não efeito, mas eles pareciam estarem determinados a por um fim em mim. Mesmo que eles fossem convencidos pelas minhas palavras, eu não poderia simplesmente deixá-los ali, impunes. Eles não só eram muito perigosos, como também eram muito inconstantes. uu não podia permitir que eles me matassem. Eu não podia permitir que eles matassem mais ninguém! Aquilo só alimentaria ainda mais o mal em seus corações.

— Parada cardíaca? Entendi. — pensei, me recordando do homem lá fora.
Talvez, por serem apenas crianças com pouca experiência do que era o mundo real, do que era o mundo shinobi, aqueles dois garotos não estranharam o fato de meus olhos serem vermelhos como sangue. De fato, estive com meu dōjutsu ativado esse tempo todo. Eu podia ter terminado aquilo há muito tempo, mas eu preferi dar-lhes uma chance. Como eles pareciam determinados, no entanto, não vi outra alternativa se não agir ofensivamente.

Quando vi aquela cobra de chakra vindo até mim e me encarando, direcionei meu olhar carmesim para os dois.
— Me desculpem por isso...
Após um simples vislumbre de meu olhar, aqueles dois provavelmente sentiriam um enrijecimento de seus músculos. Seus dedos provavelmente não seriam mais capazes de manipular aquelas linhas de chakra, permitindo-me libertar-me destas e retomar meus movimentos. Depois da paralisia, eles notariam o ambiente ao seu redor ser colorido de um vermelho intenso, assim como a cor dos meus olhos. Eu ainda não conseguia criar ilusões muito elaboradas, mas me esforcei bastante para recriar algum momento feliz de suas vidas ao lado de seus pais – manipulando suas lembranças. Por fim, uma forte dor de cabeça os acometeria, culminando em um longo desmaio. O trauma em suas mentes não deveria ser forte o suficiente para causar sequelas ou danos de longo prazo, mas certamente os deixaria inconscientes por um bom tempo.

Caso a ilusão não fosse efetiva, mas acreditando que pelo menos a paralisia funcionaria, eu então me aproveitaria do fato de estar com os braços abertos e rapidamente concentraria uma porção de chakra em minha mão direita, virando a palma da minha mão para eles. Nela, um pequeno tufão de água se formaria e seria lançado na direção do irmão que estava prestes a me matar. Esse seria um último recurso, que provavelmente só me compraria um pouco mais de tempo. Apesar disso, eu estava confiante de que após aquela grande lição de moral, conseguiria uma boa abertura para aplicar meu genjutsu com sucesso.

——X——

821 palavras

900/900 || 569/950 || 03/04

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Tokubetsu Jonin

Seg 20 Jul - 9:03

@WyAlves

Coração Sincero

Aquele parecia ser um momento definitivo, onde usar somente palavras já não seria o suficiente para resolver coisa alguma. Entretanto, qualquer um que pensasse dessa forma estaria redondamente enganado. Na verdade, o maior erro ali seria tentar usar somente da força bruta. Do poder físico para tentar sobrepujar os dois meninos. As palavras do Chinoike alcançaram os corações das crianças com facilidade, os fazendo derramar lágrimas sinceras que, muito provavelmente, nem mesmo eles conseguiam compreender por completo. Pois choravam pela perda de algo que sequer se lembravam ou compreendiam por completo.

Ainda assim, como esperado por Akihito, os meninos estavam determinados a acabar com sua vida, negando a dor de estarem errados e a esperança que ele lhes oferecia. Eles já não podiam suportar aquele tipo de luz, então preferiam cegar seus olhos para ela e simplesmente seguir na escuridão, fingindo que estavam certos até que alguém finalmente os parasse de uma vez por todas. Contudo, antes que a serpente de chakra pudesse ter a chance de dar sua mordida da morte sobre o coração do jovem genin, o menino usou o poder do seu poderoso doujutsu para lançar os dois meninos em uma ilusão poderosa, fazendo com que eles perdessem o controle sobre seus corpos.

Em poucos instantes os meninos estavam deitados no solo da caverna, com as mãos dadas, dormindo tranquilamente com expressões inocentes, enquanto as outras crianças choravam baixinho de alegria e medo. Akihito estava livre para agir, tanto no intuito de tirar os reféns dali, quanto de chamar ajuda para que mais ninjas pudessem vir em sua direção. Felizmente a sorte havia estado do seu lado, e não teve o mesmo fim que o outro shinobi que chegou antes dele.

Agora apenas restava levar as crianças de volta em segurança, e decidir o que fariam com os dois pequenos marionetistas.

—X—

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Tokubetsu Jonin

Seg 20 Jul - 14:12

Quest: O Caminho do Chūnin (09/10)

O Retorno!

Finalmente havia acabado. Ou quase isso. O confronto finalmente teve um fim, os garotos repousavam em um sono profundo. Quem os olhasse agora, não conseguiria diferí-los das demais crianças dali. As demais crianças... eu ainda precisava tirá-las daquele lugar.

Todo aquele embate havia me deixado exausto, eu não conseguiria realizar um simples Kage Bunshin sem que isso me fizesse desmaiar de cansaço, então minhas opções eram limitadas.
Certamente não poderia conduzir aquelas crianças pelo mesmo caminho que vim, assim como provavelmente não daria certo apenas enviar uma de minhas aves de tinta para pedir ajuda, pois elas certamente se desfariam com os ventos fortes da tempestade de gelo lá fora. Nesse caso, só me restava caminhar.

Para todas aquelas crianças terem chegado naquele caverna dentro da montanha, certamente havia algum caminho viável que levaria até o exterior, eu apenas precisava encontrá-lo. Eu então saquei meu Pergaminho da Super Besta e desenhei uma dezena de pequenos ratos, que saíram a vaguear pelos ermos da montanha, buscando uma saída através de um caminho seguro. Enquanto aguardava os ratos retornarem a mim as informações por eles adquiridas, procurei por algo para amarrar aqueles dois garotos, buscando evitar problemas futuros. Eu não acreditava que eles fossem acordar daquele trauma tão cedo, mas preferi me prevenir.
Infelizmente, eu não tinha nada em minha bolsa que pudesse ser usado para amarrá-los, então improvisei uma "corda" com meu cachecol, amarrando eles de costas um para o outro, atando bem firme suas mãos, para dificultar qualquer manipulação de linhas de chakra. Além disso, me manti segurando constantemente um dos extremos do cachecol, fazendo meu chakra fluir pelas fibras de tecido deste, a fim de fortalecê-las. Isso também serviria para uma possível ação rápida, caso eles despertassem, pois o contato direto do meu chakra com o deles me possibilitaria pô-los novamente em uma ilusão, caso necessário.

Força física não era o melhor dos meus atributos, então pedi ajuda a duas outras crianças dentre as que ali estavam para que elas apoiassem os dois garotos em seus ombros, carregando-os. Chamei aqueles que pareciam ser os mais velhos, pois imaginava que teriam um senso maior de responsabilidade pelo coletivo do que os demais.
— Não se preocupem pessoal, logo sairemos daqui. Todos ficarão bem!

Embora ainda restassem muitos passos de um caminho gélido até a Vila, eu não podia simplesmente esperar ali. Por ter encontrado aquele homem morto lá fora, tinha certeza de que não fui o único convocado aqui. Mesmo que nós dois fossemos os únicos enviados, a aldeia certamente já devia ter mandado alguém ao nosso encontro, pois muito tempo já havia se passado desde o começo da missão. Minha confiança estava depositada nisso, que eu encontraria algum aliado no meio do caminho, pois não sabia como poderia conduzir vinte crianças em meio a uma tempestade de neve. Se eu mesmo já me sentia afetado pelo frio, que diria desses pobres inocentes?

Assim que os ratos retornassem, caso tivessem encontrado um caminho seguro, eu então levaria as crianças por ele, parando à porta da caverna — onde ainda seria quente — antes de realmente enfrentar o frio lá fora.

——X——

860 palavras

900/900 || 625/950 || 02/04

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Tokubetsu Jonin

Seg 20 Jul - 14:53

@WyAlves

Mais um dia

O plano foi bastante bom e a estratégia acabou rendendo frutos. Akihito foi capaz de encontrar um caminho por onde poderiam seguir, e, juntos, animando uns aos outros, as crianças seguiram pela caverna escura e úmida até chegarem a uma saída no distante sopé da montanha. Ali, felizmente, já haviam alguns shinobis aguardando, do grupo de busca, que haviam adentrado na caverna em busca de pistas, e encontraram os rastros deixados pelo grupo de crianças quando fizeram a subida com os sequestradores.

Em cerca de uma hora o Chinoike estava na vila, na sala do Kage, com todas as crianças sendo abraçadas por seus pais. Infelizmente os dois responsáveis por todo aquele atentado seriam tratados de maneira diferente, recebendo um julgamento mais duro e sendo enviados para lares adotivos quando estivessem prontos. Seria um caminho árduo até a total reabilitação dos dois gêmeos prodígios marionetistas. Ainda assim, felizmente e graças as ações rápidas de Akihito, no fim quase ninguém se feriu. Exceto, é claro, o shinobi que acabou sendo assassinado pelos gêmeos antes do rapaz chegar ao local.

Logo um shinobi da Anbu se aproximou do Chinoike com um pergaminho em mãos.

— Tempos sombrios se aproximam, jovem Akihito. Aqui está uma recompensa por sua ação rápida e grande discernimento. - Ao abrir e ler o conteúdo da mensagem, o rapaz descobriria que havia sido reconhecido por seus esforços e agora carregava o rank de Chuunin. — Novos desafios, ainda mais árduos o esperam daqui em diante. Esteja pronto.

E após falar tais palavras, o shinobi mascarado se virou e partiu, deixando as crianças que haviam sido salvas pelo Chinoike se aproximarem, junto dos pais delas, para agradecer por tê-las salvado de um destino incerto nas mãos dos sequestradores.

Lá fora a tempestade começava a diminuir e os primeiros raios de sol davam sinais de surgir...

—X—

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Tokubetsu Jonin

Seg 20 Jul - 16:11

Quest: O Caminho do Chūnin (10/10)

O Começo de Uma Nova Fase!

Nós estávamos com sorte! Ao chegar à entrada da caverna, encontramos um pelotão de ninjas de Otogakure nos aguardando. Embora tivessem chegado muito depois de toda a ação, sua presença era aliviante. Eu agora poderia me preocupar menos com aquelas crianças.
Enquanto todos caminhavam ordenadamente, me afastei um pouco das crianças — para que elas não ouvissem minhas palavras — e chamei falei para um dos shinobis:
— Um outro ninja do Som esteve aqui antes de mim. Infelizmente... ele não sobreviveu...
Em seguida, lhe passei as coordenadas de onde havia velado o corpo do falecido, e então parti de volta à Aldeia.

Chegando lá, todos foram conduzidos ao gabinete do Otokage — que não se encontrava no local —, onde os pais daquelas crianças sequestradas as aguardavam. Em meio aquele clima de reencontro, percebi que os dois garotos marionetistas estavam sendo conduzidos por alguns ninjas para fora do gabinete, eu então me dirigi a estes ninjas e tentei interceder pelos garotos.
— Eu sei que eles fizeram atrocidades, mas... são apenas crianças assustadas, não sejam tão rudes. — eu não sabia o que aconteceria com eles dali em diante, mas torci para que eles pudessem sair daquele mar de escuridão em que se encontravam.

Quando eu já estava prestes a ir embora, um ninja mascarado me parou, disse algumas palavras inspiradoras e me entregou um pergaminho que, segundo ele, continha minha recompensa. Curioso, o abri. Meus olhos simplesmente não conseguiam acreditar no que viam, eu havia sido promovido a Chūnin! Deixando escapar um sorriso sincero, me recordei de toda minha caminhada até ali, todas as missões, todos os desafios, e pude ter a certeza de que estava cada vez mais próximo de meus objetivos.
Minha promoção tornou-se ainda mais emocionante, pois fui agraciado com o carinho de todas aquelas crianças, que correram pra me abraçar. Em meio a todo aquele alvoroço, pude perceber os primeiros raios de sol pós-tempestade entrarem pela janela, iniciando o começo de um novo dia, o começo de uma nova fase...

——X——

336 palavras

900/900 || 700/950 || 00/04

Considerações:

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Tokubetsu Jonin

Seg 20 Jul - 23:10

@WyAlves

Nova Jornada

E tudo termina bem quando acaba bem. É claro, porém, que aquele não era o final da história. Nem de longe, para dizer a verdade. Ainda assim, era um final. E isso é sempre um ótimo motivo para se comemorar. A fase como genin de Akihito havia enfim terminado, e agora sua nova jornada como chunin apenas dava os primeiros passos incertos em direção ao desconhecido. O rapaz ainda conseguiu arranjar tempo para oferecer ao shinobi falecido em combate um pensamento, assim como algumas palavras de auxílio para os meninos que haviam causado toda aquela confusão. Um coração de ouro, de fato.

Após tanto carinho receber e tanta ajuda oferecer, o rapaz parecia feliz com a recompensa que recebeu, mesmo que com a nova graduação viriam não apenas novos privilégios, como também muitas novas responsabilidades. Ainda assim, como o dia prometia, seu futuro poderia ser tão brilhante e resplandecente quanto o sol. Mas isso apenas o futuro iria dizer. Por hoje, porém, as crianças apenas queriam lhe agradecer, e então os pais delas também, pois aos olhos dele o Chinoike era nada menos do que um verdadeiro Herói.

O herói que salvou o dia.

—X—

OFF: @Aprovado, pode pedir atualização direto na GF e não esqueça de solicitar a mudança de Rank! Parabéns pela graduação! Ótima narração e excelente interpretação das características do personagem. Curti demais a pequena aventura :3

Considerações:
1. Dúvidas? Críticas? Reclamações? Só chamar no Discord ou mandar MP.
2. Não irei tentar estender a trama além do necessário, mas o sucesso e a conclusão dependem de você.
3. Posto todos os dias à tarde ou durante a madrugada.

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