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Eclipse
Arco 05
Ano 18 DG
Inverno
Quando a Hydra desfez o selo da Lua, que era guardado pelos olhos de Uchiha Sasuke, um fragmento dela não foi a única coisa que caiu na Terra: uma criatura que representava a vontade de Kaguya também retornou. Conhecido tempos atrás como Kuro Zetsu, mas esquecido pelas novas gerações, ele novamente se misturou com o chakra, tornando-se quase indetectável. Desde que escapou, ele veio cumprindo seu papel de vigiar e guiar o mundo ninja a seu retorno.

Após certo período analisando a líder da antiga organização Hydra, Azshara, ele soube que ela poderia ser útil e se manifestou diante dela, mostrando sua forma gosmenta. Em meio à explicação mais detalhada dele sobre Kaguya e seu povo, Azshara confirmou sua teoria: se ela consumisse o fruto da árvore divina, ganharia a chance que tanto queria de restaurar seu corpo a um estado antigo. Porém, parte do processo exigia trazer Kaguya de volta, e, para isso, seria necessário romper um último selo. E, com Uzumaki Naruto morto há décadas, só restava utilizar a portadora de cabelos vermelhos do selo do Sol, Grey Katsura, que havia retornado ao mundo conhecido em uma missão secreta em busca de alguém.

Enquanto isso, o mundo ninja se organizava. Dessa vez, sem um inimigo em comum para unirem forças, as nações voltaram a trabalhar com um só foco: fortalecerem a si próprias. Kiri se expandiu ainda mais, tornando-se a maior nação shinobi; logo atrás, em um ritmo acelerado, vinha Iwa, com sua nova gestão; em seguida, Kumo, também de nova gestão; por último, Konoha ainda juntava os cacos de duas grandes feridas provocadas pela perda de dois nomes fortes, a liderança da vila focava em uma nova gestão e uma forma de, assim, retomar sua potência entre os grandes vilarejos ninja. Por outro lado, Suna infelizmente encerrava seu recrutamento militar: a vila não conseguiu acompanhar o ritmo de crescimento do mundo shinobi e focou apenas em seu comércio de especiarias.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Candy
SraCandyCandy#9368
Candy é jogadora de RPG's desde 2015, encontrando o RPG em Fevereiro de 2022, enquanto navegava pela internet tirando dúvidas sobre Naruto. Apaixonou-se pelo modelo de RPG narrativo em seguida, e segue jogando desde então. Entrou para a equipe em novembro do mesmo ano, atuando como moderadora hoje se especializou ao atendimento ao publico. Fora das telinhas é estudante de Medicina e torcedora do Vasco da Gama, assim como possui uma afeição enorme em beber e frequentar festas (me convide).
Wolf
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Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
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Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Entre idas e vindas, contribuiu com a criação do sistema do RPG em atual vigor, participando ativamente durante os anos seguintes na manutenção dele. Após um breve período fora, está de volta trabalhando diretamente no sistema de regras, criando novas, reconstruindo velhas e readaptando-as a uma nova realidade. Fora daqui, é escritor com obras publicadas de forma independente e tradicionais.
Akeido
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Havilliard
Havilliard#3423
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Convidado
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”Eu pude entender que no Kenjutsu a precisão vem primeiro que a velocidade ou a força. A agressividade é secundária, subordinada à técnica e à destreza. O alto nível de precisão permite terminar uma luta com maior facilidade, lhe deixa mais íntimo da vitória, lhe concede o direito de continuar respirando após o combate. Mesmo que o oponente seja mais rápido ou poderoso, ele ainda é humano e possui inúmeros pontos fracos. Órgãos que precisa proteger, uma cota de sangue que é capaz de derramar. Dominando o corte preciso, a força e a velocidade virá com o tempo de treino. É consequencia da técnica. É resultado da maestria espadachim. Este é o caminho da espada.” Hyuuga Seigen.




Seigen treinava Kenjutsu mesmo antes de se graduar como Chuunin. Era de longe a sua atividade favorita, estando acima de todas as artes shinobi que pôde aprender e aperfeiçoar. O encanto pela arte da espada é herança de seu pai, um Hyuuga fora dos padrões, Hyuuga Gennosuke, a lâmina fantasma de Sunagakure no sato. Diferente da grande maioria dos Hyuugas, a arte dos punhos gentis sempre foi secundária para Gennosuke, pois seu passado está cravado na cultura samurai. Adotado por um ronnin, Gennosuke não conheceu as artes ninja até os 17 anos, vivendo pelo caminho da espada durante tantos anos.
É sabido por Seigen que o pai voltou-se para o shinobi-jutsu apenas depois que encontrou a derrota pelas mãos de um shinobi. O desejo constante pelo aperfeiçoamento e superação, fez Gennosuke largar a família adotiva e buscar a própria origem na vila da areia, onde fora acolhido pelo clã Hyuuga e iniciou o seu caminho como shinobi de Suna. O talento excepcional o fez saltar etapas e não demorou para tornar-se um Jounin, sendo mais tarde conhecido, respeitado e temido por unir o mais alto nível da arte samurai com a incomparável habilidade ninja.

Gennosuke instruiu Seigen no Kenjutsu muito cedo, e orgulhava-se do desempenho do filho. Presenteou-o com um conjunto de espadas lendárias capazes de convocar as mais terríveis ventanias, sendo este presente um resultado da precoce manifestação de Seigen do seu chakra futon. As espadas Fujako Hisho Shoken foram contestadas por Gennosuke como prêmio de uma batalha do passado. Batalha esta em que o derrotado não perdeu apenas as espadas, mas também a vida.

Bom, pelo menos era o que se pensava.



Objetivos:
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” A simplicidade dos movimentos é mais importante que sua complexidade, pois muitas vezes o golpe mais simples é o menos esperado. Observo ainda que kenjutsu pode se assemelhar aos ensinamentos da academia com kunais e shurikens, pois a precisão do golpe está ligada à respiração e a postura. A concentração tem que ser natural, te auxiliar e não te atrasar. O golpe tem que entrar, não importando o nível da técnica, e sim de ela foi bem executada.


Naquela noite particularmente fria e tempestuosa, Seigen molhava o chão de suor após mais um árduo treinamento com seu pai. Quatro bokens partidas ao meio enfeitavam o chão do dojo, e uma marca vermelha no peito de Gennsuke fazia o jovem sorrir e ter a certeza de que as lições funcionaram. Finalmente, pela primeira vez, Seigen conseguiu atingir Gennosuke em combate. A tentativa se estendeu por anos a fio, pois o pai nunca permitira um falso triunfo, sempre afirmando que Seigen só o atingiria quando de fato fizesse por onde. Certamente, tamanha rigidez fez com que o filho buscasse os limites de sua habilidade e tirasse o máximo de proveito em cada lição.

Aquele golpe representava o final de uma etapa em sua vida. Era quase um diploma, um marco, o dia mais feliz de que se lembra.

Gennosuke sorria também, com a sensação de dever cumprido. Orgulho de um pai severo. O jounin da areia descansava com a certeza de que lapidou um raro diamante, sendo o principal responsável pelo incrível desenvolvimento das habilidades do filho. Era a continuidade do seu legado. Seigen estava pronto. Contudo, uma noite especial como aquela não teria o seu desfecho naquele derradeiro golpe, pois o vento que soprava do oeste murmurava que o destino guardou algo para o final. A corrente de ar foi quem denunciou a misteriosa novidade.

Uma carta.

Ninguém viu como aquele envelope pousou sobre o chão da entrada oeste. Um lapso de seus doujutsus já desativados. Gennosuke tateou o papel antes de ser tomado pela curiosidade. Quando finalmente abriu, a confirmação daquele sentimento estranho pôde ser vista e traduzida em palavras.

- Estou sendo desafiado. Já fazia um tempo. – disse Gennosuke num tom baixo, uma mistura de surpresa com desânimo.

- Me pergunto se ainda tenho idade. – murmurou.

Seigen não se surpreendeu. Era comum andarilhos desafiarem Gennosuke para um combate. Entretanto, depois de décadas sem perder, a frequência dos desafios havia diminuído. O último desafio fora quando Seigen ainda estava na academia ninja. De fato, era um evento no qual o garoto não queria perder. O embate se concretizaria na manhã seguinte, em praça pública. Técnicas de ninjutsu são proibidas, devendo prevalecer o kenjutsu e a força do espírito de cada espadachim.

”Outra vitória, certamente. Não existe espadachim vivo que possa derrubar este velho.” pensou Seigen.

- É melhor dormir cedo então, pai. Que deselegante desafiar alguém para lutar às 5:30 da manhã. – Seigen sorriu.

Gennosuke se apoiou na numa janela e observou as estrelas. Estava pensativo, sentia como se pressentisse algo.

- Lutar neste horário significa menos curiosos. Isso é bom. – Gennosuke suspirou.

A manhã seguinte prometia ação logo cedo. Palpitava no coração de Seigen a curiosidade sobre quem seria o adversário .
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"Acima de tudo o que pude observar, o que mais me chamou a atenção foi o olhar do meu pai nos momentos que antecederam o primeiro saque de sua katana. Era vazio, desvirtuado e misterioso. Nenhum oponente poderia decifrá-lo, era como se ele guardasse diversos segredos que o levariam a vitória. Mas não era nada disso, era apenas uma mente vazia e desligada de influencias externas. É uma defesa inata, uma cortina escura que impede qualquer tipo de antecipação de seu espírito. Certamente, aquele vazio é a mais pura expressão do caminho da espada." - Hyuuga Seigen.


Dia seguinte. 5:17am.

O combate estava prestes a começar, a praça já estava repleta de curiosos. Uma área aberta permanecia limpa e devidamente preparada ao centro. Pessoas em volta tomavam uma distancia segura. O desafiante já havia providenciado tudo. O local, a plateia e o juiz.

Gennosuke assumiu o campo sem preâmbulos. Aqueles reunidos para testemunhar seu duelo não falam com ele enquanto se aproxima, nem seriam respondidos se o fizessem. Ele estava concentrado apenas no duelo por vir. Para Gennosuke, não havia pensamento até o resultado. Tudo o que importava era que seu ataque fosse perfeito. Era a simples expressão de tudo que ele era, e tudo que ele poderia ser. Cada vez que enfrentava um oponente, ele quase não considerava outra presença além de sua postura. O desafio era conta ele mesmo, contra a imperfeição do homem.

Seu filho, Seigen, estava entre os espectadores, sempre observando atentamente cada movimento do pai. O garoto desejoso de poder e conhecimento, sabia bem que poderia tirar conhecimentos significativos ao assistir aquele combate real entre espadachins experientes. Assim, o Hyuuga utiliza discretamente o seu maior trunfo para poder perceber melhor o que aconteceria a seguir. Seu doujutsu estava pronto e fixo em cada movimento daqueles homens. Seigen sabia muito bem que precisava do Byakugan ativo para não perder os detalhes dos movimentos de Gennosuke. Era dia de aprender.

Gennosuke parecia calmo, calmo demais. Seu oponente era um samurai, um homem de corpo indefinido que escolheu disfarçar seu rosto inteiramente com um grande e simples kabuto. Não era incomum entre alguns duelistas, que acreditam que o elmo os ofereceria algum tipo de vantagem psicológica. Um duelista talentoso que saiba que o duelo seria contra si próprio e não contra o oponente, porém, pouco ligaria para tais truques, e Gennosuke sentia pena pelo pobre homem. Suas noções de sua vantagem estavam para desabar.

Em seu íntimo, Hyuuga Seigen refletia sobre a diferença entre ele e o pai. O abismo de diferença entre os dois poderes o fazia sentir o sangue ferver. Com o Byakugan ativo ele não só podia ver os movimentos com maior facilidade, mas também conseguia visualizar a massa de chakra do Jounnin que ostentava poder e uma perfeita fluidez.

- Quem é você, samurai? Se apresente. – exigiu Gennosuke.

- Me chamo Kanzo, muito prazer, Gennosuke-dono. Serei o seu algoz. – respondeu o homem. A crueldade era palpável em suas palavras.

- E não sou mais um Samurai. A muito me tornei um Ronin. – completou.

Ao lado do homem estava um jovem rapaz, de rosto despido, podia-se notar uma jovialidade próxima a de Segen. Talvez um ou dois anos mais velho.

- Este é o meu filho, Fujako. – continuou o samurai.

O rapaz curvou o tronco em reverência à Gennosuke e, prontamente, deu um veloz salto para trás, afastando-se da arena demarcada e revelando uma agilidade impressionante.

Vendo o sinal do juíz, Gennosuke adotou facilmente sua postura, o movimento praticado e fluído que não requeria pensamento consciente afinal. Ele olhou para seu adversário mascarado, e pela primeira em muito tempo começou a sentir um leve senso de alarme. A postura do samurai era completamente incomum, mas havia a vaga sensação de já ter visto aquilo antes. Não havia meios de ler a expressão do oponente, mas alguma impressão de malícia em sua postura imediatamente disse a Gennosuke que este homem queria mata-lo.

“Quem é você?” ele divagou, mas pôs o pensamento de lado enquanto borbulhava em sua mente. O adversário queria mata-lo, não havia dúvidas, e se não fosse cuidadoso, conseguiria.

O Ronin se moveu com incrível velocidade, sacando sua espada e investindo para frente com a ferocidade de um predador. Sua espada cantava perfeitamente, uma longa e aguda nota que pendia no ar como uma mortalha. Gennosuke sabia que nenhum homem normal podia esperar superar a velocidade do estranho.

Hyuuga Gennosuke não era um homem normal. Os olhos de Seigen se arregalaram naquele momento.

Sua espada estava em sua mão tão rapidamente que todos podiam jurar que a mesma começara o duelo já fora da bainha. Ele repeliu a espada do Samurai, e o som das duas se batendo foi um grande contraste aos tons normalmente secos de uma espada batendo na outra durante um duelo. O ronin investia repetidas vezes. Cada ataque era repelido. Gennosuke permanecia procurando constantemente por qualquer fraqueza no estilo primata do homem.

“Lá!”

O jounnin só atacou uma vez. Sua lâmina cortou pelo momentâneo buraco nas defesas do homem, uma janela fugaz que estava aberta por não mais que um segundo. Seu aço atravessou o pulso do homem, então o osso, arrancando sua mão em direção ao cotovelo. Após o golpe, Gennosuke moveu-se num único giro repousando a sua katana a poucos centímetros do pescoço do adversário.

Seigen duvidou, por um momento, que Gennosuke pouparia a vida daquele homem, uma vez que o próprio não teria a mesma misericórdia.

Inevitavelmente, o ronin não perdeu um momento. Ele embainhou sua wakizashi num movimento relâmpago e pegou sua mão arrancada pelo cabo. O homem pulou para longe de Gennosuke, deixando uma trilha de sangue atrás dele. A ferida poderia se provar mortal se não fosse propriamente tratada, e rapidamente. De algum modo, apesar disso, Gennosuke suspeitava que o ronin chamado Kenzo, não era quem ele dizia ser.

Olhando para a Wakizashi do homem, Seigen imaginou se ele tentaria continuar o duelo com uma espada menor e com a mão inábil.

"Isso é loucura!" Seigen pensou.

Mas não era disso que se tratava.

- Falhei novamente. - disse o Ronin

"Novamente?"
A mente de Seigen se inundou de dúvidas.

- Se me permite. Tenho uma proposta. - o homem cerrava os dentes, numa mistura de dor e frustração.

Ele tirou o kabuto e revelou-se a face do derrotado. Um rosto marcado por cicatrizes, suor e tristeza. Naquele momento estava claro para todos o motivo daquela wakizashi estar fora da bainha.

"Seppuku..." Gennosuke franziu o cenho, claramente reprovando a atitude do homem e finalmente desvendando a sua identidade.

- Vou ouvir a sua proposta. Eika-san. - Gennosuke assentiu enquanto um novo nome fora pronunciado. Eika. A verdadeira identidade do Ronnin. O nome de um passado distante e repleto de sangue. O nome de um desejo de vingança que perdurou por décadas a fio.

O dia ainda estava longe de terminar.
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Então Eika era o verdadeiro nome daquele audacioso e derrotado ronin. Seigen estava confuso, imaginando qual seria a historia entre Eika e seu pai. Qual passado tenebroso instigou aquele duelo com sabor de vingança?

- A minha proposta é simples, Gennosuke-dono. – o ronin começou a falar, enquanto tentava estancar o ferimento com retalhos da própria roupa.

- Essas espadas lendárias que o seu filho carrega, são minhas por direito. Você as contestou após me derrotar, lembro-me das suas palavras ao dizer que elas não teriam serventia para um defunto. Eu ainda respirava quando você pronunciou aquelas palavras.

Gennosuke arregalou os olhos, mas não podia discordar de Eika. Um flashback veio à sua mente, lembrando-se daquele duelo com riqueza de detalhes. O ronin não mentia.

- Tem razão. Devolva as espadas, Seigen.  – ordenou o Hyuuga.

Seigen relutou por um momento, mas estava disposto a cumprir as ordens do pai. O garoto deu um passo à frente, levando as mãos pálidas até as espadas em sua cintura.

- Espere. – advertiu Eika. – esta não foi a minha proposta. – ele continuou.

- Entendo que pensou que eu estivesse morto, e sei que entende bem e ainda segue o código de honra dos samurais, portanto compreende que errou ao contestar as espadas de alguém que ainda respira. Contudo, proponho um novo desafio, devido ao mal entendido. – o ronin era polido em suas palavras, mesmo com a dor que sentia. No entanto, o aroma da vingança ainda pairava no ar.

- Estou ouvido. – respondeu Gennosuke.

- A minha vida como espadachim acabou aqui. As espadas seriam um presente para o meu filho Fujako. Proponho que seu filho Seigen defenda a posse dessas lâminas, num combate franco contra Fujako. Se meu filho perder, não há razões para eu viver. Com essa Wakisashi eu darei o meu ultimo suspiro em um seppuku. – o vento soprou junto com a grave voz do Ronin.

“Entendo. Seu desejo de vingança é tão grande. Eika quer me derrotar, me fazer sangrar, mesmo que para isso ele precise me atingir no meu ponto mais fraco. O meu filho.” Gennosuke finalmente entendeu do que se tratava todo aquele circo.

- Que assim seja... Seigen, este é o seu teste final. Boa sorte, filho. – aquelas palavras foram ditas com uma frieza que não transparência o verdadeiro medo em seu peito. Mas Gennosuke sabia muito bem das nuanças da vida de um shinobi. Seigen precisava viver aquela experiência e se provar diante do mais fraco.

Seigen abaixou a cabeça, pensativo. Mas na sombra de suas madeixas brancas, Gennosuke pôde vislumbrar um sorriso de canto. O sangue do chuunin fervia de excitação. Ele queria aquela luta, tanto quanto Eika e seu subordinado filho.

- Eu vou matá-lo, pai. – os olhos de Seigen quase criaram cor ao proferir aquelas palavras.

- Definitivamente. Eu vou matá-lo – disse Seigen.

Gennosuke se impressionava com a frieza e determinação do filho. Sentia que ele estava diferente. E aquilo o preocupava.

“Seigen...”

Com extrema agilidade, Fujako saltou sobre a arena, pousando a 5 metros de Seigen. Ambos estavam empolgados. Mais sangue seria derramado naquela manhã singular.


Última edição por Seigen em Dom 26 Abr - 19:58, editado 1 vez(es)
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Fujako estava frente a frente com Seigen. Ambos se encaravam desejosos de lutar. O espirito daqueles jovens exalava o mesmo cheiro. Sangue. A intenção assassina criava uma atmosfera pesada, sufocante, capaz de impressionar os mais experientes jounins. O embate estava prestes a eclodir. Duas espadas lendárias vibravam na cintura de Seigen, respondendo ao seu chakra, enquanto uma ornamentada katana pendia ainda embainhada no kimono de Fujako. Qual lâmina prevalecerá?
Fujako sorri e estranhamente estica os braços sobre a cabeça, como numa espécie de alongamento. Não parecia o mesmo jovem de movimentos rápidos de minutos atrás. Pelo contrario, um longo bocejo e olhos pesados tomavam a sua face. Seria aquela uma encenação?
De fora do perímetro da arena, seu pai Eika sorria, pois conhecia muito bem aquela atitude.

“Kukukuku... Fujako já vai começar com aquele truque. Essa expressão de sono e o aparente desinteresse pela luta, nada mais é que um condicionamento mental para atingir o seu estado de alfa. Afloramento do subconsciente, consequentemente reflexos aprimorados. Acalmar o corpo para então acalmar a mente. É um belo truque, por assim dizer.” Pensou Eika.

”Ele está mesmo pronto para lutar? Tanto faz...” Seigen franziu as sobrancelhas confuso.


Fujako inspirou com uma lentidão exagerada, como se estivesse mais do que irritado. Como se a mera ação de respirar exigisse esforço demais. Ele afastou a mexeixa que cobria seu rosto e se levantou, espreguiçando-se languidamente, mais parecendo um gato selvagem. Abanando a mão, ele afastou as mechas longas que caíam em sua sobrancelha. Então limpou a garganta. Agora com a visão desobstruída, o menino virou-se na direção de sua caça. Seigen.

Ao observar as feições dele, Seigen ficou ainda mais confuso. Mas não ia se distrair nem mais um segundo.

Fujako piscou lentamente, como se tivesse sido arrancado de um torpor. Seus olhos, com pálpebras pesadas e caídas, abriam e fechavam. Abriam e fechavam. Em um momento tão tenso como aquele, quando sua própria vida estava em jogo, Seigen não conseguia compreender sua expressão, pois era tão tranquila quanto seu comportamento — algo que não combinava com um rosto marcado por batalhas.

Um rosto de contradições.

Foi então que de súbito Fujako investiu, não dando tempo de Seigen sacar as suas espadas. Um golpe covarde, sem aprovação do juiz. Por pouco, Seigen conseguira desviar, mas não saiu ileso daquele golpe. Um enorme corte em seu peito formava uma linha sangrenta que se estendia ate o ombro esquerdo. A expressão no rosto do chuunin era uma mistura de dor, raiva e espanto. O adversário era tão rápido quanto sujo.

- Atento, Seigen!- Gennosuke gritou.

Seigen voltou-se para o adversário, mas ele já não estava la. Fujako salta por cima de sua cabeça, planejando outra investida. Seigen não consegue localiza-lo, e instintivamente salta para trás, escapando por pouco de uma estocada que descia pelos céus. O garoto concentra o seu chakra, mas é advertido pelo pai.

- Não! – interrompeu Gennosuke.

Seigen entende que mesmo sendo trapaceado, o desejo de Gennosuke era que seu filho lutasse pelas regras, e isso incluia deixar o byakugan adormecido. Dessa forma, Seigen desiste de sua ativação, saca as espadas lendárias e se põe em posição de combate.

“O desgraçado  é rápido" pensou ele.

A tensão que se acumulara mais cedo agora chegava ao ápice. Fujako estava pronto para atacar novamente, e assim o fez. Movia-se como um tubarão pela água, desejoso de sangue. Seigen permanecia parado, organizando a sua mente e Espírito. Seus olhos se fecharam por um momento, a colisão era inevitável.

“O corte perfeito acontece sem a ajuda do pensamento, é natural e instintivo. O espadachim perfeito se desliga do combate e permanece ligado ao mesmo tempo. Livrando-se da consciência ele se desprende dos limites que se auto impõe, e foi assim que meu pai venceu o feroz ronin; com a calma e a sabedoria se fundindo em um instinto natural que o molda para ser um espadachim próximo da perfeição.”

”E é assim que eu também vencerei

Num rápido movimento, Seigen levanta seu braço direito, sua espada como uma extensão do membro. O movimento fora rápido instintivo, e executado de forma simples. Antecipou-se à investida de Fujako, que demandava esforços de todo o corpo para atacar com ferocidade. Enquanto isso, estático e firme em sua base, Seigen transferiu todas as suas energias para aquele braço, para um simples levantar de espada, no movimento mais básico que se pode imaginar. Essa simplicidade resultou em velocidade. Mesmo na defensiva, Seigen atacaria primeiro. Não precisou ir até o inimigo, pois o mesmo já havia atirado o próprio corpo naquele ímpeto assassino.

O corte foi certeiro, rasgando o peito do adversário e provocando um ferimento quase identico ao que momentos antes fora vítima.

A resposta, no entanto, fora imediata. Fujako brandiu sua espada num movimento giratório, ignorando a dor. Um contragolpe cruel, onde a ponta da katana relou superficialmente no ombro direito do Hyuuga. Este que instintivamente se retraiu. Espantado, Seigen sabia bem que o golpe fora previsto, ele pôde ler todas as intenções manifestadas nos movimentos do adversário, mas simplesmente não fora veloz o suficiente para evitar o golpe por completo.

Estaria ele diante de um adversário mais rápido e habilidoso.

A troca de golpes continuou intensa. E o resultado de cada investida era sempre o mesmo. Seigen não atingia Fujako, e aos poucos seu kimono e sua pele ficavam manchados de sangue. Escapava por pouco de ser assassinado, a cada golpe. De nenhum, porém, conseguia sair ileso. Cortes superficiais e outros mais sérios, Seigen percebia sua vida se derramando pouco a pouco. Não podia lidar com tamanha velocidade.

Foi então que Fujako desferiu um golpe perfurante, numa velocidade em que Seigen não conseguiria evitar daquela distância. Por instinto, Seigen largou uma de suas espadas e prontamente defendeu o golpe com a palma de sua mão. A lâmina atravessou e repousou em seu peito, conseguindo atravessar a carne e parando de forma dolorosa nos ossos de seu externo. A dor era absurda, Seigen urrava em agonia.

”Filho!”Gennosuke segurava-se para não intervir. Eika sorria do outro lado.

Um arrepio na espinha foi sentido por todos no local. Algo assombroso estava prestes a acontecer.

Fujako tentou puxar a espada de volta para si, mas sentiu uma resistência. Quando se deu conta, Seigen olhava para ele, segurando a lâmina com força e ostentando um macabro sorriso no rosto. Um chakra rubro rodeava o seu corpo. Aquela aura fantasmagórica causava espanto em todos, e ate mesmo a calma e preguiçosa expressão de Fujako havia mudado para olhos arregalados.

Marcas negras saltavam das costas de Seigen e se espalhavam por todo o corpo. Era o selo da lua, o trunfo que Happosai havia depositado em seu espírito.

- Agora... você.. vai. MORRER!!! – O grito de Seigen estremeceu a todos ali. Um rugido que muito se assemelhava ao de um predador selvagem.

O garoto soltou a espada que deslizou pela abertura de sua mão, de volta à guarda do jovem ronin. Este que recuava com alguns passos para trás.

”Que diabos?” assustado, Fujako não sabia o que estava acontecendo. Na verdade, ninguém ali conseguia entender.
Seigen saltou no ar, movendo-se para cima do adversário. Ele pairou, suspenso numa espuma de som, antes de voltar ao solo com um estrondo, a terra explodindo em círculos concêntricos sob seus pés. Dessa vez, Fujako que escapara por pouco, incrédulo da velocidade do golpe.

Desorientado por aquela visão, Fujako cambaleou, quase desabando no chão. Seigen mais uma vez irrompeu pelo ar, longe de seu alcance, o zunido à sua volta aumentando de intensidade e volume. Num lampejo, ele girou no lugar, cruzando os braços acima da cabeça. A espada também girou, ganhando impulso, atravessando o ar como um raio reverberando. Num golpe duro com as costas da espada, ele acertou o punho do ronin. Ossos foram esmagados, enquanto ele soltava sua katana no chão.

”Com as costas da espada?!?!” Gennosuke seguia confuso.

”Misericórdia?!?!” pensou Eika.

- HAHAHAHA - Seigen gargalhava. – Apenas quero que dure um pouco mais. – disse com enfado.

O sombrio Chuunin parou. As vibrações em volta de seu corpo foram diminuindo até um leve tremor. Conforme ele inalava golfadas maiores de ar, seu peito inflava e murchava. Como se ele tivesse ficado submerso na água por mais tempo do que qualquer ser humano pudesse suportar. As marcas do Tsuki Juin aos poucos desapareciam. Entretanto, aquilo ainda estava longe de terminar

”Ele parou a manifestação voluntariamente? Seigen... quando foi que você...??” pensou Gennosuke, completamente abismado.

Seigen continuou atacando o adversário usando as costas da espada. Ossos eram partidos, um a um, e Fujako não tinha mais forças para continuar. Seu espírito estava quebrado, sua fé em si mesmo totalmente abalada.

Foi quando Seigen encarou Eika de longe, com um sorriso sádico em seu rosto.

Novamente, as marcas negras voltaram a se manifestar. Elas agora pareciam obedecer a vontade de seu hospedeiro. Eika deu um passo para trás, temendo ser um novo alvo. Mas não, o duelo ali ainda era contra o mesmo adversário.

Fujako recobrou um pouco da coragem, quando percebeu o lapso na atenção de Seigen  Arrastou-se no chão como uma cobra, levando a mão esquerda até a sua katana caída, sem muita habilidade naquela mão inábil. As dores eram profundas, mas era a sua única chance. Colocou o peso do corpo sobre os joelhos e preparou-se para um golpe furtivo. Pobre garoto.

Num súbito movimento, Seigen brandiu a espada lendária em um movimento espiral. Sem olhar para trás. A maioria dos espectadores cerrou os olhos. Escutou-se um som abafado, carne e ossos, e por último um som seco de algo quicando no chão. Seigen termina por decapitar aquele jovem Ronin.

Seus olhos vazios, o sorriso estampado no rosto.

- SEIGEN! – Gennosuke gritou.

A expressão de terror de Eika comovia a todos. Nenhum som saía de suas cordas vocais. Seu corpo despenca, ajoelhado no chão. Não conseguia sequer olhar para o corpo do filho morto. Lágrimas amargas percorrem o seu rosto envelhecido, ao mesmo tempo em que o Tsuki Juin recuava novamente no corpo de Seigen. O chuunin observa aquela lamentável cena por alguns instantes e pega para si a katana de Fujako. Ele olha para ela com desdém, e então a atira como nada para Eika em seu luto.

- Guarde sua wakizashi. Faça o que tem que fazer usando esta Katana. Assim, você irá para o inferno sabendo que seu filho morreu por sua culpa. – disse Seigen.

Ignorando a todos, Seigen salta por telhados numa direção oposta a do pai. Algo íntimo impede Gennosuke de segui-lo. O jounin permanecia atônito, sem acreditar no que acabara de presenciar. Seu próprio filho, um monstro.

Gennosuke olha para Eika. Este que tremia sua Wakizashi em mãos, prostrado, de joelhos. Finalmente, Gennosuke curva-se em respeito ao adversário arrasado, e lhe vira as costas. Aos poucos, um a um dos presentes vai deixando o local, todos horrorizados pelo que acabaram de assistir. Aparentemente, ninguém permaneceria naquela praça para presenciar o seppuku. Eika morreria sozinho. Era o fim.

Fim da cena.
Anonymous
Takane
Jōnin
[Cena - SOLO] Hyuuga Seigen - O caminho da espada. 9cf60763dc0395bb6231cfada13244c8
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Aprovado

Isso foi lindo de se ler.

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[Cena - SOLO] Hyuuga Seigen - O caminho da espada. Untitled-2
Que se inicie o caos pois a rocha continuara firme!
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