Love/Hate
Chūnin

Love & Hate
O Primeiro e Talvez Último Encontro da Luz e da Escuridão.
Começa em... [LOVE] – UMA SESSÃO PERIGOSA.
[...]
— Olá. — Foi a primeira vez que eu ouvi a voz dela. No eco de nossa própria mente. — Tem alguém aqui? — Foi a primeira vez que ela falou comigo. Eu não menti quando disse que eu estava sozinha, sentada no vazio da mente de Love e com uma luz vermelha me dando foco. Era assim que eu passava a maior parte do tempo.
Mas junto com isso vem algumas vantagens também: Quando se passa muito tempo dentro da própria mente, você aprende que é você quem está no controle. Eu aprendi a manter o lugar organizado para Love, aprendi como manipular tudo isso, inclusive a categorizar os conhecimentos adquiridos de quando ela estava na academia, ela no entanto, parecia nem ao menos saber o que era esse lugar, minha casa.
Decidi dar uma certa ajuda para a garota: Modifiquei o cenário para que virasse apenas um corredor iluminado pelas luzes vermelhas. Fechei a parede atrás dela para que ela só tivesse um caminho para seguir: o meu. Ela caminhou pelo corredor, uma viagem um tanto longa, até chegar em uma parede de sombras que não era iluminada pela luz vermelha, que se destacava. A garota tocou e a fumaça negra que formava a parede começou a se dissipar, revelando para ela a imagem de si mesma, mas com olhos totalmente negros e sorrindo, era eu.
— O que...? — Ela parecia confusa, claramente não sabia de minha existência, estava com medo, com medo de si mesmo. Encarando meus olhos, ela começou a se afastar, sem fazer movimentos bruscos para não me assustar, observando meu sorriso que beirava a psicopatia e a falta de branco em meus olhos. No momento em que dei meu primeiro passo em sua direção, ela começou a correr pelo mesmo caminho em que veio.
Eu podia sentir seu desespero, sabia que ela queria sair daquele lugar o mais rápido possível. Como estávamos dentro de nossa mente e coexistindo, eu fiz com que surgisse uma faca um pouco grande em minha mão. Qualquer um que visse essa faca, meu olhar e estivesse na mesma situação que Love pensaria que eu era uma psicopata, que eu queria mata-la... mas na verdade, eu só queria alguma coisa para me divertir ali dentro.
Eu não sou nenhuma pessoa burra, era claro que ela ia chegar ao fim do corredor e iria ficar lá, pedindo por uma maneira de escapar. Como eu disse antes, podemos controlar esse espaço mental, eu só não queria que ela descobrisse isso ainda. Pensei e materializei uma extensão para o corredor, com algumas portas trancadas e, no fim, uma aberta para que ela entrasse. Conforme eu a perseguia, passava a faca nas paredes de propriedade metálica, criando um som que consumiria todo aquele espaço.
Sim, é a nossa mente, mas ninguém conhece a própria mente por completo, ninguém consegue saber para onde vai cada pequeno túnel desse grande espaço, especialmente Love. Ela era muito inocente para conhecer a escuridão que habita ali, por isso ela me reprimia, por isso ela sempre me manteve presa nesse lugar e me criou, sem nem ao menos saber que o fazia. Sua recente descoberta pode ser chocante para ela, mas para mim era apenas um pequeno jogo mental.
— Que descuidada. — Gritei ao chegar no fim do corredor. A porta estava entre-aberta, ela não teve a capacidade nem mesmo de fecha-la. — Você deixou a porta aberta, posso entrar? — Tentei trabalhar em minha risada mais sinistra o possível, enquanto passava pela porta. — Eu posso sentir seu medo a quilômetros de distância.
Fechei a porta atrás de mim, para que ela não pudesse sair por ali, apagando de vez a baixa iluminação do local. A sala, agora consumido por toda a escuridão, estava repleta de armadilhas e objetos cobertos por panos brancos, além de ser muito extensa. Demoraria para tirar tudo da sala e encontrar Love, se ela não fosse tão incompetente e certamente nos mataria em uma missão ninja. Mas vou deixar que ela mesma conte como ela realizou o feito mais idiota possível.
[...]
Com a chegada daquela pessoa, do meu próprio eu, minha respiração ficou pesada, eu conseguia me escutar respirando. A visão que eu tinha de seus olhos, sua risada e suas ações psicóticas faziam com que eu beirasse meu ataque de pânico. Deveria ter alguma maneira de sair daquele lugar, ou de acabar com aquele ser que era igual a mim, até em voz. Ela continuava a me provocar, até fechar a única saída desse lugar.
“Love! Acorda! Você está tremendo” — Ecoou a voz da doutora por toda aquela sala, mas Hate também pôde ouvi-la.
— Isso, Love, saia daí, acorde. — Ela disse, sabendo que eu estava presa em minha própria mente. — Eu posso ficar aqui até você desistir. — Ela bateu com a faca em algum lugar. — Ou posso te caçar e te matar, você quem decide.
Me abaixei para ver se eu conseguia enxergar alguma coisa por baixo de todos aqueles panos e itens na sala. Era inútil. A iluminação era tão escassa que me impedia de ver até mesmo um palmo a minha frente, minha única escolha era me esconder ali embaixo de algum daqueles panos. Andei um pouco, tateando o ar a minha frente para não fazer nenhum ruído, até que eu finalmente encontrei um esconderijo, ou o que eu achava ser um.
Debaixo daquela imensa toalha, ela não poderia me achar, eu estava a salvo por hora, até eu tocar em algo, um tipo de botão ou alavanca que acionou um mecanismo de armadilha. A armadilha prendeu meu braço esquerdo em um equipamento de metal cheio de dentes, me fazendo soltar o maior grito de dor que eu já via dado em minha vida, um grito de dor que atraiu facilmente a atenção da minha contraparte vilanesca.
Tentei mexer meu braço, mas era ainda maior essa dor, eu estava fadada a morrer ali. Demorei um pouco para chegar a minha conclusão final: Eu não precisava ficar desesperada, eu podia escapar dali com o Shunshin No Jutsu, desde que eu conseguisse realiza-lo com uma mão. Era algo inexplorado para mim, mas se eu pudesse fazer isso, se eu conseguisse canalizar meu chakra com minha mão, eu rasgaria meu braço mas conseguiria fugir dali.
Com a minha mão livre e tentando ultrapassar a dor com a minha concentração, tentei interromper meu fluxo de chakra no braço danificado e redirecionar para o braço bom. Era uma ótima maneira de fazer o jutsu funcionar, mas não era o suficiente, eu precisava de algo mais, apenas com uma perfeita sincronia com a minha mão e meu fluxo de chakra eu conseguiria realizar isso.
Até então, a garota estava fazendo muito silencio, como se não tivesse escutado o ensurdecedor grito que eu dei, e isso estava me acalmando. Pelo menos até eu escutar um estalo e, repentinamente, a sala estava acesa novamente, o lençol que cobria o mecanismo que prendeu meu braço não existia mais e não havia mais nada na sala, como se tudo tivesse desaparecido como mágica.
— Buh. — Disse ela, parada em minha frente e mordendo os lábios como se gostasse da cena que via.
Nesse momento, encarando sua expressão, foi que eu percebi o que faltava: relembrar a minha motivação para fazer o que eu queria, eu precisava fugir dela. Foi nesse momento que eu alterei todo meu fluxo de chakra e utilizei os selos de mão para conjurar o Shunshin No Jutsu e me locomover para trás da garota. O aumento da minha velocidade foi tamanha que meu braço rasgou no processo, chegando a raspar o osso nos dentes de metal.
Mas com sucesso eu consegui me livrar dali e correr até a porta, abrindo-a e escapando, deixando aquela psicopata presa no quarto, enquanto meu braço deixava um rastro de sangue cair pelo caminho. Mas novamente, o caminho parecia se estender a medida que eu caminhava por ele, como se alguém me puxasse para trás, como se ELA me puxasse para trás. Eu poderia terminar de contar o que se seguiu, mas falaria melhor.
[...]
Vocês viram? Exatamente como eu falei, ela é ingênua, incompetente e provavelmente nos mataria, mas pra sorte dela, ela me tem para guiar-nos, e eu após os eventos seguintes, ela sabe que pode confiar em mim. Ela ainda não sabia meu nome, estava completamente perdida pelo desespero que nem havia notado que, se ela quisesse, seu braço voltaria ao normal, ela ainda não tinha reparado que quem manda nesse espaço não sou eu, somos nó.
Continua em... [Hate] – O Nascimento do Ódio
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