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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 25 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
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Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
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Havilliard
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Lidar com toda a burocracia do vilarejo fazia com que King perdesse o foco em adquirir mais poder, foco este que era seu principal desde quando se imaginou no maior cargo político da Pedra. Voltando um pouco ao passado, enquanto caminha vagarosamente ao local escolhido como destino para aflorar suas habilidades, o Tirano reprisou brevemente os ocorridos, desde a aquisição do modo sábio ao encontro com o pseudo-deus Shaka, portador de um poder imensurável e digno de se intitular uma entidade jamais vista. Mesmo que Umbral e Minerva vivessem dentro do Tirano, seja em seu âmago e em todos os desejos de conquistar o mundo, não havia visto nada de proporções parecidas.

Repisando o passado não tão distante assim, começou a lembrar sobre quando esteve pela primeira vez na presença da Anciã das serpentes.  Depois de viajar por uma espécie de técnica temporal, acessando o local sagrado das serpentes, o imortal foi posto contra a parede pela Anciã, a serpente de escamas esbranquiçadas, sendo obrigado a passar por algumas etapas, enfrentando outras serpentes colossais para então adquirir um poder imensurável. O modo sábio, por mais que modifique a aparência, transformando-o em um monstro grotesco, foi dominado pelo Tirano de forma perfeita, parecendo ser um prodígio da espécie.

De volta ao vilarejo, reencontrando seu irmão depois de meses, tiveram um encontro um tanto quanto inusitado com uma espécie de pseudo-deus. Shaka apareceu diante do Tirano e Maníaco como se fosse uma divindade do caos, mostrando acima de tudo seu poder absoluto. Convidando os dois líderes da Pedra para uma espécie de aliança contra um homem, ou melhor, mais um pseudo-deus chamado Hattori Shion, ficou evidente para King que ele precisava melhorar suas habilidades latentes, transcendendo em poder. Por mais que já se achava forte o suficiente para dominar boa parte do mundo Shinobi, o encontro com Shaka foi esclarecedor.

Algumas informações foram disseminadas pelo pseudo-deus e a principal, ou pelo menos a que mais chamou atenção de King foi sobre as bestas monstruosas de chakra. Colossais como só elas, possuidoras de um poder inesgotável e capazes de destruir vilarejos com somente um sopro. Pelo menos é assim que o Tirano imagina tais bestas. Sabendo que alguns vilarejos possuem o poderio armamentista dessas anomalias colossais, viu que a Pedra, por mais que já tivesse conquistado bastante terreno, ainda se encontrava atrás das outras potências, muito por conta das criaturas. Reken tentou persuadir Shaka para que ele entregasse uma dessas bestas nas mãos do vilarejo, mas sem sucesso, obtiveram uma outra informação crucial para o futuro próspero de qual desejam desfrutar.

Ter o conhecimento base de que um evento mundial irá acontecer e nele, pelo menos uma das nove bestas será entregue ao ninja merecedor, ou algo do gênero, fazia com que todo o foco de King se voltasse ao evento e, por mais que possuísse tarefas dentro do vilarejo para serem organizadas, deixou com que o maníaco e Molly, sua assistente, tomassem conta de tudo até sua volta. Com um só objetivo em mente, que é de adquirir mais poder e potencializar o modo sábio das serpentes, King se movia lentamente em direção ao Templo onde mora junto de seu irmão, passando por todos os amontoados de rochas que se fazem presentes no caminho até lá.

No templo marmorizado pelo tempo, com pilastras enegrecidas pré dispostas em todo o cômodo, pude notar a dançarina deitada de bruços sobre o sofá. Minha vontade, naquele momento, era surpreendê-la diminuindo nossa distância inicial a passos lentos, evitando o máximo qualquer ruído. Por mais que eu desejasse abraçá-la e ficar de conchinha pelo resto da noite, precisava focar no mais importante, por hora.
— Dormindo, Annya? — vociferei, quase que sussurrando, suficiente para fazê-la acordar de súbito. Não sabia que o senhor chegaria nesse horário, King. Peço perdão. por mais que eu já tivesse deixado claro que ela não era uma espécie de escrava, não mais, continuava me tratando com o máximo de respeito.

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— Não precisa me tratar como se eu fosse seu dono, mulher. Você trabalha no templo, mas não é como se fosse minha escrava, afinal, estamos mais para um casal nada ortodoxo do que qualquer outra coisa. — levei minha destra até as pernas pálidas da mulher, fazendo com que elas se recolhessem, obtendo então, um espaço no sofá para sentar. Assim fiz, repousando minhas pernas sobre a mesa de centro logo a frente. Levando um cigarro até meus lábios, puxando o fumo para dentro de meu âmago, saciando o vício recorrente. — Preciso de mais poder, mulher. — disse, levando as pontas de meus dedos da destra sobre a pele macia das pernas desnudas de Annya, fazendo com que um súbito arrepio tomasse conta de todo o corpo dela.

Ela sorriu genuinamente, enquanto tomava coragem de dirigir sua voz suave em minha direção.Homens só pensam em poder. Poderíamos viver nossa paixão sem que eu me preocupe todas as noites, imaginando que a qualquer momento posso ter a notícia de que você morre. Não suporto essa sensação recorrente.responderia com um simples sorriso, genuíno, também. Por mais que não fosse tão lindo quanto o dela, servia para demonstrar o sentimento recíproco. — É nessas horas que você se esquece de um pequeno detalhe, Annya. Pequeno, mas crucial. Sou imortal, não vou morrer facilmente. Em breve uma Guerra Santa explodirá e preciso me manter pronto para duelar contra deuses. Não só por mim, mas por nós, por meu irmão e por todos que depositaram um pouco de fé em minha liderança. — o clima ameno deu lugar a tensão por parte de Annya conforme enfiei minha destra no próprio peito, na tentativa de transpassar a pele e os fios, conseguindo tocar em um de meus corações com o indicador, recolhendo uma pequena parcela do meu próprio sangue, capaz de invocar uma pequena serpente azulada, nada comparada as de proporções colossais que me esperam.

No que posso ajudar, King-ssssssama.dizia ela, rastejando sobre o azulejo esbranquiçado do templo. Não tardei em respondê-la,com o sorriso satânico estampado em meu rosto. — Preciso entrar em contato com a Anciã. Me leve até o local sagrado. — pedi, me despedindo de Annya por um gesto com a cabeça, tateando os olhos carmesins. A fumaça da invocação me encobriu por completo, fazendo o ritual de passagem, sentindo meu corpo vibrar inconscientemente. O chakra natural já se fazia presente e, enquanto que o fumo se dispersava, pude perceber as silhuetas colossais que me esperavam, com as presas a mostra.

O local sagrado se encontrava da mesma forma de outrora, quando King teve o prazer de conhecê-lo, pela primeira vez. As gravuras esculpidas por todos os muros arenosos remetiam as histórias antigas da espécie. Por mais que fosse um salão amplo, capaz de comportar todos os colossos, o clima nada agradável perpetuava. Com o dispersar do fumo, a Anciã se mostrou presente, sobre seu longo é bem estruturado trono de rocha cinzenta. Com o cachimbo entre os “lábios” e o característico capacete medieval com uma orbe avermelhada sobre o topo da cabeça. Fitando seu pupilo com o desprezo de sempre, se contentou em sacudir a cauda, esperando um pronunciamento do Tirano.

Suspirei profundamente, analisando todo o ambiente ao meu redor usando os olhos carmesins como auxílio. Estar diante delas, novamente, me deixava um pouco receoso.
— Desculpe-me, senhora. — reverenciei após vociferar, mostrando total respeito a líder das serpentes. Se eu quisesse utilizar mais dos poderes delas, seria preciso me rebaixar, pelo menos por hora. — Fazem alguns meses desde que nos vimos pela última vez. Acredito que a noção de tempo daqui seja diferente da minha, mas venho em busca de auxílio. — sem qualquer movimento brusco buscando me acalmar diante de tantos seres colossais, levei minha canhota até a bolsa ninja localizada na lombar, retirando uma única carta de meu arsenal.

Depositar a ínfima parcela de chakra na carta em branco foi de certa forma, bem fácil. As informações adicionadas serviam para auxiliar no meu pedido de ajuda. O rosto de Shaka estampava boa parte do cartão, como também algumas informações adicionais que pude obter observando-o. Virei o cartão para a Anciã, de forma com que ela conseguisse visualizar tudo contido nela.
— Esse homem veio ao meu encontro cheio de prepotência e arrogância, se intitulando como Deus. De fato, o poder que exalava de seu frágil ego foi inimaginável. Por mais que seu jeito escolhido para entrar em contato comigo tenha sido um fracasso e, ao meu ver, apenas uma demonstração de amadorismo desse homem, pude obter informações cruciais. — abaixei o braço que permanecia suspenso para mostrar a carta à Anciã, alocando a mesma no arsenal de onde foi tirada.


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Seja mais direto, King. Procura por mais poder?antes que eu pudesse terminar meu raciocínio, a serpente colossal me interrompeu, servindo para que meu cenho franzisse de súbito. — Preciso aprender a manipular o chakra natural de forma mais fácil. Uma Guerra Santa está prestes a ser anunciada e, por mais que não me interesso muito pelos motivos dela, preciso me fortalecer e garantir a sobrevivência do meu vilarejo. A necessidade de acumular chakra natural imóvel não me agrada, nem um pouco. Existe um método diferente, de preferência, em movimento? — minha indagação era respondida com uma simples e sonora gargalhada, acompanhada de outras gargalhadas mais amenas, representando que todas as serpentes ali presentes estavam desdenhando de minhas dúvidas. O orgulho tinha de ser engolido a seco, e assim o fiz, aguardando uma resposta mais concreta.

A Anciã se deslocou do trono arenoso diminuindo o espaço entre ela e o corpo do Tirano, que permaneceu imóvel, por mais que fosse natural se prevenir contra. Próxima o suficiente para liberar o fumo presente em seu tabaco personalizado, a serpente olhou fixamente nos olhos carmesins de King, que por sua vez, não desviou o olhar sequer um minuto. Permaneceram se encarando durante longos minutos até que a voz grossa da serpente quebrava o clima.
Já te disse isso uma vez, mas repito; vejo um grande futuro em seus olhos. Por mais que você saiba, tome cuidado com essas alianças. Deuses não são confiáveis, não mesmo. Indo direto ao assunto, existe uma maneira de acumular o chakra natural em movimento, mas depende de um longo e exaustivo treinamento, necessitando estar centrado e calmo, mesmo em movimento. Terá de provar ser o homem da nossa profecia. mostrando as longas presas, preste a realizar o bote, o golpe inesperado vinha de imediato.

Meu corpo não respondeu a altura e o golpe com as presas mortais da serpente assolou meu corpo por completo. De início senti uma queimação terrível, seguida de paralisia parcial, afetando os membros adjacentes de onde foi aplicado o golpe. Com certeza uma espécie de veneno tinha sido injetado em mim, e por mais que meu corpo de pano fosse imune, esse tinha o principal efeito de atingir o tecido da pele, criando pequenas crateras em meu braço destro, como também o ombro. Os fios enegrecidos faziam seu trabalho perfeitamente, costurando as crateras como se não fossem nada, mas, a dor provinda do veneno fazia eu agonizar de dor.
— Não esperava isso de você, Anciã. Ser traído pela espécie em que faço parte. — a única resposta possível foi uma sonora gargalhada, vinda de todas as cobras ali presentes.

A Anciã se afastou do corpo de King, buscando seu trono metros atrás do acontecido. Com um sorriso em seus lábios, além do fumo teimando em sair de seu interior, a serpente estava pronta para decretar o destino do Tirano.
Me impressiona o quão burro és, King. Você já fez muito por nós, só estou devolvendo o favor. Shhhshhhhhshhh.a gargalhada soava cada vez mais distante, ficando evidente que os sentidos começavam a ser afetados pelo veneno poderoso da serpente esbranquiçada. Por mais que o Tirano tentasse se mover, a dor que persistia em assolar seu corpo não permitia qualquer tentativa de aproximação, quanto mais atacar a Anciã.

Com um movimento extremamente rápido, impossível de ser acompanhado a olho nu, ou até mesmo acompanhado com os olhos carmesins, a serpente voltava a se aproximar do Tirano, buscando encará-lo novamente, a poucos metros de distância um do outro.
Essa sua habilidade regenerativa é impressionante. Consegue se manter de pé mesmo depois de ter meu veneno injetado em seu corpo. Isso só demonstra o quão poderoso é, King-ssssama.sua língua ardilosa ia ao encontro do Tirano, que nada podia fazer, por mais que quisesse. Fazia questão de passar a língua por todo o rosto do homem, como se quisesse sentir qual o sabor de seu poder. Por mais que a cena fosse nojenta, fez com que King esquecesse, por míseros segundos, da dor que assolava seu próprio corpo.

Por mais que minha intenção fosse atacá-la, não conseguia, e não podia, não mesmo. Só iria decretar minha morte, de uma forma um tanto quanto inusitada e indigna. Lutar contra aquela serpente não estava nos meus planos. Só precisava aprender a lidar com a potência do veneno e, por fim, retrucar sobre tudo o que estava acontecendo.
Antes que tente qualquer coisa, deixe-me explicar. Essa mordida não vai decretar sua morte, muito pelo contrário, Tirano da Pedra. Ela trará a você, caso consiga sobreviver, é claro, um poder imensurável, digno de um pseudo-deus. Pelo que tudo indica, já se trata de um imortal, mas imagine se transformar em uma serpente colossal, com diversos segmentos capaz de matar tudo com uma única mordida, carregada de veneno, dentre outras habilidades únicas.por mais que tivesse sido uma abordagem completamente desnecessária, mudei a postura, relaxando um pouco meu corpo, sentindo ainda sim, o veneno pulsar.

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A Anciã percebeu que eu já estava me acostumando com o fato, e, de imediato, soltou uma gargalhada ensurdecedora, junto de um pouco de fumo. Tentei mexer minha canhota na direção dos meus bolsos, ignorando boa parte da armadura que estava portando. De súbito achei o maço, retirando dele um tabaco, acendendo por meio de um isqueiro adornado de dourado e o símbolo da Pedra estampado em seu corpo. Levando o vício até meus lábios, deu um único trago, longo o suficiente para acumular muito fumo. Tal fumo circundou meu interior, sentindo-me vivido no processo. Por fim, soltei toda a nicotina em meu corpo, mudando o semblante apático de minha face para um sorriso diabólico que somente eu e Reken possuímos.

Vejo que conseguiu superar um pouco todo o dano nocivo que meu veneno é capaz de exercer sobre um humano.a serpente dizia, ainda de frente ao Tirano.Modo Sábio, né? Vamos ver. Sim, você consegue acumular energia natural em movimento. Claro que é possível. Basta treinar o modo como acumula essa energia.revirou a caverna com o olhar, buscando por uma de suas serpentes. Olhando para a colossal de escamas azuladas, da qual King já teve o desprazer de enfrentar, a Anciã esboçou um sorriso no rosto, fechando os olhos e deixando seu cigarro cair no solo, causando um pequeno impacto aonde estavam. Aoda, a serpente azulada, devolveu o sorriso traiçoeiro de sua anciã, se aproximando por consequência.

Deixe que eu cuide desse fedelho, minha senhora. Ensinarei como acumular chakra natural em movimento, por mais que eu acredite que esse corpo frágil não sobreviverá ao veneno mortal da senhora.a Anciã se contentou em  movimentar a cabeça de cima para baixo, autorizando que Aoda desse início ao treinamento.Me siga, King.ordenava, por mais que ela esperasse que o Tirano não conseguisse se mexer, foi surpreendida. A passos lentos e tortuosos, seguiu o colosso de escamas azuis, surpreendendo a todas as serpentes ali, menos a Anciã. — Será um prazer te surrar mais uma vez, Aoda. — King gargalhou, levando à destra que havia tomado o golpe da Anciã até os fios negros no topo de sua cabeça, ajustando-os para que não atrapalhasse os olhos carmesins.

O local em que ocorreria o treino era conhecido pelo Tirano. Uma extensão da caverna principal, funcionando quase como um templo visto as diversas pilastras enegrecidas dispostas por todo o cômodo, como também algumas pinturas detalhistas sobre as paredes arenosas contando os primórdios da espécie. Sem delongas, Aoba começou seu discurso. Por mais que não fosse sua intenção, esse lugar está repleto de chakra natural, que, acaba sendo absorvido por nossos corpos de forma passiva, sem intenção nenhuma. Se desfaça desse chakra entrando no modo sábio e logo em seguida, desfazendo a transformação. Depois, faremos o treino.a ordem era acatada por King.

Utilizar o chakra natural para transformar meu corpo no Sábio da espécie já havia sido treinado tempos atrás, e de fato, não teria dificuldade em executar. Processando o chakra e fazendo-o pulsar por todo meu corpo, uma aura esverdeada tomava conta, transmutando minha pele em pequenas escamas esbranquiçadas. Por mais que o efeito do veneno deixasse o corpo dolorido, mantive minha calma, a mesma calma de outrora, quando optei por não atacar todas as serpentes antes de ter total ciência do que estava acontecendo. Por fim, o único chifre fazia-se presente em minha testa, dando sinais de que a transformação havia terminado. Por mais que sentir aquele poder pulsar pelo meu corpo fosse prazeroso, precisava me desfazer dele, e assim ocorreu. Com apenas uma ordem mental, toda o chakra natural se esvaneceu de meu corpo com uma explosão de energia, fazendo com que eu voltasse ao normal, de imediato e, criando uma pequena rajada da mesma coloração que outrora circundou meu corpo, dando indícios de que o que fora ordenado por Aoba havia sido feito.


Maravilha. incitou o colosso, me fitando por completo.Agora, irei atacá-lo de diferentes jeitos, visando que você consiga acumular chakra natural conforme se preocupar em desviar de meus golpes. É importante que mantenha a calma, sem ela, não importa o que tentemos, você falhará.por mais que ela corroborasse que o fator calma seria de extrema importância, já havia me mostrado calmo o suficiente para encarar os próximos problemas e saber que precisaria me defender da Aoba, a cobra mais problemática que eu conheço com a dor no corpo que não deixava eu me movimentar direito e, ainda me preocupar em acumular chakra natural do local seria de fato, muito difícil. Mais difícil ainda se perdesse minha calma no processo, mas, sabendo que seria de extrema valia garantir a nova forma de entrar no modo sábio, fechei os olhos e respirei fundo, sentindo toda a calmaria do local, frisando em minha mente a necessidade de que tudo desse certo.

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Tendo ciência do quão importante era manter sua calma no momento de acumular chakra natural, mesmo em movimento, King abria os olhos novamente, demonstrando um semblante impar, diferente de qualquer semblante que é seu, por natureza. Os olhos carmesins focavam no colosso a sua frente, com alguns imprecisos metros de distâncias os separando. Não houve qualquer incitação de que o treinamento iria começar, mas, analisando a serpente, King teve noção do que estava para acontecer, só lhe faltou reação corporal. A cauda azulada do colosso rasgava o ar de encontro ao Tirano, que, por mais que conseguisse observar o início e o fim do movimento ofensivo dela, foi impossibilitado, muito por conta da extrema dor que estava sentindo graças a mordida da Anciã.

Meu corpo voou metros de distância, chocando-se contra uma das diversas pilastras do até então, campo de treinamento. Por mais que eu fosse um imortal, aguentar aquele impacto foi extremamente complicado, precisando que, passivamente, alguns fios enegrecidos se recompusessem em meu interior. Por mais que a situação fosse crítica, a calmaria reinava em meus pensamentos, focado principalmente em obter o chakra natural do ambiente, revestindo em potência para mim. Por mais que o golpe do colosso tivesse causado certos estragos, era nítido que ela havia tirado boa parte de sua potência, afinal, já tinha enfrentado-a em um embate muito mais complicado que esse. Talvez pelo fato do veneno estar atrapalhando meus movimentos, ou por simples compaixão, mas, o que interessava no momento, seria meu contra-ataque.

Me levantei de forma rápida, sem tirar os olhos do animal a minha frente, que contentava-se em mostrar sua grandiosidade, com as presas devidamente destacadas ao movimento singular de abrir e fechar a mandíbula. O veneno escorria pela presa direta, servindo como um sinal de alerta, ratificando que todo cuidado era pouco. Utilizar as pilastras como meio de locomoção, utilizando o impacto em cada uma delas como propulsão seria o mais sensato a se fazer, e assim, o fiz. Com os movimentos debilitados, mas ainda assim, extremamente rápidos, corri até a primeira pilastra localizada ao meu lado direito, focando boa parte de minha força na sola dos pés. O contato com a construção enegrecida serviu para me impulsionar a frente, ganhando mais velocidade no ar, suficiente para surpreender o colosso.

Ainda no ar, sentia mais chakra natural sendo acumulado em meu corpo, de forma passiva, como se fizesse parte do meu âmago. Por mais que não pudesse ativar o Modo Sábio de imediato, saber que estava dando certo e progredindo em concentrar chakra natural em movimento servia para liberar toda a potência em MEI próximo golpe. De encontro com a cabeça da serpente, o soco desferido por mim serviu para rebaixar toda a imponência da criatura. O estrondo que causou quando entrou em contato direto com o solo serviu para por fim ao treino. Me aproximei da cobra ainda desacordada, auxiliado-a no processo de se levantar.
— Desculpe por isso. — vociferei, dando dois simplórios tapas próximo aos olhos do colosso.

Antes que pudéssemos ir até o centro do local sagrado, aonde a Anciã se encontrava anteriormente, tanto Aoba quanto King foram surpreendidos por ela, em tamanho miniatura. Com algumas gargalhadas direcionadas ao colosso azul, a Anciã fez um gesto com a cabeça pedindo para que me deixasse a sós com ela e, demonstrando a total superioridade, Aoba, a serpente mais problemática da espécie acatou a ordem de imediato, deixando o campo de treinamento. Por fim, a branca direcionou algumas palavras em minha direção.
Aprendeste rápido, King. Agora que já sabe como administrar e acumular chakra natural em movimento, acredito que seu Modo Sábio será de grande valia nessa tal guerra Santa da qual me disse. conforme falava, parecia ganhar mais proporções, para no fim, atingir as dimensões colossais da qual possui. Sobre a mordida da qual apliquei em você, não se preocupe, seu corpo logo acostumara com ela. Trata-se de um chakra especial, capaz de te conceder uma imortalidade jamais vista. Quando em perigo, será possível transformar-se em um colosso, assim como eu, mas com alguns seguimentos a mais, capaz de rivalizar com bestas revestidas de chakra, até. Use com cuidado, o poder de destruição dessa transformação é impressionante. antes que eu pudesse recitar algumas palavras e tirar algumas dúvidas, um fumo esbranquiçado envolveu meu corpo por completo e conforme sumia, gradativamente, pude me situar aonde estava. Meu gabinete, com as devidas papeladas organização sobre a mesa de madeira maciça e o visual panorâmico do vilarejo proporcionado pelo vidro atrás de mim. Um sorriso foi suficiente, levando minha destra até o pescoço aonde a mordida da Anciã fora aplicada, sentindo-o dolorido, mas sem qualquer vestígio de dor sobre meu corpo, como outrora.

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