Convidado
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Vilarejo Atual
![[Fillers] Suuichi PFo1oKL](https://i.imgur.com/pFo1oKL.jpg)
第1章
A vida é um processo complicado. Muitas pessoas perdem seu tempo tentando encontrar um padrão nesse fenômeno, alguma explicação que justifique sua existência. Não é uma surpresa que jamais conseguiram descobrir, até hoje, tal resposta.
Dada a inexistência de tal explicação, as pessoas espertas o suficiente acabam seguindo um de dois caminhos: há aqueles que isolam-se em um mundo diferente, dotado de lógica, onde tudo pode ser explicado, tudo pode ser justificado; como uma fuga do caos e da imprevisibilidade do mundo real. E há aqueles que aceitam sua existência sem sentido e vivem suas vidas baseando-se puramente no agora, naquilo que o presente traz consigo.
Qual das duas escolas é a mais correta... não é uma pergunta para este relato. Provavelmente as pessoas que trazem à tona esta indagação sequer possuem uma definição rígida do que é o "correto". Independente de qual visão prevalece nesse embate filosófico, esta é uma história onde esses dois lados se encontram; manifestados em dois humanos que, por obra do acaso, não viveram o suficiente para se encontrar no mundo físico.
ー Ugh... Onde... estou? ー Suuichi perguntava-se, confuso. Estava com uma dor de cabeça latente, que não sentia desde que tentara resolver uma das conjecturas da biblioteca do vilarejo.
O rapaz esfregou os olhos e observou seus arredores. Para a sua surpresa, não estava em seu quarto, tampouco estava dentro da vila. À sua volta, estava tudo preto: um limbo. Abaixo de si residia sua sombra, mas, em contraste com o universo negro ao seu redor, ela era branca e opaca. Não sentia cheiro de nada, nem sentia frio ou calor. Ainda não sabia, mas estava num mundo onde todos os estímulos inexistiam, um lugar indiferente à presença de seres conscientes como ele. Como se fosse um lugar feito para que não houvesse mentes capazes de observá-lo, um lugar feito para não ser descoberto.
ー ...Que tipo de lugar é esse? ー Indagou o rapaz, pondo-se a pensar. Tentou reaver seus passos, mas não conseguia se lembrar de nada que acontecera nos últimos dias. Sentia como se suas memórias recentes foram roubadas de si. ー Será possível que... eu morri? ー Disse, sentindo um leve calafrio. Por mais que, individualmente, não se importasse de morrer, não era como se não tivesse responsabilidades no mundo real. Sua irmã ainda não era uma mulher independente, tão pouco era uma adolescente. Se ele realmente havia se dado ao luxo de deixar o mundo dos vivos antes que ela completasse a idade adulta, não poderia se perdoar pela eternidade. Foi quando uma voz invadiu o silêncio infinito daquele universo:
ー Não, você não está morto. ー Era uma voz feminina. O rapaz não conseguiu distinguir a direção do som. Na verdade, em um mundo como esse, sequer sabia se coisas como som possuíam direção. No entanto, ao virar-se para trás vislumbrou a menina. Estava sentada no chão, ao lado de uma fogueira. Esta, por sua vez, exalava um fogo preto, mas a luz que produzia era branca, como a de uma fogueira comum.
A menina usava um manto preto, sem mangas, deixando boa parte de sua pele alva exposta, que brilhava com a luz do fogo negro à sua frente. Seu cabelo também era branco, quase que prateado. Os fios todos paralelos desciam até o pescoço, para só então fazerem uma curva para dentro. O rapaz não fazia ideia de quem era essa garota, mas não podai deixar de sentir que havia alguma conexão entre os dois.
ー Qual é o seu nome? ー Perguntou o garoto. ー E que lugar é esse?
Suuichi aproximou-se dela. Como havia esperado, não importava o quão perto estivesse daquela fogueira, não sentia calor. Realmente era um mundo estranho, sem sentido.
A expressão da menina permaneceu indiferente. Passaram-se alguns segundos e ela se levantou para respondê-lo:
ー Eu também não sei que lugar é esse. ...Simplesmente acordei aqui, da mesma forma que você. ー Disse. Sua voz era incrivelmente robótica. Como se não houvesse qualquer resquício de emoção em suas palavras. ー Mas eu sei que estou morta. Me lembro muito bem do momento da minha morte. ...Quanto a você, consigo sentir que ainda não está morto. Não sei como, talvez seja influência desse mundo estranho em que estamos inseridos.
O rapaz não recebeu bem a resposta da menina. Ela havia ignorado propositalmente a pergunta que fez sobre o seu nome. Mas não era como se não quisesse responder, nem como se quisesse. ...Ela simplesmente não se importava. E em um cenário como esse, claramente a opção de menos energia prevaleceria.
Suuichi suspirou, vendo-se sem opções. Algum tempo de silêncio se passou... o ninja não entendia como a mente dessa garota funcionava. Quase todas as pessoas se sentem desconfortáveis após um silêncio tão longo logo depois de uma conversa, mas ela, mais uma vez, não demonstrava qualquer sinal de que se importasse. Era um nível extraordinário de desconexão com as outras pessoas. Ela havia conseguido se isolar completamente dentro da sua própria consciência.
Depois do que parecera ser mais de uma hora de silêncio, ambos se viram sentados perante à pequena fogueira negra. Um objeto peculiar... era literalmente a única "coisa" que havia naquele universo. Um fogo desprovido de calor. Irônico, até.
ー ...Então... quem você era? ...Sabe... quando era viva. ー Perguntou o garoto, tentando puxar assunto. Estava curioso sobre ela, mas a personalidade antipática da menina tirava completamente sua vontade de se entrosar. O real motivo era o tédio que estava começando a se tornar insuportável.
A menina não respondeu. E permaneceu assim por cinco, dez minutos. Um silêncio insano. Quando, enfim, respondeu:
ー Meu nome é Azuka.
O rapaz já havia perdido as esperanças de se comunicar com aquela garota, mas a resposta repentina que recebeu acendeu uma chama de esperança dentro de si. Enfim conseguira o seu nome. Aquilo fora confirmação de que sua espera interminável valeu a pena.
ー Eu sou Suuichi. Prazer...! ー Respondeu por instinto, estendendo a mão para cumprimentá-la. Estava nervoso, poderia perder a atenção que conseguira de Azuka se demorasse demais para dizer algo, por isso, falou a primeira coisa que veio à mente. Mas a menina não moveu um músculo e não disse nada em resposta. Suuichi recolheu sua mão e quase se deu um soco ao perceber o quão idiota ele foi tentando ser tão cordial. "...Era óbvio que ela não ia apertar minha mão... O que diabos eu estou fazendo?", pensou, "Agora vou ter que aturar mais uma hora de absolutamente nada. Não vou aguentar.".
...E então se passou uma hora, mais uma vez. Só que não parou aí. Passaram-se duas horas, três horas... Suuichi já havia perdido a noção do tempo completamente. O tédio estava tão grande que o garoto estava considerando enfiar sua mão na fogueira, apenas para poder sentir alguma coisa. Vez ou outra rolava no chão, levantava, se sentava, pulava, corria. Tudo para tentar trazer algum estímulo ao seu cérebro. Mas aquele mundo era impiedoso demais, era uma câmara de absolutamente nada, um reino vazio, sem nada para fazer, nada para sentir. Apenas um fogo negro, que não emitia calor.
Suuichi olhou para Azuka mais uma vez. "...Não é possível... depois de tanto tempo... ela também tem que estar morrendo por dentro, sendo devorada por esse tédio avassalador.", conjecturou... não, era mais do que isso, tinha certeza. Não havia como um ser humano aguentar tanto tempo sem fazer nada e não perder ao menos parte de sua sanidade. No entanto, contra todas as suas expectativas, ao olhar para a menina a viu na mesma posição em que estava horas atrás. Inacreditavelmente, em todos os momentos que olhou para ela nas últimas horas, ela não havia se movido um músculo, permanecera sentada, imóvel, sem fazer absolutamente nada.
ー Não é possível...! Não pode ser! Como você consegue aguentar tanto tempo sem fazer nada? Por acaso você é a encarnação do Buddha? ー Perguntou, desesperado. A este ponto, sequer estava a procura de uma resposta coerente. Apenas queria escutar a voz de outro ser humano, ou qualquer som que não fossem os seus pensamentos. ...Foi quando uma ideia surgiu na cabeça do rapaz, uma situação que não havia considerado até então. E quando pôs-se a pensar sobre as consequências desse cenário, sentiu que precisava perguntar sobre isso urgentemente:
ー Azuka... ... ...há quanto tempo você está nesse mundo?
A menina pela primeira vez olhou nos olhos do rapaz para respondê-lo. Com a voz robótica de sempre, foi breve nas palavras:
ー Dez anos.
FichaDada a inexistência de tal explicação, as pessoas espertas o suficiente acabam seguindo um de dois caminhos: há aqueles que isolam-se em um mundo diferente, dotado de lógica, onde tudo pode ser explicado, tudo pode ser justificado; como uma fuga do caos e da imprevisibilidade do mundo real. E há aqueles que aceitam sua existência sem sentido e vivem suas vidas baseando-se puramente no agora, naquilo que o presente traz consigo.
Qual das duas escolas é a mais correta... não é uma pergunta para este relato. Provavelmente as pessoas que trazem à tona esta indagação sequer possuem uma definição rígida do que é o "correto". Independente de qual visão prevalece nesse embate filosófico, esta é uma história onde esses dois lados se encontram; manifestados em dois humanos que, por obra do acaso, não viveram o suficiente para se encontrar no mundo físico.
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ー Ugh... Onde... estou? ー Suuichi perguntava-se, confuso. Estava com uma dor de cabeça latente, que não sentia desde que tentara resolver uma das conjecturas da biblioteca do vilarejo.
O rapaz esfregou os olhos e observou seus arredores. Para a sua surpresa, não estava em seu quarto, tampouco estava dentro da vila. À sua volta, estava tudo preto: um limbo. Abaixo de si residia sua sombra, mas, em contraste com o universo negro ao seu redor, ela era branca e opaca. Não sentia cheiro de nada, nem sentia frio ou calor. Ainda não sabia, mas estava num mundo onde todos os estímulos inexistiam, um lugar indiferente à presença de seres conscientes como ele. Como se fosse um lugar feito para que não houvesse mentes capazes de observá-lo, um lugar feito para não ser descoberto.
ー ...Que tipo de lugar é esse? ー Indagou o rapaz, pondo-se a pensar. Tentou reaver seus passos, mas não conseguia se lembrar de nada que acontecera nos últimos dias. Sentia como se suas memórias recentes foram roubadas de si. ー Será possível que... eu morri? ー Disse, sentindo um leve calafrio. Por mais que, individualmente, não se importasse de morrer, não era como se não tivesse responsabilidades no mundo real. Sua irmã ainda não era uma mulher independente, tão pouco era uma adolescente. Se ele realmente havia se dado ao luxo de deixar o mundo dos vivos antes que ela completasse a idade adulta, não poderia se perdoar pela eternidade. Foi quando uma voz invadiu o silêncio infinito daquele universo:
ー Não, você não está morto. ー Era uma voz feminina. O rapaz não conseguiu distinguir a direção do som. Na verdade, em um mundo como esse, sequer sabia se coisas como som possuíam direção. No entanto, ao virar-se para trás vislumbrou a menina. Estava sentada no chão, ao lado de uma fogueira. Esta, por sua vez, exalava um fogo preto, mas a luz que produzia era branca, como a de uma fogueira comum.
A menina usava um manto preto, sem mangas, deixando boa parte de sua pele alva exposta, que brilhava com a luz do fogo negro à sua frente. Seu cabelo também era branco, quase que prateado. Os fios todos paralelos desciam até o pescoço, para só então fazerem uma curva para dentro. O rapaz não fazia ideia de quem era essa garota, mas não podai deixar de sentir que havia alguma conexão entre os dois.
ー Qual é o seu nome? ー Perguntou o garoto. ー E que lugar é esse?
Suuichi aproximou-se dela. Como havia esperado, não importava o quão perto estivesse daquela fogueira, não sentia calor. Realmente era um mundo estranho, sem sentido.
A expressão da menina permaneceu indiferente. Passaram-se alguns segundos e ela se levantou para respondê-lo:
ー Eu também não sei que lugar é esse. ...Simplesmente acordei aqui, da mesma forma que você. ー Disse. Sua voz era incrivelmente robótica. Como se não houvesse qualquer resquício de emoção em suas palavras. ー Mas eu sei que estou morta. Me lembro muito bem do momento da minha morte. ...Quanto a você, consigo sentir que ainda não está morto. Não sei como, talvez seja influência desse mundo estranho em que estamos inseridos.
O rapaz não recebeu bem a resposta da menina. Ela havia ignorado propositalmente a pergunta que fez sobre o seu nome. Mas não era como se não quisesse responder, nem como se quisesse. ...Ela simplesmente não se importava. E em um cenário como esse, claramente a opção de menos energia prevaleceria.
Suuichi suspirou, vendo-se sem opções. Algum tempo de silêncio se passou... o ninja não entendia como a mente dessa garota funcionava. Quase todas as pessoas se sentem desconfortáveis após um silêncio tão longo logo depois de uma conversa, mas ela, mais uma vez, não demonstrava qualquer sinal de que se importasse. Era um nível extraordinário de desconexão com as outras pessoas. Ela havia conseguido se isolar completamente dentro da sua própria consciência.
[...]
Depois do que parecera ser mais de uma hora de silêncio, ambos se viram sentados perante à pequena fogueira negra. Um objeto peculiar... era literalmente a única "coisa" que havia naquele universo. Um fogo desprovido de calor. Irônico, até.
ー ...Então... quem você era? ...Sabe... quando era viva. ー Perguntou o garoto, tentando puxar assunto. Estava curioso sobre ela, mas a personalidade antipática da menina tirava completamente sua vontade de se entrosar. O real motivo era o tédio que estava começando a se tornar insuportável.
A menina não respondeu. E permaneceu assim por cinco, dez minutos. Um silêncio insano. Quando, enfim, respondeu:
ー Meu nome é Azuka.
O rapaz já havia perdido as esperanças de se comunicar com aquela garota, mas a resposta repentina que recebeu acendeu uma chama de esperança dentro de si. Enfim conseguira o seu nome. Aquilo fora confirmação de que sua espera interminável valeu a pena.
ー Eu sou Suuichi. Prazer...! ー Respondeu por instinto, estendendo a mão para cumprimentá-la. Estava nervoso, poderia perder a atenção que conseguira de Azuka se demorasse demais para dizer algo, por isso, falou a primeira coisa que veio à mente. Mas a menina não moveu um músculo e não disse nada em resposta. Suuichi recolheu sua mão e quase se deu um soco ao perceber o quão idiota ele foi tentando ser tão cordial. "...Era óbvio que ela não ia apertar minha mão... O que diabos eu estou fazendo?", pensou, "Agora vou ter que aturar mais uma hora de absolutamente nada. Não vou aguentar.".
...E então se passou uma hora, mais uma vez. Só que não parou aí. Passaram-se duas horas, três horas... Suuichi já havia perdido a noção do tempo completamente. O tédio estava tão grande que o garoto estava considerando enfiar sua mão na fogueira, apenas para poder sentir alguma coisa. Vez ou outra rolava no chão, levantava, se sentava, pulava, corria. Tudo para tentar trazer algum estímulo ao seu cérebro. Mas aquele mundo era impiedoso demais, era uma câmara de absolutamente nada, um reino vazio, sem nada para fazer, nada para sentir. Apenas um fogo negro, que não emitia calor.
Suuichi olhou para Azuka mais uma vez. "...Não é possível... depois de tanto tempo... ela também tem que estar morrendo por dentro, sendo devorada por esse tédio avassalador.", conjecturou... não, era mais do que isso, tinha certeza. Não havia como um ser humano aguentar tanto tempo sem fazer nada e não perder ao menos parte de sua sanidade. No entanto, contra todas as suas expectativas, ao olhar para a menina a viu na mesma posição em que estava horas atrás. Inacreditavelmente, em todos os momentos que olhou para ela nas últimas horas, ela não havia se movido um músculo, permanecera sentada, imóvel, sem fazer absolutamente nada.
ー Não é possível...! Não pode ser! Como você consegue aguentar tanto tempo sem fazer nada? Por acaso você é a encarnação do Buddha? ー Perguntou, desesperado. A este ponto, sequer estava a procura de uma resposta coerente. Apenas queria escutar a voz de outro ser humano, ou qualquer som que não fossem os seus pensamentos. ...Foi quando uma ideia surgiu na cabeça do rapaz, uma situação que não havia considerado até então. E quando pôs-se a pensar sobre as consequências desse cenário, sentiu que precisava perguntar sobre isso urgentemente:
ー Azuka... ... ...há quanto tempo você está nesse mundo?
A menina pela primeira vez olhou nos olhos do rapaz para respondê-lo. Com a voz robótica de sempre, foi breve nas palavras:
ー Dez anos.
- Coisas:
- Aparência. 100 de status aí obg
[Palavras: 1406]
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