Convidado
Convidado


Vilarejo Atual
Já fazia algum tempo desde que eu estava de volta em Kumogakure após minha década longe de minha terra-natal treinando e aprendendo sobre a Força sob a tutela de meu mestre, pai, e avô, Haseo. Apenas depois que pus meus pés dentro do território da Nuvem pela primeira vez eu percebi o quão ansioso estava para rever meus antigos amigos – ao menos aqueles que se lembravam de mim, ou aqueles de quem eu me lembrava. Eu não sabia exatamente onde procurá-los, entretanto. Afinal de contas, não é como se eu magicamente soubesse onde eles estavam, não é mesmo? Alguns eu encontrei por acaso, ou, para ser mais exato, alguns me encontraram por acaso. Normalmente, eu não tenho problemas em iniciar uma conversa e mantê-la, entenda bem, mas eu simplesmente não queria incomodar ninguém; e se os meus amigos não se lembrassem de mim? E se eles se lembrassem de mim, mas não gostassem de minha pessoa? Existiam dúvidas o suficiente para me impedir de buscá-los por conta própria. Bem, isto iria me impedir de procurar por todos menos um. Existem laços especiais, sabe? Você, leitor, provavelmente tem um deste, e se tiver, entenderá o que eu tenho a dizer: Não importa quanto tempo você fique longe de certa pessoa, você tem uma peculiar certeza, dormente em seu subconsciente, de que, quando encontrá-la – pois vai encontrar –, tudo será como antes e nem parecerá que estiveram distantes por tanto tempo. E assim era. Ao menos com Yui, assim era. Mas, nosso reencontro não fará sentido caso você não entenda como nos conhecemos. E é para isto que esta pequena narrativa servirá; um pequeno conto que busca retratar, de acordo com minha não muito boa memória, como eu conheci a mulher mais forte que já vi. Forjada sob dor, sob sentimentos e sob determinação.
[...]
O dia na academia ninja havia começado da mesma maneira de sempre, para mim. Meu despertador tocou, busquei desligá-lo o mais rápido possível para não acordar meus pais no quarto ao lado, mesmo que ainda estivesse ébrio de sono, e, recostando-me com mais tranquilidade em minha cama uma vez que a barulheira houvesse sido interrompida, pensava sobre como tudo aquilo era um sonho horrível e que eu poderia dormir quantas horas eu quisesse. Estes pensamentos otimistas sempre duravam pouco, é claro, já que, ao pensar nas consequências que eu teria caso faltasse aquele dia, dado o meu histórico, eu recebia uma energia antes dormente para acabar logo com aquilo. Subsequentemente, me vestia, comia, escovava os dentes e arrumava a minha cama – não nesta ordem, e nem sempre fazia todas estas coisas, dependendo de quanto tempo fiquei olhando para a parede fingindo que aquilo não estava realmente acontecendo, como você deve se lembrar de ter lido logo acima. Em seguida, certificava-me de que todos os itens necessários para a aula de hoje estavam em minha mochila, e passava os próximos segundos em tentativas normalmente falhas de abrir e fechar a porta de entrada sem que seus pregos gastos alardeassem um barulho horrível e estridente por parte da casa. Com esta pequena tarefa infortuna concluída, esperei não ter acordado ninguém enquanto eu me punha a caminho da academia.
E, pensando bem, nada realmente estava fora do normal naquele dia. Encontrei um de meus amigos – um garoto do clã Akimichi – no caminho para a sala de aula, e caminhamos juntos até lá, uma tarefa que normalmente contava com a trilha sonora de sua voz me contando sobre novos restaurantes ou das várias refeições que havia feito ou o quão esfomeado estava. Geralmente, já que eu não prestava muita atenção naquilo que ele estava falando, permitia que minha mente vagueasse por alguns instantes enquanto eu olhava para o chão enquanto caminhava ou pelas janelas tais quais passávamos em nosso trajeto. E, mesmo que o restante daquela manhã letiva não tenha me reservado nenhuma surpresa, algo continuava martelando em meus pensamentos, sussurrando em meus ouvidos de tal forma que eu não conseguia ignorar, por algum motivo. – Ei. – Cochichei para Mirei, uma menina que sentava ao meu lado durante as aulas de matemática. – Você sabe o que aconteceu com aquela menina loira? – Discretamente inquiri, apontando apenas com o meu queixo o lugar vazio antes ocupado por uma menina que havia chamado minha atenção. Mirei me olhou como se eu tivesse perguntado qual era a cor do céu, e, após vigiar por cima de seus ombros e de se certificar de que o professor estava distraído em anotações, aproximou o seu rosto do meu. – Você não sabe? – Devolveu-me uma pergunta. – Não. – Rapidamente retorqui. – Dizem por aí que os pais dela morreram. Faz quase dois meses, pelo que sei. – Sombriamente me informou Mirei.
Estas notícias – mesmo que não tão novas assim, aparentemente – me atingiram muito forte. Yui parecia ser uma menina doce e sensível, e eu apenas imaginei o difícil período pelo qual ela estaria passando agora; ao me imaginar na mesma situação, certamente me via desolado. Agora, dez anos depois, cogito que esta grande empatia que se manifestou em mim possa ter sido alguma influência da Força sobre meu coração. De qualquer forma, eu não sei ao certo. E não é bom que eu continue mudando de assunto, então, vamos continuar: Badummmmmmp. O sinal que decretava o final da aula finalmente ressoava por todos os quatro cantos da academia, e parecia ser um sino que deixava todas as crianças loucas, correndo pelos corredores o mais rápido possível para irem embora. – Para onde está indo, En? – Questionava-me Mirei, junto com nosso pequeno grupo de amigos. Normalmente, após as aulas, íamos para o “Marca do Percurso”, um convidativo restaurante que oferecia desconto para aspirantes a ninja. Entretanto, meu rumo havia mudado, apenas hoje. – Erm... preciso estudar para a prova de matemática na semana que vem, Mi. Amanhã nos vemos, tudo bem? – Rapidamente respondi, apressando os meus passos e tentando me misturar na multidão para evitar questionamentos que apenas me complicariam. Senti que eu não conseguiria remover certo peso de minha consciência a menos que eu fizesse o que eu deveria fazer.
Knock knock knock. Qual era o seu nome, mesmo? Ah, sim. – Yui-chan! Você está aí? – Chamei-a em alta voz, buscando me certificar de que seria ouvido. O seu endereço não foi muito difícil de se descobrir, já que precisei apenas de um pouco de persuasão e pés leves para emprestar a lista de chamada da professora Yumi. A Yui realmente estava em casa? O que ela estaria fazendo? Que tipo de ajuda eu poderia prestar? Eram muitas as questões que pairavam sob minha mente, mas a certeza de que eu deveria estar ali era balsâmica.
HP [500/500] | CH [500/500] | ST [0/3]
Hoje à(s) 01:52DAV
» [Missões de Rank C] ▸ Maldito seja esse dia.
Hoje à(s) 00:10Revouv
» Lista e Organização de Aparências
Ontem à(s) 23:42DAV
» [Cena] — Highlander
Ontem à(s) 23:41Kayo
» GF | taichi miura
Ontem à(s) 22:43vieno
» Lista e Organização de Vilarejos
Ontem à(s) 22:42Raves
» Lista e Organização de Clãs
Ontem à(s) 22:40Raves
» CJ | taichi miura
Ontem à(s) 22:30Mako
» CENA - SOLO | intenção afiada de matar
Ontem à(s) 22:22vieno
» [Ficha de Personagem] Trismegistus (Em Construção)
Ontem à(s) 21:59Trismegistus
» [Filler - Retorno] Um novo rumo.
Ontem à(s) 21:52Revouv
» [Cena] O inicio da Maldição
Ontem à(s) 21:45Bunny