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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 25 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
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Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
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Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
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Havilliard
Havilliard#3423
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Convidado
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Já fazia algum tempo desde que eu estava de volta em Kumogakure após minha década longe de minha terra-natal treinando e aprendendo sobre a Força sob a tutela de meu mestre, pai, e avô, Haseo. Apenas depois que pus meus pés dentro do território da Nuvem pela primeira vez eu percebi o quão ansioso estava para rever meus antigos amigos – ao menos aqueles que se lembravam de mim, ou aqueles de quem eu me lembrava. Eu não sabia exatamente onde procurá-los, entretanto. Afinal de contas, não é como se eu magicamente soubesse onde eles estavam, não é mesmo? Alguns eu encontrei por acaso, ou, para ser mais exato, alguns me encontraram por acaso. Normalmente, eu não tenho problemas em iniciar uma conversa e mantê-la, entenda bem, mas eu simplesmente não queria incomodar ninguém; e se os meus amigos não se lembrassem de mim? E se eles se lembrassem de mim, mas não gostassem de minha pessoa? Existiam dúvidas o suficiente para me impedir de buscá-los por conta própria. Bem, isto iria me impedir de procurar por todos menos um. Existem laços especiais, sabe? Você, leitor, provavelmente tem um deste, e se tiver, entenderá o que eu tenho a dizer: Não importa quanto tempo você fique longe de certa pessoa, você tem uma peculiar certeza, dormente em seu subconsciente, de que, quando encontrá-la – pois vai encontrar –, tudo será como antes e nem parecerá que estiveram distantes por tanto tempo. E assim era. Ao menos com Yui, assim era. Mas, nosso reencontro não fará sentido caso você não entenda como nos conhecemos. E é para isto que esta pequena narrativa servirá; um pequeno conto que busca retratar, de acordo com minha não muito boa memória, como eu conheci a mulher mais forte que já vi. Forjada sob dor, sob sentimentos e sob determinação.

[...]

O dia na academia ninja havia começado da mesma maneira de sempre, para mim. Meu despertador tocou, busquei desligá-lo o mais rápido possível para não acordar meus pais no quarto ao lado, mesmo que ainda estivesse ébrio de sono, e, recostando-me com mais tranquilidade em minha cama uma vez que a barulheira houvesse sido interrompida, pensava sobre como tudo aquilo era um sonho horrível e que eu poderia dormir quantas horas eu quisesse. Estes pensamentos otimistas sempre duravam pouco, é claro, já que, ao pensar nas consequências que eu teria caso faltasse aquele dia, dado o meu histórico, eu recebia uma energia antes dormente para acabar logo com aquilo. Subsequentemente, me vestia, comia, escovava os dentes e arrumava a minha cama – não nesta ordem, e nem sempre fazia todas estas coisas, dependendo de quanto tempo fiquei olhando para a parede fingindo que aquilo não estava realmente acontecendo, como você deve se lembrar de ter lido logo acima. Em seguida, certificava-me de que todos os itens necessários para a aula de hoje estavam em minha mochila, e passava os próximos segundos em tentativas normalmente falhas de abrir e fechar a porta de entrada sem que seus pregos gastos alardeassem um barulho horrível e estridente por parte da casa. Com esta pequena tarefa infortuna concluída, esperei não ter acordado ninguém enquanto eu me punha a caminho da academia.

E, pensando bem, nada realmente estava fora do normal naquele dia. Encontrei um de meus amigos – um garoto do clã Akimichi – no caminho para a sala de aula, e caminhamos juntos até lá, uma tarefa que normalmente contava com a trilha sonora de sua voz me contando sobre novos restaurantes ou das várias refeições que havia feito ou o quão esfomeado estava. Geralmente, já que eu não prestava muita atenção naquilo que ele estava falando, permitia que minha mente vagueasse por alguns instantes enquanto eu olhava para o chão enquanto caminhava ou pelas janelas tais quais passávamos em nosso trajeto. E, mesmo que o restante daquela manhã letiva não tenha me reservado nenhuma surpresa, algo continuava martelando em meus pensamentos, sussurrando em meus ouvidos de tal forma que eu não conseguia ignorar, por algum motivo. – Ei. – Cochichei para Mirei, uma menina que sentava ao meu lado durante as aulas de matemática. – Você sabe o que aconteceu com aquela menina loira? – Discretamente inquiri, apontando apenas com o meu queixo o lugar vazio antes ocupado por uma menina que havia chamado minha atenção. Mirei me olhou como se eu tivesse perguntado qual era a cor do céu, e, após vigiar por cima de seus ombros e de se certificar de que o professor estava distraído em anotações, aproximou o seu rosto do meu. – Você não sabe? – Devolveu-me uma pergunta. – Não. – Rapidamente retorqui. – Dizem por aí que os pais dela morreram. Faz quase dois meses, pelo que sei. – Sombriamente me informou Mirei.

Estas notícias – mesmo que não tão novas assim, aparentemente – me atingiram muito forte. Yui parecia ser uma menina doce e sensível, e eu apenas imaginei o difícil período pelo qual ela estaria passando agora; ao me imaginar na mesma situação, certamente me via desolado. Agora, dez anos depois, cogito que esta grande empatia que se manifestou em mim possa ter sido alguma influência da Força sobre meu coração. De qualquer forma, eu não sei ao certo. E não é bom que eu continue mudando de assunto, então, vamos continuar: Badummmmmmp. O sinal que decretava o final da aula finalmente ressoava por todos os quatro cantos da academia, e parecia ser um sino que deixava todas as crianças loucas, correndo pelos corredores o mais rápido possível para irem embora. – Para onde está indo, En? – Questionava-me Mirei, junto com nosso pequeno grupo de amigos. Normalmente, após as aulas, íamos para o “Marca do Percurso”, um convidativo restaurante que oferecia desconto para aspirantes a ninja. Entretanto, meu rumo havia mudado, apenas hoje. – Erm... preciso estudar para a prova de matemática na semana que vem, Mi. Amanhã nos vemos, tudo bem? – Rapidamente respondi, apressando os meus passos e tentando me misturar na multidão para evitar questionamentos que apenas me complicariam. Senti que eu não conseguiria remover certo peso de minha consciência a menos que eu fizesse o que eu deveria fazer.

Knock knock knock. Qual era o seu nome, mesmo? Ah, sim. – Yui-chan! Você está aí? – Chamei-a em alta voz, buscando me certificar de que seria ouvido. O seu endereço não foi muito difícil de se descobrir, já que precisei apenas de um pouco de persuasão e pés leves para emprestar a lista de chamada da professora Yumi. A Yui realmente estava em casa? O que ela estaria fazendo? Que tipo de ajuda eu poderia prestar? Eram muitas as questões que pairavam sob minha mente, mas a certeza de que eu deveria estar ali era balsâmica.


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Hōki Yui
ホウキ佑泉


Talvez aquele tipo de dor fosse muito intenso para uma criança sentir, a ponto de que já não sentisse mais nada. Meus pensamentos iam e vinham como um interminável fluxo sem direção definida. Aos oito uma criança consegue entender o que acontece? O caminho ninja em que somos muitas vezes colocados nos amadurece mais rápido? São perguntas que só depois de adultos conseguiríamos responder, caso ainda estivermos vivos e psicologicamente sãos para ter uma lembrança real do que sentíamos naquela época.

Aquele dia seria inesquecível para mim. Preso por correntes a minhas pernas, era algo que eu agora devia carregar comigo para o resto de minha vida e lutar para impedir que aquilo me definisse; porém, não é tão simples assim... Nada é. O tecer da trama, naquele dia, chegava a ser impressionante. Colorido até um ponto até que então tudo seria coberto por um sufocante tom de preto e branco. Na saída da academia minha mãe me esperava. Coisa boa não era; a presença dela nunca era acompanhada de boas notícias. Apesar de triste, é a realidade. Ela nunca saia do hospital, a menos que algo sério acontecesse. Os olhos dela refletiam uma leve vermelhidão; ela havia chorado, mas já havia parado há algum tempo. Ela não queira me assustar. Um choque logo de frente seria pior, não é mesmo? Por esse lado era fácil ler ela... Mesmo com sua distância.

O encontro começou com um abraço. Ela se ajoelhou e me manteve ali por alguns segundos... O vento forte e frio do outono nos envolvia como quem entendia a situação e esperava não causar mais dano ao que restava daquela família. Quando minha mãe me soltou, continuou ajoelhada em minha altura e finalmente falou. Seus olhos estavam marejados, mas ela se recusava a chorar frente a mim. O baque de suas palavras foi forte, mas não chorei. Talvez tivesse absorvido aquilo dela. Algo em mim entendia que ela sofria mais do que eu, então apenas fiz o que veio a mim no momento; a envolvi novamente em meus braços e ali ficamos por alguns minutos. Eu entendia que as coisas não seriam fáceis a partir dali.

Com o acontecimento a gestão da academia entendeu que eu precisaria de um tempo, apesar de eu não querer aquilo. Eu já era o centro das atenções em diversos espaços atualmente, não queria dar motivos para que as pessoas continuassem a olhar para mim daquele jeito... Eu não precisava que sentissem pena de mim; os sentimentos negativos já estavam dentro, não precisavam também ser emanados daqueles que me rodeavam. No entanto, minha mãe aceitou a "orientação" em me afastar por algum tempo. O que foi totalmente incoerente, pois após todo o acontecido a única coisa que ela fez foi se afundar no trabalho. Talvez nós fossemos muito parecidas, mas talvez ela não entendesse isso.

Dois meses se passaram. Menos de uma semana faltava para meu aniversário e eu ainda estava não havia voltado para a academia. Provavelmente ficaria atrasada com relação a meus colegas... Apesar disso, os dois meses que se passaram foram resumidos a eu acompanhando minha mãe no hospital, o que me ajudara no desenvolvimento de muito conhecimento, então talvez isso compensasse pelo tempo ausente. Mesmo com a rotina ainda era muito cedo pra esquecer tudo o que acontecera e, naquele dia em específico, eu ficara em casa. Estendida na cama, fitava o teto como se ele fosse me dar alguma resposta do que fazer dali em diante quando ouvi uma voz gritando do lado de fora. Cobri minha cabeça com um travesseiro me negando a ir atender quem quer que fosse, mas a pessoa era insistente. Me aproximei da porta e devolvi os gritos: – Minha mãe não está, você provavelmente vai encontrá-la no hospital. Ela vive lá. - resmunguei mais baixo no final enquanto já dava as costas para o estreito portão colorido.

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A sua voz era agradável, mesmo que eu pudesse sentir que estivesse carregada de dúvidas. – Yui-san? – Perguntei novamente, desta vez à menina com a voz de beija-flor. – Você é a Yui da academia ninja? Na verdade, é com você mesmo que eu gostaria de falar! – Comuniquei-me, ainda através da porta. Se eu pudesse vê-la, teria certeza de quem era, mas eu deveria fazer o melhor com o que eu tinha por enquanto. Um ou dois segundos passaram-se em silêncio, e decidi que a ausência de palavras era a sua resposta. Pensei no que eu poderia falar agora, enquanto eu detinha sua atenção.

Ela disse que sua mãe estava no hospital, então? Então todos aqueles murmúrios sobre ambos os seus pais terem falecido eram mentira? Ou, na verdade, apenas o seu pai faleceu? Isto ainda justificaria a sua ausência prolongada na academia ninja. Mas, sabendo que ela estava sozinha, senti que, se eu não tivesse coragem de ajudá-la agora, eu não teria mais. – Eu estou aqui para te ajudar, Yui. – Mantive as minhas palavras curtas e de sentido amplo; já que eu não sabia exatamente qual era o seu problema, afirmações com múltiplas interpretações podiam ser úteis, como aprendi na prática.

Imediatamente comecei a pensar sobre como dar continuidade àquela conversa caso ela realmente fosse até a porta. Rapidamente lembrei-me das coisas que estavam em minha mochila; alguns cadernos que eu utilizava para anotações na academia, meu lanche – que acabei por não comer hoje – e o livro do templo, algo que eu costumava carregar comigo em determinados lugares para que eu pudesse ler para me distrair e aprender melhor sobre a Ordem. Não era muito, mas já seria alguma coisa contanto que eu pudesse pensar rapidamente em algo para dizer uma vez que Yui abrisse a porta – se isso fosse acontecer, isto é. Mas, bem, não seria bem um conto se ela não o fizesse, não é mesmo?

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Hōki Yui
ホウキ佑泉


Suspirei ao ouvir as palavras do garoto do outro lado do portão. Eu não precisava de ajuda; isso apenas soava como alguém que ficou sabendo de toda a história e precisava fingir que se importava. Sem falar que pela fala e a voz ele não devia ser muito mais velho que eu. Imaginava o que estava acontecendo na academia e os rumores que rodeavam minha ausência. Bom, pela presença do menino em frente a casa já era de se imaginar.

Me virei em direção a saída da casa e respirei, tentada a voltar para dentro de casa e ignorar a presença que em incomodava, mas não seria muito educado de minha parte. Olhei para o estreito jardim que cobria o caminho entre a porta da casa e sua entrada e admirei as poucas flores que ainda resistiam ao frio do outono, mas que logo encerrariam mais um ciclo com a chegada do inverno. Suspirei mais ma vez com o pensamento de encontrar alguém que não fazia parte de meu circulo social; eu não precisava de mais pessoas, eu só queria ficar sozinha. Afastei meus pensamentos balançando minha cabeça negativamente e segui para o portão antes que perdesse o último sopro que a coragem me dera.

Apenas o suficiente para que eu aparecesse era aberto do portão. Agora, frente a mim, um garoto com cabelos escuros e pele clara revirava sua mochila. Não me era estranho, mas não me lembrava de ter trocado mais do que duas frases com ele; me perguntava o que ele fazia ali.

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Pude ver muitas coisas em seu rosto, mesmo que, na época, eu não pudesse interpretá-las tão bem assim; parecia muito cansada, sonolenta e triste. Como uma pessoa que acorda com uma impetuosa dor de cabeça e se reveste de mau humor ou algo assim. Devo confessar que sua expressão me intimidou um pouco, afinal de contas eu não gostava de incomodar outras pessoas, e, como uma pequena criança egocêntrica, e do templo, ainda por cima, esperava ser bem recebido em todos os lugares que visitasse. Entretanto, eu não poderia deixar que aquilo me abalasse; afinal de contas, o meu esforço, se bem-sucedido, resultaria no bem de uma menina que precisava de um pouco de felicidade. Estreitei meus olhos quando o vento frio me atingiu, sem perder o breve contato visual que estabeleci com Yui. Aproximei-me um pouco dos limites dos portões, me certificando de que ela poderia me ouvir enquanto abria a minha mochila.

– Você não tem ido muito à academia ultimamente. – Constatei, puxando de dentro de minha mochila dois ou três cadernos, posicionando-os ao lado de meu rosto, como um vendedor persuasivo. – Para você não se atrasar, e, já que estou quase reprovando mesmo, pensei que poderíamos estar juntos hoje, se você puder. – Impróprio, com certeza, mas foram as únicas palavras que consegui pensar naquele momento quando vi a menina que tinha certeza de que não se mostraria para mim hoje. Algo que também ouvi pela boca de minha mãe em uma conversa rotineira qualquer era que, durante o período de luto, muitas pessoas deixavam de se alimentar; não porque não estavam com fome, mas porque seus sentimentos às pressionavam tanto que se esqueciam de que tinham de comer. – Eu também trouxe almoço... – Complementei, balançando expansivamente minha mochila de forma brincalhona. Enquanto aguardava a sua resposta, busquei por alguma reação em sua face. Qualquer coisa que tirasse a apatia estampada em seu semblante.


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Hōki Yui
ホウキ佑泉


O garoto de cabelos bagunçados me observou por alguns instantes. Me perguntava o que se passava pela cabeça dele, quem era ele e o que ele fazia ali. Eu nunca fora de muitos amigos na academia... Tirando um ou outro aluno e os forçados contatos em atividades grupais, eu preferia me manter sozinha... Tinha uma vaga lembrança da classe como um todo, dos rostos e histórias... Em tempos como este mesmo as crianças mais jovens tinham as mais diversas tramas a serem desenlaçadas. Eu me considerava uma garota de sorte. Jovem, porém com uma família feliz formada, apesar dos pequenos defeitos. A dor que emanava do meu coração agora era inevitável; uma sensação péssima que aos poucos tentavam alcançar meus olhos como forma de evadir. Não entendia muito do que se tratava, mas um dia, ao me lembrar da cena, poderia sentir e nomear claramente aquela tristeza, mesmo sem conseguir demonstrar.

O garoto decidiu falar. Notou minha ausência nas aulas e fez graça oferecendo ajuda para estudar, ao mesmo tempo que solicitava ajuda. Meu olhar era nulo frente as suas palavras. Não era reais; não precisava prestar muita atenção para saber que o garoto não era nem um pouco burro. Nossa classe não possuía muitos alunos brilhantes, mas eu sabia que ele poderia alcançar algo grandioso no futuro; ele demonstrava isso desde já. Não entendia suas razões para estar ali. Ele continuou as graças falando que também trouxera comida, enquanto agia feito bobo. Ergui uma de minhas sobrancelhas enquanto tentava assimilar o que acontecia. Abaixei o olhar e negativei com a cabeça. – Talvez alguma companhia faça bem pra mim... - Pensei, mesmo a contragosto. Abri um pouco mais o portão como um convite para que ele entrasse, mas não disse uma palavra. Para um bom entendedor meia palavra basta, não?

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Convidado
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Compreendi como um convite aceito a abertura do portão de sua casa para mim. Assim que Yui me deu as costas, permiti-me sorrir, sabendo que aqueles que me ensinaram estariam orgulhosos de meus esforços. Por primeiro, dividi com minha nova amiga – que provavelmente não me considerava assim ainda – o almoço. Eu cultivei a intenção de visitá-la assim que saí da academia, então, aproveitando-me dos ryous que minha mãe me deu para o lanche, comprei duas pequenas porções de Unagi no pote. Busquei manter minha energia para, talvez, animá-la; desta forma, tentei nos servir. No final das contas, acho que fiz um bom trabalho para um garoto, apesar das constantes “onde ficam os pratos?” que eu emitia vez por outra. Não me lembro exatamente do quanto, mas tenho certeza de que Yui se convenceu a comer. Enquanto comíamos, fiz questão de distrair sua mente do que ela poderia imaginar que eu perguntaria. Então, ao invés de perguntas sobre a grande nuvem que pairava sob sua cabeça, contei-a sobre como as coisas estavam indo na academia. Como a professora Yugao estava mais bonita depois de dar a luz, como a Mirei e as outras meninas se perguntavam sobre ela ou sobre como o diretor Akira continuava chato. De início, Yui não parecia exatamente estar escutando; após a minha insistência em monologar, entretanto, ela começou a conversar sobre o que achava a respeito de algumas coisas da Academia e de uma ou outra história interessante que se lembra, embora ainda estivesse predominantemente calada.

Depois de comermos, lavei a louça. E, depois de lavar a louça, começamos a ler algumas de minhas anotações. Devo confessar que, como eu havia, naquela época, recém começado a praticar caligrafia, entreguei-a apenas os cadernos cujos quais eu já havia começado a praticar com minha nova letra, à qual, se me lembro bem, eu considerava bonita suficiente. No geral, não me aprofundei muito nos conteúdos como um todo, apenas dando algumas pinceladas superficiais para que ela pudesse entender tudo que havia perdido. Preferi falar mais sobre como as coisas estavam e que ela não estava tão atrasada assim. Conversamos, nos distraímos e passamos um bom tempo juntos. Posso jurar que, em determinado momento, eu consegui fazê-la sorrir, embora ela tenha feito o seu melhor para disfarçar. Mais ou menos durante a segunda metade da tarde, pensei sobre como seria bom ajudá-la a se recuperar, visitando-a aos poucos e, futuramente, caminhando com ela para a academia para que ela finalmente superasse o seu trauma. Entretanto, estes eram apenas sonhos despertos, os quais eu costumava ter tantas vezes; rapidamente me lembrei de que, em um dia próximo, eu partiria com meu mestre, Haseo, para me tornar um aprendiz da Força. E, a partir daí, fiquei um pouco desanimado. Querendo ou não, eu acho que sempre fui o tipo de pessoa que desejava estar em todos os lugares ao mesmo tempo para não decepcionar ninguém. E, neste caso, isto simplesmente não seria possível. Ou, pior ainda, talvez eu perdesse toda a relação amigável que estava desenvolvendo com Yui. Entretanto, para não me permitir abalar na hora, concentrei-me nas coisas que estávamos fazendo e continuamos conversando.

... até que tive uma ideia. Já estávamos no final do dia, horário este que julguei que a mãe de Yui – que ela havia mencionado estar no hospital, trabalhando – estaria saindo de seu plantão. Não gostaria de complicá-la demais dando explicações, então, seria melhor eu ir embora. Entretanto, é claro que eu não desistiria tão fácil de minha nova amiga. – Ah, eu já ia me esquecendo. – É claro que não é verdade; eu estava pensando só nisto nos últimos minutos. Neste momento, puxei o que seria um de meus cadernos de minha mochila. Entretanto, este não era apenas um caderno, e sim um livro. Um livro sagrado, de acordo com o templo. A sua capa possuía um azul escuro que servia de fundo para vários pontos brilhantes; era um céu noturno que cintilava com a luz das estrelas que o adornavam. Na parte da frente, alguns kanjis escreviam: “Os Textos Sagrados da Força”, numa tinta branca que se sobressaía sobre todas as outras tonalidades. Na verdade, apenas estudantes do templo tinham o direito de carregar uma cópia, e certamente não podíamos perdê-la. Mas, de certa forma, se você pensar bem, eu não estava exatamente perdendo ele, não é?

– Eu vou embora por um tempo. – Disse-a. – Mas eu vou voltar. E, enquanto isto, eu quero que você segure isso para mim, Yui. Você pode lê-lo quando quiser, mas, principalmente, use-o para se lembrar deste dia. O primeiro dia de verão, e o primeiro dia que você voltou a sorrir. E, também, não se esqueça de mim, certo? – Complementei, com um sorriso inocente e despreocupado. Não esperaria por sua resposta, já que ela provavelmente se sentiria tímida ao ter que formular algum tipo de despedida. Com minha mochila nas costas, pulei para a sua janela aberta, e, com um último olhar para trás, anelando os seus cabelos flavescentes, pulei para longe. “Por favor”, eu pensava naquele dia, “não se esqueça de mim, Yui. Melhore logo”.


HP [500/500] | CH [500/500] | ST [0/3]
Anonymous
Hummingbird
Tokubetsu Jonin
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[Filler em Dupla] ─ Calor e Frio Original

Hōki Yui
ホウキ佑泉


O garoto parecia muito mais animado do que eu gostaria. Minha energia beirava o nada, enquanto ele faltava apenas saltitar enquanto andava ou tremer de tanta energia que guardava em seu corpo. No final, não era de todo ruim. Quando estava prestes a iniciar na academia lembro-me de meu irmão mais velho, ao sentir minha insegurança, me aconselhando a procurar por pessoas que reluziam, que emitiam uma boa energia; elas fariam com que eu me sentisse melhor. Pessoas como ele. Era impossível não sentir falta deles.

O menino disparou a falar enquanto comíamos da comida que ele havia consigo. Havia notícias de todos da escola; não imaginaria que ele pudesse ser do tipo que fica fofocando sobre a vida dos outros, mas ele parecia querer manter o silêncio longe, então usava qualquer recurso. A criança de uma das professoras havia nascido e, pelo que parece, alguns dos alunos se lembravam de mim hora ou outra. Talvez eu estivesse muito sufocada para sentir muita coisa, mas um leve calor talvez tenha percorrido meu corpo no momento; talvez ele realmente se importassem, mesmo que um pouco. Depois de toda a falação o garoto finalmente percebeu que até agora não havia se apresentado. Enmei. Clã Sarutobi. Não sabia muito sobre eles, mas já ouvira sobre sua determinação.

Comemos e ele insistiu em organizar a cozinha. Talvez fosse bom ter algo para fazer de noite, mas não já que ele insistiu, não recusei. Quando terminou ele abriu alguns de seus cadernos, mas não focou muito no conteúdo. Apesar de ter se oferecido para me ajudar a estudar, não parecia muito interessado em de fato fazê-lo. Quando o sol descia pelo horizonte ele decidiu que era hora de ir. Antes de sair lembrou-se de algo. Pegou sua mochila e tomou em mãos um caderno azul-escuro. Por alguns segundos me perdi na profundidade que a capa trazia consigo; além do azul, pingos brancos cobriam o sua superfície. Era como olhar para o céu em uma noite limpa. Estendeu a mim enquanto eu ainda observava o encadernamento do livro. Kanjis em sua superfície diziam "Os Textos Sagrados da Força”; talvez não fosse um caderno qualquer.

Sua despedida parecia mais real do que um simples "até logo". Anunciou que sairia da vila por algum tempo, sem definir muita coisa. Me entregou o livro e relatou que seria minha missão guardá-lo até que estivesse de volta. Sua expressão era séria, então acreditei que era uma peça importante para ele. De acordo com ele eu deveria usar o livro para me lembrar daquele dia. "O primeiro dia de verão, e o primeiro dia que você voltou a sorrir". Ele estava mais sério do que esteve todo o dia, então preferi manter minha estranheza para mim com sua frase, afinal, o verão acabara há quase três meses. Suas últimas palavras foram "não se esqueça de mim". Era muito pra processar, eu mal o conhecia, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa o garoto já havia saído pela janela.

Aquele dia ainda é claro em minha memória, mesmo com a quantidade de borrões que a cercam por tudo que ocorreu na época. Sem falar que o livro encapado com a noite, qual eu lera diversas vezes, mesmo sem entende-lo por completo, sempre tratava de me lembrar do estranho dia em que conheci o garoto Sarutobi de cabelos desarrumados.

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Considerações:

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Kaden
Jōnin
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