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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 25 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
gogunnn#6051
Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
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Havilliard
Havilliard#3423
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O quente verão de Konohagakure no Sato já punia seus moradores naquele horário do dia onde o sol estava em seu pico de luminosidade e calor sobre a Terra. Devido ao calor, muitas pessoas escolhiam almoçar fora de suas casas e aproveitar a suave brisa que as vezes entregava um ar refrescante nas ruas, principalmente na barraca de lamen mais famosa da Folha. Apesar do tom pacifico dentro dos portões, o Quartel General da Folha Oculta preparava um exame de emergência para um Genin em destaque, precisando elevar as defesas da aldeia, assim como o nível de seus shinobis. O QG liberava um dos falcões mensageiros para alertar o candidato a Chunin. A ave facilmente encontraria o jovem Kaguya aonde quer que ele estivesse, interromperia qualquer atividade para lhe entregar a mensagem. Nas patas do grande animal alado, o símbolo da folha estava no pergaminho que carregava e seu conteúdo explicava a necessidade de ir ao ponto solicitado com urgência. Os objetivos de sua missão não eram esclarecidos e tão pouco o garoto estaria ciente de que seria testado. Bastaria ir até os portões de Konoha para receber atualizações de seus objetivos.

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aves da Folha


Talvez fosse possível ver a maioria da Folha ali do telhado onde estávamos. Era a terceira casa só esse mês, as coisas andavam difíceis ao ponto de me levarem ao limite mais distante da vila, quase próximo ao monumento dos Hokages. Kaname descansava pacífica e confortavelmente ao meu lado, depois de uma refeição rápida que providenciamos, sem eu dever a ela e ela a mim. A visão agradava e acolhia, a da garota certamente, o aglomerado de prédios lá em baixo e no horizonte apenas lembram dever e dificuldade.

Um dos agrados ao estar na presença da menina era a falta de necessidade das palavras quando as mesmas não se sentiam livres para sair e vibrar pelas coisas. Fui eficiente apreciando o momento até o silêncio ser chutado pelo grasnar alto da ave se aproximando. Kaname foi mais rápida com os olhos e saltou veloz e elegantemente, jamais deixando de lado a aura de realeza que parecia ter nascido com ela. - Aparentemente vieram atrás de você de novo. Trate de pedir mais favores pra você me dever na próxima da próxima, hein?! Retribui o sorriso e confirmei com um aceno.  

Identifiquei o símbolo do vilarejo e o pergaminho antes mesmo de oferecer o braço como repouso para o animal. Protegi a pele das garras afiadas revestindo-a com um pouco de osso, o que também daria mais de estabilidade no pouso. Havia certo ineditismo naquela convocação, tudo que eu tinha era o horário, lugar e o nível de urgência ao qual minha presença era submetida. Amarrei novamente a bolsinha vazia de couro do animal, dei a ele um ou dois afagos na cabeça acompanhados do lamento por sua falta de liberdade e o soltei.

O clima agradava, a expectativa animava e a refeição e companhia recentes esquentavam cada cantinho frio da minha pessoa. Quando me dei conta não faltava muito para o portão e os pensamentos ainda corriam pra lá e pra cá com possibilidades a respeito do que viria logo mais. Incapaz de desconsiderar a natureza desconfiada de Konoha com a qual eu tanto me identificava, espantei tudo que fosse pensado a longo prazo e preparei-me para o provável padrão ritualístico e cênico da possível missão. A única inquietude não controlada, talvez apreciada e certamente necessária, era a dos olhos, sempre em constante busca e atenção, mesmo comigo e todo o resto ao redor parados; folhas, movimento das ruas, som do vento. Relaxei as costas no muro, bem ao lado de onde ele se encontrava com o paredão alto de uma casa e deixava apenas o lado direito e frente livres para aproximação.

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Felizmente, aquele garoto sequer tinha noção do que o esperava no futuro. Esconder o real motivo daquele teste era proposital, não podendo haver sequer um pingo de sentimentos relacionados ao que enfrentariam. Ao chegar nos portões de Konoha um dos guardas reconhecia o jovem Kaguya e imediatamente o abordava para as atualizações. Muito pouco foi descrito na carta que recebia do pássaro, mas aquele guarda com os óculos fundo de garrafa o alertava dos perigos adiante. Um time recém-formado de Chunins estavam desaparecidos a uma semana, enviados para a floresta do País do Fogo para investigar o aparecimento de inúmeros cadáveres, estes deixados totalmente vazios por dentro, desde órgãos a ossos. O Jonin arrumava seus óculos enquanto tentava explicar o que estava acontecendo, mas seu corpo tremia e sua fala parecia totalmente assustada, seu olhar desejava toda a sorte do mundo para aquele Genin a sua frente. Quando se retirou, estava gelado e suado, suspirando e agradecendo por não precisar ir naquela missão. Por mais assustador que parecesse, o Quartel não enviaria um Genin para uma missão suicida, o Kaguya havia sido selecionado por algum motivo ainda desconhecido. Deveria partir para o Sudoeste da floresta, enfrentando a densa mata fechada que se formava naquela parte do país, enfrentando o estranho fechamentos das folhagens que cobriam o solo, dando a todo um ambiente um aspecto noturno e cruel. O Genin precisaria se aventurar ali dentro, sobreviver até mesmo a própria floresta enquanto procurava por sinais do time desaparecido.

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aves da Folha


A bem da verdade, não pude deixar de me divertir com o nítido pavor gritando através das expressões do ninja. Toda a intimidação que o homem sentia certamente não partia de mim, o que inflamava o ânimo e a curiosidade. Você pode imaginar que o meio mais simples de saciar as perguntas seja perguntando, e não estaria errada até certo ponto, mas ele pode apenas mentir, dizer meia verdade ou desviar do ponto. Ator e estudioso como me orgulho de ser, aceitei o desafio de tomar as expressões do shinobi como uma leitura codificada e o li. Ele desviava o olhar sempre quando sob menção dos meus deveres na floresta e do grupo de companheiros desaparecidos, mantinha um tom melancólico de pena, medo e receio, buscava sempre distrair a tensão do momento mexendo em alguma parte do corpo, ora óculos, ora algum ornamento das vestes. Não se tratava de um problema pessoal que o deixara daquele jeito, se fosse, estaria mais intrínseco, menos palpável.  

Deixei-o com a melhor atuação de um jovem destemido, determinado e crente de suas habilidades e peguei a estrada, faceiro apesar dos indícios de um presságio ruim. Independente de me questionar sobre a confiança própria daquele shinobi por um tempo, não pude deixar de lado a possibilidade de ele saber no que estou me metendo e, pior, estar sendo enviado novamente em algo fora das capacidades de um genin. Talvez eles ainda estivessem acompanhando meu desenvolvimento com o Juin, não posso negar o progresso considerável das últimas semanas, é possível que quisessem me testar novamente. Confesso que havia reciprocidade no desejo.  

Tinha a preocupação sobreposta pelo ânimo apenas por ser enviado à onde considerava ser meu lar, ou pelo menos parte dele. Como descrito pelo ninja duvidoso, a floresta para onde me dirigia abandonava os limites da floresta circundante de Konoha, minha casa e ‘família’, e passava a abranger uma vastidão que reinava sobre boa parte do País do Fogo. Até deixar as fronteiras da Folha, o que custou um bom par de horas, me aproveitei do quintal para abastecer a mochila com frutas da melhor qualidade, o cantil com água e  para pegar mais um punhado de plantas com cheiro forte de verde, boas para disfarçar o próprio aroma. Sabia o trajeto relatado dos chūnins apenas até certo ponto, o território completamente conhecido ficava para trás e a intensidade da mata aumentava em companhia da escuridão. Qualquer postura de total atenção e prontidão adotada até agora deveria ser no mínimo dobrada.

Não deixei de buscar indícios mesmo durante os cuidados próprios, um galho quebrado, uma folha rasgada de um jeito estranho, montinhos de grama fora do lugar. Há inúmeras formas de marcar vestígios das nossas próprias presenças, mesmo quando cuidamos para evitar. Ainda julgava a responsabilidade pela dificuldade em encontrar uma pista que fosse; era da vasta extensão e volume da floresta ou da competência dos procurados em esconder seus rastros?! Os recursos apanhados no caminho duraram por boas horas, o suficiente para economizar o que havia levado de casa. Depois que passei os limites do vilarejo, pouca coisa servia para estocar para mais tarde. Ao contrário do que a falsa lógica possa indicar, a quantidade oceânica de vegetação não torna mais fácil o encontro com frutos e comestíveis, no mínimo dificulta.  

Consegui tirar proveito da missão antes mesmo de desenvolver qualquer resultado. Conseguir talvez implique em tentativa, não foi o caso. Explorar escuridões antes não iluminadas, ser responsável por descobrir informações inéditas e fazer delas uma ferramenta de ajuda, a tensão da hostilidade, tudo causava uma sensação morna e familiar, remetente ao encanto da infância. Dias mais cedo apanhava para o dilema da escolha do próprio futuro, uma profissão que me tirasse da situação ruim e da pouca remuneração das missões, investigar mostrava-se uma atividade bastante satisfatória. Tive a certeza quando meus olhos se encontraram com a cor destoante em meio aos tons de verde predominantes.

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Em todas as aldeias shinobi, os Genins eram vistos como os novatos e indefesos no meio das guerras e atividades de um ninja, mas para aqueles que se destacavam entre os muitos de sua idade era fácil identifica-lo como uma potencial arma para a aldeia. As preocupações que envolviam toda a escolha no Quartel começavam a aumentar quando aquele Jonin alertava que o jovem Kaguya havia partido pelos portões ao sudeste da mata do Fogo. Mal sabiam os velhotes do Quartel que o Genin era tão habilidoso quanto eles, astucioso e cuidadoso ao se mover em um ambiente totalmente desfavorável e desconhecido, não ousando desafiar a própria mãe natureza e seus animais e peçonhas. Intrigante era o fato de um grupo de Chunins ser enviado para esta mata, mesmo que alertados dos perigos que habitavam cada galho, arbusto e árvores ocas. Os ventos que sopravam por cada canto da floresta não faziam sentido dentro do verão que o País do Fogo enfrentava, era frio, intenso, as folhagens soavam como vozes que sussurravam nos ouvidos do Genin e lentamente ele poderia identificar um padrão em cada palavra que surgia entre os barulhos de folha. — As crianças... — As primeiras palavras podiam ser facilmente identificadas quando o Kaguya tocasse o pedaço de roupa úmida e mancha de vitalidade humana. Poucos metros à frente, arvores completamente marcadas por um tipo de lamina grossa, galhos quebrados e uma fumaça que deixava o chão como um fogo recém apagado. Ele deveria continuar sua busca.

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Há uma diferença súbita e quase palpável entre a atmosfera do interior de uma floresta selvagem e pouco pisada e qualquer outro ambiente, natural ou não. Em boa parte dos lugares a cautela costuma vir da consciência de algo que pode nos causar problemas, é um sentido ativo e consciente que busca nos afastar desse algo. Usualmente é fácil identificar essas ameaças, controlar a cautela e não a deixar se aventurar para o lado do medo, mas a partir do momento em que você penetra os limites externos da natureza nesse estado, a cautela e o medo misturam-se um ao outro e a você mesmo. Passam a cutucar cada pedaço de célula e fazem despertar cantos primitivos da consciência, partes talvez ligadas aos ancestrais em seu ápice da adaptação e evolução.

Foi preciso uma infância inteira, incontáveis situações íntimas da morte e um excelente eremita para tirar de mim a mescla de cautela e medo no interior das matas. Passei a sentir-me confortável e em casa, ainda sem deixar de lado o oceano de perigos oferecidos pela selvageria. Quando senti a cautela me cumprimentar novamente depois de tantos anos, primeiro imaginei estar sendo atacado e com os instintos a plenos pulmões, gritando para correr. Foi um encontro desconfortável, mas a sensação de lar ainda persistia ao meu lado e atentava ao fato de estarmos em território novo, desconhecido. Eu daria completa razão a essa observação, mas o medo não demorou a acenar e se aproximar da companheira. Deixei-os coexistirem por poucos segundos e os chutei.

Observei e abracei cada detalhe por onde passei, seja pela curiosidade de um lugar novo ou pela necessidade da função. Os sussurros das árvores corriam com facilidade em meio a falta de luz, quase tão perceptíveis quanto uma voz suave. Não me importei até a terceira vez em que as ouvi dialogar, na quarta passei a mão no pano ensanguentado logo à frente, desloquei do meu ombro um pedaço comprido e afiado de osso e me aprofundaria nos sinais de confronto cada vez mais nítidos, se a voz não vibrasse por todo meu ser; - As crianças...

Não soube dizer se a voz ecoava do ar até meus ouvidos ou se era projetada diretamente nos pensamentos. Independente da opção, o sinal de degradação mental era evidente e sem motivo conhecido, somava-se a coleção de indícios desagradáveis e acentuava a cautela. Guardei o tecido ensanguentado e não pude deixar de notar que o líquido ainda o umedecia, talvez absorvido há não muito. Inundei-me na revigorante e preocupante possibilidade e esperança de estar logo atrás dos meus companheiros, cenário que não havia tocado a mente dadas as informações passadas pelo ninja da Folha. Retomei o caminho, ainda mais atento e incapaz de esquecer a voz, a fumaça densa rente ao solo enfolharado pouco se assemelhava a névoa e dificultava a procura por rastros ou quaisquer outros indícios rastejantes, mas não impedia o sangue de brilhar e se destacar novamente em outro tecido rasgado pendendo não muito longe, mesmo com pouca luz.

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Florestas são conhecidas pela vasta biodiversidade existente em toda sua fauna e flora. Algumas de fato representam perigo para a humanidade e outras abraçavam os homens como fieis parentes. De modo certamente intrigante, a conhecida floresta que circundava toda a Aldeia Oculta da Folha parecia sofrer naquela região, onde o vivo verde das folhas se degradava a cada segundo em um tom escuro beirando a cor ausência de vida. O solo que aparentava uma extrema fertilidade se tornava arenoso a cada passo, úmido, lamacento e até mesmo inundado em alguns cantos. As raízes, que deveriam ficar abaixo da superfície, já sentiam a insuficiência de minerais e água límpida para que as árvores sobrevivessem. O próprio chão exalava o odor da decomposição de todos aqueles compostos orgânicos, liberando o gás metano para as narinas dos seres que ainda resistiam à morte. Ainda pelo solo, uma densa nevoa se formava quanto mais profunda era a jornada do Genin, inalando o nevoeiro e sofrendo com um certo delírio, este que tão pouco fazia sentido quando as folhas diziam as palavras

O grupo de Chunins enviado para a missão de reconhecimento partia semanas atrás na parte da manhã com a informação de que uma mulher grisalha havia sido avistada ao Sudeste da floresta. Viajantes e mercadores alegavam que a presença da idosa estava adoecendo a floresta e que aos poucos tudo se tornava morto. Pouco havia sido contado, mas a cada dia a floresta estava cada vez pior, toda a vida estava sendo transformada em algo decomposto. Muitos acreditavam que havia visto a própria morte rondando aquele local. Konoha não poderia deixar que aquilo fosse adiante e assim o grupo enviado havia sido perdido.

Outros relatos chegavam aos ouvidos do Quartel General que imediatamente escolheram o Kaguya. O pano manchado e as vozes eram apenas o começo dos acontecimentos. Muitos rastros haviam sido deixados, galhos quebrados, pegadas, troncos manchados, ranhuras e por fim as vozes. A cada sopro gélido a nevoa aumentava e as folhas conversavam com o jovem, dessa vez soando ainda mais fantasmagóricas. — estão... — uma nova palavra seria reconhecida no terceiro cantar das folhas. Seguindo em frente naquele ambiente hostil, muitos animais seriam encontrados mortos, pássaros, cervos, e sempre nos estados mais profundos de putrefação. Parecia uma trilha de cadáveres que indicavam o caminho.

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Apesar da dificuldade imposta com cenário e suas modificações pouco aparentes a naturais, tive a sorte ou competência de colocar-me a seguir o rastro do que parecia ser uma situação de batalha. Cerrei o punho entorno do cabo da lâmina improvisada, logo ao ter o corpo feito de estrada pelo arrepio trazido com a voz espectral. - Estão... Fazendo algo ou em algum lugar, certamente. O que me incomodava naquele momento era a decisão de aguardar a continuação e o sentido das palavras ou me afastar e da hostilidade do solo e da fumaça, estranha desde a primeira vez que nos encontramos. O cenário havia piorado a partir de certo ponto, já não sabia identificar precisamente o tipo de floresta ou o que seria possível encontrar em um interior tão profundo, escurecido e devastado.

Deixei de diferenciar as espécies que compunham a trilha de decomposição exposta mais à frente depois que contei o quinto animal. O cheiro era terrível por onde fosse sua extensão, mas próximo aos cervos e outros animais de porte maior seria difícil passar sem proteger o nariz. Não era mais seguro e recomendável caminhar pelo solo, como caminho teria que bastar os galhos grossos das árvores que se ligavam em uma extensa rede de vegetação, para todos os lados. Seria difícil seguir a trilha do alto se os rastros não fossem tão marcantes e chamativos. Enquanto me deslocava ao lado da cautela, não deixava de trabalhar nas possibilidades que levariam ao que eu estava presenciando. No mínimo uma coisa era certa, algo na floresta estava acabando com boa parte da vida do lugar, assumir o pior a respeito das minhas buscas não só era sensato, como também trazia grande quantidade de cuidado a respeito da minha própria segurança. Apesar das reflexões, seguiria com a missão até sua completa conclusão, para bem ou para mau.

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A coragem daquele garoto era impressionante. Mesmo diante de desafios e visões que jamais imaginou enfrentar ele reunia suas forças físicas e psicológicas para ir mais a fundo naquela floresta adoecida e sequer fraquejou em algum momento. Deixar o solo foi a escolha mais sabia que o garoto teve no decorrer de sua presença ali. Aos poucos, alguns animais se tornavam lamacentos e outros já começavam a sumir no leve declínio que o chão fazia, tornando-se um verdadeiro pântano de metano que consumir as raízes e boa parte do tronco e principalmente do solo da Floresta. O terceiro vento gélido cantava para as folhas a última palavra que formulava a frase amaldiçoada. No terceiro chacoalhar ele poderia discernir as silabas e formar a palavra final. — aqui. — Parecia um indicativo obvio, ele sabia que o grupo de Chunin estava na floresta e não precisaria ser avisado pelas árvores ou o que quer se fosse aquilo. Contudo, segundos após a última palavra o Genin encontraria um campo elevado dentro do pântano, aparentemente seco e... com três silhuetas dentro da mata. Duas elevadas na altura do topo das árvores e uma no chão, paralisada e aparentemente não ligava para a presença do garoto. Ele deveria se aproximar e com cautela analisar quem eram, mas assim que o fizesse ouviria um intenso riso feminino por todos os cantos de onde estava.

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Gradativamente o cenário tornava-se “melhor”, deixando de abrigar o ritualístico amontoado de corpos espalhados por todos os cantos e dando lugar ao pântano intoxicante em aparência e possivelmente composição química também, não muito melhor que antes. Os saltos de galho em galho agora deveriam ser mais calculados, ainda mais cautelosos e infelizmente menos ligeiros. Não deixei de notar a diferença agradável ao me desfazer do ar infestado por fumaça, seja efeito placebo ou não. Porém, ainda pude ouvir o resquício da voz espectral que voltava para entregar o restante da mensagem.  

- As crianças estão aqui... Era algo que certamente eu já desconfiava, mas a confirmação também trazia um frio estranho ao corpo, quase supersticioso. Apertei o ritmo dos pulos dentro do que pude e o terreno começou a entrar em aclive, secando com o aumentar da altura. Não demorei a perceber silhuetas à frente, os olhos estavam sempre em movimento e o espaço entre a vegetação aumentava na pequena área que eu progredia. Contei três quando me aproximei e as batidas do coração diminuíram a distância umas das outras. Aproximei-me mais, rápido, rígido e preparado. O punho cerrado no cabo do osso embranquecia os nós dos dedos, ansiosos por resolver o que viria. Quando novamente os olhos encontraram o que deveria ser encontrado, a reação beirou o espanto, pena e indignação, mas os músculos não hesitaram ao soltarem-se e disparar.  

Com a mão destra arremessei o osso na corda que prendia o garoto da direita e na que mantinha o da esquerda alvejei com igual rapidez e desenvoltura, sacando uma kunai no compartimento mais próximo, acompanhado pela risada que pouco durou na minha concentração, mas ainda fora capaz de marcar como ferrete. Durante o percurso até ali meus pensamentos haviam buscado o entendimento de toda a situação da floresta. Para minha pessoa, que sempre teve o receio e cuidado com a degradação mental, a floresta fora uma experiência problemática. Psicológicos fracos naquela vegetação seriam crianças jogadas aos lobos. Quando a imagem de dois meninos pendurados pelo pescoço e uma garota em possível estado de choque inundou meu discernimento, o que se desenrolava ali desdobrou-se como um estalar. Sem deixar os movimentos dos braços encerrarem, me coloquei em toda velocidade na direção da menina. Talvez meus pensamentos e decisões também não estivessem completamente lúcidos, mas me pareceu mais seguro desmaiá-la para tirá-los dali em segurança. Voei em seu pescoço e tentei atingi-la com força e sutileza, tendo o desmaio como dano maior do ataque.

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A rapidez do Kaguya mostrava toda a sua frieza e preparo psicológico para aquela missão e aos poucos era compreensível os motivos do quartel ter escolhido o garoto para a floresta. Sem hesitação em seus movimentos, rapidamente retirou ambos os garotos pendurados, mas, como era se esperar, já estavam naquela forma a muito tempo e tanto seus pescoços como o oxigênio em seus pulmões já não possuíam mais vida e estavam entregues para a morte. Ele não deveria se culpar em momento algum, nem mesmo se tivesse sido mais rápido seria capaz de salvar a vida dos garotos, mas ainda poderia entrega-los para um funeral apropriado em Konohagakure no Sato. A garota, desmaiada pelo golpe preciso de Taijutsu, aparentava boa saúde física, apesar de arranhões em seu rosto e braço. Caso não houvesse apagado a garota, poderia tentar uma abordagem lenta para estimular a adrenalina em seu corpo e obter ajuda para carregar os garotos, mas agora havia três pesos a serem levados por um único homem. Sua missão estava quase completa e bastava deixar aquele local, e deveria fazer isso procurando a melhor maneira de atravessar o pântano ou acordar a garota de seu ataque. Quanto mais demorasse, maior seriam os ventos que atingiam o grupo, gélidos, carregando um peso que atingia o psicológico de cada um e, como os outros, carregava uma voz fantasmagórica e dessa vez incompreensível.

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Senti o mindinho acertar e carregar consigo o peso de mais três dedos, uma mão, um braço, um corpo inteiro calculista e gentil, colocando-a nos braços antes de atingir o chão. A caminho da menina, antes do golpe, já supunha a falta de vida em ambos os garotos, não houve reação alguma enquanto eu me aproximava ou qualquer indício de fôlego em busca de vida. Nem mesmo quando caíram, foram apenas corpos rendidos a gravidade e ao sono profundo, ainda mais que aquela floresta.

O murmúrio das árvores e do vento estava mais alto em comparação as vozes de mais cedo, voltar pelo mesmo caminho me causava uma sensação receosa, mas julgava ser mais rápido que desbravar uma nova trilha. Sobre ser mais seguro, eu deveria confiar nas minhas habilidades, estava em uma situação que ninguém além delas poderia me tirar. Deitei suavemente o corpo da garota na melhor parte do solo próximo que pude encontrar, aproximei os dois corpos e os despi com a devida pressa que o cenário exigia e com o respeito que jamais deixaria de prestar a um companheiro caído. Retirei apenas os seus coletes, que por si só pesariam na caminhada. Porém, também levei separado comigo tudo que a vestimenta acolhia, incluindo as bolsas de armamentos e seus conteúdos. Somei à bagagem no interior da roupa as duas bandanas, evitando perde-las.  

As estaturas dos dois corpos eram de garotos, apesar de ambos serem chūnin. Em relação a minha pessoa, pareciam adolescentes um pouco mais jovens que eu. Acomodei-os nas minhas costas, cada face para um lado, os braços para baixo, paralelos a coluna. Fiz os ossos crescerem em ambas as laterais do meu tronco, abraçando-os firmemente e prendendo-os a mim. Por estar desacordada e poder estranhar toda a situação em uma possível lucidez, piorando as coisas de inúmeras formas, a garota seria levada nos braços com a cabeça cuidadosamente apoiada na curva do antebraço.  

Parei duas vezes para arrumar a posição de um ou dois ossos e verificar se a sobrevivente estava minimamente bem. Não tinha muito conhecimento sobre cuidados médicos, mas sabia reconhecer uma respiração saudável e um coração em bom ritmo. Apesar do volume e quantidade, os três não ofereciam uma resistência tão grande ao corpo, pelo menos até o fim, que agora era início, da trilha de animais mortos.

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Meticulosamente, o garoto utilizava todas as suas forças para garantir que a família daqueles dois chunins tivessem a dignidade de se despedir de um caixão preenchido e não de algo simbólico e vazio por dentro. Sua velocidade e habilidades para evitar caminhos que não conhecia ajudava no retorno para a Aldeia, porém, o grande esforço físico que fazia poderia ser um fator determinante no que estava por vir naquela missão de resgate. As vozes que se aproximavam de alguma forma tomaram a dianteira do Genin, surpreendendo-o com um ataque que o levaria para o chão instintivamente. Ao certo evitaria o golpe projetado para mata-lo, buscando um local seguro para deixar os resgatados e combater o perigo que se aproximava. Com uma risada aguda e atrapalhada, um vulto negro descia a metros do Genin, completamente encapuzada permitindo que apenas alguns fios de cabelo grisalho deixassem seu capuz. — Sinto... eu sinto. Eu sinto o cheiro de um parente a quilômetros, garoto. — Lentamente aquele ser começava a se mover para a esquerda e direita continuamente, sempre retornando ao ponto central enquanto buscava implementar duvidas na cabeça do Genin. — Sabe, éramos guerreiros temidos, violentos... mas fomos traídos. Você deve conhecer a história, não? —

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Havia peso e dificuldade ao carregar os três pelas árvores do pântano, mas meu corpo resistia mais que o esperado. Saltava ainda em pleno vigor quando a perturbação das vozes e um vulto veloz invadiram a mente e a rapidez dos olhos, pondo os músculos em reação instintiva e animalesca. Em meio ao salto, deixei que os corpos nas costas resistissem um pouco menos a gravidade e me inclinassem para trás, dando ângulo o suficiente para estacar o avanço no galho em que pousaria e tomar impulso repentino e veloz para o lado contrário, desviando por um segundo da mancha preta. Os estilhaços da madeira destruída faiscaram pelo ar até forrarem o chão, onde pousei e reduzi os ossos que seguravam as vítimas a poucos centímetros, acolhendo-os ao chão seco e seguro, dentro do possível.

Naquele momento eu poderia ter dado voz à minha curiosidade, escutando e presenciando a cena macabra e conseguido informações que poderiam ser importantes, mas há poucos segundos havia pousado os dois corpos que a minha mente não conseguia deixar de ligar àquela pessoa ou criatura. Todos teriam que se contentar com a cabeça da assassina. Pouca distância separava-nos naqueles instantes lentos de cálculo frio, percebi um padrão nos movimentos da inimiga mesmo com pouquíssimas demonstrações, remetiam ao bestial. Era ali que eu atacaria.

Pela terceira vez ela voltava ao centro da posição depois de alguns movimentos repetitivos, mas agora eu já estava a meio caminho e com a destreza do meu braço direcionada ao que poderia ser a cabeça ou pescoço do alvo. Sentia o prazer inicial da adrenalina banhando os músculos, afiando os pensamentos e melhorando os sentidos. Mergulhava nos resquícios primais da bestialidade que todo humano possui e nada mais importaria enquanto a vida da coisa não fosse tirada por meus ossos.  

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A ferocidade do clã Kaguya era algo invejável entre muitos ninjas que conheciam a dramática história do clã que um dia foi massacrado. Aos poucos, muitos sobreviventes da linhagem guerreira davam as caras por todos os países shinobi e aquela ocasião não era diferente de todas as outras já vistas. O vilão ou vilã presente naquela espécie de ringue entre a floresta não demonstrava sequer um sinal de preocupação com o avanço rápido dos ataques físicos do Genin, ao contrário, permanecia em seu movimento repetitivo até ser finalmente atingida pela curta distância que possuíam. Seu corpo, atingido pelos inúmeros cortes dos ossos se despedaçava em uma espécie de jutsu de clonagem, envolvendo a própria lama que estava presente em toda a mata. Apesar da básica técnica de clonagem, ela era mais do que eficiente para que a luta se prolongasse por mais algum tempo e o inimigo obtivesse o que ele realmente queria: o corpo sadio da jovem Chunin.

Em poucos segundos após a técnica de clonagem ser derrotada pelo Kaguya, metros atrás do mesmo outra forma bestial se erguia do solo posicionada exatamente a direta da Chunin, tocando seu rosto com uma kunai, marcando as bochechas rosadas com um fino corte que permitia que o filete escarlate escorresse lentamente. — Fique calmo, querido. Logo tudo isso acabará. — A voz seguia na direção contraria do próximo clone, surgindo a cerca de dez metros do Genin. O ser bestial revelava seu rosto, consumido pelos longos anos de vida, como uma velha que reunia cada força que lhe restava para sobreviver. Apesar de sua aparência, demonstrava claras aptidões físicas e uma enorme experiência de combate ao apresentar uma enorme técnica de seu clã. Seus ossos recebiam uma quantidade enorme de chakra capaz de manipula-los da forma mais agressiva conhecida pela anciã, envolvendo os próprios braços em uma lança espiral esbranquiçada. A outra mão, buscava a coluna que se expandia para fora de sua pele, como um enorme chicote ensanguentado. Sua velocidade, apesar de superior, ainda garantia a percepção para o Genin que, se não se defendesse, teria os movimentos paralisados pelo chicote ósseo e posteriormente seria perfurado pela lança.

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Soube que tinha falhado no ataque no mesmo instante que os ossos perfuraram a cabeça daquilo. A consistência pouco parecia humana, macia e maleável demais. Não houve muito tempo entre a dedução e a procura dos olhos pela verdadeira inimiga, mas os ouvidos foram mais rápidos. Logo atrás, outra forma idêntica materializava-se próxima o suficiente para manter a arma contra o rosto da chūnin e deixá-la refém da sua vontade. Porém, no lado oposta a voz tornava a ecoar, ainda mais fria e penetrante.  

Dessa vez os olhos foram rápidos e focaram a criatura misteriosa em meio a revelação das suas feições, tão envelhecida e vivida quanto as árvores que nos cercavam. Não só os fragmentos de habilidades que a velha havia deixado escapar diziam a respeito do perigo que ela representava, também sentia algo estranho na base da coluna e no topo da cabeça, como se uma caravana de eletricidade tivesse corrido de um ponto ao outro. Lembrei da sensação que a marca no meu peito trazia quando misturada as células do corpo e não pude evitar o escape de um sorriso, rápido e arisco como uma lebre.  

Não havia dúvida sobre a origem da velha, por mais que eu soubesse pouco a respeito, seus movimentos traziam recordações de algo poderoso, antigo e muito vago do clã Kaguya. Eu sabia dos potenciais destrutivos e manipulativos do Shikotsumyaku, observá-la retirar gradativamente sua própria coluna me dava noção do quanto aquilo poderia ser problemático. Sua mão remexeu-se de forma antinatural e esculpiu uma formação floral para servi-la como lança, o que dessa vez tirou um sorriso sincero e voluntário. Apesar da raiva que queimava como combustível para os músculos, o cérebro também recebia parte dessa energia e a gastava apreciando a batalha.  

Não permaneci inerte enquanto minha oponente se armava. Antes mesmo da coluna deixar o interior da hospedeira, senti o calor das marcações negras se espalhar por toda a pele do corpo. Ao mesmo tempo, remexi os ossos do ombro esquerdo e tirei deles uma extensão que se esticava até o comprimento aproximado de uma katana. Diferente das estruturas anteriores, nessa havia uma boa quantidade do meu chakra. Era necessário, sentia que a decisão da batalha estava sendo colocada naquele ataque.  

Poucos segundos pairaram sobre a preparação de ambos os lados da batalha, lentos e corrosivos como lava. Ela segurava uma arma de curto alcance e outra de médio ou longo, não fazia sentido usá-las ao mesmo tempo se não fosse para se complementarem. Coloquei-me em guarda fechada, a katana óssea à frente do corpo em defesa do que se portava atrás e a velha disparou. Por um ínfimo instante pensei em encontrá-la, mas sua velocidade mostrava-se maior; ela dobrou o chicote com maestria em minha direção. O corpo permaneceu imóvel, duro e resistente como uma estátua monumental. Antes de ser enrolado pela coluna, a grande quantidade de estacas que me perfuravam de dentro pra fora cresceram por toda parte de provável impacto, como uma parede de trepadeiras espinhentas.  

Não houve resistência de outros sons quando o ranger das ossadas colidindo ecoou pela mata. Espantados há tempos, não ouvi qualquer canto ou zumbido de animais. O chicote enrolou-se contra os ossos que me defendiam e, no instante antes do momento que sua domadora o puxou de volta para aplicar a restrição, com força, diminuí quase completamente minha defesa e disparei contra ela através da brecha oportuna. Aos olhos nus e pouco treinados, talvez meu movimento até o lado da velha tenha soado como um teleporte. Aos dela, não passaram de passos velozes e nítidos, perigosamente imprevisíveis naquela situação. Desloquei com frieza e rapidez o braço que segurava a espada, a lâmina sedenta pelo pescoço. Golpeei-a com a força do ódio, da vingança, da adrenalina e dos músculos, senti a lâmina separar a carne e partir o osso, senti a dor de um impacto nas minhas costelas e meu pulmão perfurado.  

A força da pancada me arrastou por poucos metros pelo chão até ser consumida completamente. Os reflexos da velha ainda admiravam meu raciocínio, mesmo ao chão, ferido e com a escuridão na borda dos olhos. Calculei que seria rápido o suficiente para chegar ao seu lado e cortar a cabeça sem qualquer reação perigosa, mas meus cálculos se mostraram errados depois de muito tempo impecáveis. Passei a mão pela parte externa das costelas e pulmão direito, reconstruindo o único osso quebrado que julguei ter perfurado o órgão. - Desgraçada rápida. Conseguiu me atingir antes. Cuspi um punhado de sangue, olhei ao redor e a menina acordava aos poucos. Pelo menos o clone havia sumido.  

Mesmo estando um pouco atordoado ainda pude observar o desespero se espalhar pelas feições da garota conforme a consciência acordava e as memórias retornavam ao lugar onde pertenciam. - Está tud... bem. Konoha me... mandou... As palavras consumiram o que restava da minha consciência e tudo escureceu.  

Estávamos no mesmo lugar quando acordei, os dois corpos mais gentilmente postos ao chão, a garota mexendo em algumas coisas e os pássaros cantando novamente. A luz ainda se assemelhava bastante, o que dizia que pouco tempo havia se passado ou quase vinte e quatro horas inteiras. Encontrei as costelas com a mão e o sangue ainda estava pastoso, longe de secar, mas a ferida fechada e o pulmão aparentemente intacto. Respirei fundo uma, duas vezes e não havia sequer um resquício de dor. - Foi você?! Perguntei enquanto levantava. Julgando seu estado pouco tempo atrás, não imaginaria que ela fosse capaz de conduzir ninjutsus médicos, porém ela confirmou com a cabeça. Talvez aquele estado se desse pela falta de esperanças, pelo abandono da vila durante nossas demonstrações de dever e dedicação. Saber que havia alguém ali por ela e que ela poderia estar ali por esse alguém, salvando-o da forma que não pôde salvar seus companheiros, é um bom fator de cura psicológica. Pensei em tentar conversar sobre como ela se sentia, mas o que sabia eu de sentimentos?! Como poderia confortá-la?! Apenas agradeci e a abracei.  

Organizamos em silencio rapidamente o que deveria ser organizado, cada um cuidou de um corpo e nos colocamos no caminho de volta. As palavras eram desnecessárias, cada um tinha plena ciência do que era preciso naquele momento e para onde deveríamos ir. A quietude do luto estava pesada, mesmo na presença do alívio trazido com a regeneração da floresta. Embalada e escondida onde a garota não conseguiria notar, levava comigo a cabeça do inimigo.  

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Como um verdadeiro mestre no taijutsu, o garoto executava seus movimentos como uma dança, seguindo um ritmo próprio e invejável que retirou daquele ser ancião toda a vida que pouco lhe restava. O corpo dela lentamente perdia a vitalidade, ao mesmo tempo em que a lama da floresta a consumia lentamente, membro por membro até que não restava mais nada sobre o chão, o mesmo era feito com a cabeça que se despedaçava nas mãos do Kaguya até se unir com o solo. A saúde da floresta parecia lentamente voltar, como um passe de mágica divina. Mesmo que o herói não tivesse saído ileso, sua linhagem o tornava resistente o suficiente para o combate e talvez as explicações para ter sido escolhido já haviam sido dadas. A garota estava em condições de ajuda-lo e assim o fez, lentamente voltando para Konoha sem necessitar de esforços excessivos. Ambos deveriam cuidar de suas feridas com especialistas e reportar a missão. — A propósito, meu nome é Yu — Ela gentilmente se apresentava após tudo e passava para dentro de Konoha.

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- E o meu é Ecanis. Respondi com o resto de energia que me acolhia. - Espero vê-la novamente. Durante o percurso de volta conversamos sobre o que faríamos primeiro quando chegássemos em Konoha. Concordamos que o melhor seria ela buscar tratamento médico o quanto antes e eu cuidaria de conseguir ajuda e levar os corpos ao lugar certo. Depois disso cada um procuraria relatar sua missão e tive que concordar em buscar supervisão médica logo em seguida.

Colocamos os corpos rente a parte de fora do muro da entrada. Não foi difícil conseguir colaboração dos ninjas que faziam a guarda do portão, bastou dizer que tinha algo a ser feito com ajuda deles e que a mando dos superiores nada deveria ser questionado ou implicado. Eles se entreolharam por dois segundos no máximo e o maior se dispôs a me acompanhar. Deixei claro que força seria necessária.

O impacto da imagem de dos jovens mortos não foi fácil para o ninja segurar. Deixou suas expressões assumirem todo o pesar do corpo e das emoções, mas as espantou rapidamente, com custo. Ajudou-me até o Quartel General, em silêncio durante o caminho todo, e se dispôs a permanecer ali e levá-los aos locais de procedimento padrão, apesar de ter sido dispensado ao seu dever de guarda. Relatei, fui parabenizado com ênfase e admiração, anunciaram-me em um cargo de maior responsabilidade e consegui notar um embate de ofensa e compreensão em suas expressões quando minha reação não foi tão animada e lisonjeada quanto eles esperavam. Até aquele momento eu ainda estava em missão, minha mente deveria focar no que e como fazer, ainda havia dever. A partir dali o dever terminava e ficava apenas a experiência, as consequências, a reflexão e o cansaço.  

Fui direto para o hospital depois das boas notícias e de todas as congratulações que não esperava receber. Não me surpreendi nem um pouco em acordar dois dias depois de ter sentado na maca em uma sala de atendimento para esperar a enfermeira. Estava descansado e curado, mas fiquei ali mais um pouco.

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