Angell
Superior a Kage | Sannin | Rainha Hattori

Angell Hyuuga
[ HP: 1200/1200 | CH: 2400/2400 | ST: 00/05 ]
[ Byakugou no In: 500/500 ]
A azulada acordou assustada, como se estivesse sufocando até aquele momento. Tinha uma sensação estranha, mesmo que não se lembrasse do que andou sonhando. Tratou de se levantar logo e, antes de qualquer coisa, correu para abrir a janela de seu quarto e deixar entrar a brisa fresca daqueles primeiros dias de primavera. Sentiu seus longos cabelos lisos dançarem timidamente ao vento e respirou fundo, enfim tendo a certeza de que seus pulmões ainda funcionavam; então, sim, de que ela ainda estava viva. Era um alívio e tanto... apesar de alguma coisa continuar incomodando-a. Seu peito estava apertado e seu coração palpitava doloridamente.
Ela voltou seu rosto para dentro outra vez, até seus olhos perolados se depararem com a escrivaninha logo ao lado de sua cama, sobre a qual havia umas folhas de papel, uma pena e um tinteiro. Afastou-se só um passinho da janela; há dias pensava em escrever uma carta, mas nem mesmo a primeira das palavras – que se tratava dum nome ainda impronunciável para ela – saía. Pressionou com força seus próprios lábios um contra o outro e se forçou a desviar seus olhos da escrivaninha. Mas, no meio do caminho deles para o chão, fez questão de erguê-los de novo, enquanto balançava sua cabeça para os lados algumas vezes seguidas. É que andava muito desanimada nos últimos tempos; só cantarolava músicas de melodias melancólicas, harmonias chorosas, letras misteriosas e batidas ralentadas – e, quando as músicas originais destoavam desse dito padrão, ela própria as rearranjava sem nem perceber.
Mas por quanto tempo as coisas ainda iriam continuar assim? Não era como se Angell pudesse carregar um violoncelo pela vila – ou além dela, às vezes – para tocar quando precisasse colocar para fora tudo que andava sentindo. E também não era como se as missões de sua vida ninja lhe permitissem carregar um violino. Não, violino não; viola de arco – porque, sim, ela bem gostava de tons mais graves. Se bem que, se ao menos ela tivesse como colocar um piano para dentro de casa, talvez já se contentasse. Ou só devesse continuar cantando, mesmo... mas mais alto que até então – mais alto a cada dia, de preferência –, para rechear cada mínima nota com os mais profundos de todos os seus sentimentos. Sim, era assim que deveria continuar sendo.
A azulada piscou demoradamente. Sentiu seus cabelos balançarem um pouco de novo, deu uma olhadela rápida para a janela, mas sem nem se atentar ao que se passava do lado de fora de sua casa, e se afastou mais um passinho. Estendeu seu braço direito e, com a ponta de seus dedos indicador e médio, tocou o tampo da escrivaninha. Parecia tímida, mas também já não aguentava mais guardar tudo para si; precisava gritar aos quatro ventos que -... Não, ela não podia gritar nada; tinha era de confidenciar aquele segredo aos papeis – e, então, guardá-los a sete chaves em algum cantinho intocável. ...se é que existiria qualquer hipótese de segredos assim não serem espalhados de uma forma ou de outra, mais cedo ou mais tarde; ainda mais depois de ela própria começar a revelá-los com suas palavras escritas ou cantadas – nem importaria mais.
Angell se sentou, tentando se ajeitar da forma menos incômoda possível. Mergulhou a pontinha de sua pena na tinta preta, enquanto encarava a primeira daquelas folhas de papel, e, suspirando pesadamente, ousou pular direto para a segunda palavra da carta – sim, deixando aquele nome ainda impronunciável de lado por ora. ...e a decisão doeu no mais profundo do ser dela até a última palavra, já que tudo parecia uma blasfêmia, e, mesmo assim, ela só comentou que tinha terminado quando desenhou um coração delicado no cantinho inferior direito do papel.
Mas que coração tão chocho, tão sem vida, tão sem cor. Sim, era isso que faltava nele: cor. E a azulada bem quis colori-lo de azul – um azul profundo e, ainda assim, brilhante e carregado de sentimentos –, o mesmo tom de azul de seus cabelos. Só que... no que não deveria pensar o destinatário da carta se visse aquele sinal tão incomum? Dizemos, corações eram sempre vermelhos... mas estava aí um detalhe que Angell nunca tinha entendido; seria aquilo por pura convenção baseada na cor real dos corações humanos ou por puro simbolismo do que a cor vermelha representa na arte? Isso tudo, claro, se ela também não estivesse delirando já; corações de verdade eram vermelhos, certo?; vermelho, na arte, era a cor mais quente, certo?
Mas... ora!, como uma cor tão sem significado para ela poderia expressar tudo que ela sentia?! Azul não era apenas a cor mais quente na física, na química, na ciência, enfim, em toda a natureza; azul era também a cor favorita de Angell, a cor que mais havia nela inteira, a cor que melhor lhe representava em todos os sentidos possíveis. Não era nem poderia ser à toa que ela mesma se confundia quando tentava entender o que “I loved you with a fire red; now it's turning blue” queria dizer; não era para um amor ardente ter esfriado?, enquanto ela acreditava cegamente que uma pequena paixão só crescia. E talvez fosse por isso (também) que ela não se identificava muito com o mundo ao seu redor. ...ou será que era o mundo que não se identificava muito com ela?
Angell respirou fundo. Realmente não sabia o que fazer agora; não sabia como poderia agradar, não sabia como poderia não causar estranhamento, não sabia como poderia ao menos alcançar o destinatário de sua carta – até porque, talvez valha ressaltar aqui, o nome dele ainda era impronunciável. Por mais que seus olhos perolados encarassem não só o coração chocho, mas também todo o papel, agora bem recheado com tantas das suas palavras, ela não sabia o que fazer agora. Ora!, ela sequer sabia quem ele era! Como poderia querer saber o que fazer quanto a ele, então?
Levantou-se novamente. Deu outra olhadela rápida para a janela, ainda sem se atentar ao que se passava do lado de fora de sua casa, mas, desta vez, voltando a se aproximar da mesma com um passinho. Escorregou a ponta de seus dedos indicador e médio pelo tampo da escrivaninha, só para trazer para si sua carta tão imperfeita, e, amassando-a fortemente contra seu peito, enfim saltou pela janela e irrompeu vila afora. Para onde iria? ...ou, ao menos, será que isso importaria?
“But it’s the only thing that I have.”
- Informações:
- Considerações:
- Filler (em 1.059 palavras) para obtenção de 0~2 pontos de sorte.
Narrativa focada no desenvolvimento psicológico da personagem, mesmo que sem a ausência de ações.
Boatos que a continuação é o meu primeiro filler de sorte... q
- Habilidades usadas:
- Bolsa (??/?? espaços):
- Equipamentos e itens:
Thunderjaw’s Bracelet
Rank: A
Classe: Raro.
Descrição: Um item de natureza peculiar que outrora pertencera ao núcleo de processamento responsável por controlar as habilidades de uma besta metálica formidável. Na ótica mundana, um mero bracelete, encrustado por pedras preciosas de origem desconhecida, que se adéqua perfeitamente ao pulso de seu portador. Sua única habilidade é uma forma muito mais simplória que a habilidade do Thunderjaw: quaisquer ninjutsus direcionados ao seu portador, de Rank B ou inferior, uma única vez a cada 3 turnos, tem imediatamente sua trajetória alterada como se retornasse para o conjurador. Essa habilidade necessita de 30 pontos de chakra para ser utilizada. Esse item não pode ser evoluído.
_______________________ Ficha || Gestão da Ficha || Moradia || Banco || Modificações de AG || Inventário de AG || Criações || Evoluções || Recompensas Diárias || Organização
Convidado
Convidado


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