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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 25 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
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Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
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Havilliard
Havilliard#3423
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Convidado
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Narrador: oito

Camaleão

@Rocky

– O camaleão está de volta. – Balbuciava um jovem mensageiro com os pés descalços correndo pelo chão frio no centro do vilarejo, sua respiração estava dispneica de tanto que ele havia gritado pela vizinhança. – O camaleão está de volta. – Continuava o garoto, roubando a atenção daqueles que estavam em suas atividades cotidianas,  paralisando imediatamente o que estavam fazendo para observar a movimentação afobada do garoto até ser forçadamente parado por um membro da força policial do vilarejo.  

***

– Boa tarde, gostaria de um quarto e uma refeição para o horário da janta. – Em uma taverna dentro do vilarejo de Konoha um homem se apresentava. Muito em conta de sua profissão, o homem possuía uma educação e postura inquestionáveis. – O cardápio de hoje é peixe-gato grelhado, alho, brócolis, pão de nozes e torta de pêssego. – Respondeu o atendente, entregando-lhe também a chave de um quarto. – Excelente, o peixe-gato bem grelhado, fazendo favor. – O homem foi então direcionado até um quarto privado grande com uma cama grande, banheiro com água quente, todas as acomodações básicas pertinentes em um ambiente como aquele. – Finalmente em casa. – Aconchegava-se em sua banheira com água quente.

***

O boato rapidamente se espalhou com os ventos escandalosos do inverno até o momento em que chegou ao quartel general do vilarejo e foi discutido o assunto pelas autoridades. – O que? Se isso é verdade então alguma personalidade importante do vilarejo esta prestes a ser removida. – O comandante batia com as duas mãos na mesa partindo a mesma em duas. – Mas quem e por quê? – Perguntava o outro, subordinado. – Encontre alguém para investigar isso, de preferência alguém que pense com a cabeça de cima. – Ordenava o comandante.

A investigação sistemática pelas gavetas dos armários, em ordem alfabética se encerrou na seção da letra I onde puderam enxergar em Ivar Suna No um potencial candidato para desvendar o cenário. O homem entre os vários ali na mesma tarefa rapidamente encaminhou a ficha de Ivar ao comandante e com o consentimento do mesmo fora enviado um pássaro capacitado para que entregasse uma carta oficial do vilarejo na residência do usuário de Jinton.

Carta escreveu:Prezado Ivar Suna No,

Você foi selecionado para uma importante investigação. O nome do seu alvo é desconhecido, apenas temos informações sobre sua alcunha "Camaleão". Trata-se de um homem obsessivo-compulsivo que tem como seus maiores feitos a criação de álibis perfeitos para pessoas que queiram cometer crimes e fugas. Ele é perigoso, então é bom que você tome cuidado. Não aceitamos nenhum resultado que não seja o sucesso.

Cordialmente,

Quartel General de Konohagakure no Sato.  

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Rocky
Shugonin Jūnishi
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INDIFERENTE AO MUNDO
O jonin estava de pé sobre o parapeito do maior prédio da folha, a brisa gélida golpeava a parte inferior de seu rosto deixando os lábios pálidos. O capuz da blusa escondia a parte superior e os olhos rosados, assim como a bandana de konoha, presa em seu pescoço. Por mais que não fizesse nada para chamar atenção, os mais observadores prestavam atenção na figura peculiar. A inércia tomava conta de seu ser, não lembrava mais quando fez algo excitante, começa a ter pensamentos e sensações nunca sentidas, recordou da breve e falha missão no país do vento recentemente, a cidade em ruínas, o comércio e hostilidade dos habitantes, o mar de areia e a atração que sentiu. Balançou o corpo como se para checar a cabaça de areia em suas costas, o item era a única coisa espalhafatosa na figura de Ivar. E não havia nada que pudesse fazer para mudar isso. [...] Ivar retornou para casa e encontrou o lugar vazio, o inverno causava um cenário ainda mais desolado e o pássaro negro bicando a janela da cozinha era o toque final. Sem ânimo o jovem rumou para o vidro, abrindo-o e pegando o pequeno pergaminho na pata do animal. — Camaleão... — Balbuciou, nunca ouvira tal alcunha, mas deduziu rapidamente que o disfarce deve ser a característica mais marcante desse alvo. O que dificultaria sua missão.

Um dose de cataia e algo para comer. — O manipulador de areia estava sentado em um balcão vazio de um bar qualquer. Tinha que conseguir informações sobre o camaleão e não conhecia lugar melhor que os locais mais escuro e abrigo das escórias e bandidos da folha, e bares e bordéis são os estabelecimentos com alta rotatividade e com pessoas bocudas, não conhecidas por guardarem segredos, muito pelo contrário. — Parece que algo causou uma comoção nas últimas horas. — Comentaria com o barman, rotacionando o corpo no banco para sua visão ganhar o salão, queria observar os outros frequentadores e quiçá, captar algo. Claro, não era interrogador e o tom de voz soava despreocupado e despretensioso. Não possuía experiência como interrogador, porém, conhece a natureza humana e acreditava que perceberia qualquer oscilação na voz do barman, ou qualquer comportamento suspeito no salão.



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"O mundo inteiro é um saco de merdas se rasgando. Não posso salvá-lo. Sei que nos movemos em direção à miragem, nossas vidas são desperdiçadas, como as de todo mundo. Eu sei que nove décimos de mim já morreram, mas eu guardo o décimo restante como uma arma."




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Rocky
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Convidado
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Narrador: oito

Camaleão

@Rocky

Ao entrar no bar pela porta de madeira Ivar fora recebido por aromas de carnes assadas e pessoas dançantes. O bar em si estava lotado. Vigas de madeira arredondadas sustentavam o piso superior e luzes como aquelas parecidas com a do natal eram presas a elas. As paredes estavam cheias de todos os tipos de recordações das mais importantes personalidades que passaram pelo estabelecimento como uma maneira de engrandecer o estabelecimento e atrair ainda mais clientes.

Várias mesas longas eram ocupadas por, o que parecia ser um grande grupo de pessoas, uma celebração talvez. As outras mesas menores também eram ocupadas por pessoas que claramente estavam se divertindo. Inclusive os bancos próximo ao barman, acomodação essa também tomada por Ivar, estavam todos ocupados em sua maioria, embora ninguém estava preocupado com o assunto Camaleão e sim se seus copos continuariam cheios. O barman tinha um semblante fechado, mas ainda conseguiu recebê-lo com um aceno amigável.

– Sim, houve uma movimentação fora do comum hoje. – O homem foi sucinto em sua resposta, entregando a bebida solicitada e colocando diante do cliente ovos de ganso e pernas de sapo como entradas. – É por conta da casa. – Sugeriu o atendente. – Dizem que o seu nome é Camaleão por que ele tem mil e uma faces. – Levantou um dos colegas junto à mesa do bar. – Dizem que certa vez a família do Daimyō foi mantida refém e que mesmo os homens da força policial do nosso vilarejo nada conseguiram fazer, até que em uma troca forçada tiveram a ideia de colocá-lo dentro da mansão e ele sozinho foi capaz de mover não só a família mas todos os assaltantes em meio aos diversos funcionários da residência. No fim das contas ele chegou a ser preso como cúmplice sem ter nenhum envolvimento com o crime, mas aquele foi um meio que ele encontrou de manter a família segura. – Falou outro entusiasta. – Com isso até eu entraria para a vida do crime, salvo a vida de uma família inteira sozinho e ainda sou punido por isso? – Entrou na conversa um mais pessimista.

***

Em meio à assinatura de um papel de compromisso uma personalidade importante do vilarejo entregava uma compensação financeira endereçada a família pobre de um dos seus funcionários. – Com essa quantia eles vão conseguir ter uma vida tranquila, não é muito mas é o suficiente. – Maravilhava-se um homem na casa dos quarenta e sete anos de idade, alguns anos mais novo do que o cliente que estava contratando os serviços do Camaleão. – Tudo bem, tudo acertado, vamos começar pelas medidas e depois tiráramos o molde do rosto. – O trabalho estava prestes a começar.

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Rocky
Shugonin Jūnishi
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INDIFERENTE AO MUNDO
O garoto não mostrava interesse em seu semblante com as informações transmitidas, como se não importassem de verdade. Mas não podia deixar de perceber a consideração de camaleão perante as pessoas de baixa renda e do mundo alternativo, não criara nenhuma opinião, o mundo no qual vivem é realmente daquele jeito com os ricos e poderosos possuindo limites imensuráveis enquanto os mortais apenas sobrevivem, porém, camaleão não foi alguém que cresceu em meio a bandidagem, só veio a se tornar depois de decepções. Entretanto, o modo como salvou a família e assaltantes em um lugar confinado com muitas outras pessoas. Talvez camaleão não fosse só por que ninguém conhece de fato seu rosto, mas também por algum tipo de invisibilidade ou camuflagem com o cenário que torna possível se deslocar em meio a multidão sem ser percebido. Se realmente fosse isso, Ivar teria uma dor de cabeça, não é um ninja sensitivo ou sensível a mudanças no ambiente, e dentro de konoha não poderia usar técnicas de larga escala. — Realmente, não podemos culpa-lo. E depois que foi preso, ele fugiu e começou a trabalhar para os  "bandidos"? — Pronunciou em tom de ironia, não pretendia ofender os defensores de camaleão, mas sim incentivá-los a falar quem eram os clientes costumeiros do furtivo. Pessoas de bem, injustiçados, poderosos e inescrupulosos, bandidos ou quem pagasse mais.

A observação do salão continuava, Ivar estava atento em encontrar qualquer coisa que destoasse com um local frequentado por pessoas ignoradas e de reputação duvidosa, deixava os olhos repousar nas mulheres de vez enquando, nos possíveis "clientes". — Existe um bar mais animado que esse, com outros tipos de garotas? — Perguntou ao barman e aos homens com quem conversava, se o camaleão atendesse somente pessoas da alta sociedade, dificilmente eles iriam até um bordel como aquele, precisaria de um local com rotas de fugas e de fácil acesso, além de boa reputação onde os clientes não chamassem muita atenção ao entrar, sem alguém achar estranho. Mesmo com a resposta negativa deles, Ivar procuraria por tal lugar, não acreditava que ele estaria ali. Por isso, independente da resposta, sairia dali e procuraria tal local. Se fosse indicado, seria muito mais fácil.



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"O mundo inteiro é um saco de merdas se rasgando. Não posso salvá-lo. Sei que nos movemos em direção à miragem, nossas vidas são desperdiçadas, como as de todo mundo. Eu sei que nove décimos de mim já morreram, mas eu guardo o décimo restante como uma arma."




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Camaleão

@Rocky

– Então quer dizer que você é bem recebido no meu bar e ainda tem a cara de pau de concluir que o meu bar não é animado? Você está convidado a se retirar ou eu farei pessoalmente, passar bem. – Respondia o homem bastante ofendido com o levantamento de Ivar, removendo o prato com as degustações colocadas a disposição do jovem. Agora Ivar voltava a estaca zero mas não estava totalmente desarmado, inteligentemente ele já havia imaginado um cenário possível para visitar e assim ele seguia.

Durante a sua caminhada pelo vilarejo em busca de um segundo ponto ia ficando cada vez mais comum avistar folhetos presos com pregos em árvores e postes de luzes nas calçadas e até mesmo em um estabelecimento ou outro. Se fosse suficiente para isso lhe chamar a atenção e resolvesse se aproximar, Ivar poderia confirmar que se tratava de um jornal diário e trazia algumas informações úteis para a população. Em destaque estava a situação de um empresário investigado, uma chamada de atenção para os eventos que estavam prestes a ocorrer e a academia shinobi eram os assuntos principais. Talvez agregasse em algo em sua busca ou talvez ele resolvesse ignorar por completo.

Jornal:

Uma construção se destacava das demais. Vendo por fora parecia bem conservador, era quase impossível ver através das grandes janelas com cortinas vermelhas, mas os aplausos e aplausos de dentro poderiam ser sentidos mesmo do lado de fora. Se o jovem decidisse investigar o estabelecimento se depararia com um ambiente lotado. Os turistas pareciam ser a principal clientela, chegando inclusive a alugar quartos por determinado período. Várias mesas compridas eram ocupadas por grupos de amigos diferentes que, altamente embriagados brigavam entre si na tentativa de provar qual grupo era o melhor. Não era difícil ver bailarinas da mais alta classe desfilando entre os clientes. – Hey idiota, esse peixe-gato que vocês fazem está frio. – Um dos clientes que claramente havia passado do ponto no quesito bebida procurava briga entre a multidão. – Mas senhor, esse prato é servido frio mesmo, não estou entendendo o estranhamento. – Dizia a atendente tentando apaziguar a situação, mas claramente o homem estava fora da razão.    

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Rocky
Shugonin Jūnishi
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INDIFERENTE AO MUNDO
A hostilidade gratuita do barman surpreendeu Ivar, como não tem o costume de ser social e falar coisas desnecessárias e até mesmo grosseiras, apenas externalizou o que estava pensando. O jonin não tinha motivos para enfrentar o funcionário, ganhando as ruas e deixando apenas o som sufocado do salão e o ranger das dobradiças da porta do bar. A folha estava calma, ou talvez fosse aquela área, não muitas pessoas arriscavam se aventurar no "subúrbio" e isso tinha os prós e contras. Seria mais fácil identificar uma construção digna de reputação limpa e bem frequentada, só que qualquer poderia observar os passos do manipulador de areia em meio a rua vazia. — Mas eu não tenho nada a esconder... — Pensou em voz alta, caminhando com passos lentos e desordenados, quase como se estivesse embriagado.

Os olhos rosas encontraram papéis presos a postes e paredes, a curiosidade investigava a se desenvolver no garoto falou mais alta, e aproximou-se. Os olhos se demoraram para ler todo o conteúdo, mas uma notícia sobre a academia ninja na primeira folha junto com o escândalo de corrupção fez algo dentro da cabeça do jonin coçar, antes que chegasse a qualquer hipóteses o som de aplausos e, talvez tremores, alcançaram o ninja. — Um teatro? Quem construiria algo assim aqui? — Não soube distinguir com clareza o que era a estrutura, mas a comoção e lotação do lugar foi suspeito, ainda mais em uma área não tão propicia. Fazia quantos anos que estava afastado? Nunca vira aquele local, e ao colocar os pés sob o portal, o odor de suor, saliva, peidos e cheiros diversos que humanos produzem invadiram as narinas de Ivar. — Parece uma jaula. — Falou ao notar a pequena confusão entre frequentadores e garçom.

Ivar se aproximou e pegou o prato, tentaria, de peixe-gato, abocanhando uma grande porção. — Isso é ótimo, aposto que os clientes mais exclusivos sempre pedem esse prato, estou certo? — Ignorou o cliente bêbado, e interrogou o funcionário. O empresário corrupto não saia de sua mente. — Abraham sempre gostou daqui, pena que não o vejo faz muito tempo. — Suspirou, prestando atenção na mínima reação do garçom. Talvez ele conhecesse, e talvez Ivar se desse bem ganhando algum dinheiro. Camaleão era conhecido por ajudar os necessitados, quiçá tivesse Abraham como alvo, ou cliente.



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Camaleão

@Rocky

– Se fala de Abraham II você está certo, esse é um dos pontos dele favoritos, ele lucra muito com a gente. – Respondia a atendente espantada com o gesto de Ivar em colocar a mão na comida alheia sem permissão, nosso protagonista já estava meio que passando dos limites em suas abordagens nada convencionais. – Você é cego, garoto? Consegue ver essas brigas acontecendo por disputa de comando, ibope... E você ainda tem uma atitude como essa, não tem medo de morrer? – Questionava a atendente, ainda que esboçasse um sorriso por se tratar de um cliente estúpido. – Ele estava merecendo uma lição, ainda que você esteja errado. – Concluiu a atendente.

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Nesse instante um casal muito bem vestido e com olhos que dariam inveja em qualquer mãe se aproximou de Ivar. – Olá meu jovem, podemos pagar uma refeição e uma bebida para você? – Perguntavam o casal. Com a aceitação do jovem uma mesa reservada com um espaço suficiente para três cadeiras seria disponibilizada para a acomodação do trio. – Por favor, atendente, tome o pedido dele, é por nossa conta. – Diria o homem. – Meu nome é Hendrik, enquanto o da minha colega aqui é Haruka. – Apresentaria os dois, mas não necessariamente aqueles nomes representariam suas verdadeiras identidades. – Nós não pudemos deixar de escutar o seu comentário mais cedo, pareceu que você tem algum tipo de relacionamento com Abraham II, qual é o grau desse relacionamento? Porque o interesse? Você tem pistas de onde ele esteja hoje? – Perguntaria a mulher, estrategicamente.

Caso desse de ombros diante da abordagem do casal o homem colocaria sua mão na direção da passagem de Ivar na tentativa de parar a sua movimentação. – Por favor, nós insistimos para que nos acompanhe. Recuse e nós colocaremos um alvo sob sua cabeça. – Independente da alternativa escolhida por nosso protagonista a abordagem final da dupla seria a mesma. Restava agora saber como o usuário de Jinton se comportaria, se o seu espectro autista seria gritante para uma resposta ou se apenas jogaria com eles.      

O jovem havia iniciado sua missão longe de quaisquer suspeitas e agora talvez tivesse procurado por isso. Independente do caminho que Ivar buscasse, fosse o mais fácil ou o mais tortuoso, o jogo agora estava virado e antes no papel de um investigador, Ivar agora era um dos alvos do casal misterioso.

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Rocky
Shugonin Jūnishi
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INDIFERENTE AO MUNDO
As atitudes de Ivar tiveram uma reação estranha, garçom ou cliente, nenhum dos dois reclamou ou respondeu as ações e palavras do jonin, que continuou a comer o peixe-gato enquanto seus olhos pulavam de área em área daquele luxuoso salão. Não procurava nada em especial, Abraham ou camaleão, era como se nenhum deles existisse. Os olhos rosas interromperam a busca quando notou uma grande mesa com bebidas dispostas sobre ela, porém, ao dar o primeiro passo em sua direção teve o surgimento de um obstáculo. A cabeça inclinou-se para baixo, altura do tórax do homem, e depois rotacionou para a mulher, perdendo muitos segundos ali, em silêncio. — Uma? Não... — Estava se virando para voltar a mesa de bebidas quando a ordem ao garçom alcançou seus ouvidos. — Peixe-gato. Três, e suco de maracujá com limão, sem doce. — A apresentação da dupla não importou nada para ele, colocando a cabaça de areia no chão, ao lado de sua cadeira, e se acomodou no assento. A cabeça continuava a rodar sem foco pelo salão.

Não tinha como aquelas pessoas serem boas, são ricas. A natureza desse tipo nunca é solidária, mas Ivar esperou pelo alimento, como também pelo refresco. — Não o vejo há algum tempo. — Esperaria a comida chegar, dando a primeira abocanhada assim que o prato estivesse à sua frente. Não respondeu as outras coisas por que não queria e não daria informações tão facilmente. — Por que o interesse? — Respondeu uma das perguntas da mulher com a mesma pergunta. Quem eram eles? Qual era o relacionamento? Por que o interesse? E quem diabos é Abraham? Só usara o nome porque tinha visto recentemente, não tinha vínculo algum, mas as aparências enganam demais e o interesse do casal denunciava que o corrupto não é só apenas isso. — Eu gosto de comer coisas exóticas. Já comeram lagartos? Existem uma porção deles... — Perguntou algo aleatório, ou não.



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"O mundo inteiro é um saco de merdas se rasgando. Não posso salvá-lo. Sei que nos movemos em direção à miragem, nossas vidas são desperdiçadas, como as de todo mundo. Eu sei que nove décimos de mim já morreram, mas eu guardo o décimo restante como uma arma."




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A refeição era entregue na mesa de Ivar que havia aceitado o convite em um gesto bastante respeitável de sua parte e sequer perdera tempo em aproveitar da liberdade que tivera na escolha do pedido, mas não havia entregado todas as cartas do baralho. O homem se sentou à sua esquerda, enquanto a mulher ao seu lado se sentou à sua direita. – O problema das comidas exóticas é que elas podem atuar como arma em seu organismo também. – Rebatia o homem com algo aleatório, ou não. – Então você assume que conhece Abraham? Vamos assumir que sim. – Continuava, sendo interrompido pela mulher que fazia um gesto com o dedo indicador da sua mão esquerda em um claro indicativo para ele parar com a troca de provocações baratas.

– Esse é um dos seus pontos principais como um empresário, Abraham lucra alto e agora que está sendo investigado é possível que haja uma mobilização para que ele fuja da vila ou tome esse lugar para um fechamento de caixa. Você sabe onde podemos encontrá-lo? – Nesse instante o homem colocou o braço esquerdo sob a mesa e a manga descera propositalmente, deixando visível no alcance do campo de visão do nosso protagonista e ele não tinha a menor intenção em esconder o seu movimento. Em seu pulso estava acoplado um dispositivo disparador de senbons carregado. – Você está sendo bem tratado e não estamos mostrando resistência em respondê-lo, exigimos o mínimo de consideração em troca, como vai ser? – O homem se adiantava e subia o tom de sua voz e mais uma vez era repreendido por sua colega.

– Diferente do meu colega aqui eu sou mais racional, eu não acho que você tenha algo a acrescentar, acho que você é um brincalhão e esta procurando fogo em fundo de piscina. – A mulher esboçava um sorriso vazio no rosto. – Mas tem nossa total atenção e, por favor, pode continuar sua refeição, portanto que nos responda.

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Não saberia explicar o por que, mas Ivar riu. Não foi tão alto quanto uma gargalhada, até mesmo as pessoas nas mesas envolta não prestariam atenção aquele riso, mas com certeza o homem e mulher sentados como se quisessem bloquear qualquer saída do jonin notariam. E sim, estava rindo deles, e não com eles. — Se ele vai fugir da vila... — Balbuciou enquanto colocava mais alimento em sua boca. Ele fazia parte da elite konohense e um de seus afazeres é impedir fugas, civis ou militares. O garoto revirou os olhos, então Abraham queria fugir ao mesmo tempo que o camaleão retornou à folha. Coincidências não existe, e, para Ivar, os dois estavam conectados. Achar um era o mesmo que achar o outro, e aquele casal queria algo com Abraham e esbarraram com o manipulador de areia, estavam felizes por ter acuado um garoto estranho, mas. — Você é livre para presumir o que quiser. — Abocanhou mais uma porção de peixe-gato.

A mulher era mais restrita, evitando provocar Ivar, ou não queria chamar atenção no grande salão, porém, para o jovem nada disso importa. O dispositivo de lançamento de senbons era algo que queria adquirir a um tempo, ficou encarando o artefato escutando as ameaças dos dois lados, talvez pensassem que o medo invadira o jonin, alargando o sorriso. — Vocês são chatos, vou matar a mulher primeiro. — Ivar expandiu seu chakra sobre o espaço da mesa e com todos os três dentro do alcance. A pressão causada pela energia seria capaz de paralisar os dois, e se não pudessem lidar com o kanashibari (nin 6) do jonin, sentiriam-se como caindo em um abismo negro devido a natureza sombria e amaldiçoada da energia espiritual vinda do jovem. O caminho de sangue e maldições de Ivar tornou seu chakra frio e negro. — Agora, qual de vocês é o mais útil? — Irá se tornar o interrogador se ambos fossem pegos na técnica paralisante, questionando-os. — O primeiro que me falar onde posso encontrar Abraham ou sobre seus contatos capazes de ajudá-lo a fugir mantém as duas pernas. — Sorriu de novo enquanto continuava a comer. Da cabaça ao lado de sua cadeira saiu areia, escorrendo por sobre as pernas do casal, com a diferença que o homem teve o braço com dispositivo. — Ah, esse braço foi passear. — Com um pequeno estreitamento de olhos a areia comprimiria o membro ao ponto de estraçalhar todo o braço e dispositivo, aleijando o homem.

Existe a possibilidade do kanashibari não imobilizar o casal nem mesmo por um segundo, inutilizando toda a ação posterior. Nesse caso, Ivar seguiria rindo e comendo. — Mas eu já estou respondendo. Lembrei! Camaleão, era esse lagarto que quero comer. — A expressão pensativa revelaria o esforço mental feito para conseguir lembrar do prato exótico que quer saborear.



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A mulher começava a se comportar estranhamente, ela tinha suas mãos sob suas pernas em um completo indicativo de submissão e os olhos entregavam o pavor que ela estava sentindo tentando fugir do contato visual direto com Ivar, o homem que possuía uma força acima da titânica ao notar aquele comportamento assimilou prontamente o que estava acontecendo e logo soube que sua colega não conseguiria anular a técnica, apenas se preocupou em agarrar o braço esquerdo de sua colega firmemente em sinal de preocupação. Ainda que a areia sobre o seu dispositivo em nada o ameaçasse ele ainda prezava pela segurança de sua aliada. – Um rosto tão bonito desses, você terá coragem em machucá-la? – Provocava o homem. – Nós já procuramos em sua residência e ele não está lá então passamos a trabalhar com esse ponto, havíamos acabado de chegar quando pudemos escutar o seu aparente interesse no homem. Foi isso que nos chamou a atenção. Nós não sabemos sobre a possibilidade de fuga, na verdade, essa é uma informação nova que você está nos trazendo, nosso foco principal é levá-lo em custódia para que ele não possa prejudicar as investigações. – Concluía o homem que ainda se manteria atento a resposta do usuário de Jinton.

***

– Belíssimo trabalho. – Aplaudia o Camaleão mesmo que não tivesse público suficiente para apreciar o resultado. Eram ele, o cliente e o álibi, o trio parado dura. – Já temos o álibi aparentemente perfeito, agora é hora de trabalharmos em cima dos seus costumes. Você é um empresário investigado e, nessa situação, eu recomendo fortemente que você se entregue por conta própria para prestar os devidos esclarecimentos, esse é um ponto positivo, mostrar que está disposto a colaborar com a justiça e quem não deve não teme. – Sugeria o antagonista. – Não, eu não estou te contratando para isso. E sim, eu devo. – Respondia o empresário. – Fique tranquilo, você estará lá e ao mesmo tempo não estará.

***

Com o conflito na mesa numero 9, a qual estavam o trio, sequer puderam perceber que o tempo estava passando e trabalhando contra. A informação sobre a entrega espontânea de Abraham já havia chegado aos ouvidos do seus funcionários e esses haviam repassados aos clientes e de boca em boca chegava ao alcance da mesa. – Vocês souberam que Abraham se entregou? – Dizia uma voz audível ao lado. – Não esperava por isso, ele sempre declarou que fosse um tipo de golpe e que não iria colaborar com o trabalho da policia. – Acrescentava um outro.

– Parece que temos nossas repostas, garoto, como vai ser? – Perguntava o homem tentando desarmar uma eventual batalha desnecessária.  

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Ivar não achou estranho o homem não ser pego pela técnica paralisante, talvez nem tivesse sentido ou fora uma sensação semelhante a picada de um inseto, mas a mulher sentiu a real natureza do jovem garoto estranho à sua frente, e mesmo seu aliado tentando apaziguá-la, não foi capaz de ajuda-la a retornar ao estado doce e gentil de antes. As palavras do homem possuíam um tom diferente também, porém, a provocação continuava ali. O jonin continuou a comer seu peixe-gato indiferente ao mundo, a areia usada para cobrir os corpos retornou lentamente para a cabaça, afinal, sem poder destruir o braço e equipamento do homem, e com todas as informações sendo passadas "pacificamente", decidiu não cumprir suas palavras e todos terão a chance de retornar inteiros para casa. — Eu não me importo tanto com o que Abraham fez, mas preciso dele. — Ponderou um momento depois de tudo. Ele tinha mesmo falado sobre fuga? Não se recordava, o sabor da comida ainda ocupava toda sua mente. Entretanto, a sensação de comichão em sua mente aumentou depois daquelas informações. Levá-lo sob custódia... O casal eram da força policial, mas por que não conseguiram prender Abraham logo no início do processo? O camaleão tem uma reputação e tanto sobre fugas sob o olhar atento do vigia. Não importava quais fossem as desculpas, o manipulador de areia queria interrogar o empresário.

Qualquer manifestação de energia ou hostilidade por parte do jovem cessou, liberando a mulher de sua influência. A conversa do salão passou a focar em um só assunto, não sendo possível ignorar mesmo que quisessem. A pergunta do homem tirou Ivar de suas contemplações, e o sorriso zombeteiro voltou ao seus lábios. — Eu irei com vocês, como somos amigos, sei que fará de tudo para que eu possa falar com Abraham. Certo? — Levantou da mesa de supetão, arqueando as costas e equipando-as com a cabaça de areia. — Ah, eu acho que sou superior a vocês... — Como jonin da folha, sua autoridade seria bem maior que a de simples policiais, e, mesmo não sabendo ao certo a graduação do casal, impôs sua vontade. Se eles se recusassem a colaborar e guiar o jovem até o local onde, supostamente, o empresário estaria, os perseguiria até concluir que, de fato, não tinham essa informação.

Nesse caso, deixaria os dois para trás e rumaria ao nosso destino, a delegacia de konoha, não fazendo cerimônia alguma ao chegar na instituição. — Olá, olá, olá. Sou o advogado de Abraham! — Se apresentaria de forma estranha, não revelando ser um jonin da folha. Estava prestes a gargalhar em espera da resposta.



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Com a mobilização de Ivar para se retirar do estabelecimento com destino a delegacia Hendrik o acompanhou em seu movimento para se retirar da mesa, mas para a surpresa dos dois a mulher havia ficado imóvel. O estrago já estava feito, ela havia olhado fundo nos olhos de Ivar e presenciado uma força sombria que a deixou com síndrome do pânico. Após ser retirada da paralisação foi possível notar uma mancha redonda sob sua calça e um cheiro forte de urina invadindo suas narinas. – Hey, Haruka, se contenha. – Falava o homem firmemente. Sem ter obtido uma resposta, o homem apenas encarou Ivar com um semblante de raiva. – Por favor, garçonete, ajude minha amiga a encontrar um quarto. – Pediu para uma das atendentes mais acessível. – Sobrou apenas nós dois e se de fato você for um Jounin é verdade que você tenha acesso a delegacia, mas se não for e estiver querendo o ajudar de alguma maneira eu mesmo irei cuidar de você.

Chegando na delegacia o nosso protagonista fora repreendido por Hendrik. – Faça-me o favor, rapaz, você acha mesmo que tem bala na agulha pra passar como advogado? O honorário do advogado dele é o que nós ganhamos em um mês. – O homem passava pela recepção. – Eu estarei responsável pelo depoimento de Abraham II, levarei nosso colega para junto de mim. – Indicava.

A sala de interrogatório, projetada de modo que maximizasse o desconforto do suspeito e a segurança dos "mocinhos" era observada por um vidro escuro visto por dentro, mas visível para quem ficava por fora. Antes Ivar havia levantado a possibilidade de alguém ajudá-lo a fugir, mesmo que não diretamente, e isso havia incomodado Hendrik. – Meu colega aqui tem algumas perguntas para fazer, senhor Abraham, espero que colabore com a sua investigação. – Com a descoberta de precedentes por parte de Ivar, o policial se posicionaria cerca de três metros ao seu lado e não se importava se ele ficasse desconfortável ou não com aquilo e inclusive disponibilizava uma cadeira, se fosse do seu interesse. Se ainda recordasse a imagem do jornal ele poderia notar algumas mudanças em suas características, como o corte de cabelo mais baixo e uma barba feita, para alguém que estava cheio de problemas a estética estava sendo muito bem cuidada.  

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O jonin deu de ombros pela repreensão de Hendrik, ele havia permitido a mulher ficar com as duas pernas e urinar na própria roupa não é uma vergonha, ele mesmo já havia passado por isso na infância. O olhar de raiva do policial apenas fez Ivar seguir Haruka com os olhos até que sumisse de vista, seguindo o homem para a delegacia. Em relação a advertência? Não poderia fazer nada até acontecer. — Vocês tem café sem açúcar lá? — Saiu no encalço, a segunda hipótese nunca passou pela cabeça dele. Nunca vira Abraham e não possuía motivos para ajudá-lo, na verdade, estava pensando em arrancar unha por unha do homem para fazê-lo falar, havia visto essa técnica de interrogação em um livro estranho na biblioteca e sempre quis testá-la. [...] A relação com Hendrik não poderia ser melhor, o policial mau e o bom, Ivar já havia decidido como procederia na investigação, rindo baixinho com a nova repreensão do novo amigo, mas nenhuma outra pessoa se interpôs no caminh da dupla, indo direto para a sala de custódia.

Ao entrar na sala, Ivar rotacionou a cabeça de forma a observar cada detalhe do local, ralo, ventilação, janela, porta, vidro, mesa, cadeira, qualquer coisa que tinha, poderia ter ou que estava faltando em relação a um cômodo normal. Hendrik o introduziu e depois de vários segundos em silêncio o olhar viajante do jonin parou no suspeito. — Eu não gosto de você. — Falou sem cerimônias ficando perto da mesa e do suspeito, com o policial a três metros de distância ao seu lado. Com um movimento rápido de mão, pegou a cadeira e realizou um arco, golpeando sem dó ou hesitação a parte de trás do pescoço do homem sentado, assim como suas costas. (vel 5, for 3). Era bem possível que o móvel se estraçalhasse ao acertar o homem, mas com o conhecimento anatômico do jonin, o local acertado maximizaria a dor ao ápice e não seria capaz de desacordar o homem. — Onde está Abraham? — Perguntou calmamente, agachando para pegar três pequenas farpas de madeira da antiga cadeira. A pergunta estava errada, não recordou do camaleão, e quando questionou o único nome que veio à sua mente era o do empresário.

Em nenhum momento olhou para Hendrik, caminhando para o suspeito, fosse qualquer que fosse o estado dele, e segurando com força seu punho esquerdo. — Acabei de comer e preciso dormir, vamos fazer isso rápido. — Com outro movimento rápido enfiaria as farpas embaixo das unhas do indicador, anelar e médio empurrando ao máximo, mal podia esperar para saber o nível de dor. Claro, se Hendrik quisesse interromper as ações de Ivar, o garoto o encararia com uma expressão como se fosse melhor ele recuar ou a sala se tornaria uma briga de todos contra todos em um único instante.



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Em meio ao movimento de Ivar o policial nada pôde fazer se não se colocar em frente ao lançamento do objeto assim protegendo sua testemunha do ataque, colocando na parte de trás de sua cabeça uma pequena escoriação e um sangramento. Ainda assim não reagiria contra o Jõnin, não que não pudesse reagir, mas não era para aquilo que eles haviam ido até ali e como alguém que havia dado sua palavra de homem, manteria-se alheio. Esboçando um sorriso de canto do rosto, responderia. – Tudo bem, mas agora você vai ser obrigado a continuar em pé. –

Ivar, que já deveria ter ouvido o nome Abraham na última hora umas cem vezes acabou que soltando sem querer a pergunta de onde estaria o próprio, para Ivar e Hendrik poderia ter sido apenas um confusão, mas que inteligentemente serviu para afetar diretamente o álibi que, somada com um tanto de crueldade por parte do usuário de Jinton, que tomou para si as ferpas de madeira que se soltaram durante a quebra e buscou colocar sobre suas unhas, soltou. – Abraham? Como assim onde está Abraham? Não sei do que vocês estão falando, o que não está bom em mim? – Respondia o homem com uma ligeira dificuldade pela dor enclausurante e por imaginar que estivesse sido descoberto. – Não, eu tenho dinheiro, muito dinheiro e sua carreira como shinobi está acabada, garoto. – Continuava. A dupla poderia notar que o homem rangia as mandíbulas e buscasse mordred o vento, poderia soar como um tique nervoso ou algo do tipo, mas nesse instante um dente caia em seu movimento. O mesmo possuía uma substancia roxa que para os mais ignorantes no assunto poderiam jurar que se tratava de veneno e para os especialistas poderiam confirmar que se tratava de veneno.  

– Tudo bem, isso esta ficando estranho. – Questionava-se Hendrik, dirigindo-se até o homem, agarrando-o pelo cabelo e colocando testa com testa. – Ontem você estava negando todas as acusações e hoje você estava prestes a se matar, é isso? Pois o meu colega aqui que eu estou longe de gostar dele está muito puto da vida e eu não vou fazer nada em sua defesa se não começar a colaborar. – O homem subia o tom da voz. – Tudo bem, no fim das contas eu realmente não saberia guardar segredo. Eu posso falar a verdade, mas tenho um favor a pedir, vocês precisam mandar alguém urgente para minha casa e proteger minha família, se ele sabe que eu falhei é a cabeça deles que vão rolar, não a minha, podem fazer isso por mim? – Pedia o homem. – O endereço é Rua das Araras, nº 17, ao leste do vilarejo. – Concluía o homem. Como um pai de família determinado e pela incerteza do que fariam com ele após revelar a verdade o homem só falaria após ter sua família segura.

O endereço mencionado era uma oportunidade quente em encontrar com seu antagonista. Mas ainda tinha que se decidir, o policial trocava olhares e então respondia. – Você pode fazer isso? Eu cuido da parte burocrática.

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Pela primeira vez Hendrik irritou o jonin de verdade, ao interromper sua cadeira e levar o golpe no lugar do sujeito o jovem levou como uma provocação, de verdade. Tudo antes havia sido entendido como brincadeira, os olhos outrora ostentando um brilho brincalhão agora estavam opacos. Se a ação subsequente também tivesse sido bloqueada, com toda certeza a delegacia não suportaria o combate entre aqueles dois homens. — Eu pedi pra sentar? — Perguntou tentando puxar na memória o momento no qual escolheu sentar frente a frente com um criminoso. Konoha estava começando a cansa-lo, tantas regras e moralidade, os gritos do homem não o perturbaram e muito menos proporcionaram prazer, ele estava ali apenas para executar uma missão e não falharia. Ameaças vazias do empresário poderia funcionar em qualquer outro, mas carreira shinobi arruinada? E como a filha se livraria dele? Seria capaz disso? O homem havia despertado, junto com Hendrik, a parte mais profunda da personalidade de Ivar, aquela dominada pela indiferença e ausente de qualquer amarra social e o direcionado apenas para a realização do objetivo, sem se importar com as consequências.

As palavras do falso Abraham e a resposta de Hendrik causou uma gargalhada que explodiu e tomou conta da pequena saleta. — Nenhum de vocês dois entendeu, e isso está me dando dor de cabeça. — Massageou as duas têmporas com força. —Ninguém irá para a sua casa. Fale tudo o que você sabe agora, dependendo de como eu julgar suas informações, irei proteger sua família e eliminar qualquer ameaça. Se eu julgar ser uma mentira e tentativa de me enviar em uma armadilha, irei caçar todos que tem relação com você e os matarei. — No centro do tórax do jonin uma marca começava a se agitar ressonando com o novo temperamento e palavras do jovem, a qualquer momento manchas negras poderiam se expandir em uma velocidade alarmante e cobrir todo o corpo, e com isso a maldição traria um aumento súbito de poder e insanidade. Sem olhar para o policial, Ivar falou uma última vez. — Hendrik, você está dispensado do serviço, caso não cumpra a ordem, pode se preparar para a punição. — Se o policial não obedecesse o jonin e deixasse a sala, o selo ativaria por completo o nível um, com manchas negras cobrindo todo o corpo de Ivar, que avançaria com velocidade e força total enquanto se movia desferiria dez socos visando acertar o crânio do policial. Não se importando se viveria ou não (vel 6, for 5).

Ao assumir o comando, se assumisse, olharia intensamente para o suspeito. — Agora diga tudo o que aconteceu até ser preso. — Realmente não queria perder mais tempo, e aquele falso Abraham fazendo exigências antes de querer colaborar achando que tinha alguma autoridade, aliada a ameaça anterior, estava prestes a conhecer o sinônimo de insanidade.



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Camaleão

@Rocky

O camaleão era um exímio profissional, capaz de fazer uma transformação completa em uma pessoa de pele morena para uma pessoa de pele branca, ou mesmo manipulava a cor da iris dos olhos dos seus clientes, fazendo o amargo caramelo se transformar em um azul do mar. Procedimentos esses possíveis através de pagamento de muito dinheiro. No entanto, ainda havia em seu meio um detalhe capaz de colocar tudo em xeque e esse não dizia respeito a suas técnicas, mas sim ao trabalho humano. Como um criminoso inescrupuloso, o antagonista usufruindo de toda a bagagem de Abraham solicitou que o seu corpo de seguranças fossem até a residência do funcionário que se dispôs a entregar o seu corpo. Ali, sem ninguém para questionar a ação e se passando como colegas do álibi para sua família, conseguirem mover a mãe e a criança na idade dos dois anos de idade sem maiores preocupações. Ainda sorriram alegremente, na esperança de encontrar o pai de família.

***

O clima de interrogação na delegacia continuava, por mais que as duas forças trabalhassem em jurisdições diferentes, Ivar buscava tomar a frente. O suspeito por sua vez não havia logrado êxito em sua tentativa de mover alguém para sua residência e isso já havia se concretizado no sequestro de sua família. – Meu patrão, Abraham II, contratou o serviço de um agente chamado Camaleão, ele possui incríveis habilidades quando o assunto é logístico. Ele anda com um equipamento altamente sofisticado, tira moldes do rosto, medidas do corpo como altura, largura e envergadura, tintas para cabelos, massas para diferentes modalidades, essas são algumas das características do seu trabalho. Ele também prioriza muito o habito de alguém e a memória das pessoas ao redor. Mais cedo, antes de me entregar, ele solicitou que eu voltasse até a residência para detectar como seriam a reação das vizinhanças e inclusive eu fui abordado pelos policiais que faziam a ronda da casa foi quando eu vim até aqui. – O homem que falava com um tom de voz embargado, baixava sua cabeça e fazia uma pausa. – O endereço em que estávamos se chama Rua dos Brutamontes, nº 38, ao norte do vilarejo. Trata-se de uma propriedade que está em nome de Abraham, não tem como não reconhecer, é o único portão de grades da rua.

***
 

– Eu não aceitei fazer esse tipo de coisa. – Dizia Abraham. – Nós o mandamos para lá com um único objetivo, se matar em público e ser declarado morto, e com isso você teria passagem livre e eu um trabalho muito mais limpo. – Explicava o Camaleão. – Sua família era um empecilho, mais cedo ou mais tarde eles tomariam nota do desaparecimento do marido, e como explicar a origem do dinheiro? Elas tiveram uma morte rápida, não se preocupe com isso. – Os antagonistas, diante dos corpos de mãe e filha já sem vidas cobertos por uma lona preta ainda teve a não descendência em deixar o envelope com uma quantia em dinheiro no valor de 30.000.000 Ryōs sobre o corpo da mãe, em um claro tom de deboche. – Ah, esse valor é a quantia em dinheiro que o seu marido conquistou para vocês, parabéns. – Ironizava.

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O depoimento do cúmplice apaziguou Ivar, a mancha em seu peito voltou para o modo inativo, seus olhos rosados continuavam opacos e sem demonstrar qualquer tipo de sentimento ou emoção para com o homem. — Nossas ações tem consequências. — Repetiu uma frase ouvida por ele muitos anos atrás, acionando um gatilho em sua mente. — A grande sala estava banhada em sangue, Keiko estava em seus braços não se recordava de como ela havia parado ali, nem mesmo de como chegara naquela casa. Shishio devia estar com ele, eram inseparáveis, mas o amigo de time não estava em lugar algum. Sangue escorria da escada central como um rio, o corpo de seu sensei estava com tantas perfurações e parado em uma posição tão estranha. Sua cabeça doía, parecia que ia explodir. Tentou massagear as têmporas, mas só conseguiu sujar seus olhos com o sangue de Keiko em suas mãos. — Nossas ações tem consequências. — Ele conhecia aquela voz. O som da porta da sala de interrogação fechando o trouxe de volta a realidade. Saiu caminhando calmamente pelos corredores da delegacia, saindo pela porta. Não se importou em avisar Hendrik, talvez ele estivesse escutando tudo através do vidro, talvez estivesse o seguindo ou talvez só quisesse que o jonin se fodesse.

Rua dos Brutamontes, nº 38, como o cúmplice informou, não seria difícil de encontrar. O grande portão chamaria atenção de qualquer pessoa e contava nos registros de Abraham como sua posse. Ivar concentrou chakra em suas pernas e pés, flexionando-as e saltou por sobre o portão. A energia seria capaz de proteger seus membros e potencializar o salto. Se conseguisse entrar no terreno sem resistência, caminharia em velocidade mediana até a porta de entrada da casa, tentando abrir educadamente girando a maçaneta. — O dia da retribuição chegou. — Bradaria a pleno pulmões para se fazer ouvido na maior área possível, chamando atenção para si. Seus olhos estavam atentos não só dentro da casa, como também na parte do terreno que consegue cobrir com a visão, pronto para disparar em velocidade máxima caso observasse qualquer movimentação humana.

Se sua entrada fosse travada logo no primeiro salto para dentro do terreno, o garoto evitaria entrar em confronto direto, recuando em velocidade máxima e criar uma lacuna de 5 metros entre ele e seus antagonistas. Analisando a situação, grãos de areia estarão caindo da boca da cabaça em suas costas e se misturando com o solo. Sem falar uma única palavra, com um movimento com a mão destra apunhalaria o solo e uma lâmina de areia cortaria todo o terreno em linha reta numa extensão de 15 metros e criando uma fenda com 3 metros de largura, cortando tudo em seu caminho e área. A velocidade da lâmina seria abismal (25m/s) superando até mesmo o movimento corporal do jonin. O ataque surpresa e sorrateiro visava eliminar qualquer inimigo na frente do jovem.


HP: 1375/1375 | CH: 3O5O/3125 | ST: O1/O6 | | Areia: 3OOO/3OOO un



"O mundo inteiro é um saco de merdas se rasgando. Não posso salvá-lo. Sei que nos movemos em direção à miragem, nossas vidas são desperdiçadas, como as de todo mundo. Eu sei que nove décimos de mim já morreram, mas eu guardo o décimo restante como uma arma."




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Ivar apesar do seu comportamento explosivo e determinante tinha em sua genialidade uma de suas maiores armas e relembrando um acontecimento em seu passado onde provavelmente uma tomada de decisão errada acarretou em um acidente contra alguém próximo, isso lhe dizia que a recusa em ir até o endereço da residência do álibi e o impedimento em não deixar terceiros fazerem o papel, seria transformado em uma bola de neve e assim como o que ocorreu em seu passado, duas mortes seriam o resultado de sua ação. Certo sobre isso e muito bem resolvido consigo o jovem não demonstrou qualquer tipo de sentimento ou preocupação e, acreditando que fosse uma perca de tempo, seguiu até o endereço de maior interesse, a residência em nome de Abraham.

Ao chegar e confirmar o endereço, sem dor de cabeça veria por fora uma casa aparentemente quente e aconchegante. Construído e decorado com tijolos vermelhos, ainda tinha grandes janelas triangulares simétricas que permitiam que a luz entrasse suficientemente na casa. No entanto, devido aos últimos acontecimentos essas janelas foram pregadas com madeiras ou quando realmente não tinham como, colocavam cortinas escuras para a maior privacidade possível.

O edifício tinha a forma de um quadrado S. As duas extensões se estendiam em painéis de madeira cobrindo cerca de metade da casa. O telhado, coberto de telhas marrons, se fosse do interesse em tomá-lo como caminho alternativo, é baixo e inclinado para o lado esquerdo. Duas grandes chaminés estavam em ambos os lados da casa. A da esquerda daria na cozinha e a segunda na sala de jantar. Falando sobre os cômodos a casa contava ainda com uma cozinha moderna, banheiro, sala de estar, sala de jantar, sala de sol, três quartos e uma grande sala de armazenamento que possibilitou que o Camaleão fizesse o seu trabalho sem preocupações. Não que Ivar parasse para maravilhar cada metro quadrado, mas já serviria como orientação para o mesmo.

O terreno adentrado por Ivar se tratava na verdade de um jardim bem cuidado que cercava toda a residência em um raio de 40 metros, com grama e canteiros de flores nas bordas do jardim. Em sua primeira ação, propositalmente o usuário de Jinton chamou atenção para si e logo foi atendido por quatro seguranças que confrontavam diretamente o jovem, que por sua vez tomava as medidas cabíveis para a sua proteção mantendo um recuo de cinco metros dos seus recepcionistas. Mais na frente, guardando o telhado, quatro seguranças, dois deles portavam armamentos como tonfas e nunchakus e os outros dois tinham suas mãos nuas.

O movimento em linha reta de sua ação possibilitou aos funcionários da casa uma esquiva, tendo tomado em duplas, à esquerda e a direita como meio de escape na diagonal. O primeiro da dupla ao lado da esquerda não foi feliz em sua tentativa de acompanhar seus colegas, sendo atingido pela técnica dentro dos três metros limites e tendo seu corpo parcialmente decepado. Paralelamente a isso, o integrante da dupla a esquerda que sobrara em pé, perito na arte do Shurikenjutsu realizava usufruindo a distância assumida por Ivar dos cinco metros, com uma força colossal e a 22m/s o lançamento de quatro shurikens visando acertar na altura dos olhos do garoto. Outro integrante da dupla da direita, que adotara dez metros de distância, com sua katana, com um saque limpo e rápido, movimento este possível por seu estilo de luta do Iaido, realizou um movimento na vertical, de baixo para cima, tendo o jovem como ponto de referência, levantado uma onde de choque em direção ao garoto. O terceiro membro utilizava do terreno ao seu favor para a manutenção de um jutsu como o Meisagakure para agir como um elemento surpresa.

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O terreno convidativo fez o jonin perder um pouco o foco, e passou a apreciar a vista. A casa tem uma arquitetura bonita e única causando um suspiro no garoto, iria destruí-la como todo o resto, o cúmplice ter entregado o esquema de cópia para enganar a polícia foi a confirmação que Abraham é culpado, e isso é o suficiente para Ivar matá-lo e destruir todos os bens que pudesse no processo. O garoto não é contra traição ou tem uma personalidade fanática e patriota, mas não gostava de ser enganado, e por isso mataria o empresário antes de capturar o camaleão. — Isso foi rápido. — Quatro homens bloqueavam o caminho por solo e mais quatro mantinham-se em sentinela no telhado. O jonin nada fez além de recuar os cinco metros, encarando tranquilamente seus algozes. Um sorriso se formou quando notou a movimentação coordenada dos homens.

A espada do deserto transformou um dos seguranças em dois, mas o ataque era uma simples distração, enquanto os outros combinavam seus ataques para cercar e matar Ivar em um único ataque algo estranho aconteceu exatamente ao mesmo tempo que todos se movimentaram. Todo o corpo do jonin virou areia, e por não precisar fazer selo algum e com uma inteligência acima da média, ele agiu quando todos os peões desse jogo estavam em movimento. Não existia mais um invasor, apenas inúmeros grãos de areia. Ironicamente, as ações anteriores do jonin não era a espada do deserto, pois essa técnica foi usada quando moveu o braço. Post anterior, última estrofe: Analisando a situação, grãos de areia estarão caindo da boca da cabaça em suas costas e se misturando com o solo. A areia da cabaça moeu os minerais no solo do jardim e estavam aumentando a quantidade de recurso do jonin, enquanto na superfície uma pequena tempestade de areia se originou da transformação corporal de Ivar, o solo começou a mudar drasticamente. — Quem pode nos culpar? — A areia se moveria e voltaria a se juntar com o jonin sobrevoando o terreno externo da casa bem cômodo sobre uma plataforma de areia a 50 metros de altura.

A tsunami de areia não seria algo colossal, mas por utilizar não só areia da cabaça do jonin, como também tendo o aumento do próprio solo da residência de Abraham, Ivar manipularia a primeira onda para destruir toda a paisagem externa e esmagar os três homens que tentaram atacar ele, até mesmo o terceiro que desapareceu. Ryūsa Bakuryū é um ataque em área e acreditava que não teria mais para onde ir, por que depois da primeira onda criaria uma segunda e terceira onda que exerceria a mesma função de golpear os homens, porém, agora tinha como alvo toda a residência e também os outros quatro que estavam no telhado. Do alto, os olhos rosas acompanhavam toda a movimentação, atento para algum ataque furtivo e pronto para reagir de imediato. Confiava em sua tática de ataque em larga escala.


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"O mundo inteiro é um saco de merdas se rasgando. Não posso salvá-lo. Sei que nos movemos em direção à miragem, nossas vidas são desperdiçadas, como as de todo mundo. Eu sei que nove décimos de mim já morreram, mas eu guardo o décimo restante como uma arma."




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A maior força do estilo de luta do Iaidō estava na capacidade de driblar os jutsus shinobis que necessitassem de selos, na contramão ao estilo, a qualidade de um ninja em ser um mestre em determinado campo tinha uma vantagem gritante e com esse cenário Ivar foi feliz em subjugar a onda de choque vindo em sua direção, às armas básicas e assumir acidentalmente a posição do homem invisível.

Não satisfeito o usuário de Jinton também tomou como seu alvo a residência principal. Entre o intervalo de uma onda e outra o corpo de seguranças se mobilizaram para se afugentarem dentro da residência para o seu terrível engano, as ondas dois e três que vinham em complemento a primeira serviram para dividir a casa ao meio em quatro partes e os destroços que vieram sob suas cabeças findaram suas vidas.

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Da esquerda para a direita, continha as instalações dos quartos, banheiro e sala de jantar. A parte seguinte a cozinha e sala de jantar, onde, do alto, Ivar poderia ter uma clara visão de funcionários como chefes de cozinha e assistentes todos se apresentando com vestimentas inteiramente brancas, abaixados sob uma mesa parcialmente destruída, provavelmente tinham buscado abrigo. Alguns mortos, outros vivos. Na parte em amarelo e onde os seguranças estavam mortos era apenas o hall de entrada, com espelhos e compartimentos para colocar casacos e chapéus, destruídos. O último setor, destacado em verde, e local de maior interesse, era o que menos estava danificado. A essa altura do campeonato a vizinhança havia se incomodado com o acontecido e manifestado através da solicitação de bombeiros e policiais do vilarejo.

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Todo o lugar passou por uma transformação incrível, ondas de areia despedaçaram a casa ceifando as vidas dos seguranças e de alguns empregados, aquilo poderia trazer consequências pesadas para o jonin, não estava perdendo tempo com isso mas tudo tem reação. Burocraticamente Ivar seria punido por matar konohenses a esmo, porém, o garoto estava focado em sua missão, analisando o novo cenário do alto. Com selos manuais uma explosão e fumaça caucasiana surgiu ao lado de Ivar, sobre a plataforma. — Verifique a parte menos danificada antes, algo está errado. O ataque era pra ter dizimado tudo. — Uma cópia exata do jonin apareceu e com a manipulação a plataforma de areia desceu a uma altura para que o clone saltasse e caísse sobre os escombros, com Ivar voltando aos céus a uma altura de 40 metros, movimentando-se em círculos sobre a casa destruída e monitorando as ações do kage bunshin, dando suporte a ele.

A altura possibilitava o jonin observar um cenário muito maior, a movimentação dos vizinhos depois da grande comoção certamente chamaria ainda mais atenção e Ivar queria terminar logo, com o clone no alcance de sua visão periférica, começou a sobrevoar as outras áreas em busca de qualquer coisa estranha, pronto para agir.

No solo a cópia focava-se em procurar pistas na sala de armazenamento, qualquer pista ou mesmo o corpo de Abraham, ele poderia estar dentro da casa. E apesar de não saber quem ou como era o camaleão, qualquer corpo encontrado no local, vivo ou não, seria recuperado pelo kage bunshin para verificar melhor, afinal, uma área tão protegida como aquela qualquer um com acesso à ela devia ter um alto nível de consideração pelo empresário. Os olhos do clone são tão treinados como do original, assim como o intelecto avançado, por isso estava trabalhando rapidamente na busca por algo que os direcionasse para algo concreto.


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"O mundo inteiro é um saco de merdas se rasgando. Não posso salvá-lo. Sei que nos movemos em direção à miragem, nossas vidas são desperdiçadas, como as de todo mundo. Eu sei que nove décimos de mim já morreram, mas eu guardo o décimo restante como uma arma."




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Em meio à busca entre os escombros por algo que ajudasse em sua tarefa o usuário de Jiton - e não Jinton - pôde notar dois homens na sala de armazenamento. Um era loiro assim como a imagem vista no jornal anteriormente, mas não estava totalmente idêntico, ainda que Ivar pudesse determinar que de fato se tratasse de Abraham, ele também poderia notar características diferentes como a implantação de um dispositivo em seu olho esquerdo. – É isso, chega de dinheiro ou fugir, chega de viver uma mentira, agora vamos dominar o mundo junto a Horda. – Aquelas palavras poderiam indicar para o nosso protagonista que ali diante dele estavam os dois alvos. O clone também poderia confirmar uma lona estirada ao chão, sem poder precisar de quem se tratava ele poderia ver quatros pés para fora da lona, indicando os dois corpos.

Fazendo companhia ao renovado Abraham estava outro homem de meia idade imponente, era o Camaleão em pessoa, tinha cabelo curto e espetado na cor cinza e olhos azuis usando óculos redondos e vestia uma espécie de batina, roupa esta que utilizava para passar despercebido e ser visto como um homem servo de Deus.

Mas porque fazer de Abraham, um empreendedor, sem nenhuma aspiração para a carreira ninja, uma arma em potencial? Nos últimos tempos ele esteve recrutando, através de cada emprego para que fosse contratadas, pessoas de alto padrão intelectuais e físicas e que estivessem dispostas a se corromper para construir um exército humano que claramente já havia escolhido o seu lado em meio ao evento que estava prestes abalar o mundo, que também Ivar chegou a ver uma breve menção sobre no jornal.

Nesse instante o homem de cabelos amarelos dourados após tecer os selos de mãos manuais cuspiu um grande volume de água de sua boca, tendo a dupla como epicentro e engolindo e esmagando desde a parte (verde) em que estavam até mesmo a outra (amarela) que fazia divisa. A dupla então alçou voo próximo da altura em que estava Ivar, acima do telhado, ficando frente a frente, a uma distância máxima de quinze metros do original. – Qual é o nome do jovem que tem feito esse barulho irritante? Eu posso te entregar poder, veja o resultado do meu trabalho, transformei um homem de cadeira em uma máquina potencial destrutiva. – Ele indicava o homem ao seu lado.  

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O original não encontrou obstáculo nenhum ao sobrevoar todo o perímetro da casa, mas no solo as coisas eram diferentes. A cópia encontrou dois homens na sala de armazenamento, e nenhum deles parecia estar com medo ou surpreso por serem descobertos. A expressão do clone também não mostrou mudança nenhuma em seu semblante, era esperto o suficiente para notar as mudanças corporais de Abraham, o empresário havia decidiu e selado seu destino ao se aliar com o homem de batina. E as palavras pronunciadas só o fizeram se encrencar ainda mais. — Alvos identificados. — Ditou sem emoção, e nada fez para impedir os selos de mãos do homem que nada falara até agora, sendo destruído pela torrente d'água. Nem mesmo fumaça permaneceu após ser atingido, com todos os detalhes visto pela cópia sendo transmitidos para o original.

O grande volume de água cresceu ao ponto de aproximar os três, porém, Ivar jamais se deixaria ficar vulnerável, e antes que o camaleão abrisse a boca, comandou a plataforma de areia de modo a subir mais 10 metros e recuar outros dez, criando uma distância considerável. — Ivar, jonin de konohagakure no sato. — Respondeu calmamente, não se importando com a provocação. Os olhos de Ivar brilharam rapidamente. — O que te faz pensar que pode me dar algo que eu já tenho? — Olhou para a enorme onda sobre a qual estavam em pé. — Estou vendo o seu poder e não estou tremendo. — Sorriu para si mesmo, como se lembrasse de uma piada engraçada. — Eu preciso de Abraham morto e você preso. Podem fazer isso por mim? — Perguntou calmamente, com um tom de voz suave como se o pedido não fosse nada demais.


HP: 1375/1375 | CH: 2906/3125 | ST: O2/O6 | | Areia: 279O/3OOO un



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Em uma planície distante em Kaze no Kuni um conselho de sete membros se reunia para discutir os eventos que estavam acontecendo. – O camaleão tem sido um grande aliado em nossa busca, graças a ele nós temos reunidos pessoas ricas o suficiente que invistam em nosso meio. Geralmente são pessoas bem sucedidas com problemas em seu vilarejo de origem e em resposta aos serviços prestados nós forçamos o investimento. Perdê-lo não é uma opção. Conduza homens para que os recebam na fronteira. – Dizia um homem sentado na cadeira numero quatro. – Konoha foi o primeiro vilarejo que teve contato com Hattori e é a que mais nos preocupa, a mobilização deles ainda é cedo, no entanto com a ajuda de Abraham e toda sua bagagem nós teremos ainda mais forças. – Respondia o segundo. – Nós vamos atrás da Hachibi. – Tratou de amenizar um terceiro.  

***

Em mais uma decisão acertada Ivar dava de ombros com a sugestão do antagonista, o mesmo havia presenciado muito pouco de suas habilidades e não se surpreendera, para o desgosto do Camaleão. – Então Abraham, por que não nos mostra que está disposto a lutar pela causa e não me ajuda aqui? – Nesse instante Ivar poderia notar o surgimento de uma habilidade muito bem conhecida por ele, tratava-se de uma habilidade presente em seu arsenal shinobi, o selo amaldiçoado da terra.

As três ligeiras linhas em seu pescoço tomavam totalmente a sua aparência em linhas espalhadas por todo o seu corpo com a ativação do primeiro nível. Com isso o mesmo ganhava uma bonificação em chakra, velocidade e força. Bem como uma cauda característica na verdade espécie. – É errado pensarem que minha alcunha é pelo simples fato de eu transformar um rato em um leão, mas sim por essa minha habilidade. – Indicava o homem a origem de sua alcunha. Em meio a sua transformação, como um mestre elemental no campo Raiton, tratou de erguer quatro pilares de pedra gigantes ao redor de Ivar que se não mostrasse uma maneira de desarmá-las sofreria com disparos de raios de luz entre os pilares, imobilizando-o.

Em complemento ao movimento do Camaleão, Abraham ainda em um processo de se adaptar as suas novas habilidades convocaria uma quantidade de água do céu que teria como alvo o centro dos pilares acima da cabeça do nosso protagonista onde serviria como um reforço as propriedades elétricas.

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Demorou menos de um segundo para reconhecer as linhas negras e a transformação parcial do homem, sorriu agraciado com aquela habilidade, liberando sem restrição areia da cabaça e cobrindo a si mesmo em camada sobre camada de areia. Estava usando uma técnica de selamento em si mesmo e naquele momento percebeu a falta de técnicas defensivas eficientes. A pirâmide de areia estava no centro dos pilares formados, recebendo todo o ataque e protegendo em seu centro Ivar. — Isso está começando a me irritar. — Com total controle sobre seu jutsu, deixou a camada envolta do corpo maleável e fez seu corpo deslizar até o chão, dentro da pirâmide. Com um movimento do dedo indicador direito, o topo pontiagudo da pirâmide se transformaria em projéteis de areia e dispararia na direção dos dois antagonistas. Milhares de projéteis seguiam retilineamente com uma velocidade soberba (31 m/s). Com os atributos e aprimoramentos do jonin, duvidava muito que todos os projéteis serão destruídos pela barreira elétrica, na verdade, tem fé que praticamente todos conseguirão vencer o obstáculo e alcançar seus alvos em um curto espaço de tempo, nem mesmo um segundo.

Ivar não saiu da base da pirâmide, não tinha certeza se a bolha d'água existia ou havia sido dispersada, então selou rapidamente e teve o corpo engolido pelo solo, deslocando-se para trás e distanciando-se da pirâmide em mais de 50 metros, chegando bem próximo do portão, 1 metro, e emergiu sem prestar tanta atenção a comoção que poderia estar ocorrendo no lado externo do terreno. Um combate de grande magnitude como aquele devia ter muitos olhares, mas Ivar decidiu obter o corpo de camaleão, para isso precisaria matá-lo. Com tantos projéteis de areia, duvidava que o homem manteria sua vida, era provável que ele e Abraham estivessem com uma aparência igual de peneira. — Eu também consigo transformar as pessoas. — Havia usado muita areia e chakra, talvez o combate findasse, mas se isso não ocorresse, teria que extrapolar em seu próximo movimento. — Mas o que preciso agora... — Cogitou uma hipótese.


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Em meio ao descarrilamento elétrico provocado pelos pilares em cima de Ivar o jovem conscientemente buscou se proteger com sua herança genética em forma de uma pirâmide colossal em camadas, se equivalendo aos pilares que o cercara. O Moguragakure no Jutsu caiu como uma luva, possibilitando que ele se esgueirasse entre uma camada e outra e assim tornasse acessível a manipulação da extremidade da pirâmide aos seus atacantes.

A resposta do Camaleão em defesa a dupla viera imediatamente, permitindo que o seu corpo assumisse a transformação completa do selo amaldiçoado e se fortificasse ainda mais. Estendendo os seus braços liberava uma alta descarga através das palmas das mãos, tendo como alvo combater diretamente as estacas de areia que vinham em sua direção. Assumindo um jutsu básico ensinado ainda na academia shinobi o antagonista chegava à casa dos 34m/s combatendo diretamente com socos na direção das estacas. Abraham se mantinha logo na retaguarda do Camaleão, ainda alheio ao combate. – Você é escandalosamente forte, meu jovem, e eu estou cada vez mais interessado em você. Essa vai ser a segunda e última vez que lhe darei a oportunidade em se aliar a mim.  

Em seu interior o antagonista se preocupava que Abraham fosse um peso morto naquele combate, o mesmo ainda estava em adaptação a sua nova condição. A habilidade empregada no item tecnológico em seu olho permitia que, assim como o Kanchi fosse possível notar a assinatura de chakra de Ivar. – Ele tem uma alta quantidade de chakra mas vejo que esta próximo de se cansar, Camaleão-sama. – Indicava.

Após o recuo Ivar poderia notar dois caminhões de bombeiros e três carros policiais que fechavam a rua e haviam movidos os residentes das casas vizinhas bem como armas apontadas para ele. Mas não havia a necessidade de se preocupar, afinal de contas Hendrik estava junto a equipe no chão e projetava com o seu braço direito levantado um sinal negativo, eliminando qualquer possibilidade em ser atingido acidentalmente. Poderia voltar a focar na batalha.

Adotando a sugestão de Abraham, o Camaleão voltou a investir contra o usuário de Jinton, agora com sede ao pote. O homem manipulava através de sua mão direita uma longa lança em um raio de cinco metros e iniciava uma corrida em zigue-zague em direção ao mesmo, buscando realizar um movimento na diagonal, da direita para a esquerda, quando quebrasse uma distância de cinco metros de Ivar.

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Sirenes, barulho de motor, pessoas gritando, pessoas correndo, ameaças, crepitar de eletricidade, pressão atmosférica, diálogos extensos... Ivar tem uma certa inabilidade social e tudo, ser o foco de tudo o estava incomodando profundamente, sentia sua cabeça latejar ao ponto de ser quase insuportável. Seus olhos rosas e opacos observaram calmamente seu último ataque ser repelido pelo camaleão, Abraham parecia ser capaz de sentir a energia espiritual do jonin. Tudo, tudo estava indo contra as ações do manipulador de areia. — Minha cabeça tá doendo. — Reclamou uma última vez, seus braços caíram sem resistência rente ao torso. A marca em seu tórax ficou vermelha e tão quente que pareceu queimar todo o corpo do adolescente, linhas negras se expandiram tão rápido e a pele alva ficou escura com manchas negras envolta dos olhos, uma longa e grossa causa cresceu em sua lombar como se fosse uma continuação do cóccix. As transmutações se davam concomitante com o último convite e as palavras do empresário, sendo totalmente ignoradas por Ivar. — AAAARGH! — Rugiu o jovem com centenas, milhares de fios negros saindo de cada poro de seu corpo causando uma quantidade enorme de dor capaz de levar uma pessoa normal à loucura. Os fios se apossaram de toda a massa corporal e como uma armadura negra e bizarra, transformaram Ivar em um demônio.

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O silêncio imperou na mente de Ivar, toda sua fúria estava sendo extravasada ao liberar todos os seus demônios. — As suas. As minhas. As dele. As nossas. — Falou pausadamente e em um alto tom que seria audível até mesmo para as pessoas fora do terreno. A plataforma de areia voltou a ser criada a sete metros acima da cabeça de Ivar, que flexionou as pernas e impulsionou o corpo na direção da plataforma empurrando com força e raiva o solo, ao atingir o novo "chão", executaria a mesma ação e impulsionaria seu corpo como um míssil na direção do empresário. Usou a lacuna de espaço para não ser acertado pela lança elétrica, e com uma velocidade e força hercúlea desferiria três socos no tórax de Abraham querendo ceifar a vida do empresário em apenas uma ação. — Ações tem consequências. — Não ficaria parado, o cansaço começava a invadir todo seu corpo, com um movimento rápido de deslocação corporal, Ivar desapareceria da localização próxima do corrupto, tendo assassinado ele ou não e partiria para o combate próximo contra o camaleão. Com uma velocidade sobre-humana, tentaria se esquivar dos feixes e linhas elétricas criadas ou que poderão vir a ser criadas pelo antagonista, executou selos manuais antes de desferir um golpe simples, objetivo e limpo contra a garganta do falsário e arrancar a traqueia dele. Estacas de terra emergiriam sob os pés e atrás dele na tentativa de evitar uma fuga e aumentar o dano, caso não morresse com o golpe da mão.

Ivar pretendia ter matado os dois, mas se sua investida tivesse sido parcialmente bem sucedida ou completamente falha, executaria o shunshin de novo para retornar para bem próximo do portão, estaria esgotado fisicamente e teria que recorrer as forças de segurança de konoha, com o selo regredindo e dando a aparência normal do jonin, assim como a armadura negra se desfazendo e os fios negros entrando dentro do corpo através dos poros.


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