Acordou no dia seguinte com o estômago ainda cheio, optou por dormir na copa de uma das árvores para evitar a possibilidade de ser mordiscada por animais da floresta, principalmente por ter dormido sem escovar os dentes, seria trágico de um animal viesse lhe roer a boca. Não porque não queria, ou por ser preguiçosa; não havia água por perto. Era uma recém chegada no País das fontes termais, e curiosamente, não havia visto ainda nenhuma fonte termal. Estranhamente, era como se estivesse no País das Florestas Amaldiçoadas. Desceria da árvore em um só pulo, pousando no chão gramíneo flexionando os joelhos para amortecer a queda. Na noite passada, Reika teve de assassinar um urso — que serviu como sua janta — e desfazer-se de seu corpo, jogando-o no meio a floresta para ser alimentado por outros carnívoros; por isso dormiu longe do cadáver. Mas não sem antes fazer uma marca no tronco da árvore à frente, indicando uma seta a direção que estava se locomovendo. Tudo naquela floresta era tão homogêneo que se perderia facilmente se não fosse por aquilo. E assim pôde continuar na mesma direção. Seguiu reto até que encontrasse uma lagoa, onde executaria todas as suas necessidades básicas. A água estava gelada, quase que congelando. Será que já chegamos no inverno? Invernos me lembram o dia em que executei cinquenta quardas de uma só vez... Perguntava-se, e mentia para si mesma por alguma razão intrínseca desconhecida.

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Cons.:

 E o inverno realmente tinha chego. Uma lareira seria algo bastante conveniente para a noite em questão, mas não havia muito com o que se preocupar, visto que madeira havia em todos os lugares. Portanto, enquanto ainda era dia, Reika resolvia por seguir seus planos de procurar rastros de possíveis oponentes para realizar o seu mais nobre objetivo. Ela ainda era uma máquina de matar. Não havia porque parar ali, logo após comer algumas frutas encontradas em arbustos e realizar sua higiene pessoal,  continuou seguindo floresta á dentro, procurando por marcas de alguém que poderia ter passado por lá recentemente; mas nada encontrou. Diferentemente da noite anterior, em que havia rapidamente notado flutuações no solo ー marcas de pegadas do urso ー, desta vez, não via nada referente a algum humano, ou ninja que pudesse enfrentar. Estava começando a ficar chateada. Deixou seus aposentos de Kumogakure para encontrar inimigos, mas agora não os encontrava. Mas não pretendia desistir tão facilmente. Atravessou toda a floresta relativamente arbórea do País das Fontes Termais, até que encontrou seu fim. Agora começava a ver algumas pedras imensas, que formavam uma espécie de mar que seguia até o horizonte de seus olhos. Que lugar estranho. Sentia-se novamente vislumbrada.

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Cons.:

 Não arrependeu-se em nem um segundo de ter deixado a sua vila natal, muito menos ter deixado Kumo. Tudo tinha valido a pena. A menina treinou, obteve poder, e agora era uma mulher que viajava em busca de batalhas que pudessem oferecer-lhe a adrenalina que necessitava para viver intensamente, era aquilo que a fazia feliz; estar perto da morte, tendo o gosto da ansiedade esfriar-lhe a barriga. Agachou-se tentando procurar por vestígios, mas lá também nada havia. Seguiu em frente, adentrando no relevo da selva de pedras, ainda com o mesmo objetivo em mente. Seus olhos frequentemente faziam uma busca no horizonte à procura do inimigo perfeito (ou dos inimigos perfeitos). Aos poucos, a floresta ficava mais apertada. Era como se, cada vez mais as árvores estreitassem um caminho que fariam-na obrigada a entrar no ambiente e não houvesse outra maneira de atravessar aquilo. Perfeito! Se há inimigos na região, certamente eles terão que adentrar essa floresta para que possam avançar e trocar de ambientação. Não vejo outra maneira. Seguindo a lógica de rastreamento, seguiu à diante, atravessando a floresta com a atenção redobrada, visto que a probabilidade de encontrar algum sujeito teria aumentado drasticamente devido o relevo em questão.

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Cons.:

 Reika analisava o solo ー verde, gramíneo ー agachando-se e trazendo sua mão para tateá-lo. Alguém teria passado por ali, mas provavelmente já fazia muito tempo e seu alvo já teria atravessado toda aquela floresta, chegando até mesmo no vilarejo mais próximo. Não, não poderia achar o paradeiro daquela pegada. Deu de ombros, e seguiu deslocando-se para o norte, sempre para o norte. Doravante, Reika manter-se-ia com o chão em seu campo de visão, e com ouvidos atentos para que, se notasse qualquer som irregular no ambiente, agisse de modo instantâneo. Num relance, notou algo brusco se movendo, o que num reflexo fez com que sua destra se movesse para lançar uma kunai em sua direção, garantindo a manifestação de um som estranho. Uma espécie de grito, misturada com um rugido de dor e sofrimento. O que diabos era aquilo? Avançou, descobrindo que tratava-se de um pobre coelho.
Ela adorava coelhos. Por mais brutal que fosse, ferir o animal acabava por feri-la na empatia; coisa que não era acostumada a sentir. Retirou a Kunai, e guardou-a na sua bolsa ninja mesmo ensaguentada. Ergueu-se, e prosseguiu na densa mata de copas cortantes, efervescendo de vontade de lutar.

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Cons.:

 Reika agora via-se no pleno interior de uma floresta, cujas copas lembravam-lhe torres de vigília ao passo que seus troncos eram erguidos como uma torre de comando. Um brilho intenso podia ser notado vindo de uma distância relativamente grande do local onde ela estava, o que lhe chamava muito a atenção. Era hora de usar seu sensoriamento. Já tinha andado o suficiente para perceber que em qualquer momento veria algum oponente, portanto, desejava encontrá-lo antes que ele antes a encontrasse. Assim que as caças funcionam.

 Ergueu ambas as mãos manifestando o selo do tigre, e um sexto sentido se abriu. Não precisava mais de olhos. Via claramente por todo um raio de um quilômetro as manifestações de chakra visíveis e invisíveis; a Yamanaka ainda não havia achado alguém mais habilidoso em sensoriamento do que ela. Encontrei! Esboçou um sorriso. Via claramente não apenas uma, mas aproximadamente seis delas. As manifestações locomoviam-se de modo ligeiro, e Reika já tinha uma certeza: era hora de lutar. A rastreadora percebia, pelo nível e quantidade de chakra que havia em cada chama azul, que não eram fracos, um em especial era maior que o dela. Seu coração acelerou, um frio acometia-lhe o estomago embrulhando-o como se fosse uma ventania no interior de si; eram sintomas que lhe apeteciam, antecedentes a um combate que poderia custar-lhe a vida.

825/825 hp; 1150/1150 ch; 0/5 st

Cons.: