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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 25 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
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Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
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Havilliard
Havilliard#3423
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Rodrigues
Genin
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Um dia como qualquer outro. Nessa primavera lancinante, o suor escorria pela minha testa e me causava calafrio. Talvez eu estivesse com um pouco de febre, mas com receio temia que era a abstinência do açúcar. Fazia 12h que eu tentava parar; sem sucesso, agarrei o pote de sacarose mais próximo e coloquei uma mão cheia dela na boca. Instantaneamente minhas pupilas se dilataram e minha energia foi recobrada. Teria que viver com isso, afinal. E nesse exato momento eu não ligaria muito com essa resolução. O fato era que, nesse casebre que chamo de lar, o dinheiro estava cada vez mais torrado. Minha impaciência para missões idiotas da vila só crescia com o passar do tempo. Salvar um gato? Escoltar um verme? Pintar muros? Mas que grande bobagem. Nesse intuito, minha frustração deu lugar em minha memória ao modo de vida que eu levava quando criança, antes mesmo da graduação genin.

Sim. Ter que lutar por cada prato de comida sem dúvidas foi o tempo que cresci como arma militar, como shinobi. Prostrei-me a andar pelas ruas e vielas de Konoha, cada vez mais entusiasmado com um novo mundo que eu adentraria. Embora apenas furtasse comida e pertences nos anos mais novos, tive plena ciência dos grupos que orquestravam o submundo da vila. Drogas, armamentos, assassinatos, tudo poderia ser obtido. E era nessa obtenção que, agora, eu me resguardava e tinha esperança em conseguir dinheiro. Muito mais do que eu precisava absolutamente era real. Assim que cheguei em uma rua sem saída, bati à porta vermelha que estava à minha esquerda. Duas, três, quatro pequenas batidas. Um homem alto, forte e tatuado abrira e me deixara entrar. Nossos olhares sórdidos se cruzaram e ele entedera que eu era mais um dos ''executores''. Essa denominação é dada às pessoas que se dispunham a realizar qualquer tipo de missão para os gângsters.

Subindo as escadas e mantendo meus sentidos aguçados pelo cheiro forte de cigarro e incenso, conheci aquele que seria meu salvador. Salvador dessa pobreza que eu vivia. "Não importa o que eu tenha que fazer, desde que me paguem bem" foram as palavras que quebraram o silêncio. Meu semblante era de sublime inquietação e uma reverência debochada foi feita com ele. Conversamos brevemente durante alguns segundos e me foi entregue um pacote em papelão. Após perguntar o que exatamente tinha lá dentro, afinal, não havia como eu planejar minhas ações sem saber a periculosidade que enfrentaria no caminho, fui instruído que jamais deveria olhar o que havia dentro. Drogas? Diamantes? Como não iria avançar em nada com isso, obtive um mapa que levava até meu destino. Era fora das montanhas e muito bem escondido por entre as rochas. Levaria, assim, dois ou três dias para chegar.

Colocando tudo de mim nessa tarefa única, retornei para casa e agarrei provisões e equipamentos. O pacote, pequeno como ele é, não possuía som audível ao ser sacudido. Achei realmente que seria folhas e afins, certamente algo que eu me daria mal caso fosse pego com. Esperei desconcertado com pirulitos e balas as 3h matutinas. A segurança em Konohagakure, em uma das passagens para fora, consistia em 2 soldados que eu poderia facilmente ludibriar com um Henge no Jutsu. Dito e feito, escolhi a aparência de um jounin e executei a transformação. Cabelo grande, liso e um rosto de pêssego em conserva. Não poderia ser uma feição mais ordinária. Meu pulso estava acelerado, como era de se esperar. E se? Fui saltando, com calma e silêncio,  de construção em construção até chegar perto da saída. Um shinobi guardava ela e o outro estava sentado num banco, descansando. Com 50% do problema resolvido, dirigi-me ao portão e falei com notória discrição que precisava sair.

– Receio que terei de revistá-lo – disse o homem.

Era tudo o que eu não podia permitir. Meu olhar desceu para a raiva e, antes que eu pudesse abrir a boca para tentar convencê-lo do contrário, minha mão foi retorcida nas minhas costas, de modo que eu estava imobilizado a menos que eu desejasse ter meu braço partido em dois. Meu coração acelerou e meus olhos se cerraram; de súbito, girei meu corpo na direção contrária, me abaixando e surrupiando uma rasteira atrás. O ninja, que a pouquíssimo estava dormindo e agora me atacava, saltou o suficiente para não ser atingido pela rasteira e disparou um forte soco que me atirou dois metros a frente. Aparei minha velocidade com um dos pés e soltei um grunhido de frustração. Ele era muito mais rápido que eu e certamente mais forte. O que eu poderia fazer? O henge havia sido desfeito e meu rosto agora era conhecido. Eu teria que matá-los, mas, no arauto da situação, resolvi fazer exatamente o contrário. Estendi os braços e deixei que o primeiro dos shinobis, definitivamente jounins, me revistasse. Não demorou para que encontrasse a entrega.

Lado a lado, eles buscavam uma maneira de abrir e checar o conteúdo. "Estou de olho em você, pirralho" foram as palavras de consolação vindas do que me atacara. Quando a caixa foi aberta, fora do nada, ela estava produzindo um efeito completamente indesejado pra eles, e ansiado por mim. Um selo foi circunscrito ao redor dos ninjas e seus corpos estavam paralisados. Era um fuuinjutsu extremamente poderoso que os deixaram estagnados. Não podendo ligar menos, disse-lhes que não se preocupassem. Iria acabar logo. Saquei duas kunais, uma em cada mão e atirei-as na direção da cabeça dos dois. O desespero em seus olhos ao ver a aproximação dos utensílios era extremamente recompensador. Meu braço ainda doía da ação anterior, e, à deleite meu, o baque de um crânio sendo perfurado enobrecia minha alma.

Restava fechar a caixa e dar o fora dali. Havia perdido muito tempo segundo minha percepção. Aliás, tratava-se de um tempo psicológico. A ação não durou mais que um minuto e, porém, a mim havia soado mais de cinco. Saquei uma shuriken e, com calma e precisão, após ter me posicionado bem, atirei numa angulação de modo que funcionou como um clipe qualquer. Não estava nem a 2 metros do meu alvo, foi algo extremamente básico. O selamento no chão desaparecera, deixando corpos que logo seriam descobertos pelas pessoas junto com a luz do dia. Recolhi minhas armas e segui viagem, apressando o passo. Embora verão, a hora propiciava um clima refrescante e seco. Mas em minha mente eu martelava imagens do que poderia acontecer comigo caso fosse pego por esses assassinatos. Eu definitivamente não conseguia me preocupar demais, era minha própria natureza, contudo uma pequena luz no fim do túnel ainda permanecia acesa.

Livre da aldeia e de preocupações, junto à glicose, levei três dias para finalmente chegar na toca que me aguardava. Não poupei esforços em dizer que fora fácil entregar-lhe aquilo, mas a ironia era óbvia em minha face, assim como em minhas roupas manchadas de lama e encharcadas por chuvas torrenciais. O rapaz ali presente sequer olhara em minha direção. O caminho de retorno fora ainda mais simples e rápido, uma vez que eu poderia entrar pela porta da frente. Não fosse pelo encontro com uma besta selvagem qualquer, eu teria enfartado de tédio. Paciência não era o meu forte. Quanto ao pacote? Pouco me importava o que de fato estava traficando. Os ryous que foram depositados em minha conta, nos dias seguintes, era recompensa mais que suficiente.

- Palavras: 1234

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Rodrigues
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Lá estava eu outra vez. Encarava o senhor que despachava tarefas criminosas com relativa pretensão. Colocava minha vida em perigo com verdadeira irresistibilidade, algo não muito sábio. Mas, confiava muito nas minhas capacidades, restava saber até que ponto elas confiavam em mim. Esse dia de hoje transcorrera com velocidade, apenas desacelerado pelos meus doces que me tiravam da normalidade. Como de costume, busquei algo que satisfizesse minha existência; desafiasse minhas habilidades, e, não menos importante, enchesse meu bolso. Fui desligado dos meus devaneios quando o velhinho decidiu o que eu teria que fazer dessa vez, não podendo eu deixar de expressar verdadeira surpresa e inquietação: um ataque terrorista. Com que finalidade? Não haveria uma guerra civil em reposta? Em que medida isso era prudente? Ele não tardou em explicar do que se tratava:

— Como você já deve saber, Feitan, a cúpula política de Kumogakure aprovou diversas medidas de combate e busca aos nossos interesses — parou por um breve momento —, ah, sim, você não poderia saber disso, já que, embora seja um shinobi, não tem muita influência. Bom, vou simplificar para você: iremos causar uma represália ao governo, enviando a mensagem de que se não abrandarem as leis que nos concernem, mais problemas surgirão. A hora perfeita será amanhã pela manhã, por volta das 10h. Sim, isso mesmo que você deve estar pensando —ele tossiu um pouco com sua voz áspera, dando continuidade em seguida — haverá uma celebração numa casa de shows em agradecimento às colheitas abundantes dessa estação. A segurança deve ser fraca, então você não deve ter muitos problemas. Agora vá — me despachou com um sinal de mão.

Eram 16h em ponto e, enquanto verão bastante escaldante, me agraciei por estar um clima ameno. Segundo as instruções escritas no pergaminho que recebi ao sair de lá, minha tarefa era explodir a construção e matar quantos civis fosse possível com isso — sem que eu fosse pego, é claro. Um bom trabalho para eles é um trabalho anônimo. Por volta das 3h da madrugada eu deveria me dirigir ao oeste da vila, lugar em que encontraria uma determinada casa. Lá, adquiriria as três bombas que fariam o prédio alvo ir abaixo. Havia ainda um bom tempo segundo pude perceber. Me dirigi até minha casa para dormir o suficiente; me encontrava cansado e sem determinação suficiente para muita coisa. Tinha esperanças de me acalmar e estar nos cem por cento quando a hora chegasse.

Dormi facilmente sem interrupções, acordando com o meu despertador demarcando meia noite e meia. Era hora de partir e, ainda assim, minha apreensão só aumentava ao invés de regredir. Me vesti com a mesma roupa de sempre e coloquei meus equipamentos no devido lugar, atirando balas doces na minha boca. Num disfarce que pensei por algum tempo, executei o Henge no Jutsu e peguei um saco com três ou quatro cervejas que tilintavam a cada passo que eu dava: minha aparência era a de um civil qualquer levemente embriagado. Desculpas? Uma festa com os amigos. O local que eu deveria chegar era bastante longe, significando mais chances de ser abordado pelos patrulheiros. Vagar por aí sem um disfarce não seria muito inteligente.

Assim, aconteceu conforme planejei. Pude vagar e me misturar com os poucos viajantes que circulavam por aí, não sofrendo abordagens ou qualquer coisa do tipo. A hora se aproximava e eu estava longe do destino, o que me fez apressar um pouco o passo. Mas, assim como previ, bati à porta no horário pré-estabelecido. Ao entrar, logo pude sentir um incenso forte de enxofre e pólvora, fisgando meus olhos no pequeno laboratório que era o lugar. Prateleiras e mais prateleiras com frascos e substâncias que eu nunca vira na vida. Poderia dizer que estava impressionado, principalmente quando o homem me mostrara as tão aguardadas bombas. Eram cápsulas de metal, do tamanho do minha mão fechada, ou seja, não eram grandes. De imediato tomei-as e perguntei-lhe: — Isso será mesmo o suficiente? — pergunta sem resposta. Ele me deu as costas e eu parti dali.

Restavam duas horas para que eu chegasse na casa de shows e implantasse as bombas. Sabia, no entanto, que teria que pensar num jeito de despistar os guardas — se é que estariam mesmo lá. Assim, me movimentei com cautela. As cervejas, agora mornas, se misturavam com os utensílios que estavam ali. Me escondi num beco ao chegar perto da locação, retirando alguns itens da minha bolsa ninja. Faria algumas explosões por ali, escondido no beco, visando atrair a atenção dos shinobis. Eu velozmente adentraria a construções nesse momento. E foi o que sucedeu em questão de segundos. Com tudo pronto, coloquei cerca de dez selos bomba nos muros dali, a não mais que 50 metros dos guardas. Contando com a inexperiência de sentinelas despreparados, ouviu-se um estouro forte e desmoronamento. Em cima da casa e no limite da beira, vi que os guardas correram para ver o que havia acontecido.

Era minha deixa. Saltei com um Shunshin no Jutsu, abrindo a porta e a fechando. A referida era extremamente grande, possuindo o edifício a parte subterrânea, como um armazém — acrescido a seus preciosos pilares de sustentação — térreo e mais dois andares; ao que tudo indicava, seria na parte superior a celebração. Meu coração palpitava de excitação, então tratei de descer e ser o mais rápido que pude. Escalei, com a técnica básica, os pilares e plantei as bombas na parte superior, de modo que fosse difícil perceber. Restava sair de lá sem ser visto. Nesse instante, os guardas deveriam estar mais atentos que nunca e em posição, ou seja, a poucos metros de mim, separados pela grande porta. Iria usar esse adjetivo em meu favor: passaria pela parte de cima, como uma aranha, dando o fora o mais veloz possível. Antes, é claro, eles precisariam abri-la.

Refletindo um pouco, meu treinamento nessas últimas horas era o intelectual. Tive que ser discreto e inteligente, além de incisivo nas minhas ações. Acima da porta e preso como um inseto qualquer na parede, amarrei meu fio de aço numa kunai e mirei num castiçal na minha frente. Atirei a arma com a máxima força que tinha, por pouco acertando e derrubando o objeto. Puxei a linha de imediato e agarrei a kunai, sendo o mais silencioso que eu podia. Instantes depois do impacto no chão, os sentinelas esbravejaram:

- Quem está aí? É bom que você apareça.

A porta foi aberta e, tendo dois pares de olhos atentos ao chão e as redondezas, escapei por cima, desaparecendo logo em seguida. Meu trabalho estava terminado e eu não poderia ligar menos para o que aconteceria a partir daí. De minha casa, horas depois e com a celebração ocorrendo, fui alarmado por uma explosão poderosa nas redondezas. "Deve ser isso" pensei, caindo no sono e indo dormir. A essa altura, Kumogakure se prepararia para responder os gângsteres da pior forma possível, ou, talvez, firmarem algum tipo de acordo, se é que o Raikage seria tão sociável e diplomático ante um atentado terrorista. De qualquer forma, não era de meu interesse saber mais que o necessário.

- Palavras:  1186
Rodrigues
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Talvez duas semanas após meu último trabalho para as forças criminosas, irrequieto como sempre, decidi que buscaria novamente o exercício da minha liberdade de escolha, isto é, acatar mais uma ordem ''deles'' em troca de substancial soma em dinheiro. Não haviam escrúpulos em mim e, de fato, isso nunca me foi estranho. Ao formar expressão sobre isso, imagens da minha última missão vieram à mente. Entregar uma encomenda quase destruiu minha vida. Com graduação e habilidades de um genin, era impossível lutar com dois jounins ao mesmo tempo; não fosse o acaso das circunstâncias, eu estaria morto ou na cadeia. Indagando mentalmente o que eu não poderia passar por, cheguei a conclusão que fazer algo que envolva espionagem era o mais sensato. Eu não precisaria confrontar ninguém – além do mais, as técnicas básicas eram o suficiente para fazer o serviço e demonstrar precisão nas minhas faculdades.

Levantei da cama num pequeno salto, de imediato realizando o ritual básico. Comer qualquer coisa, escovar os dentes e me equipar. Parti da minha residência com um pequeno sorriso no rosto. Mastigava algumas balas de açúcar e girava uma kunai no indicador esquerdo para passar o tempo. Enquanto caminhava, observei com atenção as pessoas que passavam por mim; estava gravando rostos e vestimentas a fim de ser mais verossímil nos meus henges. Uma pessoa, em meio a tantas, me olhara com desdém enquanto se aproximava. Mirei a kunai em sua cabeça, com o braço esticado, e proferi: – Que queres? – com expressão tão séria e metida, obviamente ele não hesitaria em fazer nada. Talvez o fato de ser um civil comum influenciou minha atitude. Eu deveria me acalmar rapidamente, pensei. Me estressei com apenas um olhar – deveria ser o mais paciente dos shinobis para espionar alguém. Entre olhares e tosses alheias, cheguei na construção desejada. Bati à porta com o código e me deixaram entrar, momento em que guardei o utensílio na minha mão e coloquei um pirulito na boca.

Como não era a primeira vez que eu estava aqui, o processo foi mais rápido que o habitual, sem longas esperas com as narinas entupidas de nicotina e naftalina. Após estar na sala principal e encarando o gângster que despachava ordens, reuni entusiasmo e disse-lhe da minha última tarefa, buscando angariar confiança para que meu pedido fosse atendido. Eis as palavras que meus ouvidos escutaram: ''E por que você me conta isso, fedelho?'' A expressão em seu rosto denotava desprezo. Eu deveria ser incisivo para não demonstrar receio. Receio de não ser capaz de fazer o que me seria pedido. Poucos  instantes depois, cheguei a conclusão que eu não seria capaz de escolher o que fazer. Deixei escapar um assobio de frustração e sobrancelhas cerradas. Entretanto, suas palavras seguintes me tranquilizaram, já que a tarefa era exatamente o que eu queria. Ouvi seu discurso atentamente:

– Designo que você deve investigar um jounin da vila. Seu nome é Enzo. Ele trabalha para nossa quadrilha, no setor de cargas, especificamente diamantes, mas suspeitamos que ele está roubando o que deve proteger. Esse merdinha pagará caro caso assim realmente seja. Mas – uma pequena pausa sucedeu –, não sabemos com certeza. A denúncia feita diz que ele está indo ainda mais longe nesse joguinho de vida ou morte. Diz-se que ele está vendendo para nossos inimigos no leste, os Hakuzi. Seu relatório em cima dele irá ratificar se devemos executá-lo. Vá – despachando-me com um gesto de mão, saí de lá sem nem ao menos saber qual a força dele. Sabia, todavia, que ele era um jounin e que possuía confiança suficiente para roubar de gângsteres e vender a seus inimigos. Apenas esse pequeno pensamento me fez ficar vigilante. Na recepção peguei uma foto sua e soube dos frequentes paradeiros dele.

Estava um sol escaldante do lado de fora, especialmente amplificado pelo verão. Meio dia e meia. Caminhei em direção ao centro da cidade, pois segundo o relatório em minhas mãos, Enzo sempre almoçava às 14h no mesmo restaurante. Vinte minutos era tempo suficiente para chegar lá caso eu corresse, porém fui andando como qualquer um. Me escondi numa beco qualquer e mentalizei a figura de um velho qualquer; barba branca, estatura mediana, olhos castanhos, 55 anos: Henge no Jutsu. Chegando lá, sentei-me numa mesa, pedi petiscos bestas e aguardei. Não tardou, por sorte, que a hora se fizesse presente e o meu alvo estivesse comendo. Terminei minha refeição e aguardei do lado de fora, encostado numa construção por perto. Saindo de lá, ele foi para uma biblioteca, e após isso deu uma passada numa copiadora de papéis. Seu último destino, já às 22h – e meu cansaço latejando – foi sua própria casa. Eu alterei minha aparência várias vezes no decorrer do dia, além de manter distância segura sempre. Pensava, então, que estava tudo bem.

A casa desse homem era avantajada e moderna: se erguia sobre alguns pilares de madeira, de modo que alguns arbustos residiam por ali. Me agachei para ficar embaixo da casa e me escondi em um arbusto, descansando com sono leve os próximos passos. Os papéis que eu tomara, através do serviço de inteligência, informava que hoje era o dia marcado para o encontro com os Hakuzi, então eu deveria ser muito cuidadoso. Uma, duas, três, quatro horas foi o tempo que permaneci estático, resguardando minhas forças, quando de súbito, ouvi o ranger de portas dentro da casa. Aticei minha concentração e aguardei o momento de prosseguir. Pude vê-lo carregar uma mala metálica ao longe enquanto eu me movia para construções altas em silêncio. Era possível, também, notar uma espada em sua cintura. Meus olhos quase queimavam de tanta excitação. De súbito, fui forçado a ficar agachado e escondido, pois ele parara. Alguns minutos depois, um homem gordo e fardado, aparentando trabalhar para a vila, tomara o malote e entregara um outro para ele.

Na espreita, eu observava de relance o que havia de acontecer, mas nada sucedera. Ele se virou e começou a caminhar em minha direção. Não exatamente em minha direção, eu estava às cinco horas suas. Mas, de repente, tudo deu errado. Outra vez. Seus olhos macabros se encontrara com os meus e eu sabia que agora era hora de fugir, ou acabaria sendo morto em segundos. Talvez um único segundo fosse o suficiente para morrer. Assim, nessa angústia, meu corpo liberou adrenalina e meu cérebro quebrou barreiras que me fizeram transcender minhas capacidades. Utilizando Shunshin assim que podia e tudo que eu tinha, saltei e corri repetidamente em máxima velocidade a todo custo. Parecia que eu realmente estava me distanciando, porém toda olhadela para trás ele parecia estar mais próximo. De súbito, eu sabia que deveria chegar nos portões da vila, que não estavam tão longe assim, para que os shinobis guardas pudessem interceptá-lo – com uma mala cheia de dinheiro ou o que quer que seja, ele recuaria.

Enquanto me movia em rapidez, passei por becos estreitos e fiz desabar o local com selos explosivos, além de atirar debilmente armas em sua direção. Nos últimos momentos, a poucos metros do destino, com o perigo eminente, sabia que não daria tempo. Foi quando sem nem ao menos saber o que aconteceria no próximo instante eu ouvi uma voz forte e um grito de desespero: – GUARDAS! – era a minha própria voz. Só faltava sair da rua e pegar a esquerda para dar de cara com eles, então obviamente eles escutaram e eu fui salvo. Aliviado e tremendo um pouco, expliquei uma mentira qualquer, em ironia logo desprezada. Enzo não topara enfrentar três shinobis com a necessidade de nos matar e desaparecera. No outro dia, com calma e descansado, os pássaros cantando em alegria e uma chuva frontal amena ocorrendo, contei o que vi ao empregador. Eu realmente precisava correr risco de morte o tempo todo? Uma risada sarcástica podia ser ouvida naquela casa solitária e minha cama nunca pareceu mais confortável que naquele instante.

- Palavras:  1318
Rodrigues
Ficha de Personagem : http://narutorpgakatsuki.net
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