Meu nome é Anzai Tenshin. Após ser abandonado quando bebê por meus pais biológicos no Bosque do Clã Nara, fui resgatado e adotado por Nara Burieru e sua mulher Chieko, que se tornaram meus pais de criação.
Eu cresci envolto de ninjas experientes e estrategistas, ouvindo lendas de shinobis poderosos e heróis com chakra infinito. Assim, aos onze já era um genin, dominava a maioria das técnicas secretas do Clã Nara e me candidatara para o Exame Chunin com poucas chances de me tornar um, mas com muita determinação para chegar lá.
Não era um prodígio, porém tinha o suficiente. A morte de meu pai, Nara Burieru, tão rápida que foi, não me afetara com uma grande sede de vingança, e sim com uma sensação de trabalho a ser feito. Meu pai mesmo dizia que eu não deveria me atrelar ao passado. Portanto, mesmo que houvesse vontade de caçar os mandantes de seu assassinato, uma parte de mim sabia que isso não o traria de volta.
E, seguindo o método de meu pai, honrando o nome de meu Clã e protegendo o que restava da minha família (minha mãe Chieko), eu quis sair por aí, aprender cada vez mais e desenvolver coisas que outras pessoas não desenvolveram ainda.
Mas, na inocência e ingenuidade de uma criança de onze anos, tudo o que eu podia fazer era correr pela Aldeia da Folha, brincar com meus amigos e tentar ficar longe de confusões. Só que essa história é sobre uma tentativa falha. A confusão, de um jeito ou de outro, acaba encontrando a gente.
* * *
A brincadeira da vez era “pique-shuriken”. O nome, nem um pouco criativo, era uma distorção do famigerado “pique-pega” (ou pega-pega e afins), onde ao invés de tocar no colega com as mãos, arremessávamos shurikens. Claro, nossos pais não permitiriam que saíssemos por aí jogando armas letais uns nos outros, então fazíamos um shuriken genérico de madeira ou qualquer massa acessível. A aerodinâmica era terrível e não havia lâmina, o que não impedia o surgimento ocasional de manchas rochas na pele de todos nós.
Então nós (dois amigos e eu) manufaturávamos uns cinco para cada e saíamos disparando essas coisas pela vila, tentando desviar dos que vinham em nossas direções e tentando acertar uns aos outros. Nada que pudesse dar errado, até que algo desse errado.
* * *
Numa tarde dessas, após treinos matinais, refeições e todo tipo de ocupação que uma criança podia ter, corríamos por uma das vias mais movimentadas da Aldeia. Havia mercadores, famílias, estrangeiros, a diversidade que só uma vila movimentada como aquela poderia ter.
Claro, essa brincadeira causava estragos e vez ou outra acertava gente que não estava brincando, mas normalmente ninguém se importava muito e, depois de alguns xingamentos, tudo voltava ao normal. Entretanto, certos elementos fazem com que determinadas coisas criem um evento único e específico.
E, naquele dia em específico, um Nukenin não estava muito feliz e aguardava a cada segundo por um ataque surpresa, ataque este que ele achou ser nosso shuriken. Certamente não sabíamos que ele era um Nukenin, nem sabíamos o porquê de ele estar na vila. Ele era alto – apesar de tudo maior que uma criança de 1,30m de altura era “alto” – e prendia seus cabelos cor de areia num rabo de cavalo. Usava um yukata índigo e uma vestimenta branca por debaixo deste. Não parecia portar armas nem qualquer tipo de equipamento.
Quando seus olhos de fogo nos fuzilaram e ele gritou algo que fez a principal via da Aldeia da Folha parar, corremos em disparada para as ruas mais interiores, como sempre fazíamos. O problema principal, até então, era que estávamos sendo seguidos, e isso raramente acontecia.
Eu não me recordo exatamente de quem jogou o shuriken. Podia muito bem ter sido eu, mas no calor do momento ninguém guardava essa informação. Tudo o que Buruno, Heo e eu queríamos era fugir enlouquecidamente e o próximo motivo para isso foram os shurikens reais que estavam em nosso encalço.
Quando fugíamos pelas ruas era uma loucura. Utilizávamos jutsus para correr mais rápido, escalar prédios e paredes, mas nada disso parecia funcionar e o homem estava sempre muito próximo. Porém, o mais surpreendente era que ele não nos alcançava.
Talvez porque conhecíamos os caminhos de Konoha, talvez porque estávamos realmente com muito medo, conseguimos manter ele afastado e fugir para o que chamávamos de “Quartel General dos Henburo”: uma casa abandonada que possuía apenas algumas caixas de madeira e algo que vez ou outra levávamos para lá.
Aliás, vale a pena contar a história do nosso modesto grupo. Henburo, uma ideia nem um pouco criativa, é a junção de Tenshin, Buruno e Heo. Hazaro Buruno e Turukoro Heo foram dois garotos que conheci na academia ninja e desde então se tornaram meus grandes amigos. Éramos um grupo seleto que entre si treinava, brincava e vivia. Crescemos juntos, lutamos juntos e provavelmente morreremos juntos.
Assim, no nosso “Quartel General”, nos sentíamos seguros e, visto que não havia nenhum barulho de perseguição e os shurikens pararam de vir, pensávamos que tínhamos despistado o homem.
Percebemos logo em seguida que não. Após uma voz grossa ecoar de algum lugar de fora do QG, uma explosão obliterou uma das paredes de madeira e, por sorte, não acertou nenhum de nós. Da fumaça, via-se o vulto do mesmo homem que nos perseguira até ali.
- Seja lá quanto estão te oferecendo para me emboscar... – O homem começou, mas pausou para uma tosse profunda. – Certamente não vale o preço de suas vidas. – Sua voz era forte, ainda que a tosse que a acompanhava demonstrasse algum tipo de fraqueza. E, também, ele mantinha a mão esquerda fixa na parte interna das vestimentas. Na hora eu não percebi, porém, eventualmente notaria que aquele homem estava ferido.
E, como nós, também era um fugitivo em desespero.
- Tenshin, a gente distrai, você prende ele! – Gritou Buruno, chamando Heo e correndo em direção ao Nukenin. Ambos conjuraram seus fracos Bunshins e correram os quatro em direção ao adversário. Eu, extasiado que estava, somente fiz o pedido.
- Kagemane no Jutsu! – E a sombra se estendeu em direção ao homem, tentando conectar-se à dele.
Em um giro de calcanhar o Nukenin acertou meus dois amigos e fez desaparecer na fumaça seus clones. Quanto à minha sombra, ela o atingiu, e por um segundo dominou nosso perseguidor. Nesse um segundo meus amigos levantaram e correram, mas a força e experiência do oponente era tanta que o jutsu não foi o suficiente para mantê-lo preso.
Liberto, agarrou Buruno pelo pescoço quando este veio lhe atacar e arremessou-o contra Heo, que vinha logo em seguida. Eu, que era um lutador tão bom quanto meus colegas, não avancei, sabendo que se dois não conseguiam sequer tocá-lo, um não faria diferença. Respirei fundo e observei.
Tudo o que restava era fugir. A saída estava próxima, meus amigos estavam caídos.
- Buruno! Heo! - Chamei.
– Venham!E então, escuridão. A fumaça era densa e negra, me impedia de ver qualquer coisa a um palmo de distância. Ouvi meus amigos gritando e senti algo me puxando pela perna. Fui virado de ponta cabeça, amarrado em segundos. Quando pisquei, estava pendurado de ponta cabeça no QG, pendendo de um lado para o outro, preso por grossas cordas.
Meus amigos gemiam, também presos. Olhamos em todas as direções buscando alguma explicação, até que vimos o homem. Com um jutsu desconhecido, ele refez o estrago na parede e fechou-a. Depois, olhou para nós e parecia pensar no que fazer.
- Vamos começar, então. – Tossiu. Depois da tosse, puxou das vestes uma faca kunai.
– Quem pagou vocês para me distrair?Nós não sabíamos do que ele estava falando. Éramos crianças brincando, não ninjas profissionais preparando uma armadilha.
- Ninguém pagou a gente! – Berrei.
– A gente só tava brincando! Foi um acidente, me desculpe!Minhas palavras saíam desesperadas – o que era como eu estava. Meus amigos repetiram, mas não adiantava. O homem estava furioso e queria respostas.
- Vocês não me deixam escolha. – Ele movimentou os punhos em algum selo. De alguma forma começamos a nos aproximar da cabeça dele, como se ele pudesse controlar as cordas que nos prendiam. Descíamos em sua direção, até a altura de seu ombro.
O Nukenin esticou uma de suas mãos para a cabeça de Heo. Começamos a temer mais ainda o que ele pudesse fazer. Então, quando tocou a cabeça de meu amigo, achei que a morte estava próxima. Ele entoou o jutsu e Heo parou de se mexer.
- Saiko Denshin. – Ele disse.
– É a arte de ler mentes. – Tossiu novamente.
– Você não tem nada.Soltou Heo e passou para Buruno.
- Mais um. Vazio, completamente vazio. – E olhou para mim.
– Então foi você quem foi pago e convenceu seus amigos, moleque?Eu não sabia o que fazer. Nervoso, me balancei e remexi a cabeça. A mão dele veio em minha direção, virei o rosto e abocanhei-a o mais forte que pude. Ele gritou, puxou a mão para si e nesse momento senti o gosto de sangue na boca.
Cuspi um pouco de pele e o sangue correu. O homem praguejava, segurando as mãos. Eu sabia o que viria a seguir.
- Filho da put...! - E outra explosão. A mesma parede anteriormente destruída e refeita, se desfez e o Nukenin, que estava de costas para ela, foi arremessado ao chão com o impacto. A fumaça subiu e vários vultos adentraram no nosso QG. Eu estava tão exausto com tudo aquilo que me perdi em pensamentos e tontura. Então, apaguei.
* * *
Quando acordei, estava cercado de shinobis de alto escalão. Aquele homem era um Nukenin extremamente procurado que tinha acabado de fugir de uma batalha e estava se escondendo na Aldeia da Folha. Achando que nós tínhamos sido pagos para emboscá-lo, nos perseguiu e tentou encontrar uma verdade inexistente. Nossos gritos chamaram a atenção das pessoas que estavam na rua, que chamaram a força militar de Konoha. Identificando o foragido e os rastros de sangue deixado por ele, os ninjas entraram em nosso esconderijo e deram cabo dele com extrema facilidade.
Isso, pelo menos, foi o que me contaram. Meus amigos e eu passamos em médicos para saber se fomos afetados profundamente por qualquer técnica que o homem tivesse feito, mas estava tudo bem. E, no fim, recebemos uma bela bronca.
A moral da história é simples e sem propósito: não saia por aí jogando coisas em pessoas desconhecidas.
E se um homem enfurecido te persegue, nunca pare de correr.
Anzai Tenshin:
HP: 275/275
CH: 217/275
ST: 0/2
- Considerações:
Palavras: 1756 (o word considera - e * como palavras, mas considerando que não são tantos, já foi uma quantidade acima do desejado e requerido, que era de 1400).
Pedido: Os 100 pontos para distribuir em Status e a Qualidade Treinável:
Sábio (1)
Tipo: Treinável.
Descrição: Vários personagens se dedicam a estudar o universo como um todo, alguns fazem isto desde tão novos que podem se considerarem sábios inatos, mas em grande maioria isto adquire-se com os anos de pesquisa e conhecimento a respeito do mundo, onde o personagem atinge um ponto em que reconhece qualquer poder - com grande fama -, ninjas e lendas facilmente.
Bonificações: Conhece todas as informações básicas sobre Kekkei Genkais, ninjas famosos, lendas, caminhos, etc.
Gastos: -21 de CH pelo uso de Shushin no Jutsu durante o que considerei ser 3 rodadas/turnos. -37 de CH pelo uso do Kagemane em um turno. Valores alterados pela qualidade Grande Controle de Chakra. Nada descontado do HP, pois os danos foram irrelevantes.
- Jutsus Utilizados:
Shunshin no Jutsu
Rank: D
Descrição: O Shumshin no Jutsu é uma técnica de movimento de alta velocidade, permitindo que um ninja possa se mover de curta para longas distâncias a uma velocidade quase indetectável. Para um observador, ele aparece como se o usuário tiver teletransportado. Uma bomba de fumaça é ocasionalmente usada para disfarçar os movimentos do usuário. É realizado o uso do chakra temporariamente para revitalizar o corpo para se mover em velocidades extremas. A quantidade de chakra necessária depende da distância total e elevação entre o utilizador e o destino pretendido. Tem havido alguma confusão em algumas traduções entre este e o Jikuukan Ninjutsu, mas estes são de fato diferentes técnicas, esta técnica não é teletransporte e sim apenas um movimento extremamente rápido.
Kagemane no Jutsu
Rank: B
Descrição: A técnica de imitação de sombra permite que o usuário estender a sua sombra em qualquer superfície (mesmo água) e, tanto quanto eles querem, enquanto há uma área suficiente. Uma vez que ele entra em contato com a sombra do alvo, os dois merge e o alvo é forçado a imitar os movimentos do usuário. Portanto, os dois podem lançar shuriken no outro ao mesmo tempo se o usuário deseja que (é claro, para evitar ferir-se, o usuário só tem que ter o coldre de shuriken em um lugar onde você normalmente não tem, como a palma, para que o adversário desenha nada quando o usuário desenha um shuriken). Se o alvo está fora do intervalo, o usuário pode produzir uma melhor fonte de luz para aumentar o tamanho da sua sombra ou dependem de sombras pré-existentes para sua sombra viajar livremente através de. Também é possível dividir a sombra, para aprisionar os adversários mais uma vez, ou para criar uma distração. A sombra também pode ser anexada a pessoas sem vinculação-los, deixando a "vítima" mover-se livremente. Fazer o que tem a finalidade de que a pessoa, a sombra foi anexada a, faz contato com uma terceira pessoa, para vincular o um último com a sombra.
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