Kim
Chūnin

Dance of Sands
Pouco tempo atrás você acreditava que era apenas uma pivete de rua destinado ao mundo do crime. Sem pais nem uma estrutura social que o apoiasse, permaneceu escondida nos becos do vilarejo enquanto cometia crimes para chamar atenção. Você sabia que aquela vida não lhe levaria a lugar algum, mas o que podia fazer? Ninguém acreditava no seu potencial. Ninguém conseguia enxergar que naquela garota jogada ao destino pudesse florescer algo significante. Ninguém realmente se importava. Você sempre achou que o mundo fosse injusto demais; enquanto algumas crianças brincavam com peças soldadas à ouro, outras tinham que se contentar com retalhos de madeira achados em latas de lixo. Nunca foi de ligar para o luxo, até porque não havia maneiras de consegui-lo, mas tinha que confessar que sempre que via um menino saindo da loja de doces com as mãos cheias de guloseimas, se perguntava porque veio ao mundo senão para sofrer. Sua história não é, nem de longe, uma das mais belas. Porém saiba que, na maioria das vezes, o protagonista passa por alguém perrengues antes de alcançar a glória. O mundo realmente é injusto, Yuki, e você aprendeu isso da pior forma.
Felizmente aquele tempo já fora. É claro que você ainda acha o sistema uma merda, mas pelo menos sabe que não são todos que o apoiam. Estava decidida a trilhar um caminho de superação nunca antes visto, e conseguiria atingir aquele objetivo mesmo andando sozinha.
Tempo. As pessoas costumam dizer que tudo se constrói e se destrói com o tempo. Eu discordo; há coisas que nem mesmo ele é capaz de levar. A memória de uma criança sem pais deixada ao acaso, por exemplo, é uma das coisas que não se esquece não importa quanto o tempo passe. Mas deixando toda a parte melancólica de lado, podemos dizer que essa é uma boa história para se contar. Grite, esperneie, bata, coloque tudo pra fora; essas são algumas das palavras que vinham na mente de Yuki ao longo dos inquietantes dias após sua graduação. Você pode protestar o quanto quiser, garota, mas suas ações apenas comprovam o quão inexperiente você é para sair mundo afora; o quanto seu cérebro te faz acreditar que é forte, que é esperta o suficiente, que pode aprimorar suas habilidades sozinha. Tudo isso baseado num ego criado através de crimes do qual nunca era responsabilizado, mas aqui fora é outra coisa. Antes ninguém se importava com o que uma mera órfã fizesse nas ruas de seu vilarejo, mas a partir do momento que você decidiu se tornar um ninja, ah, foi aí onde o seu nome começou a ser reconhecido.
E você gostava disso.
Gostava porque permanecer nas sombras dos outros não era algo que lhe agradava. Por que mais sempre pichava suas iniciais nas construções que depravava até pouco tempo, mesmo sabendo que podia ser presa? A resposta todos nós já sabemos: você gosta da atenção. É impossível negar; pode não gostar da maneira irrelevante como as pessoas te olham, mas ser notada é o que realmente importa, seja de maneira positiva ou negativa. Esse é um daqueles defeitos que alguém carrega durante toda a sua vida, não importa o quanto ele evolua. Mas, como tudo o que passamos nessa sofrida jornada, isso também pode ser algo passageiro, algo que procura apenas o momento certo para se desfazer de sua personalidade e te ensinar a ser um verdadeiro ninja.
Agora está aí, andando sozinha em meio a labirintos de montanhas sob um calor intenso, completamente perdida de si e de todos. E foi enquanto caminhava como um urubu sem direção, que dois homens de aparências nada amigáveis cruzaram seu caminho. Foi apenas neste momento que você se deu conta do que estava acontecendo, Yuki. Olhou para trás à procura de ajuda mas tudo o que viu foi o vilarejo, adicionando o fato de que a distância até a casa mais próxima era de no mínimo vinte minutos. Por que tinha ido tão longe? Para que ir caminhar num lugar tão distante da civilização? Você gostava de pensar sozinha, sim, mas ainda era muito fraca para fazer isso num lugar desses. Nervosa, jogou uma bala de café na boca e tentou se acalmar um pouco, mas não sabia ao certo se uma mera distração o traria de volta à realidade.
O estatelar de um soco na cara lhe trouxe de volta ao presente, um plano de onde você nunca deveria ter saído. Se viu caída no chão e com um forte gosto de ferro escorrendo pelo lábio inferior; tentou levar sua mão direita à boca para conferir o estrago, mas antes que pudesse, sentiu o braço ser impedido pelo grande e gordo pé de um daqueles homens. Você estava fraca, Yuki, e se continuasse fraca, iria morrer. O que querem? — gritou, levando a cabeça do chão quente e encarando o agressor mais próximo. Eles eram, para se dizer o mínimo, quarenta centímetros maiores que você. É, as técnicas básicas de academia não lhe prepararam para isso, e tudo com o que você poderia contar desapareceu no momento em que deixou sua pochete em casa, onde guardava todo o seu arsenal ninja.
O que lhe deixou irada foi que os bandidos nem ao menos disseram o que queriam com você, apenas lhe socaram e lhe bateram como se fosse uma encomenda. Uma encomenda, pensou consigo mesmo. Agora sim, Yuki, agora seu cérebro preguiçoso começou a funcionar. Mas pensar em quem contratou aqueles caras para lhe matar não lhe ajudaria neste momento, você precisa de algo que te dê poder real, algo que possa usar para vencer os inimigos e voltar correndo para a vila, lugar da onde nunca deveria ter saído sozinho. Pense Yuki, você consegue, eu sei que consegue; estou aqui há muito tempo para ver você desistir da vida dessa forma, sem nem lutar por sua bandana. Faça eles saberem quem é, faça você saber quem é. Não tenha medo, liberte seu chakra e abrace o poder que carrega em suas veias, seja uma verdadeira shinobi!
Desconsiderando minha empolgação, é verdade, até que você foi. No momento em que o maior dos bandidos estava prestes a desferir um chute certeiro em seu rosto, você emanou uma energia tão grande que até o chão no qual estava deitado cedeu. Sua pele brilhou em suor frio e partindo de seu corpo uma aura irreconhecível tomou conta do local. Estavam totalmente cercados. Sim, Yuki, você não é uma ninja dessas qualquer, você tem um verdadeiro poder, e demorou para descobrir isso, mas agora estava na hora de mostrar aquilo que o seu sangue lhe provém. Aproveitou o espanto que o bandido sofreu a cena e avançou na direção de um deles, estava agindo por instinto, como um animal. Enterrou uma grande lâmina que roubara de um deles no peito do homem, que caiu imediatamente quase sem vida no chão. Virou-se para trás ao ouvir o som de uma kunai cortando o vento e passando a raspar pela sua nuca. Você e o agressor correram um contra o outro na mesma intensidade, mas dessa vez era diferente; você sentia como se pudesse se esquivar de todos os golpes daquele bandido de meia tigela, como se a força bruta dele não fosse nada comparada à agilidade de seus movimentos esguios.
Agora eu posso dizer sem brincadeiras, ver você lutar era bonito. Num milésimo de segundo uma dúzia de kunais avançaram contra o bandido. Os gritos de medo do homem ecoavam por todo o vale. Enquanto seu corpo grande e forte caía sonolento, você escorregou por debaixo de suas pernas e virou-se na direção das costas, desferindo uma porrada certeira em sua canela. Naquele momento um voleio de lembranças correu pela mente da jovem, trazendo algumas memórias de seu passado da qual ela não tinha sequer noção da existência. O embate estava acabado, o bandido ainda acordado permanecia quase ajoelhado enquanto sangrava por toda a parte, mas para você... Ah, ainda não era o suficiente. Para que deixar os dois vivos? Apenas um seria o suficiente para entregar o recado ao mandante do crime, mostre-o que agora você é forte. Correu como corre uma onça e pulou no meio ar, erguendo a lâmina enquanto mergulhava na direção do bandido mais fraco. O barulho da perfuração foi alto e conclusivo, seus olhos fixaram-se nos deles enquanto você sentia a vida do homem se esvair do seu corpo. Sem querer lidar com conflitos internos, deixou os estilhaços no chão e saiu correndo de volta para a vila, tinha uma longa pesquisa a realizar agora.
Pouco tempo atrás você acreditava que era apenas uma pivete de rua destinado ao mundo do crime. Sem pais nem uma estrutura social que o apoiasse, permaneceu escondida nos becos do vilarejo enquanto cometia crimes para chamar atenção. Você sabia que aquela vida não lhe levaria a lugar algum, mas o que podia fazer? Ninguém acreditava no seu potencial. Ninguém conseguia enxergar que naquela garota jogada ao destino pudesse florescer algo significante. Ninguém realmente se importava. Você sempre achou que o mundo fosse injusto demais; enquanto algumas crianças brincavam com peças soldadas à ouro, outras tinham que se contentar com retalhos de madeira achados em latas de lixo. Nunca foi de ligar para o luxo, até porque não havia maneiras de consegui-lo, mas tinha que confessar que sempre que via um menino saindo da loja de doces com as mãos cheias de guloseimas, se perguntava porque veio ao mundo senão para sofrer. Sua história não é, nem de longe, uma das mais belas. Porém saiba que, na maioria das vezes, o protagonista passa por alguém perrengues antes de alcançar a glória. O mundo realmente é injusto, Yuki, e você aprendeu isso da pior forma.
Felizmente aquele tempo já fora. É claro que você ainda acha o sistema uma merda, mas pelo menos sabe que não são todos que o apoiam. Estava decidida a trilhar um caminho de superação nunca antes visto, e conseguiria atingir aquele objetivo mesmo andando sozinha.
Tempo. As pessoas costumam dizer que tudo se constrói e se destrói com o tempo. Eu discordo; há coisas que nem mesmo ele é capaz de levar. A memória de uma criança sem pais deixada ao acaso, por exemplo, é uma das coisas que não se esquece não importa quanto o tempo passe. Mas deixando toda a parte melancólica de lado, podemos dizer que essa é uma boa história para se contar. Grite, esperneie, bata, coloque tudo pra fora; essas são algumas das palavras que vinham na mente de Yuki ao longo dos inquietantes dias após sua graduação. Você pode protestar o quanto quiser, garota, mas suas ações apenas comprovam o quão inexperiente você é para sair mundo afora; o quanto seu cérebro te faz acreditar que é forte, que é esperta o suficiente, que pode aprimorar suas habilidades sozinha. Tudo isso baseado num ego criado através de crimes do qual nunca era responsabilizado, mas aqui fora é outra coisa. Antes ninguém se importava com o que uma mera órfã fizesse nas ruas de seu vilarejo, mas a partir do momento que você decidiu se tornar um ninja, ah, foi aí onde o seu nome começou a ser reconhecido.
E você gostava disso.
Gostava porque permanecer nas sombras dos outros não era algo que lhe agradava. Por que mais sempre pichava suas iniciais nas construções que depravava até pouco tempo, mesmo sabendo que podia ser presa? A resposta todos nós já sabemos: você gosta da atenção. É impossível negar; pode não gostar da maneira irrelevante como as pessoas te olham, mas ser notada é o que realmente importa, seja de maneira positiva ou negativa. Esse é um daqueles defeitos que alguém carrega durante toda a sua vida, não importa o quanto ele evolua. Mas, como tudo o que passamos nessa sofrida jornada, isso também pode ser algo passageiro, algo que procura apenas o momento certo para se desfazer de sua personalidade e te ensinar a ser um verdadeiro ninja.
Agora está aí, andando sozinha em meio a labirintos de montanhas sob um calor intenso, completamente perdida de si e de todos. E foi enquanto caminhava como um urubu sem direção, que dois homens de aparências nada amigáveis cruzaram seu caminho. Foi apenas neste momento que você se deu conta do que estava acontecendo, Yuki. Olhou para trás à procura de ajuda mas tudo o que viu foi o vilarejo, adicionando o fato de que a distância até a casa mais próxima era de no mínimo vinte minutos. Por que tinha ido tão longe? Para que ir caminhar num lugar tão distante da civilização? Você gostava de pensar sozinha, sim, mas ainda era muito fraca para fazer isso num lugar desses. Nervosa, jogou uma bala de café na boca e tentou se acalmar um pouco, mas não sabia ao certo se uma mera distração o traria de volta à realidade.
O estatelar de um soco na cara lhe trouxe de volta ao presente, um plano de onde você nunca deveria ter saído. Se viu caída no chão e com um forte gosto de ferro escorrendo pelo lábio inferior; tentou levar sua mão direita à boca para conferir o estrago, mas antes que pudesse, sentiu o braço ser impedido pelo grande e gordo pé de um daqueles homens. Você estava fraca, Yuki, e se continuasse fraca, iria morrer. O que querem? — gritou, levando a cabeça do chão quente e encarando o agressor mais próximo. Eles eram, para se dizer o mínimo, quarenta centímetros maiores que você. É, as técnicas básicas de academia não lhe prepararam para isso, e tudo com o que você poderia contar desapareceu no momento em que deixou sua pochete em casa, onde guardava todo o seu arsenal ninja.
O que lhe deixou irada foi que os bandidos nem ao menos disseram o que queriam com você, apenas lhe socaram e lhe bateram como se fosse uma encomenda. Uma encomenda, pensou consigo mesmo. Agora sim, Yuki, agora seu cérebro preguiçoso começou a funcionar. Mas pensar em quem contratou aqueles caras para lhe matar não lhe ajudaria neste momento, você precisa de algo que te dê poder real, algo que possa usar para vencer os inimigos e voltar correndo para a vila, lugar da onde nunca deveria ter saído sozinho. Pense Yuki, você consegue, eu sei que consegue; estou aqui há muito tempo para ver você desistir da vida dessa forma, sem nem lutar por sua bandana. Faça eles saberem quem é, faça você saber quem é. Não tenha medo, liberte seu chakra e abrace o poder que carrega em suas veias, seja uma verdadeira shinobi!
Desconsiderando minha empolgação, é verdade, até que você foi. No momento em que o maior dos bandidos estava prestes a desferir um chute certeiro em seu rosto, você emanou uma energia tão grande que até o chão no qual estava deitado cedeu. Sua pele brilhou em suor frio e partindo de seu corpo uma aura irreconhecível tomou conta do local. Estavam totalmente cercados. Sim, Yuki, você não é uma ninja dessas qualquer, você tem um verdadeiro poder, e demorou para descobrir isso, mas agora estava na hora de mostrar aquilo que o seu sangue lhe provém. Aproveitou o espanto que o bandido sofreu a cena e avançou na direção de um deles, estava agindo por instinto, como um animal. Enterrou uma grande lâmina que roubara de um deles no peito do homem, que caiu imediatamente quase sem vida no chão. Virou-se para trás ao ouvir o som de uma kunai cortando o vento e passando a raspar pela sua nuca. Você e o agressor correram um contra o outro na mesma intensidade, mas dessa vez era diferente; você sentia como se pudesse se esquivar de todos os golpes daquele bandido de meia tigela, como se a força bruta dele não fosse nada comparada à agilidade de seus movimentos esguios.
Agora eu posso dizer sem brincadeiras, ver você lutar era bonito. Num milésimo de segundo uma dúzia de kunais avançaram contra o bandido. Os gritos de medo do homem ecoavam por todo o vale. Enquanto seu corpo grande e forte caía sonolento, você escorregou por debaixo de suas pernas e virou-se na direção das costas, desferindo uma porrada certeira em sua canela. Naquele momento um voleio de lembranças correu pela mente da jovem, trazendo algumas memórias de seu passado da qual ela não tinha sequer noção da existência. O embate estava acabado, o bandido ainda acordado permanecia quase ajoelhado enquanto sangrava por toda a parte, mas para você... Ah, ainda não era o suficiente. Para que deixar os dois vivos? Apenas um seria o suficiente para entregar o recado ao mandante do crime, mostre-o que agora você é forte. Correu como corre uma onça e pulou no meio ar, erguendo a lâmina enquanto mergulhava na direção do bandido mais fraco. O barulho da perfuração foi alto e conclusivo, seus olhos fixaram-se nos deles enquanto você sentia a vida do homem se esvair do seu corpo. Sem querer lidar com conflitos internos, deixou os estilhaços no chão e saiu correndo de volta para a vila, tinha uma longa pesquisa a realizar agora.
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- Tem 1422 palavras, eu ganho um ponto de perícia, correto? Se sim eu escolho sábio.
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