Teller
Genin

Filler – O dia mais escuro
O sol já havia nascido, indicando que o dia já começara. Pássaros não cantavam, crianças não brincavam na rua, e até mesmo a névoa de Kirigakure parecia mais densa aquele dia. Teller, um jovem filho de dois ninjas respeitados na aldeia, acordava calmamente. Para ele era mais um dia como qualquer outro, afinal ele não fazia absolutamente nada. Sentou-se a mesa, botou um pouco de cereal em um pote, botou leite sobre o mesmo e quando aproximou a colher da boca para comer, escutou alguém bater à porta. –“Quem será a essas horas? Meus pais nem estão em casa” – Seus pais tinham ambos sido designados para missões diferentes fora da vila já havia 1 semana. O garoto vai até a porta e então abre-a. - “Você é o filho do John, certo?”, perguntou o chunnin. – “É, sou eu sim”. Dava para ver nos olhos do ninja que as notícias não seriam nada boas, dava para sentir sua hesitação a quilômetros. “Seu pai está morto. Foi morto por outro ninja dois dias atrás”. O garoto cai sobre seus joelhos. Ele não consegue acreditar. Naquele momento o mundo parecia ter acabado, e parecia que não só seu pai tinha morrido mas que o tinha levado junto. “M-mas... como assim...? Vocês não deviam protege-lo?! Ele não estava lá a mando do Mizukage?! E a sua equipe, foi morta também?!” – Gritou o garoto inconformado. Era uma das primeiras vezes que ele realmente expressava alguma emoção forte, sua raiva parecia sair do corpo, por um momento até o chunnin mensageiro se sentiu horrorizado. – “É por isso que eu vim aqui pessoalmente notificar você e sua mãe. Eu era da equipe dele, e sou a causa de sua morte”. Teller agora estava confuso, sua mente parecia estar tão cheia que isso a tornava vazia, ele não conseguira esboçar nenhuma expressão, tão pouco falar uma sequer palavra. O ninja então se ajoelha e limpando as lágrimas de seus olhos continua: - “Seu pai era o líder da minha equipe, ele era o responsável por mim. E ele cumpriu o seu dever”. – Disse o ninja enquanto tentava arranjar forças para continuar. – “Estávamos emboscados, porém seu pai já havia pensado em tudo, em todas as possibilidades, ele havia lido os inimigos como um livro. Ele havia feito uma rota de fuga subterrânea, era a nossa salvação. Mas quando eu me vi cercado por tantos inimigos eu... eu travei, simplesmente não consegui me mexer. Seu pai me salvou, ele distraiu os inimigos de modo que o resto da a quipe conseguisse me tirar da li. Quando eu olhei para trás, pela última vez... seu pai estava no chão”. – disse o chunnin, que não conseguia segurar as lágrimas. – “Me perdoe, me perdoe! Eu te imploro!” – gritava para o garoto. Teller bateu a porta na sua cara, e voltou ao seu café da manhã. Ainda não estava entendendo, não era capaz de expressar nada diante tudo aquilo, era como se tudo fosse um sonho e que se ele desviasse a sua atenção daquilo ele iria mudar o rumo do sonho para algo melhor. Depois de alguns minutos, percebeu que estava errado. Toda sua raiva anterior voltava a sobrepor sua indiferença, porém agora essa raiva era por si mesmo, a culpa o corroía. Ele nunca havia dado valor ao seu pai, nem a seus ensinamentos. Sempre desdenhou e o desobedeceu ao máximo, o homem que mais o amava e que mais lutou por ele. Era algo imperdoável e o garoto entendia aquilo. Teller não conseguia nem ao menos se olhar no espelho, ele apenas via um garoto mimado que havia matado o pai com sua indiferença, e nada que ele fizesse iria mudar aquilo. Naquele dia ele chorou até dormir.
No próximo dia Teller acorda, havia sonhado que aquilo tudo era um sonho e nada mais. Sua mente infantil, optou em acreditar naquilo, quem pode culpa-lo? Mas logo que acordo a ficha caiu, ele via sua mãe chorando ao lado de sua cama. – “Mãe...?” – sua mãe também estava numa missão fora da vila, e seu retorno só estava previsto para dali duas semanas. – “Você sabe por quê ele pegou essa missão? Sabe?!” – o garoto não entendia o que estava acontecendo ali – “Para ficar longe do filho fracassado dele!” – gritou ela. Pelo visto o garoto não era o único a se culpar. – “Ele simplesmente não aguentava mais ver o filho o desacatando e ignorando seus conselhos. E não importava quantas surras ele te desse, você não mudava. ‘Parecia que o fracasso estava em seu sangue’. Foi o que ele disse! Eu sempre disse que era só uma fase, que você se esforçaria quando a hora chegasse, que nos deixaria orgulhosos. Adivinha? Parece que eu estava errada!” – gritou com Teller. Palavras fortes para se dizer a uma criança, mas quem poderia culpar uma mulher que acabou de perder a pessoa que mais amava nesse mundo? Com certeza não o pobre garoto, que concordava com ela. Ele então pegou o mínimo de coisas possíveis, jogou em sua mochila e fugiu.
“O mais longe que eu puder, tenho que correr para o lugar mais distante possível” – disse o garoto enquanto engolia uma pílula de ração militar, que havia roubado dos pais antes de fugir. “Eu posso correr por dias com isso. Não vou voltar nunca mais, não posso”. – pensava ele ao sentir a energia do seu corpo sendo amplificada enormemente. Mas o garoto não sabia dos efeitos colaterais da pílula. O cansaço após o efeito é inimaginável, e atribuído a uma criança, seria difícil prever o que aconteceria. Um dia após a fuga de Teller, sua mãe se suicida. O garoto agora estava do exato jeito que queria quando saiu de casa, completamente sozinho. Em sua jornada achou um campo de treinamento, que estranhamente se encontrava vazio. Então lembrou-se de todas as vezes que seu pai tentou incentivá-lo a treinar, e a todas as vezes que ele rejeitou a sua ajuda e seus ensinamentos. Correu logo em direção aos bonecos de treino e começou a golpeá-los. “Tá vendo pai? Eu não sou tão ruim, eu consigo bater rápido, eu sou forte. O senhor ainda vai se orgulhar de mim, eu prometo” – falava o garoto em vão, seu pai não podia mais ouvir nada. Ele nunca havia se esforçado antes, mas parecia que a culpa deu a ele a motivação para pelo menos uma vez seguir as instruções de seu pai, as pílulas deram a resistência, ainda mais tomando mais duas delas. O garoto, incapaz de usar ninjutsu e genjutsu, os quais nunca havia prestado atenção o suficiente para aprender só sabia usar os punhos e as pernas, e foi exatamente o que fez. Ele espancou cada boneco daquele lugar até a madeira se partir, assim como os ossos da sua mão. Durante cinco dias ele foi o ninja esforçado que seu pai sempre sonhou que ele fosse, mas talvez pela primeira e última vez. Depois que os efeitos das pílulas passaram ele, com vários ossos quebrados e músculos rasgados caiu desmaiado. Ninguém da sua idade suportaria tanto esforço e tanta dor. Mas saber que ele havia pelo menos uma vez deixado o seu pai orgulhoso o deixava em paz.
Uma semana depois ele acordou, numa cama, em um quarto. Será que finalmente seu pai iria entrar pela porta e falar para ele que nada passou de um sonho? As esperanças do garoto acabaram assim que um homem mal vestido entrou no quarto. – “Como você está? Espero que esteja melhor, porque um aleijado não vai me ajudar em nada” – Teller fitava o homem chocado, não entendia o que estava acontecendo. – “Calma, eu estou brincando, garoto. Nós te encontramos naquele campo de treinamento. Você deve ter apanhado muito para estar naquele estado, eu não tive escolha se não te trazer pra cá e cuidar dos seus ferimentos. A propósito, qual seu nome?”. – “Teller, meu nome é Teller” – respondeu o garoto sem entender muito bem a situação. – “Olá, Teller. Meu nome é Joe, e de onde venho favores como esse não são esquecidos, são agradecidos. Assim que você melhorar eu vou começar a te treinar, você vai competir por mim” – o jovem finalmente tinha a chance de honrar seu pai, não iria recusar. – “Certo, senhor!”.
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