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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 25 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
gogunnn#6051
Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
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Havilliard
Havilliard#3423
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Asuka Kudou
Genin
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Estava tudo escuro, não conseguia ver nem ao menos meu próprio corpo, uma escuridão sem fim, eu sabia que eu estava em um quarto, mas não sabia como eu havia ido parar nele, e como em um passe de mágica eu não estava mais neste quarto, estava em um local que parecia ser um deserto, porem havia uma arvore e, acima de mim, anjos, eram vários anjos vestidos com um vestido branco com detalhes, como corrente e pedras, Dourados, era lindo, ver aquelas asas brancas que pareciam ser leves como uma pluma bater no ar, um deles me chamou atenção, ele tinha um cabelo dourado e comprido e olhos violetas, na mão direita de todos os anjos, que ao todo eram três e que giravam um atrás do outro formando um círculo anti-horário, haviam uma espécie de bastão feito de uma luz azul e brilhante e que tinha, em ambos os lados, uma ponta perfurante foi então que eu percebi, nenhuma de minhas bombas estavam comigo, minhas kunais também havia sumido mas eu me perguntava ‘’como?’’ e em questão de segundos desatenta, um forte brilho passou pelos meus olhos e foi nesse instante que eu percebi, não havia como existir anjos, eram somente seres que foram utilizados como crença mas que na realidade não existiam, ou existiam? Era uma pergunta que poderia ou não ter uma resposta, olhando fixamente para os olhos do anjo com cabelos dourados tentando entender o que passava pela sua cabeça neste momento, e infelizmente eu entendi, ele queria me matar, mas porquê? Eu não havia feito nada, tudo em volta de mim começou a ruir-se e a ficar cinza, uma cinza bem claro, após tudo descolorir, só havia ficado com cor eu e os anjos, os anjos param, apontam suas lanças ou bastões, cujo eu não consegui identificar o que era, e então começam a correr atras de mim, com isso eu corro também, isso devia ser um sonho, tinha que ser, não era possível aquilo ser real, e a última coisa que eu vi, foi gotas do meu sangue saindo de minha boca, todos os três haviam me acertado, perfuraram minhas costas como se fosse uma nuvem, não doeu, mas eu morri.

Acordo no meio da noite assustada, soando frio e ofegante, não era a primeira vez que este sonho havia feito eu pensar que era real, nos últimos 15 dias eu estive tendo o mesmo sonho, destrutivo e assustador, um sonho idêntico, sem nenhuma diferença, o que incluía a parte de eu achar ser real, era como se aquele sonho me sugasse a memória, não era possível, mas parecia, me levanto da cama e vejo que meu quarto está quase que completamente escuro, com exceção de uma pequena luz que vinha por debaixo da porta e que fazia com que a escuridão não me parecesse tão ruim, vou em direção a porta e ao chegar nela eu paro, acendo a luz e olho por todo o quarto para certificar-me de estar somente eu no quarto. Eu, ao lado do interruptor, somente de camisola, rosa e sem nenhum detalhe, ainda com a luz acesa sigo para minha cama e me sento nela com receio de voltar a dormir e lá eu espero até amanhecer.

Ao amanhecer eu sigo para uma floresta, ao chegar lá eu sento de pernas cruzadas meditando para ver se esqueço de todo o sonho e não volte a sonhar com aquilo novamente, após anoitecer eu volto para meu quarto no hotel e enfim tento ter uma boa noite de sono. A noite, o mesmo sonho me perturbará, porém desta vez teve algo de diferente, o anjo que me chamava atenção todas as vezes, estava com um cabelo negro, tão preto qual uma escuridão vazia, então eu senti um forte grito ecoar por dentro de mim, antes que eu morresse, fui sugada por um forte grito para a realidade, mas dessa vez eu lembrava do sonho, minhas atitudes foram as mesmas, mas mesmo assim eu lembrei do sonho, ainda ecoava dentro de mim um grito, não era nada parecido com o que eu já havia ouvido, alguém realmente estava gritando, gritando para me mostrar algo, foi ai que eu percebi, o grito pela primeira vez, havia me levado para meu quarto, porém ele continuou ecoando e eu estava em outro sonho, eu não havia saído daquele sonho, eu somente tinha entrado em outro, o que eu achei que era real na verdade era somente um pretexto para que eu não morresse como das outras vezes, agora, em um local que parecia ser o centro de Konoha, mas estava vazia demais para ser ela, olho para o horizonte e percebo que está sendo criado uma rachadura, como uma parede prestes a ruir-se, então, novamente, o grito, ecoando dentro de meu coração, me levou para um tipo de futuro , eu estava flutuando e parecia que ninguém conseguia me ver, uma segunda ’’eu’’ no chão quase morta e sussurrando com dificuldade: ‘’eu presenciei este dia’’ tento me aproximar mas o grito novamente ecoou e me levou para... o céu? Ou pelo menos como eu imaginava que seria, vários seres estelares, alguns que eu até mesmo nem conhecia de nenhum tipo de mitologia, conversando com outra eu, sentia minha energia sendo sugada, mas nada poderia me impedir de saber o que estava acontecendo, mas parando para pensar, durante 15 dias eu tive o mesmo sonho, mas não havia sido exatamente iguais, a cada momento que eu ia sonhando, eu via um pouco mais do sonho, mas todos acabavam do mesmo jeito, comigo morrendo com as lanças iluminadas me perfurando, será que agora era hora de mudar o sonho?

Eu agora fui levada para um local que era completamente vazio, mas eu não havia reparado, todo este sonho eu estava com minhas coisas, ao olhar para trás eu vejo, todos os três anjos estavam atrás de mim e com um sorriso terrível eles seguem rapidamente em minha direção, me viro novamente de costas para eles e tento fugir, mas sou apunhalada pelas lanças, mas antes de morrer consigo perguntar ‘’o que é esta arma? ’’ e o anjo me responde com uma calma ameaçadora ‘’é a sua representação destrutiva, a Mightaway, uma arma que foi criada com o seu próprio chakra, a partir de agora, você está sozinha’’ a cada palavra o sonho ia diminuindo e tudo ia ficando branco, desta vez, acordo ofegante, porém, de manhã, normalmente eu acordava no meio da noite, mas desta vez eu havia acordado de manhã.

Continua...

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[Ficha|Ficha Antiga|M. de Ficha|C. de Téc.|Banco|Status|M. de Att.|C. de Jutsus|Fama]
Asuka Kudou
Ficha de Personagem : http://narutorpgakatsuki.net
Krawk
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“選ばれし者.
All eyez on me
Krawk
Ficha de Personagem : http://narutorpgakatsuki.net
Asuka Kudou
Genin
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Sabendo e lembrando de tudo que havia acontecido no meu sonho, checo minha mochila de armas, inconscientemente, no meio da noite, eu peguei as minhas coisas que sempre ficam no bolso do meu vestido quando vou dormir. O meu corpo me deu um sinal, tremulando os papéis que formavam meu corpo, talvez eu não esteja tendo somente um sonho e sim um treinamento espiritual. Me levanto da cama e vou para fora, lá fora, na frente do hotel onde eu estava, tinha um campo bem aberto, o local era reconstruído frequentemente devido o, também frequente, uso da jutsus no local para treinos, pego uma de minhas coisas e também uma fita, amarro-a em meu pulso de uma maneira que eu possa tira-la rapidamente, após treinar várias e várias vezes pra descobrir qual a maneira eu demoro menos tempo para pegar algum item, eu finalmente consigo retirar em menos de 1 segundo uma kunai de minha bolsa.

Novamente o sonho da noite anterior, porém desta vez, no lugar de terem anjos, eram simplesmente as lanças, a Mightaway brilhava dourado por entre as outras duas lanças azuis, quando elas vieram para cima de mim me lembrei de duas coisas, a primeira foi o meu chakra sendo sugado em todos os meus sonhos, se a lança era feita com meu chakra e ainda estava sugando meu poder, eu poderia pará-lo somente com a compressão do meu chakra, sabendo que eu não poderia fugir, eu faço, sinto meu chakra florescer dentro de mim e sinto que agora a quantidade de poder que a Mightaway podia sugar era bem menor, vendo que a lança havia parado eu fecho meus olhos e me concentro, isso não era real, não podia ser, era apenas uma sonho.

Rasgando o ar e criando um enorme barulho vindo em minha direção, a lança atravessou meu corpo, criando um enorme buraco nele. Eu conseguia ver meu sangue, meus órgãos e até coisas que eu não deveria ver, coisas como a massa de energia azul que formava um funil em direção a espada, massa da qual me fazia sentir uma dor excruciante e, sem demorar, sentir meu corpo enfraquecer, minha vida ser sugada pela lança, será que nunca mais conseguiria ter uma noite de sono boa? Será que eu teria meu fim com algo tão... banal? Minha visão escureceu, soar de sinos eram ouvidos, baixas harpas tocando, mas mesmo assim eu acordei.

Descolei minhas costas soadas da cama, sugando o ar a minha volta como quem acaba de se afogar, e continuei ofegando, até me acalmar, não era manhã, era noite, três horas, o momento que meu pai costumava dizer que os monstros atacavam, momento em que as pessoas costumavam morrer dormindo. Por mais que essa ideia fosse boa, não queria morrer ainda, então, por leve superstição, não me deitei. Levantei de minha cama, úmida pelo suor, e quem por minha estadia, fui até o banheiro do hotel, enxaguei meu rosto com a água fria e despertei, me olhei no espelho e soltei um outro suspiro.

Meu rosto estava pálido, talvez por susto, rugas eram notáveis pelo cansaço, e as bolsas nos olhos, prova de que eu precisava descansar, prova de que minha mente queria parar ali mesmo e entrar em pane. Tornei-me papel e, mesmo com receio de ninjas de Iwa quisessem arrumar algum problema, talvez por algum preconceito, voei na forma de papel até o topo do hotel e lá, cruzei minhas pernas, fechei meus olhos e meditei, pronunciando a vogal “a”, de modo a desobstruir minha mente, mas não consegui, flashes passavam por minha mente, cenas do que aconteceu no local do meu sonho e lá mesmo, desmaiei, enquanto via uma kunai voar em direção a minha testa.

Acordando em um piso gelado e branco, um material que eu não saberia dizer o que era, mas era resistente, a única coisa que me impedia de ultrapassar o chão. Atravessando uma névoa e seguindo para um local que brilhava. A essa altura, eu havia uma certa aversão a coisas que brilhavam, e com razão, mas só descobri que o tinha quando ultrapassei a névoa e vi, sentado em um trono, o anjo de olhos violeta, me encarando com uma expressão sádica. Me aproximei do anjo, suas asas abertas de maneira majestosa, o sorriso hipnotizante e olhos tão vazios quanto possível, ele levantou-se lentamente com a aproximação, ajeitou seu cabelo e coçou seu braço como alguém tímido faria ao se encontrar com a garota de seus sonhos.

“Não existe escapatória, o fim é sempre o mesmo” Disse o homem. “Nem sempre sonhos são bons minha querida, e a verdade, é que você está no pior deles”. Os olhos do homem começaram a brilhar mais forte e, com o perigo que corria, Asuka ativou sua parte intelectual, ativou a única parte que te dava vantagem nesse local. A garota agradeceu por ter meditado segundos ou minutos antes, isso ativou a inteligência dela. O homem lançou raios por seus olhos, raios purpuras que, no susto, fez a garota mover seu braço para intercepta-lo e, antes que tivesse sua cabeça perfurada, centímetros antes, foi capaz de congelar o tempo no local, afinal, eram os sonhos da garota, então ela era a única que deveria poder controlar o local.

A garota esticou sua mão e atraiu, apenas com seu pensamento, a lâmina que estava recostada sobre o trono. A lança ao tocar na mão da garota, tomou uma coloração sombria, protuberâncias surgiram formando um “W” e das laterais desse “W” outras 4 protuberâncias surgiram, duas de cada lado, formando algo semelhante a asa de um morcego. A ponta do cabo tornou-se prateado, formando um anel, enquanto o restante do cabo era simples, de um material que a garota não conhecia. A lâmina de brilho prateado tinha desenhos de flores em meio a gotas. A garota se aproximou do anjo, paralisado pelo sonho e, com um movimento de estocada, acertou o peito do homem que, rachando com uma luz amarela, explodiu, liberando a garota desse longo pesadelo.

O mundo começou a ruir, uma fenda abriu no céu rosado, que não tinha reparado, a fenda era negra e, por mais que a garota tivesse tentado se segurar na lança, agora fincada ao chão, foi puxada com força. “Eu vou te encontrar” pensou. A fenda a levou para cima do hotel, no momento em que a kunai iria acertar seu crânio, mas ela acordou novamente, dessa vez acordando com o buraco em seu estomago. “Sonhos possuem camadas, quanto mais fundo for, mais real parecerá” Lembrou de seu pai. Soltando um forte grito, a garota acordou, agora estava, definitivamente, no quarto do hotel.
*Fim*

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Asuka Kudou
Ficha de Personagem : http://narutorpgakatsuki.net
Convidado
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Você já reparou como o tempo passa rápido? Somos como uma folha na tempestade, nunca paramos até sermos destruídos, nunca paramos até deixarmos de existir. Eu não fazia ideia que 4 anos passavam tão rápido, e na verdade, quando eu concordei com isso eu nem sabia que iriam se passar tantos anos, não sabia que ficaria tanto tempo longe do Noah. A única coisa que eu lembro de ter acontecido foi reviver momentos traumáticos e, segundo o que disseram, ficar espalhada pelos telhados de iwa em milhões de papéis após o ataque do terrível bijuu... É verdade, será que a vila ainda estava viva sem mim? Será que Noah sobreviveu? Claramente as coisas estão diferentes. O que aconteceu comigo após essa cena aterrorizante? Bem, vou contar.

Após ser nocauteada pela besta e virar papel, duas crianças pegaram muitos dos meus papéis e começaram a fazer vários origamis sem saber que na verdade, os papéis eram meu corpo desfeito. Eles estavam recolhendo coisas das ruas para ajudar a sua comunidade, pelo menos a dar um aspecto mais bonitinho para ela, já que viviam em uma situação ruim e ainda estavam iniciando seu pequeno cultivo. O pequeno vilarejo quase não possuía ninjas e os que tinham, trabalhavam dia e noite para a segurança do local. A sua localização era extremamente distante de Iwa.

Eu acordei alguns dias depois de ter desmaiado, perdida e meu corpo foi dificilmente se recompondo, desfazendo os origamis. Haviam apenas 3 crianças na sala onde eu estava sendo remontada, crianças que deveriam ter minha idade. Os papéis primeiro recriaram minha cabeça, pescoço e o braço direito, até ir recriando o restante do meu corpo. Eu não havia reparado as 3 crianças me encarando, até que elas soltaram um “incrível! ”. Normalmente seria nessa hora que uma criança normal sairia correndo, mas na verdade elas ficaram me encarando com um brilho nos olhos enquanto eu remontava as últimas partes do meu corpo.

A primeira garota, de olhos esmeralda e sem cabelos, foi a primeira a se aproximar de mim, ela não tinha cabelos e tudo que ela disse foi “Anjo...”. Seu quimono era laranja e um pouco desfiado, provavelmente por ser velho. “Eu sou a Yuriko! Você é um anjo? Veio salvar nossa vila?” Eu não entendi o que ela queria dizer com isso, mas o fato de pensar que eu era um anjo deve ter relação as asas que papéis que eu tinha nas costas. “É isso, você pode nos ajudar com nossa festa!!!”. Ela disse de uma forma tão doce e gentil que eu não pude recusar, e, embora eu estivesse sem forças para formar palavras, acenei com a cabeça dando um sorriso para a garota.

As outras duas crianças, uma menina morena e um garoto de um loiro quase branco, não pareciam confiar em mim, então, eu estava decidida que apenas ajudaria a garota e voltaria para minha vila antiga. O plano deles, era decorar toda a sala com papéis, cozinhar e pendurar algumas coisas para que os adultos pudessem se lembrar do por que eles estavam lutando. As duas crianças que pareciam não gostar de mim, ficaram quietas o tempo todo enquanto organizávamos tudo.

O primeiro passo da festa era que eu criasse diversos papéis para as decorações, algo fácil para uma usuária de Shikigami no Mai. Após os papéis estarem todos na mesa, nos sentamos para começar a fazer os origamis, já que eu estava muito fraca para faze-los apenas manipulando eles. Esses origamis levaram horas para que ficassem prontos, e durante esse tempo, fiquei conversando com Yuriko para tentar conhece-la melhor.

- Então Yuriko, onde estão os adultos. – Disse terminando um pequeno pássaro de papel.

- Nossa, você é rápida com isso. – Ela deu um sorriso simpático, um sorriso mais brilhante que a pele pálida e mais bonito que o corpo esquelético. – Eles estão caçando. Os animais nas redondezas são a única coisa que nos mantem vivos, já que nosso arroz ainda não cresceu... já que nada cresceu ainda. – Agora a pequena parecia desanimada.

- Mas vai crescer logo certo? – Da janela na sala, pude ver a plantação de vários vegetais diferentes. – E as outras crianças?

- Não existem mais crianças, o cara mal está pegando uma por mês... – Pensei em perguntar mais sobre isso, mas eu não queria a garota chorando. Então mudei o assunto para coisas como “Quem são seus pais? ” “De onde vocês são? ” E outras perguntas simples.

Descobri que a garota era anteriormente de iwa, mas quando souberam da besta, quiseram imediatamente ir embora, sabiam que a vila seria destruída. Então vieram cinco famílias para o local onde eles chamam de “Vila da Salvação”. Pois era o local onde possuía a maior variedade de vegetação, que se dava para chegar a pé. Terminamos os origamis e fomos para a parte mais complicada: Decorar.

Tínhamos alguns quadro, origamis, desenhos e faixas que poderíamos usar para decorar toda a sala, mas não tínhamos uma escada nem nada que nos desse alcance para pendurar tudo. No entanto, eu conhecia um jutsu que pudesse nos ajudar nisso, um jutsu do meu clã. O jutsu chama “Kageyose No Jutsu”, não cheguei a treina-lo, mas talvez, se eu fizesse um esforço eu conseguisse, após as horas de descanso enquanto fazíamos origamis. Utilizando esse jutsu, eu conseguia fazer muitas coisas. Como pregar algo na parede, pendurar coisas no telhado e até mesmo costurar bordados nas faixas.

Eu apenas consegui usar uma linha de sombra por vez, mas foi o suficiente para fazer o cenário ficar impecável. Com sapos nas paredes, fileiras com vários pássaros no telhado e até mesmo pequenos animais que eu não sabia ser possível fazer com papéis, como elefantes. A faixa com um “Nós amamos você” bordada em diversas cores de letras estava bem próximo do telhado e ia de uma parede a outra. E foi fácil limpar os retalhos de papel com a minha sombra, antes que os adultos chegassem.

A noite caiu, e com ela, os adultos voltaram para a vila, trazendo consigo vários animais e algumas frutas. E, como o esperado, eles ficaram surpresos, apenas por ver um pouco do que havia na sala. Antes que pudéssemos entrar um homem, mais jovem, chegou a chorar e abraçando Yuriko, sua filha, mas não só isso, ele me agradeceu por ter ajudado e, após uma apresentação mais formal de nós dois, uma estranha risada surge ao nosso lado. “Que apresentação mais emocionante, mas tenho que estragar esse lindo momento e pedir para que nos dê sua comida, senão você já sabe...”

- Não, você não vai levar nenhuma criança hoje! – Interveio Shaka, o jovem de cabelo preto e olhos verdes, pai da yuriko. – Pode levar nossa comida, mas deixe pelo menos um pouco para as crianças! – O Homem que antes estava nervoso, agora estava mais apavorado enquanto suplicava pela comida para as crianças.

- Você sabe que não posso deixar isso... Temos mais crianças para alimentar que você! – Ele disse ironizando, aparentemente era ele quem estava sequestrando as crianças. – Peguem tudo e vamos embora, outra hora pegamos mais um escravo.
Durante todo o momento eu estava em choque, a voz era extremamente semelhante à do homem que tentou me estuprar, além da aura negra que eu conseguia ver o rodeando. Mas a última frase me fez despertar, e no momento em que dois capangas dele estava indo pegar a comida, um chicote negro caiu a frente deles, deixando uma marca no chão.

- Vocês não vão levar nada hoje, não enquanto eles estiverem sobre meus cuidados. – Eu disse tomando a frente, enquanto ainda controlava o Kageyose, mas fazia ele recuar e voltar para minha sombra, que estava forte pela luz que vinha de dentro da sala.

- Asuka, você não sabe onde está se metendo, ele é forte. – Novamente Shaka falou.

- Isso mesmo garotinha, você não sabe com quem está falando. – O homem devolveu jogando uma bola de fogo para cima, apenas como alerta.

- Eu estou pagando para ver. – Desafiei, enquanto enviava minha sombra e puxava os alimentos para trás de mim.

- Tola, alguém vai pagar por essa insolência! E não será você. – Mais alguns selos de mão e ele soltou uma rajada de fogo em direção de Yuriko.

- Yuriko! – Gritou shaka se fazendo de escudo para que as chamas não a acertassem. Minhas sombras se moveram rapidamente em direção aos dois, criando uma parede de sombras que protegeu os dois, eu não mais estava usando o kageyose, eu estava manipulando minhas sombras. A sombra novamente se moveu e, com a ponta tão fina quanto a de uma espada, ela parou milímetros longe do pescoço do homem.

- É hora de você ir embora, antes que eu estique um pouco mais essa sombra... – Minha expressão era tão séria quanto a dele, mas ele recuou um pouco.

- Eu vou, mas isso não vai terminar assim. – E de fato, não acabou assim, ainda tinha uma luta por vir, mas o que importa é que naquela noite havíamos vencido, naquela noite fui chamada para proteger a vila por um tempo e ensinar a Shaka alguns jutsus, o que eu não sabia, é que essa jornada duraria 4 anos...
Continua...

Considerações: Filler é off, então ta de boas o que eu fiz. Se for possível, quero que esse filler conte como a qualidade Perito em sombras. A qualidade possui 1 ponto pra mim pois sou prodígio. Vão ter mais 3 partes, por que sou desses que gosta de história longa.

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[Ficha|Ficha Antiga|M. de Ficha|C. de Téc.|Banco|Status|M. de Att.|C. de Jutsus|Fama]
Asuka Kudou
Ficha de Personagem : http://narutorpgakatsuki.net
Convidado
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Convidado
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@A qualidade não existe, reprovo ao treino dela. Status continua ok
Anonymous
Asuka Kudou
Genin
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Já haviam se passado alguns dias desde que cheguei a pequena Vila da Salvação, alguns refugiados haviam ingressado a Vila, mas a situação permanecia igual: Comida ou crianças. Como sendo uma das poucas pessoas com habilidades de batalha, eu tinha a capacidade de salva-los temporariamente, e não permanentemente. Eles caçavam, me alimentavam e eu ficava na vila cuidando de alguns poucos doentes, feridos e das crianças, mas quando a Vila inteira estava reunida, tirava meu tempo para estudar estratégias e mudar nosso foco de uma defensiva, para uma ofensiva. Mesmo tendo em mente que eu não conseguiria sozinha, eu sabia que eventualmente teríamos uma chance, enquanto isso, um problema maior estava em minha mente: Ninguém sabia a localização daqueles caras.

- Eu vou com você! – Mark irrompeu a sala fazendo a porta bater contra a parede.

- Do que você está falando? Ir aonde? – Perguntei um pouco confusa e assustada.

- Shaka foi pego, precisamos que você salve ele e eu vou contigo. – O garoto parecia zangado, mesmo para alguém que nunca foi gentil comigo.

- Você tem 12 anos, e não sabe nenhum jutsu, não posso te colocar em risco assim. – Respondi rapidamente.

- Você tem 10, é claro que eu posso. – Estava óbvio que aquela discussão iria demorar, e não tínhamos tempo a perder.

- Eu fui treinado no mundo ninja, tenho conhecimento de batalha, você não. – Com dor no peito, mas com a intensão de feri-lo, continuei. – Além do mais, você não sabe lutar, seria apenas um peso. – O garoto ficou com uma expressão mais triste antes de devolver:

- Isso não é verdade... – Eu possivelmente teria ferido ele mais do que queria, visto que os olhos do garoto estavam brilhando em lágrimas.

- O que não é verdade? – Questionei.

- Eu aprendi a lutar, estava na academia ninja... – O garoto pausou sua fala. – Eu apenas sou medroso, minha mãe morreu em uma missão, e eu só aprendi jutsus inúteis com meu clã.

- Que tipo de jutsus você aprendeu...? – A dúvida me consumia ao mesmo tempo em que eu parecia surpresa com a descoberta.

- Eu não sou muito bom com os meus jutsus... mas eu posso moldar meu chakra... – Moldar o chakra era algo que todo ninja tinha que fazer, seja para uma técnica de clã, ou um elemento, então a resposta não havia sido muito clara.

- Em que elemento você molda seu chakra? – Reformulei a pergunta.

- Não, não assim... Eu literalmente moldo meu chakra. – Ele respondeu. – Mas é inútil, não me protege nem causa dano... Então eu tive vergonha e era muito julgado na minha turma. – O molde do chakra, eu havia lido em algum lugar, que era a forma mais pura do ninjutsu e que grandes ninjas conseguiam fazer muitos estragos projetando esse tipo de técnica.

- Tudo bem, você vem comigo. – Disse às pressas ao me lembrar que Shaka ainda corria perigo.

[...]

Mark me contou várias coisas sobre onde haviam levado Shaka e onde o haviam pego, mas ele não sabia a exata localização, sobrando para que meu byakugan fizesse o trabalho de encontra-lo. Fiz mais algumas perguntas para o garoto sobre como funcionava seus jutsus e ele chegou até a me dar uma demonstração, exalando a aura de um pássaro no chakra laranja do garoto. E antes que pudéssemos tentar achar uma forma ofensiva, achamos o local em que Shaka estava preso. A segurança do local era muito baixa, entrar não seria um problema, mas a parte de sair complicaria, visto que a jaula que mantinha Shaka estava cercada com alguns chakras estranhos, vistos pelo meu doujutsu.

- Você precisa distraí-los, consegue projetar seu chakra longe de seu corpo? – Perguntei a Mark.

- Não, ele se desfaz alguns metros de mim. – O garoto respondeu, mas parecia que ele tinha um plano em mente. – Mas eu sei como distraí-los. Qual o plano?

- Você distrai, eu vou desacordar quem ficar cuidando da jaula e liberar Shaka.  – Ainda intrigada com o que o garoto falou, perguntei. – O que você vai fazer?

- Apenas... Vai. Eu não vou ser pego. – Acenei com a cabeça.

- Mark. – O chamei enquanto ele se afastava. – Se for pego. Ponto A. – Dessa vez, o garoto acenou com a cabeça.

Em pontos diferentes do acampamento, iniciamos o plano de resgate. Eu não tinha visão do que ele estava fazendo, e descobriria apenas horas depois quando voltássemos a vila, mas pude ouvir o chamado ecoado de uma voz feminina, dizendo algo sobre a floresta. Com o movimento dos guardas, também comecei a agir. Assim que meu byakugan captou a distância segura dos guardas, comecei a controlar um dos que estavam cuidando da jaula e, enquanto uma mão segurava sua própria boca, a outra foi usada para asfixiar um dos guardas até que ele ficasse inconsciente, assim que um dos guardas estava fora do tabuleiro, comecei a me enforcar, até sentir o meu próprio ar se esvair, então mudei meu jutsu para um campo de sombra que iriam apenas paralisar o guarda naquela posição, fazendo com que ele não conseguisse voltar a respirar enquanto eu voltava a respirar com dificuldade.

Com a jaula desprotegida e sem fazer barulho revistei os dois guardas até encontrar uma chave que, com sorte, abriu a jaula de Shaka sem problemas. “Como você conseguiu?” Ouvi ele sussurrar, mas não respondi, apenas utilizei o byakugan e pude ver uma enorme massa de chakra, se desfazendo, a frente de outra pequena massa de chakra que estava se afastando. Certamente era Mark, então criando um avião de papel para duas pessoas e me transformando em papel, Shaka subiu no avião e fomos buscar Mark, que estava indo direto a Vila da Salvação. O resgate havia sido um sucesso, conseguimos chegar em Mark antes mesmo dele chegar na vila. Nesse momento, achei que essa seria a melhor notícia da noite, mas assim que chegamos no acampamento, Shaka fez um pequeno discurso de agradecimento, terminando com a seguinte frase:

- Eu sei para onde eles levaram nossas crianças! – Agora tínhamos tudo que era necessário para que pudéssemos mudar a defensiva para ataque.
Continua...

Considerações: Foram muito jutsus usados, então nem coloquei o nome deles, mas é coisa básica de nara, tem tudo na minha ficha. Essa é a parte dois de quatro. O que não foi explicado é plot twist pra parte seguinte.

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Asuka Kudou
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Asuka Kudou
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Após um acontecimento perturbador em minha vida. Eu comecei a ver coisas estranhas, alterações na realidade pensei que seria algum genjutsu, nas primeiras vezes, e achei que minha visão ficando mais acinzentada perto de Noah era apenas meu cérebro agindo. Mas no terceiro dia que me mudaria completamente, que me amadureceria por completo, eu descobri que realmente era o meu cérebro, realmente eu estava como problemas neles, não era um genjutsu, era algo mais.

O dia começou corrido, como sempre, as pessoas da Vila da Salvação estavam saindo para caçar, mais ao longe, pois os animais da redondeza estavam começando a fugir. Algumas ficavam para trabalhar nos campos, cultivar os alimentos que começavam a nascer, e outros, saiam para colocar suas armadilhas, visto que após o salvamento de Shaka, recebemos uma real ameaça de morte da próxima vez que ele aparecer, e desde então não tivemos mais notícias deles.

A melhor parte nisso é que não perdemos nenhuma das outras 3 crianças. E por serem só crianças, eu me julguei na responsabilidade de cuidar deles, sempre que a vila saia, mas nesse dia especifico, Shaka estava na vila com Yuriko, fazendo o bom papel de pai que ele faz e me pediu para cuidar das outras crianças da vila, resumindo-se apenas a duas: Mark e Elena.

Mark estava um pouco ocupado nesse dia. Ele havia me contado que, no dia do resgate de shaka, ele havia projetado uma mulher, sua mãe, com uma aparência que ele via em um pesadelo e por isso havia segurado os inimigos. No entanto, ele se sentiu esgotado, e, de fato, ele dormiu por 2 dias, de uma maneira preocupante. A partir desse dia, ele saiu todos os dias para treinar em segredo e não me deixava assisti-lo, pois alegava que eu iria rir, o que eu duvidava muito.

Com duas crianças ocupadas, restava apenas Elena, com ela eu nunca havia passado muito tempo, ela ainda parecia não gostar muito de mim. Shaka me afirmou que ela é um pouco difícil de se conversar, pois o ataque da besta em Iwa havia matado muitas pessoas que ela conhecia. Não só assim, mas as pessoas a sua volta costumavam se machucar e em um desses casos, ela de fato foi a culpada, pois em um toque ela foi capaz de envenenar seu pai. Ele não morreu, mas ficou com uma marca de alergia em seu rosto e passou alguns dias internado.

Elena fazia apenas uma coisa quando não estava na vila, ela ia diretamente para a floresta falar com animais e plantas, algumas pessoas achavam estranho, como o Mark, outros achavam que era apenas o jeito dela. No meu caso, eu não tinha uma opinião, pois não sabia seus motivos, não a conhecia bem.

Ativando meu byakugan, adentrei a floresta, os sons nela eram quase extintos, mas alguns insetos locais enviavam seus zumbidos de um lago para o outro. Na terra eram visíveis poucos pontos de grama verde, nas arvores, que possuíam diversos tamanhos, havia um estranho musgo escuro e bem mole, do qual eu não me atrevi a tocar pois não conhecia seus efeitos. A luz no local vinha de poucos pontos por entre as folhas e pelos vagalumes que iluminavam as partes mais escuras.

Consegui, após alguns minutos, encontrar Elena, mas claramente ela estava com problemas, meu byakugan havia visto um homem, gordo e provavelmente mais forte que ela, um homem e uma garota... isso certamente me lembrava meu passado, mas não era hora de ter medo. Corri até o local em que a menina estava, ele falava absurdos sobre o que faria com a garota, engoli em seco, mas com um movimento de mãos, utilizei uma sombra para enrolar-se ao braço do homem, deixando a ponta da sombra mirada ao pescoço dele.

Eu sabia que talvez não conseguiria mata-lo com isso, mas ele não sabia, e a modificação da sombra estava muito bem-feita para se passar por uma mentira. A sombra apertava muito o braço do homem e a garota estava quase sem ar, semelhante a como eu tinha ficado quando aquilo aconteceu, ele soltou a garota por alguns segundos, mas não deu tempo da garota fugir, um golpe surgiu por trás de mim e me derrubou no chão.

Rápido como uma flecha, mãos fortes seguravam meu pescoço e um dos meus braços, e isso me fez congelar. Eu vi o homem que havia me machucado segurando-a, rindo, aquilo não poderia ser verdade, eu sabia que ele estava morto, que eu havia o matado, a garota estava gritando pelo meu nome, desesperada. Foi então que eu vi Noah, ele estava com brancas asas e descendo a terra, ele parecia calmo em meio aquela situação.

– Noah! Ajude-a! – Gritei. Mas ele não fez nada, era como se ele nem mesmo estivesse ali.

– Ela enlouqueceu. – Disse o homem me segurando, e rindo logo em seguida. – Pelo menos o chefe vai ficar feliz de ter essa aqui. Mas ele vai querer exclusividade...

– Asuka! – A garota gritou mais alto. Noah reagiu dessa vez, ele reagiu segurando sua virilha e imediatamente me lembrei de um treinamento que havia ensinado as crianças da Vila da Salvação, um treinamento de defesa pessoal para eles, em situações como essa.

– A, B, C! – Gritei para a garota, pensando que ela poderia entender.

– É, ela está louca, recitando o alfabeto a essa hora... – Disse o homem que me segurava. – Talvez isso seja um problema. – Mas eu sabia que não era verdade, a garota usou a arvore atrás dela para ganhar impulso e chutou a virilha do homem que a segurava, obrigando-o a solta-la. O homem caiu de joelhos, permitindo que ela acertasse o ponto B, que era seu pescoço, fazendo-o levar a mão a área em reflexo. O ponto C era seu nariz, e, sem ter como defende-lo, ela acertou com facilidade. A junção da dor nos pontos mais sensíveis do corpo, o fez desacordar de dor.

A menina correu e soltou um grito, algo como “Flores monumentais” dando um chute no homem que me segurava, deixando cair algumas pétalas de flores no caminho. Ela então pulou nele com as mãos, o fazendo sentir o cheiro de seu veneno, não sabíamos se ele tinha morrido, mas não ficamos para saber. Após o que ela me falara nesse dia, eu descobri que eu tinha mais problemas do que imaginava, mas também havia ganho uma nova amiga.
Continua...

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Asuka Kudou
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