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nujabes.
Genin


nujabes.
Genin


As areias da desértica e árida Sunagakure não eram mais belas no inverno. Muito pelo contrário, ostentavam, sem piedade, um grande calor latente capaz de fritar os neurônios de qualquer pessoa sã. Eu me inseria neste clima, exatamente sobre uma duna areosa bem distante da vila, refletindo toda a minha vida e segurando um único pergaminho em mãos. Este pergaminho foi obtido pelo meu pai adotivo após ele ter descobrido, durante uma missão, todo o meu passado antes de ser entregue ao orfanato.
Diante de mim estava um pergaminho escrito pelos meus ascendentes, pessoas as quais dedicaram toda uma vida para se tornarem mestres no Taijutsu. Eu era um grande admirador destas pessoas, por isso pretendia desvendar todas os seus poderes, aprender todos os jutsus e, por fim, me tornar também um grande mestre desta arte ninja, poder, dessa maneira, proteger toda a minha vila e não deixar mais ninguém morrer.
A técnica pela qual eu estava ali naquele lugar escaldante é aquela que tornou muitos usuários de taijutsu do mundo conhecidos: os oito portões da morte. A explicação era bem simples: existem oito tenketsus específicos capazes de controlar o sistema circulatório de chakra, na verdade, eles servem como inibidores, controlando o fluxo de chakra no corpo. Apesar de não ser muito inteligente, a escrita do pergaminho era bem fácil, permitindo, mesmo para mim, entender tudo sobre aquele poderoso jutsu.
Depois de ter devidamente lido parte do pergaminho, era hora de finalmente treinar, coisa a qual eu era bem habituado. Primeiro, eu precisava saber como abrir o primeiro dos portões, Kaimon. A localização deste se dava na cabeça, provavelmente no cérebro. Para executá-lo, o pergaminho sugeria que o usuário encontrasse alguma coisa forte, ou ainda algo que exigisse muito esforço físico, algo que estivesse além do limite comum. Minha força, apesar de acentuada, não era capaz de fazer algumas coisas. Das quais, a única que minha a cabeça era carregar algumas pesadas de meu antigo trabalho.
O clique veio à minha pobre cabeça rapidamente, lembrando-me do que eu podia fazer para me esforçar ao máximo, vencendo assim o limite imposto pelo tenketsu de abertura. Andei rapidamente ao meu antigo trabalho e, como de costume, aquele lugar estava repleto de monstros. Avistei meu antigo chefe, alguém que entendia bem a carreira como ninja, perguntei a ele qual era o peso das peças que eu não conseguia carregar e voltei rapidamente ao campo de treinamento com essa informação. Lá chegando, encontrei algumas pedras que tinha formato parecido com as peças, provavelmente pesavam a mesma coisa, talvez ainda mais um pouco.
Concentrei minha força por todo o corpo e tentei erguê-la. Inútil. Não parei, continuei e continuei até chegar a exaustão. Meus braços não mais se erguiam quando eu finalmente desisti de tentar aquele pedregulho. Eu não entendia bem o porquê de não conseguir fazê-lo, não conseguia abrir o primeiro dos portões de jeito nenhum. Provavelmente esforço físico excessivo não era a única condicionante, provavelmente existia algo a mais intrínseco à sua abertura.
Depois de ter me recuperado, resolvi então procurar algumas aventuras naquele deserto areoso. Duna após duna, continuei correndo como o vento, buscando alguma coisa que pudesse ocupar minha mente por alguns instantes. A corrida não deu bem o resultado esperado, muito pelo contrário, deparei-me, durante ela, com uma criatura viva coberta por areia. Era uma ave, provavelmente caçando alguma comida. Aos meus pobres olhos, ela parecia estar com a asa ou algum outro membro do seu corpo quebrado.
Parti rapidamente e tentei tirar a areia sobre o seu corpo, assim ela não sufocaria e poderia se recuperar, quem sabe. Infelizmente ela estava sobre areia movediça e todos os meus esforços eram inúteis diante daquela situação. Parecia me faltar força, eu parecia não conseguir mover areia suficiente para movê-la. Naquele momento, passei não apenas a utilizar força, mas sim meu chakra, forçando todos os meus músculos a tirar a pobre ave daquela situação. Ainda não era suficiente, ainda faltava algo.
A situação começou a se tornar mais gravosa e as minhas atitudes só a pioraram. Utilizando então o máximo de chakra, fazendo-o fluir ao máximo, eu conseguia, num puro ato heroico, finalmente abrir o primeiro portão, Kaimon. Com aquilo, minha força havia aumentado abruptamente, tornando-me capaz de finalmente remover toda a areia encobrindo a penosa ave. Eu senti exatamente do que precisava naquele momento: vontade. A abertura daquele portão não veio de um simples esforço simples, mas sim de uma vontade incontrolável, de um vencimento de uma barreira antes impossível.
Reuni-me com o meu orgulho de ter aberto o primeiro portão e retornei para casa com minha mais nova aprendizagem.
Portão aprendido:
Diante de mim estava um pergaminho escrito pelos meus ascendentes, pessoas as quais dedicaram toda uma vida para se tornarem mestres no Taijutsu. Eu era um grande admirador destas pessoas, por isso pretendia desvendar todas os seus poderes, aprender todos os jutsus e, por fim, me tornar também um grande mestre desta arte ninja, poder, dessa maneira, proteger toda a minha vila e não deixar mais ninguém morrer.
A técnica pela qual eu estava ali naquele lugar escaldante é aquela que tornou muitos usuários de taijutsu do mundo conhecidos: os oito portões da morte. A explicação era bem simples: existem oito tenketsus específicos capazes de controlar o sistema circulatório de chakra, na verdade, eles servem como inibidores, controlando o fluxo de chakra no corpo. Apesar de não ser muito inteligente, a escrita do pergaminho era bem fácil, permitindo, mesmo para mim, entender tudo sobre aquele poderoso jutsu.
Depois de ter devidamente lido parte do pergaminho, era hora de finalmente treinar, coisa a qual eu era bem habituado. Primeiro, eu precisava saber como abrir o primeiro dos portões, Kaimon. A localização deste se dava na cabeça, provavelmente no cérebro. Para executá-lo, o pergaminho sugeria que o usuário encontrasse alguma coisa forte, ou ainda algo que exigisse muito esforço físico, algo que estivesse além do limite comum. Minha força, apesar de acentuada, não era capaz de fazer algumas coisas. Das quais, a única que minha a cabeça era carregar algumas pesadas de meu antigo trabalho.
O clique veio à minha pobre cabeça rapidamente, lembrando-me do que eu podia fazer para me esforçar ao máximo, vencendo assim o limite imposto pelo tenketsu de abertura. Andei rapidamente ao meu antigo trabalho e, como de costume, aquele lugar estava repleto de monstros. Avistei meu antigo chefe, alguém que entendia bem a carreira como ninja, perguntei a ele qual era o peso das peças que eu não conseguia carregar e voltei rapidamente ao campo de treinamento com essa informação. Lá chegando, encontrei algumas pedras que tinha formato parecido com as peças, provavelmente pesavam a mesma coisa, talvez ainda mais um pouco.
Concentrei minha força por todo o corpo e tentei erguê-la. Inútil. Não parei, continuei e continuei até chegar a exaustão. Meus braços não mais se erguiam quando eu finalmente desisti de tentar aquele pedregulho. Eu não entendia bem o porquê de não conseguir fazê-lo, não conseguia abrir o primeiro dos portões de jeito nenhum. Provavelmente esforço físico excessivo não era a única condicionante, provavelmente existia algo a mais intrínseco à sua abertura.
Depois de ter me recuperado, resolvi então procurar algumas aventuras naquele deserto areoso. Duna após duna, continuei correndo como o vento, buscando alguma coisa que pudesse ocupar minha mente por alguns instantes. A corrida não deu bem o resultado esperado, muito pelo contrário, deparei-me, durante ela, com uma criatura viva coberta por areia. Era uma ave, provavelmente caçando alguma comida. Aos meus pobres olhos, ela parecia estar com a asa ou algum outro membro do seu corpo quebrado.
Parti rapidamente e tentei tirar a areia sobre o seu corpo, assim ela não sufocaria e poderia se recuperar, quem sabe. Infelizmente ela estava sobre areia movediça e todos os meus esforços eram inúteis diante daquela situação. Parecia me faltar força, eu parecia não conseguir mover areia suficiente para movê-la. Naquele momento, passei não apenas a utilizar força, mas sim meu chakra, forçando todos os meus músculos a tirar a pobre ave daquela situação. Ainda não era suficiente, ainda faltava algo.
A situação começou a se tornar mais gravosa e as minhas atitudes só a pioraram. Utilizando então o máximo de chakra, fazendo-o fluir ao máximo, eu conseguia, num puro ato heroico, finalmente abrir o primeiro portão, Kaimon. Com aquilo, minha força havia aumentado abruptamente, tornando-me capaz de finalmente remover toda a areia encobrindo a penosa ave. Eu senti exatamente do que precisava naquele momento: vontade. A abertura daquele portão não veio de um simples esforço simples, mas sim de uma vontade incontrolável, de um vencimento de uma barreira antes impossível.
Reuni-me com o meu orgulho de ter aberto o primeiro portão e retornei para casa com minha mais nova aprendizagem.
Portão aprendido:
Primeiro Portão
Requerimentos: 2 Taijutsu.
Bonificações: +1 Força & +1 Stamina.
Duração Máxima: 5 Turnos.
Danos: Nenhum.
nujabes.
Genin


Diferente da manhã, à noite de Sunagakure, durante o inverno, mais parecia com uma noite de outro vilarejo mais ao extremo sul. O frio era severo à ponto de congelar a água, mesmo que esta fosse inexistente. Era impressionante quantas pessoas ainda viviam naquele lugar, todas elas tinham sonhos, inspirações e tentavam ao máximo sobreviver, mesmo diante de tanta adversidade enfrentadas por todos nós. Os ninjas, entretanto, eram uma classe que podia fazer a diferença por aquele lugar árido como a vida. Para sobrevivermos, nós, ninjas, deveríamos nos tornar tão tenazes quanto cactus. Sobreviver, este era a questão.
Tomei um breve ar, quem sabe fizesse isso para me preparar. Tomei rumo trajando as roupas de sempre, muito embora não fossem nada práticas de se usar no inverno à noite. De qualquer modo, eu já estava ambientado àquela temperatura abaixo de zero, não precisaria me preocupar com muita coisa relacionado ao clima. Sobre uma duna de areia, pensei como faria para treinar minha parte cardiovascular, buscava um método de aprender a me tornar mais durável numa luta. Correr por horas e horas mais parecia coisa de maluco, mas para nós, ninjas, era uma questão de sobrevivência e, para mim, sobrevivência significava vitória e avanço.
A resposta encontrada estava bem abaixo do solado de minhas sandálias: areia. Sim, a "inútil" areia, na verdade, seria muito útil para meus objetivos. Alguns não o sabiam, mas a areia torna os passo mais pesados. Lembrava disso depois de comparar a corrida em um lugar plano, cimentado, com uma corrida sobre um terreno areoso. Comecei uma caminhada noturna à toda velocidade possível sobre aquelas dunas, não havia tempo a se perder caso quisesse ficar mais forte. Aos poucos, estava acertando meu passo ao meu ritmo máximo, e tentando não perder o equilíbrio correndo sobre aquilo. Eu poderia usar chakra, de fato, mas o treinamento perderia totalmente o seu sentido caso eu o fizesse.
A cada passo o peso da areia parecia aumentar e, apesar do frio intenso, meu suor escorria pelo meu corpo como se tivessem me banhado com um rio d'água. Eu podia sentir os músculos rejeitando os comandos enviados pelo meu cérebro, por sorte a minha bravata em forma de determinação tornou-me forte o suficiente para continuar. Mais alguns passos, mais cansaço e pouca distância percorrida. Meu corpo, depois de tanta corrida, jogou-se no chão de forma involuntária. Minha respiração era intensa, fazendo-me pensa que eu podia desmaiar a qualquer instante. Descansei em um intervalo curto de tempo, ignorando completamente as necessidades do meu corpo e já voltei a correr.
Esse era o segredo, ignorar o corpo, torná-lo mais forte à qualquer custo, fazer tudo isso com uma mente inabalável por quaisquer que fossem as minhas condições físicas. Permaneci em um ritmo forte, mantendo as passadas rápidas e a respiração intensa. Passavam-se horas e eu já podia sentir um forte aumento em minhas capacidades cardiovasculares e respiratórias. Ainda sim, não havia percorrido uma grande distância, não havia corrido nada mais, nada menos, do que três quilômetros. Aquilo iria demorar muito, mas não me preocupei, muito pelo contrário, mantive o entusiasmo em alta, de forma a não perder a compostura e desistir do treino. O amanhecer vinha e me trazia à tona a exaustão.
Meu corpo caía sobre uma duna e meus olhos se fechavam. Dormia como nunca, tentando recuperar as energias. No meu sonho, me via correndo, correndo e correndo, nunca parando. Acordei com a preocupação de continuar meu treinamento. Não poderia existir um pensamento contrário à este caso quisesse continuar com meu ritmo alto. Para incrementar meu treinamento, procurei apenas subir dunas, assim como alguns faziam com escadas quando queriam exercitar o coração e pulmão. Continuei com o mesmo ritmo, subindo diversas dunas à toda velocidade possível e não desperdiçando meu tempo com mais nada. Respiração intensa, suor excessivo e coração palpitante já faziam parte da minha rotina.
Mais algumas horas se passavam e cada vez mais perdia o controle total sobre meus membros inferiores e superiores. Minha mente não mais pensava, agia como se estivesse em um loop infinito. Agora no calor, desidratava muito rápido, secando lábios e o corpo, emagrecendo alguns quilos em alguns minutos. Me movia muito mais devagar, quase como um corpo semi-morto, indo em direção à duna onde estabeleci meu acampamento. Bebi toda a água que pudia encontrar, consumi toda a proteína e carboidrato que levara para alguns dias em apenas alguns segundos. Corpo no chão e mente pensando em apenas mais uma coisa: "mais".
Dias se passaram nesta rotina extravagante, onde, aos poucos, tornava o meu corpo capaz de aguentar as mais complicadas adversidades possíveis. Enfrentei calor, frio, suor, lágrimas, pensamentos, desidratação e desnutrição. Nada fora capaz de me derrubar completamente. Ainda sim, eu não me sentia perfeitamente completo no que tange à resiliência, por isso continuava ali, subindo dunas como se minha vida dependesse completamente daquilo.
Naquele momento, percebia a característica mais importante caso quisesse resistir a tantas adversidades: a mente. Ser completamente estúpido, de alguma maneira, me ajudava a continuar dando cada vez mais passos. Para completar de vez o meu treinamento, resolvi subir a duna mais alta existente em Sunagakure. A cerca de quatro mil metros acima do nível do mar, aquele não seria um desafio nada fácil. Colocaria meu corpo totalmente à prova. Muni-me com mantimentos e iniciei a escalada, indo em máximo ritmo desde o início, não queria perder tempo sendo um fraco.
Um dia inteiro se passou até o momento onde eu escalara toda aquela duna. Ao chegar, exausto, percebi que minha resistência havia mudado completamente, agora eu era capaz de suportar muito mais. Descer dela foi fácil, aproveitando-me da gravidade. Voltei então à Suna, agora não sendo mais tão fraco quanto antes.
HP: 200/200Tomei um breve ar, quem sabe fizesse isso para me preparar. Tomei rumo trajando as roupas de sempre, muito embora não fossem nada práticas de se usar no inverno à noite. De qualquer modo, eu já estava ambientado àquela temperatura abaixo de zero, não precisaria me preocupar com muita coisa relacionado ao clima. Sobre uma duna de areia, pensei como faria para treinar minha parte cardiovascular, buscava um método de aprender a me tornar mais durável numa luta. Correr por horas e horas mais parecia coisa de maluco, mas para nós, ninjas, era uma questão de sobrevivência e, para mim, sobrevivência significava vitória e avanço.
A resposta encontrada estava bem abaixo do solado de minhas sandálias: areia. Sim, a "inútil" areia, na verdade, seria muito útil para meus objetivos. Alguns não o sabiam, mas a areia torna os passo mais pesados. Lembrava disso depois de comparar a corrida em um lugar plano, cimentado, com uma corrida sobre um terreno areoso. Comecei uma caminhada noturna à toda velocidade possível sobre aquelas dunas, não havia tempo a se perder caso quisesse ficar mais forte. Aos poucos, estava acertando meu passo ao meu ritmo máximo, e tentando não perder o equilíbrio correndo sobre aquilo. Eu poderia usar chakra, de fato, mas o treinamento perderia totalmente o seu sentido caso eu o fizesse.
A cada passo o peso da areia parecia aumentar e, apesar do frio intenso, meu suor escorria pelo meu corpo como se tivessem me banhado com um rio d'água. Eu podia sentir os músculos rejeitando os comandos enviados pelo meu cérebro, por sorte a minha bravata em forma de determinação tornou-me forte o suficiente para continuar. Mais alguns passos, mais cansaço e pouca distância percorrida. Meu corpo, depois de tanta corrida, jogou-se no chão de forma involuntária. Minha respiração era intensa, fazendo-me pensa que eu podia desmaiar a qualquer instante. Descansei em um intervalo curto de tempo, ignorando completamente as necessidades do meu corpo e já voltei a correr.
Esse era o segredo, ignorar o corpo, torná-lo mais forte à qualquer custo, fazer tudo isso com uma mente inabalável por quaisquer que fossem as minhas condições físicas. Permaneci em um ritmo forte, mantendo as passadas rápidas e a respiração intensa. Passavam-se horas e eu já podia sentir um forte aumento em minhas capacidades cardiovasculares e respiratórias. Ainda sim, não havia percorrido uma grande distância, não havia corrido nada mais, nada menos, do que três quilômetros. Aquilo iria demorar muito, mas não me preocupei, muito pelo contrário, mantive o entusiasmo em alta, de forma a não perder a compostura e desistir do treino. O amanhecer vinha e me trazia à tona a exaustão.
Meu corpo caía sobre uma duna e meus olhos se fechavam. Dormia como nunca, tentando recuperar as energias. No meu sonho, me via correndo, correndo e correndo, nunca parando. Acordei com a preocupação de continuar meu treinamento. Não poderia existir um pensamento contrário à este caso quisesse continuar com meu ritmo alto. Para incrementar meu treinamento, procurei apenas subir dunas, assim como alguns faziam com escadas quando queriam exercitar o coração e pulmão. Continuei com o mesmo ritmo, subindo diversas dunas à toda velocidade possível e não desperdiçando meu tempo com mais nada. Respiração intensa, suor excessivo e coração palpitante já faziam parte da minha rotina.
Mais algumas horas se passavam e cada vez mais perdia o controle total sobre meus membros inferiores e superiores. Minha mente não mais pensava, agia como se estivesse em um loop infinito. Agora no calor, desidratava muito rápido, secando lábios e o corpo, emagrecendo alguns quilos em alguns minutos. Me movia muito mais devagar, quase como um corpo semi-morto, indo em direção à duna onde estabeleci meu acampamento. Bebi toda a água que pudia encontrar, consumi toda a proteína e carboidrato que levara para alguns dias em apenas alguns segundos. Corpo no chão e mente pensando em apenas mais uma coisa: "mais".
Dias se passaram nesta rotina extravagante, onde, aos poucos, tornava o meu corpo capaz de aguentar as mais complicadas adversidades possíveis. Enfrentei calor, frio, suor, lágrimas, pensamentos, desidratação e desnutrição. Nada fora capaz de me derrubar completamente. Ainda sim, eu não me sentia perfeitamente completo no que tange à resiliência, por isso continuava ali, subindo dunas como se minha vida dependesse completamente daquilo.
Naquele momento, percebia a característica mais importante caso quisesse resistir a tantas adversidades: a mente. Ser completamente estúpido, de alguma maneira, me ajudava a continuar dando cada vez mais passos. Para completar de vez o meu treinamento, resolvi subir a duna mais alta existente em Sunagakure. A cerca de quatro mil metros acima do nível do mar, aquele não seria um desafio nada fácil. Colocaria meu corpo totalmente à prova. Muni-me com mantimentos e iniciei a escalada, indo em máximo ritmo desde o início, não queria perder tempo sendo um fraco.
Um dia inteiro se passou até o momento onde eu escalara toda aquela duna. Ao chegar, exausto, percebi que minha resistência havia mudado completamente, agora eu era capaz de suportar muito mais. Descer dela foi fácil, aproveitando-me da gravidade. Voltei então à Suna, agora não sendo mais tão fraco quanto antes.
Chakra: 200/200
Blurryface
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