fillerO coração pulsava muito mais rápido que o normal, parecia que era capaz de senti-lo em minha garganta. Senti algo que nunca tinha sentido até este momento. Medo. No entanto, isso durou por pouco tempo, afinal, não demorou para que ele me atacasse.
Minha voz não emitiu som algum, o grito que estava para dar ficou estagnado em meio ao golpe que recebi. Minha cabeça girava e as coisas começavam a desfocar, estava me desprendendo desse mundo. Se isso acontecesse, é claro que morreria ali.
Tentei permanecer firme, acordada, mas meus olhos pesavam além do que podia aguentar. Tudo ficou escuro enquanto eu embarcava num sono profundo, talvez o último que tivesse.
—— Mãe...—— sussurrei ao ouvir a voz dela antes de desmaiar.
Então fui sugada para o mundo dos sonhos. No começo, via-me em minha casa, uma cortina de neblina cercava-me. Estava sozinha e sentia um pouco de dor, embora não soubesse da onde ela vinha. De longe consegui ouvir os gritos de meus pais, era possível sentir o medo em suas vozes.
Percebi que aquele não era um simples sonho, eu estava relembrando o que tinha acontecido naquela noite. Corri para a direção da onde as vozes vinham, cada vez mais estridentes e tenebrosas. Tão logo cheguei no local onde estavam as pessoas a quem elas pertenciam.
O corpo desprovido de vida de meu pai encontrava-se no chão, minha mãe acarinhava o seu cabelo enquanto uma poça de sangue forma-se embaixo deles. Ela gritava para um homem, só agora o tinha percebido ali - ele estava parado alguns metros de meus pais -, em sua mão direita estava uma kunai toda ensanguentada.
Lágrimas já rolavam por meu rosto, o pesadelo era a lembrança perfeita, inclusive os detalhes do que tinha acontecido um pouco antes de desmaiar. Só que no sonho existia uma pequena diferença da realidade, nele eu não tinha sido atacada.
...
Foram os raios de sol que me acordaram, eles atravessaram as cortinas da janela do quarto do hospital que estava e penetraram em meu rosto. Coloquei um braço por cima dos meus olhos para escapar dos feixes de luz, enquanto me adaptava aquela claridade.
Sabia que não estava em minha cama, nem que dormia sobre o meu travesseiro. Estava dormindo num lugar diferente, estranho.
Onde estaria? Foi, então, que me lembrei do que tinha acontecido. Do meu pai, de minha mãe - talvez ainda viva - e até mesmo o que tinha me ocorrido. O sonho era real.
Senti que estava para chorar, queria gritar e xingar, mas algo me interrompeu antes que pudesse fazer isso.
—— Finalmente —— ouvi uma voz de mulher dizer ——, achei que não fosse acordar nunca.
Era uma enfermeira, ela estava sentada numa cadeira ao lado do meu leito. Tinha uma revista em mãos e encarava-me com certa empatia. Não tinha sentido a presença dela até então.
—— Mãe...aconteceu..—— consegui dizer, não importando para a dor que atravessava meu rosto neste momento. Ela me olhou pesarosamente enquanto seu semblante tornava-se frio e triste, abaixou sua cabeça ao mesmo tempo que a balançava de um lado para o outro, indicando que ninguém além de mim tinha sido encontrado vivo.
Dessa vez não fiquei triste, mas ódio instalou-se no meu corpo. Estava com muita raiva e meu coração começava a tomar um rumo desconhecido, eu me vingaria daquele homem.
—— Faz mais de uma semana que você está dormindo —— continuou a enfermeira ——, pensamos que você não demoraria tanto para acordar. Mas parece que algo te prendia enquanto estava desacordada.
Entendo, então já fazia todo esse tempo que aquilo aconteceu, ainda assim consigo sentir dores em minha cabeça. Notava, agora, que uma faixa cobria o topo dela e a enrolava inteira na parte de cima. Percebendo que eu acabava de descobrir aquilo, a enfermeira relatou o que tinham feito comigo.
—— Nós encontramos você toda ensanguentada, sua cabeça tinha um grande ferimento. Fizemos uma cirurgia em você. Felizmente, seu estado não estava tão crítico como aparentava estar. —— falou.
Conseguia entender o que ela falava, afinal eu era boa com conhecimentos anatômicos. Mas não deixava de pensar no que tinha acontecido. Eu não tinha tido sorte, preferia estar morta e junta de meus pais. Contudo, já que estava viva era meu dever vinga-los.
—— Por..por favor, você poderia me deixar sozinha? —— pedi para a mulher. Ela não me perguntou o porque, olhou-me com pena e saiu do quarto. Não queria que ninguém me visse, só queria ficar ali parada e pensando no que faria a seguir.
...
Planejei tudo, desde o momento que sairia de tal lugar. Primeiro, eu deveria aumentar minhas habilidades de luta e aprender a utilizar jutsus, só então deveria começar a minha busca por aquele homem. Pelo menos eu tinha o rosto dele gravado em minha memória.
Seria preciso mais do que um ano ou dois, mas cumpriria meu destino. Faria justiça em nome de meus pais.
considerações:
Filler sem treinamento algum, feito apenas para explicar o que aconteceu com meus pais. Será explicado por meio de mais fillers o que aconteceu com o homem que os matou. O que eu fiz com ele.
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