TWO YEARSConforme conclui minha última tarefa, a de recuperar importantes pergaminhos, um tédio infernal caiu sobre minha vida. Finais de semana viraram dias de semana, e dias de semana viraram açoites intermináveis na minha determinação. Não havia nada para fazer nem pela máfia, nem pela legalidade que vez por outra me dispunha a seguir. Duas vezes por mês, no máximo, eu conseguia um bico aqui e ali para não ter que retirar do banco minhas quantias emergenciais, muito embora o saldo estivesse descendo aos poucos. Não era tão simples sustentar um vício em cigarro (que adquiri no decorrer desse tédio), principalmente porque tinha que ser o tempo todo; minhas verbas estavam cortadas. Me meti em uma outra confusão, mas nada que eu não resolvesse em alguns instantes. Seja pela violência, seja pela conversa. Certo dia, talvez oito meses dentro desse contexto, decidi que iria a fundo saber o porquê de eu não estar conseguindo empregos dentro do único ramo que me perguntava, ou seja, a máfia. Caminhei até lá num misto de impaciência, estresse e desatenção. Aquela monotonia toda tinha me afetado profundamente. Decidido a fumar o último cigarro ali e naquele momento, bati à porta com o nó dos dedos, num punho fechado, de tal modo que tive que me repreender. Joguei o tabaco no chão, amassando-o para que apagasse. Ali não era eu que dava as cartas, nem muito menos conduzia o jogo; um completo serviçal sem opinião. Eu gostava disso de certa forma.
Entrei. Sem delongas, subi até a mesa principal e dei de cara com o nosso líder, Zurich Nostrade. Após um pequeno cumprimento com minha cabeça, indaguei-lhe com a maior paciência que consegui demonstrar: — Fazem mais de seis meses que eu não tive notícias nem me foi informado o porquê de não as ter. Gostaria de poder provar minha eficiência em algo. Há algo que eu possa fazer? — pelo rosto com certo riso, era possível saber que ele tinha noção que eu estava atrás do dinheiro fácil principalmente. Coloquei um pirulito na boca, o mastigando sem paciência enquanto ele começava a falar: — Feitan, vou ser bem sincero pelos serviços que você prestou até agora. — Pigarreou um pouco, tomando uma longa inspiração. — Estamos à beira da falência. Nossa tesoureira, Yagara Sanousuke, nos deixou por um grave desentendimento comigo. Infelizmente, ela é membro de um núcleo muito importante na máfia. Sendo mais claro, quero dizer que muita gente parou de nos dar suporte, culminando na perca de influência em muitas áreas do comércio, do poderio militar e principalmente das solicitações que nos geravam a maior parte da nossa receita, o que afetou você diretamente. Se quer ser útil, traga-a de volta. Ela está residindo no País do Som.
Saindo de lá foi inevitável um pequeno sorriso na minha cara. Finalmente eu teria algo para fazer, mesmo que fosse convencer uma mulher de meia-idade a voltar para casa. Busquei um mapa mundi próximo e vi que o tal lugar do Som era muito próximo de Kumogakure no Sato. Eu não teria problemas em chegar. Preparei a comida necessária, os equipamentos e todo o descanso que jamais me caía plenamente. Adicione isso ao tédio constante e obtenha uma pessoa zumbi. Era o que eu era até pouco tempo pelo menos. Tomei um determinado tempo para evoluir um pouco mais, lendo artigos sobre lutas e treinando ao longo de alguns dias minha oratória para a situação em questão. A viagem não teve complicações nem nada do tipo, eu já estava grandinho o suficiente para não me perder em trajetos simples. Fui, no entanto, pensando em como convencê-la a me seguir de volta. Alguém tão importante assim não seria persuadida facilmente, ao menos não por um genin. Decidi que iria esconder qualquer coisa sobre mim em prol do objetivo. A única coisa que eu não conseguiria esconder, obviamente, era meu aspecto infantil. Tinha só 14 anos, droga. Chegar lá foi a parte fácil. A única coisa que eu tinha em mãos para achá-la era uma foto sua. Fiz como pude. Perguntei a um grande número de pessoas, observei as ruas, os restaurantes, e as lojas de serviços. Busquei ser atencioso para encontrar seu rostinho em qualquer lugar que eu passasse. Enfim, encontrei-a. Levou quatro meses, tempo este que não fiquei apenas a procurando. Busquei evoluir físico e mentalmente nas noites em que me hospedei em um hotel qualquer. Socos, chutes e cambalhotas nas áreas de treinamentos, e leituras excessivas acerca da vida humana e suas atribuições. Eu poderia levar tanto tempo assim? Nesse momento, a única coisa que me interessava era que eu tinha algo a fazer.
Então, uma vez que a encontrei, abordei-a com a maior formalidade possível sem transparecer um aspecto robótico. Fui interrompido e mandado embora. No dia seguinte tentei outra abordagem. Falhou também. Depois de malditos quatro meses eu iria embora? É claro que não. Almejei ser perspicaz e acrescentar ao menos alguma hostilidade para ver se dava certo, após grandes quantias de tentativas de conclusões. Consegui, então, convencê-la que sua presença era necessária. Surgiu um pequeno problema ao fim da nossa conversa, mais ou menos amparada por essas palavras: — Eu não vos conheço, nem quero conhecer. Apenas não aceito que
qualquer um possa ser ordenado a me trazer de volta, e eu livremente aceitar essa afronta. Você entende, né? Preciso que mostre que você não é qualquer um. — Com certa relutância, tomei o pergaminho que ela me estendia. Era um ninpou de classe A, supostamente muito difícil de ser aprendido. Disse-me, em mais algumas palavras, que eu teria uma semana para aprender e mostrar o resultado. Como se fosse uma mera criança, disse-me que nunca mais pisaria em Kumogakure caso eu falhasse nessa missão.
Decidimos o ponto de encontro, e eu não precisei nem perguntar em que lugar era isso. 4 meses na procura era o suficiente para alguém conhecer uma cidade pequena como aquela até de olhos fechados. Com o cansaço habitual, fui para um lugar quieto com meus mantimentos e o pergaminho da técnica. Li ele o suficiente para pegar as informações principais. Tratava-se de utilizar do chakra no corpo para mexer em como a luz era refletida, anulando a visão normal para terceiros, além de apagar o cheiro e a sombra. Parecia extremamente útil, então me animei para terminar em pouco tempo. Eu já possuía muitos jutsus, na verdade. Não era problema para mim treinar, e foi o que fiz ao longo de três dias seguidos. Iniciei começando a concentrar chakra e tentando ficar invisível, não obtendo qualquer sucesso na empreitada. Seguidamente permaneci no erro, pois minha confiança talvez estivesse muito elevada. Tratei de ler o que era necessário, duvidando um pouco das minhas capacidades, felizmente notando algum dos erros que eu estava fazendo. Animado, projetei uma pequena parte do meu corpo ficando invisível, obviamente não era o suficiente. Permaneci tentando e angariando mais e mais invisibilidade pelo meu corpo. Aos poucos e constante. Porém, nem tudo foi como o esperado. Numa das horas seguintes, a hora que mais senti dificuldade, por volta da metade do que levei para aprender, eu não estava conseguindo acertar em como fazer com que a parte de baixo do meu corpo ficasse invisível. Vez após vez meu chakra descia de nível e nada acontecia da barriga para baixo.
Tomei uma longa e profunda lufada de ar nos pulmões e prostrei-me a revisar o que tinha que fazer. Após o pequeno conserto no caminho de execução, tudo ficou mais fácil e em pouco tempo eu consegui masterizar o jutsu. Três longos dias. Ao menos era bem melhor que os 7 do prazo. Tratei de encontrar Yagara e mostrar-lhe na prática o funcionamento do jutsu, surpreendendo-a por estar invisível. Desfiz o jutsu e partimos caminhos de volta para Kumogakure. Os meses que se seguiram foram bem, mas bem mais prósperos que como estava. Voltei a executar serviços para os Nostrade e para a vila como um todo. Eu tinha dinheiro para fazer o que quisesse, comprando tudo que me era apetitoso ou necessário para minha evolução como um todo. Eu estava com 15 anos em pouco tempo, então. Mais sábio, mais forte, mais preparado para viver no mundo atual.
- CONSIDERAÇÕES:
- No seu aval final, precisa dizer se tá tudo okay quanto ao ponto+jutsu aprendido. São 10k pra adicionar no banco após a avaliação.
Meisaigakure no JutsuRank: A
Selos: 1
Descrição: Esta é uma técnica de fuga ninja que permite ao utilizador controlar em como a luz é refletida no seu corpo através de inflexões de chakra. A técnica também apaga o cheiro do usuário e sua sombra, também sendo usável em qualquer terreno, tornando útil não só para se camuflar, como também para ataques.
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