Yohanna

Esse treino é uma história relatada por minha própria personagem e por isso esse estilo de narração como se fosse uma conversa direta, informal. Contando caso.
Não muito tempo atrás. Três anos para ser mais exata. Vivia tranquilamente num lar; Pai, mãe. Era tudo maravilhoso. Sempre que inicia o verão eu consigo lembrar as brincadeirinhas que a família fazia. Achava tudo um tédio, mas atualmente sinto tanta falta. Triste. Tudo começou quando eu tinha dez anos, fui obrigada a afastar do meu meio familiar por causa dos meus talentos inatos. Constataram que era perigosa demais para conviver normalmente. Representava uma ameaça para toda vila. Talvez eu realmente seja.
Então, resolveram me levar para um lugar arredio do país da Terra. Advertir que te repreendo, é lema deles. Fui aventurada numa intensa rotina. Com apenas DEZ ANOS abonei de cara com as dificuldades da vida. Depois de alguns meses, finalmente consegui entender que eles não queriam me reeducar e sim me transformar numa espécie de arma. Que me interessava era as horas de repouso. Meditava por extensas horas e às vezes passava um dia inteiro apenas me concentrando. Nessas ocasiões o meu subconsciente simplesmente viajava e conseguia realmente me sentir um ser humano.
Fraqueza? Talvez.
Com menos de um ano de treinamento incluíram a covardia me de soltar numa floresta sozinha. Não totalmente sozinha, pois deixaram um cachorro, Andy, comigo. Foi meu único companheiro por mais de um ano e meio. Foi minha única família. Foi meu único amigo. E se engana vocês que pensam que foi fácil, porque não foi. Eu tive de caçar, matar, cozinhar, lutar. Tenho lembranças terríveis daquela época. Meu coração já era tão duro quanto os cristais que passei a produzir.
Em pouco mais de dois anos já me tornei completamente autônoma. Dona dos meus próprios atos e passei acreditar apenas na minha verdade. O errado simplesmente atirava. Tornei-me realmente uma arma. Fitei de longe, um dos meus antagonistas, responsável por me jogar naquele lugar imundo. Não pensei duas vezes e peguei uma kunai, fui de encontro a ele. – Me fala um bom motivo pra não acabar com você aqui e agora, lixo – falei. Estava furiosa. Andy atrás de mim rosnava e rosnava. Parecia mais bravo que eu.
- Eu trouxe tacos – Ironizou. – Vejo que conseguiu, sobreviveu. Parabéns.
Como reagir?
Disparei a arma metálica contra seu pé só para que ele sinta uma fração da dor que eu senti por todo esse tempo. Depois ele começou com um papo de que tinha certeza de que eu iria conseguir e que minhas habilidades são únicas e mais uma tonelada de lambição de saco – blá, blá, blá. Lembro perfeitamente de permanecer séria o tempo todo, Andy igualmente, mas a pior parte ainda estava por vim. Começou com um discurso de que eu finalmente estava pronta para se tornar uma kunoichi e entrar para a academia ninja. Eu com quase doze anos.
- Depois que entrar na academia você terá que abandonar família, sonhos e viver inteiramente por sua vila. Não terá amigos, não vai gostar de ninguém. Isso não será um problema pra você, certo? – Até então nada que ele falou para mim foi novidade, eu realmente tinha alma de robô. Ele logo pegou uma kunai e colocou no pescoço de Andy. Um frio na espinha subiu sobre minhas costas, arregalei os olhos e torci a boca. – Não vai se incomodar se eu matar esse bicho aqui e agora. Afinal, você não deve gostar de ninguém. Isso é fraqueza.
Como eu fiquei brava. Senti-me humilhada. Eles pensaram nisso o tempo todo. Andy estava comigo há mais de um ano, foi meu único companheiro, meu único amigo e agora querem simplesmente matá-lo. Comecei a pensar. Talvez eu seja realmente fraca, pois chutei a mão dele no mesmo instante – Não tem problema, junte suas coisas que nós vamos embora. Você mesma faz o serviço – ele se aproximou de mim por trás, me entregou um arco e flecha e armou a posição de disparo. – Agora é só você soltar.
Virou as costas e saiu andando. Qualquer movimento com o dedo dispararia uma flecha bem na testa do minha mascote. Não consegui fazer isso. Disparei o projétil para o alto. Andy correu desesperado. Foi o certo a se fazer, pensei. Uma explosão de sensações borbulhava no meu estômago. Comecei a me questionar. Afinal, qual é a importância desse cachorro na minha vida? Dalí pra frente eu não poderia me apegar a ninguém, não faria diferença. – Vamos Yohanna – Gritou um dos covardes. Realizei um tiro e disparei uma flecha que acertou bem no corpo fofinho do Andy. Começou a agonizar de dor e eu simplesmente dei as costas e fui embora.
Foi algo muito cruel, sei disso, porém o mais estranho veio depois. Eu simplesmente não senti culpa, remorso. Foi até legal. Agora é como se nada fizesse diferença pra mim. Simplesmente vivo para servir. A arma de cristal finalmente esculpida.
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Ficha: http://narutorpgakatsuki.com.br/t51748-yohanna-kurama#325580
Q&D: http://narutorpgakatsuki.com.br/t51512-qd-yohanna#322974
Status: http://narutorpgakatsuki.com.br/t51513-mudancas-de-status#322978
Criações: http://narutorpgakatsuki.com.br/t51755-criacoes-yohanna#325696
M.F: http://narutorpgakatsuki.com.br/t51968-m-f-yohanna#327824
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